- Bem, sei que não estou em condição de pedir nada, depois do que este idiota fez. Mas desde que vocês coloquem as mãos onde possa ver, a arma irei guardá-la. – Olhei diretamente para a senhora que não largou dos meus olhos. E recuei pela primeira vez notei amor nos olhos de uma pessoa. Ali, tinha a minha resposta. Nunca, mesmo que saísse em um caixão iria disparar contra ela. Iria protege-la para sempre, como a minha pequena Makeila. – Já esta! – Afirmei. Colocando a arma atrás das costas.
- Como sabe que ele fez asneiras das grandes? – Prenunciou-se o homem em minha frente.
- É o que ele faz de melhor. – Respondi sem retirá-lo do meu campo de visão.
- E tu? És uma ladrazinha igual a ele? – Falou em total desrespeito com minha pessoa.
- Não. Sou melhor a proteger aqueles que não fazem e não o sabem fazer, senhor. – Falei o encarando, notei logo a mudança em seu olhar.
- O que isso quer dizer? Não estou com paciência. E pelo que parece tu já não dormes a anos. – Falou tentando provocar-me.
- É verdade senhor, estou a quatro dias com um total de 5 horas de sono. E parece que agora ficaram ainda mais reduzidas. – Falei pela primeira vez admitindo estar cansada.
- O que fazes, menina? Trabalhas? Honestamente? E como vieste aqui parar? E o meu segurança? – Perguntou novamente.
- Para o exército, senhor. A minha mota está alguns metros atrás da sua propriedade do lado de fora e bem, o seu segurança está a descansar, um pouquinho. – Respondi, notando o discreto sorriso no rosto da mulher à minha frente.
- Ah, muito bem. Pelo menos alguém desse lado que se salve. Tu não matas te o meu segurança, pois não? – Perguntou aflito mas com um sorriso discreto mas que notei-o.
- Não, pelo menos não desta vez. Mas da próxima que ele estiver mais preocupado a levar-me para a cama do que na vossa segurança, acho que irei divertir-me um pouquinho mais do que hoje. Não se preocupe, logo ele acorda. – Afirmei deixando-o logo com um sorriso no rosto.
- Incompetente. Não consegue fazer nada direito. – Respondeu.
- Não foi para conversar que vim aqui. Agora o que este idiota fez? – Perguntei pela primeira vez olhando para meu primo.
- Eu. …. – Interrompi-o levantando um dedo.
- Não. Tudo o que o casal à minha frente disser, acreditarei. Irei tentar resolver. E tu e eu iremos dar uma volta depois, isso se não saíres daqui com umas pulseiras novas. – Olhou para mim, como se estivesse a ver um monstro.
-Por favor, Eri. – Implorou olhando para mim, quase chorando.
- Não. E agora cala-te ou deixo te aqui. Tenho sono...e sem já a pouca paciência que ganhei – Respondi firme, sabendo que era mentira. Olhei para o casal… - Por favor, expliquem-se.
- Ele entrou no nosso sistema bancário e liquidou todo o que tinha num dos cartões, sorte que consegui cancelar os outros, senão ele teria roubado todo pelo que sempre batalhamos. – Falou olhando para Zé com raiva. – Eu quero ele preso. – Afirmou.
- Eu não tiro o vosso direito de prestar queixa com as autoridades para esse efeito. – Falei olhando para os dois.
- Não! TU não podes deixar eles fazerem isso comigo. Por favor, Eri. – Implorou chorando.
- Não? Tu não tens direito de fazer exigências, aqui. Pensasses antes de roubares. – Falei retomando a visão para o casal. – Quanto ele roubou de vocês?
- Dois mil euros. Consegui pará-lo a tempo. – Disse a senhora com o mesmo olhar, cheio de amor.
- Ok. Eu pago. – Respondi.
- Mesmo assim. Quero ele preso! – Afirmou o senhor em minha frente.
- Agora sou eu a pedir. – Suspirei. - Não coloque um processo em cima dele, por favor. Ele vai mudar. Irei segurar-me disso desta vez. – Afirmei. Pois já tinha os papéis assinados em casa.
- Não. – O homem em minha frente afirmou, irredutível.
- Por favor. – Virei meu olhar para a sua esposa.
- Deixa a menina cuidar do seu primo imaturo, querido. Por favor! - A senhora pediu, tocando no braço do marido.
- Tens a certeza, Rute? – Ela abanou a cabeça. Ele suspirado deu lhe um beijo na teste.
- Está bem. O que vais fazer jovem? – Perguntou curioso.
- Ele vai trabalhar num dos ramos do governo. Pelo menos vai fazer algo no que é bom e ser útil em vez de uma maldição. Ter um ordenado, alojamento e alimentação. – Falei olhando para Zé, que não gostou nada da ideia.
- Não… Não, vou. Estás muito enganada. Detesto fardas. – Disse rapidamente.
- É isso ou ires para cadeia e pagares os dois mil mais duas vezes e mais duas vezes o valor por juros e danos causados. – Falei calmamente, fazendo o casal mostrar um sorriso discreto. – Isso vai para uns 6 mil. O que achas?
- Só podes estar a brincar. – Articulou impaciente.
- Não. Não estou, o teu contrato está feito e já assinado por ti. Eu sei, arranjei uma assinatura tua, fiz o mesmo jogo que tu fizeste para roubares-me, lembras-te? Por isso se não apareceres daqui a dois dias iras ter que pagar 55 mil de euros ao governo pela restrição de contrato.
- Não. É não. – Afirmou.
- Chega! Tu vais, sim. Estou farta de andar pelo mundo e preocupar-me contigo. Já chega estar preocupada de quando é que eu irei morrer em campo e voltar num caixão e tu aqui a fazeres-te criança e mentiroso. O mundo não gira à tua volta. És bom em informática, usa-a para algo bom. – Falei em um tom duro. Algo que só usava as vezes com os homens em meu comando, raramente utilizando-o mesmo assim com os rapazes.
- Eu não vou gostar de trabalhar lá. – Confirmou.
- Bem, não importa se gostas ou não. Quarta-feira começas a trabalhar lá. – Respondi firmemente.
- É a tua segunda chance jovem. De fazes algo útil. – Disse a senhora.
- Pode ser. – Respondeu friamente.
Estava tão irritada e cansada que só notei a sombra tarde demais. Quando notei já foi tarde. A bala tinha passado já o meu corpo.
- Vaca! Agora vais PAGAR! – Gritou o descuidado do segurança.
- Meu deus! Ela está ferida. – A senhora gritou. Vendo o sangue preencher a minha mão. Não peguei minha arma era algo que nunca iria faze-lo em frente do casal.- O que tu fizeste incompetente? Ela é do governo! – Gritou o senhor.- Alexandre! Chama uma ambulância. Rápido. – Falou a mulher.- Como? Porque estão todos preocupados com essa vaca? – Gritou o segurança. - Um mês após de entrar. – Suspirei fechando os olhos ao mexer no buraco que a entrada da bala causou. - Sai na minha primeira missão, o que durou quase um ano. Estava na base há uns seis meses quando atacaram a base, eu estava de vigia… - Olhei para ela pelo espelho, ela não percebeu o que tentava explicar - É um local mais alto, onde dá para ver o terreno até um determinado espaço, para protecção das pessoas que estão dentro da base, possam… bem sentir-se mais seguras, quando estava por volta de trocar de posto, iria descansar, mas atacaram sem dar-me tempo de fazer algo, e como estava longe e num lugar desprotegido foi apanhada…Daí as cicatrizes. - Ninguém que te interesse. Sai! – Gritei a última palavra.- Não saio. – Ia a falar alguma coisa a mais, quando seu olhar foi para mesa-de-cabeceira e notou a arma. – Que medra é isto. Sai já da minha casa, garota.- Não precisa pedir duas vezes. – Vesti a mesma roupa que a senhora Rute deu-me na noite anterior já que a minha estava completamente suja excepto as botas.- Droga! – Falou ele, sem entender mas logo notei o seu olhar percorrer o meu corpo e imediantamente notei que estava com as suas roupas…- Vais sair? – Perguntei esperançosa.- Agora, é que não saio mesmo. – Falou aproximando-se de mim.- Não, te aproximes de mim. – Falei pegando a arma.- O quê? Como ousas desrespeitar-me? – Perguntou agora sua voz continha ira.- Não. Estou a colocar-te no seu lugar. Quem pensaCapítulo 4
Capítulo 5
- Mas quem ela pensa que é? – Pensou para ele.Ao entrar no quarto notou que o ambiente cheirava aos seus produtos de higiene, a cama feita e um elástico em cima de um dos seus móveis. Imaginou se a cama tinha o cheiro daquela mulher que desafio-o e não se importou com o seu charme ou ego masculino, pelo contrário.- Filho? Posso entrar? – Pediu sua mãe do outro lado da porta.- É claro mãezinha. – Deu confirmação para o pedido.
- Sim? Quem fala? – Érica entrou com o telemóvel em seu ouvido em seu apartamento T1. – Ah. Bom dia Senhora Rute, desculpe desde já ter saído de sua casa sem agradecer-lhe a si e seu marido corretamente. Imensas desculpas. E já transferi o dinheiro. Não precisa mais de entrar em contato com gente como eu. – Falou as últimas palavras com dor, pois gostaria de conviver mais com aquele casal.- Não, menina. Eu e Alex simpatizamos contigo, instantaneamente. Por isso estou a ligar, hoje tem um baile aqui em nossa casa, gostava que viesses. E que história é essa de não nós dar-se com gente, como tu? O que vejo é uma jovem batalhadora com fortes ideias. – Disse apreciado o quão madura a jovem falava e mostrava-se ao mundo.- O seu filho deixou claro que somos de mundos diferentes e ele tem razão. – Murmurou com certa mágoa em sua voz.
Antes dos dois enamorados os apanharem caminharam em silêncio para o interior da sala dando inicio da primeira dança. Jason que entrou percorreu o olhar à procura de uma certa mulher que o enfeitiçou à primeira vista. Quando viu parou um segundo, observando-a que ela tinha tatuagens, mais uma coisa em comum mas o que lhe fez arregalar os olhos foi a enorme cicatriz que tem nas costas atravessado a tatuagem que ela tem no mesmo lugar, acompanhada por outras mais pequenas que não eram tão perceptíveis como aquela. Sorriu, para ele só mostrava-lhe que a jovem mulher tinha uma personalidade forte, não se importava com o que lhe diziam ou para os que olhavam para ela agora sem casaco. Porém seu sorriso acabou quando notou que seu primo estava aproximando-se dela.Jason observava tudo ao longe o que ele não sabia era que sua mãe também. Ela não gostava de Edgar, ele simplesmente
- Não! Por favor. - Implorei. Isto não podia acontecer-me, não novamente.- Porque mulheres fazem-se de difíceis se todas querem o mesmo. – Sussurrou e ai percebi, que este monstro já fez o mesmo com outras mulheres.Subimos as escadas, não tinha forças para lutar. Pela primeira vez não tinha forças para lutar era como se eu tivesse a ser afogada e ao mesmo tempo com imenso sono. Uma lágrima desceu pela minha face, Edgar notando parou no caminho retirou o braço da minha cintura, eu não aguentava as minhas pernas caí no chão no corredor superior. Abaixou-se e deu-me um estalo…- Não chores. Não te atrevas a fingir-te de pudica. Sua puta. – Falou em tom assustador, levantando a mão para bater novamente.- Não…. – Fechei os olhos esperando pela bofetada sem mover mesmo que quisesse n&atil
- Oh, meu deus. Porque não me chamaram? – Resmungou preocupada.- O pai e Rodrigo o levaram da minha frente. Ela tremia, mãe. – Lamentou fechando a mão que estava livre em um punho. - Estava com medo até de mim, mas depois não sei, foi como se percebe-se que estava segura em meus braços e começou a chorar em mim. Eu não sei mãe, achei que era impossível sentir-me metade homem, mas foi assim que senti ao olhar em seus olhos. – Falou enquanto em sua face escorriam solitárias lágrimas. E pela segunda vez chorou em frente a alguém.- Meu querido, filho. Isto foi o destino que fez com que nós a conhecemos da pior forma possível, acredita. De alguma forma comigo bastou um olhar para perceber que ela era a filha que eu nunca tive a possibilidade de ter por muito tempo na vida. – Falou chorando também.- Eu não fiz nada com ela,