2018, 5 de novembro (segunda-feira), 02:34 da manhã
Desperto com o toque insistente do meu telemóvel e sem intenção de atendê-lo ignoro o som, porém a pessoa do outro lado aparenta ter outra ideia porque a cada tentativa segundos depois escuto um novo iniciar de ligação.
Sem outra opção ergo da cama em direção ao móvel no lado inferior da cama, agarro de imediato o aparelho com o vidro partido desde a semana passada verifico o número desconhecido.
— Boa noite, não sabe que horas são, não? — Questiono irritada com o barulho estridente após nem meia-hora atrás ter deitando.
— Prima! Preciso da tua ajuda? — Pronúncia em tom desinquieto do outro lado da linha.
— Quem é? Sabes que é madrugada? — Interrogo com muita vontade de desligar na cara da pessoa.
— Sou eu, Brian. Acorda, Skyler! — Pede impaciente berrando do outro lado da linha telefónica.
— O quê? O que foi agora? — Pergunto a vestir as calças, posiciono a arma nas costas enquanto tento recordar para que raio de lugar arremessei a blusa quando cheguei em casa.
— Merda! Eu… ninguém ia descobrir! Estou fodido… tramado…. Vou preso se não ajudares. Por favor! É só mais esta vez… Por favor. — Implora com aflição, mas mesmo assim não pronuncio nada, muito menos diminuo o apavoramento que dá para sentir em sua voz.
— Onde estás, idiota? Bem-feito que fosses parar na prisão, não tinha de resolver os teus problemas. — Falo sem acreditar que tentou entrar em esquemas na tentativa de arranjar dinheiro fácil, novamente.
Mal fornece o endereço desligo a chamada no mesmo instante, o que tenho para falar não será retirado e necessita ser em sua frente para ver se aprende que a vida não é só divertimento.
Coloco o casaco impermeável com o clima continua húmido, a chuva começou quando regressei e agora está com mais intensidade. Agarro as chaves, descendo as escadas no interior do meu pequeno apartamento a correr até à porta O meu apartamento é um duplex com escadas a separar a entrada dos quartos no segundo piso.
No elevador, recordo todas as vezes que socorro Brian a sair dos problemas e artimanhas que se envolve desde os meus 18 anos, usa o meu nome e trabalho que tanto me esforcei a alcançar para libertar o seu da reta.
Brian, é um ano mais velho, mas sem noção alguma do perigo que corre ao tentar ganhar dinheiro fácil, não tem carta de condução, não trabalha e só anda para todo o lado com o seu computador que um dia vai ser a sua morte.
— Maldição! — Resmungo, cerro os olhos de tão cansada, acabo de chegar de missão, estou há menos de duas horas na cidade, ainda precisei verificar e escrever todas as papeladas que chegaram com o cargo de Comandante da Equipa de Forças Operações Especiais.
Lembro que preciso parar no meio do percurso para abastecer, contudo, a inquietação passa quando na garagem enxergo a minha menina, há uns oito meses que a comprei. Adoro a adrenalina que vem ao cruzar a pista em velocidade, mesmo que comentem que esta paixão é do meu pai.
Sim, é verdade, mas não temos a melhor relação, abandonou a minha mãe e com isso a mim, também. Agora sei que não teve escolha, pois nunca foi permitido aproximar-se, mas existe muito animosidade e mágoa para esquecer o passado, conseguimos falar sem que tenha vontade de o degolar, pelo menos não tantas vezes como na minha adolescência.
A Honda inicia a melhor música para os meus ouvidos, deixo o estacionamento acima do limite. Um percurso mesmo com a paragem que devia ser uns 40 minutos, alcanço em 25 minutos com a infração de alguns sinais de trânsito.
Ao aproximar-me da propriedade, abrando a velocidade para estacionar na parte exterior e alguns metros antes de chegar nos portões cinzentos da mesma, no instante em que os meus pés pousam no chão confiro o pente da minha arma.
— Cheio. Carregado. Pronta a matar. Um tiro, uma morte. — Sussurro voltando a realocar o pente da arma. Relembro as palavras do meu instrutor, foi treinada desde que completei 18 anos para deixar toda ambiguidade de lado e a arma ser uma extensão do meu braço.
Em direção à casa surpreendo-me com o segurança muito maior do que eu, nem para isso Brian é inteligente. Com cuidado caminho lentamente sem o segurança me conseguir ver, mas como a minha sorte é pouca, o gigante vira-se no mesmo instante, avistando-me…
— Droga! Este vai ser difícil. — Penso com um sorrisinho manhoso na direção do homem que empertiga o corpo sem nenhum medo por ser uma mulher em sua frente.
— Hei, gatinha. Estás perdida? E molhada… — Fala em um sussurro, escorregando o olhar por todo o meu corpo.
— Não! Sim, quer dizer… o pneu do carro furou e bem… — Faço cara de acanhada, passo até a mão no cabelo molhado. — Eu não sei trocar. — Esforço-me para não rir ao lembrar das missões onde tudo corre mal e dos muitos pneus que cambiávamos em meio a tiroteios.
— Bem, ainda bem que estou aqui! Vamos, mostra o caminho, delícia.
— Oh!? Muito obrigada, mas… Os teus colegas não vão procurar-te? — Pergunto com o propósito de descobrir se há mais algum idiota a preocupar-me ao entrar na propriedade com jardins vastos, difícil assim de conseguir cobrir a minha retaguarda com tanto terreno.
— Não, princesa. Só eu, está tudo bem. Vamos? — Pergunta confiante fazendo sinal para continuarmos.
— Sim. — Permaneço atrás poucos passos, mas que concedem o efeito no final quando o imobilizo com um mata-leão. Ele tenta libertar-se e têm sucesso ao atirar-me ao chão com um baque.
— Ah! — Lamento pelas três costelas quebradas que doem ainda mais quando ficam em contato com o piso.
— Vaca! — Grita ao tentar mexer-se, em busca por uma libertação dos meus braços presos ao redor do seu pescoço.
- Bem, sei que não estou em condição de pedir nada, depois do que este idiota fez. Mas desde que vocês coloquem as mãos onde possa ver, a arma irei guardá-la. – Olhei diretamente para a senhora que não largou dos meus olhos. E recuei pela primeira vez notei amor nos olhos de uma pessoa. Ali, tinha a minha resposta. Nunca, mesmo que saísse em um caixão iria disparar contra ela. Iria protege-la para sempre, como a minha pequena Makeila. – Já esta! – Afirmei. Colocando a arma atrás das costas.- Como sabe que ele fez asneiras das grandes? – Prenunciou-se o homem em minha frente.- É o que ele faz de melhor. – Respondi sem retirá-lo do meu campo de visão.- E tu? És uma ladrazinha igual a ele? – Falou em total desrespeito com minha pessoa.- Não. Sou melhor a proteger aqueles que não fazem e não o sab
- Meu deus! Ela está ferida. – A senhora gritou. Vendo o sangue preencher a minha mão. Não peguei minha arma era algo que nunca iria faze-lo em frente do casal.- O que tu fizeste incompetente? Ela é do governo! – Gritou o senhor.- Alexandre! Chama uma ambulância. Rápido. – Falou a mulher.- Como? Porque estão todos preocupados com essa vaca? – Gritou o segurança. - Um mês após de entrar. – Suspirei fechando os olhos ao mexer no buraco que a entrada da bala causou. - Sai na minha primeira missão, o que durou quase um ano. Estava na base há uns seis meses quando atacaram a base, eu estava de vigia… - Olhei para ela pelo espelho, ela não percebeu o que tentava explicar - É um local mais alto, onde dá para ver o terreno até um determinado espaço, para protecção das pessoas que estão dentro da base, possam… bem sentir-se mais seguras, quando estava por volta de trocar de posto, iria descansar, mas atacaram sem dar-me tempo de fazer algo, e como estava longe e num lugar desprotegido foi apanhada…Daí as cicatrizes. - Ninguém que te interesse. Sai! – Gritei a última palavra.- Não saio. – Ia a falar alguma coisa a mais, quando seu olhar foi para mesa-de-cabeceira e notou a arma. – Que medra é isto. Sai já da minha casa, garota.- Não precisa pedir duas vezes. – Vesti a mesma roupa que a senhora Rute deu-me na noite anterior já que a minha estava completamente suja excepto as botas.- Droga! – Falou ele, sem entender mas logo notei o seu olhar percorrer o meu corpo e imediantamente notei que estava com as suas roupas…- Vais sair? – Perguntei esperançosa.- Agora, é que não saio mesmo. – Falou aproximando-se de mim.- Não, te aproximes de mim. – Falei pegando a arma.- O quê? Como ousas desrespeitar-me? – Perguntou agora sua voz continha ira.- Não. Estou a colocar-te no seu lugar. Quem pensaCapítulo 4
Capítulo 5
- Mas quem ela pensa que é? – Pensou para ele.Ao entrar no quarto notou que o ambiente cheirava aos seus produtos de higiene, a cama feita e um elástico em cima de um dos seus móveis. Imaginou se a cama tinha o cheiro daquela mulher que desafio-o e não se importou com o seu charme ou ego masculino, pelo contrário.- Filho? Posso entrar? – Pediu sua mãe do outro lado da porta.- É claro mãezinha. – Deu confirmação para o pedido.
- Sim? Quem fala? – Érica entrou com o telemóvel em seu ouvido em seu apartamento T1. – Ah. Bom dia Senhora Rute, desculpe desde já ter saído de sua casa sem agradecer-lhe a si e seu marido corretamente. Imensas desculpas. E já transferi o dinheiro. Não precisa mais de entrar em contato com gente como eu. – Falou as últimas palavras com dor, pois gostaria de conviver mais com aquele casal.- Não, menina. Eu e Alex simpatizamos contigo, instantaneamente. Por isso estou a ligar, hoje tem um baile aqui em nossa casa, gostava que viesses. E que história é essa de não nós dar-se com gente, como tu? O que vejo é uma jovem batalhadora com fortes ideias. – Disse apreciado o quão madura a jovem falava e mostrava-se ao mundo.- O seu filho deixou claro que somos de mundos diferentes e ele tem razão. – Murmurou com certa mágoa em sua voz.
Antes dos dois enamorados os apanharem caminharam em silêncio para o interior da sala dando inicio da primeira dança. Jason que entrou percorreu o olhar à procura de uma certa mulher que o enfeitiçou à primeira vista. Quando viu parou um segundo, observando-a que ela tinha tatuagens, mais uma coisa em comum mas o que lhe fez arregalar os olhos foi a enorme cicatriz que tem nas costas atravessado a tatuagem que ela tem no mesmo lugar, acompanhada por outras mais pequenas que não eram tão perceptíveis como aquela. Sorriu, para ele só mostrava-lhe que a jovem mulher tinha uma personalidade forte, não se importava com o que lhe diziam ou para os que olhavam para ela agora sem casaco. Porém seu sorriso acabou quando notou que seu primo estava aproximando-se dela.Jason observava tudo ao longe o que ele não sabia era que sua mãe também. Ela não gostava de Edgar, ele simplesmente
- Não! Por favor. - Implorei. Isto não podia acontecer-me, não novamente.- Porque mulheres fazem-se de difíceis se todas querem o mesmo. – Sussurrou e ai percebi, que este monstro já fez o mesmo com outras mulheres.Subimos as escadas, não tinha forças para lutar. Pela primeira vez não tinha forças para lutar era como se eu tivesse a ser afogada e ao mesmo tempo com imenso sono. Uma lágrima desceu pela minha face, Edgar notando parou no caminho retirou o braço da minha cintura, eu não aguentava as minhas pernas caí no chão no corredor superior. Abaixou-se e deu-me um estalo…- Não chores. Não te atrevas a fingir-te de pudica. Sua puta. – Falou em tom assustador, levantando a mão para bater novamente.- Não…. – Fechei os olhos esperando pela bofetada sem mover mesmo que quisesse n&atil