- Meu deus! Ela está ferida. – A senhora gritou. Vendo o sangue preencher a minha mão. Não peguei minha arma era algo que nunca iria faze-lo em frente do casal.
- O que tu fizeste incompetente? Ela é do governo! – Gritou o senhor.
- Alexandre! Chama uma ambulância. Rápido. – Falou a mulher.
- Como? Porque estão todos preocupados com essa vaca? – Gritou o segurança.
- Se tu não fosses desleixado no teu trabalho tinhas notado a ameaça. – Declarou, Alexandre. Nome que só agora sabia.
- Chama a ambulância, homem. – Gritou Dona Rute.
- Não. – Prenunciei-me pela primeira vez. Reparando logo nos olhares de espanto de todos, e que o segurança estava pálido.
- O quê? - Gritaram os quatro ao mesmo tempo. - Como não, menina? – Agora a senhora Rute, indagou inquietada.
- Não. Porque se eu for ao hospital, vai haver investigação. Ele fica sem o emprego, eu fora do trabalho por meses. E eu não quero isso. – Argumentei arrancando o casaco e rasgando o a t-shirt para pressionar o ferimento.
- Menina, tu não podes ficar assim. Precisas de um médico. – Senhor Alexandre falou aflito.
- Não todo bem, não é a primeira vez. – Tentei acalmá-lo.
- Érica. Desculpa. – Falou Zé em pânico.
- É. Agora vês que as tuas brincadeiras dão mal resultado. E só para que saibas, não é a primeira vez. – Falei notando o seu olhar de surpreendido.
- Do que precisas, minha querida? – Perguntou D.Rute.
- Menina, precisa de ajuda? A bala ficou dentro? O que foi fazer? - Perguntou o segurança, deixando o seu lado de pegador. Notei que suas mãos tremiam.
- Sim, a bala não saiu. Está aqui, consigo senti-la. - Disse tocando em minha barriga. - Será possível arranjar umas toalhas, um kit de primeiros socorros e um quarto ou um espelho. – Pedi. Mas tudo o que queria era poder fazer isto em casa. Sozinha.
- Eu vou buscar. – O segurança logo disponibilizou-se.
- Tu não. – Respondi rapidamente antes que ele fizesse besteira.
- Porque não? – Perguntou a senhora atrapalhada contendo o medo quando olhava para minha cara.
- Desculpe. Sei que não estou em condição de pedir nada …. – Parei, pois doía quando falava. Detestava quando mostrava dor. … - Mas ele precisa fazer outra coisa.
- Que coisa menina é mais importante do que ajudar-te? – Perguntou desta vez senhor Alexandre.
- É a primeira vez que dispara uma arma? – Perguntei, logo balançou a cabeça em afirmação. – Pois, trata rapidamente de lavares as mãos, melhor toma um banho, coloca essa roupa na máquina de lavar com um copo de sal, depois lava-a novamente com detergente. As mãos passas com pasta dos dentes. Recoloca a munição no pente da arma. E passa um pano com óleo da arma na mesma…ou melhor limpa a arma como deves fazer isso de vez em vez. – Suspirei… - E se alguém vir, estará limpo e isto não aconteceu. – Falei notando os olhares de surpresos. A minha mão e camisa já estavam todos ensanguentados. – D. Rute, por favor poderá ajudar-me, por favor.
- É claro, minha querida. Vamos para uns dos quartos de hóspedes.
- Senhora tem mais alguém, em casa? – Perguntei
- Bem, tem a empregada de meu filho que hoje veio ficar por cá. Está na casa da piscina. E a funcionária interna que também está por lá.
- Desculpe, mas em qual delas mais confia? – Perguntei, pedido aos céus que ela tivesse entendido minha pergunta, olhando de canto para o chão, onde algumas gotas de sangue caíram.
- Já percebi, minha querida. Alex vá chamar Rebeca, por favor. Peça desculpa pela hora. E diga-lhe que sei que não é o seu trabalho aqui, mas que se poder limpar o escritório. - Pediu ao marido.
- Peça que limpe com lixívia unicamente, só mesmo e após isso que polvilhe no chão sal. Por favor. E só depois que o limpe com produto.
- Porque isso, menina? – Perguntou o Senhor curioso. Sorri.
-Porque se alguém com experiência entrar aqui não vai perceber o cheiro a ferro e não irá notar o que aconteceu aqui, pois o sal retira as marcas que fica do sangue que não se vêem a olho humano. – Respondi notando pela primeira vez duas pessoas que não conheciam logo admiravam-me com o que eu sabia e transmitia-lhes.
Prontamente a Senhora Rute, estava a levar-me escadas a cima, onde entramos em um quarto bem grande mas simples com móveis pretos e brancos, gostei da decoração. Ela levou-me em direção ao banheiro onde tinha um espelho preso a parede. Notei o seu semblante com medo.
- Dona Rute. Obrigada eu consigo, a parti daqui sozinha. – Disse lhe não querendo que a mesma visse o que eu iria ter que fazer.
- Não menina, vou ficar e ajudar. – Falou com carinho no tom de sua voz mesmo estando apavorada.
- Ok. Se for mais para si é só sair, que eu consigo sozinha. Não se preocupe.
- Porquê, estas cicatrizes todas, menina, tão jovem? – Perguntou tocando nas minhas costas com subtileza.
- Um mês após de entrar. – Suspirei fechando os olhos ao mexer no buraco que a entrada da bala causou. - Sai na minha primeira missão, o que durou quase um ano. Estava na base há uns seis meses quando atacaram a base, eu estava de vigia… - Olhei para ela pelo espelho, ela não percebeu o que tentava explicar - É um local mais alto, onde dá para ver o terreno até um determinado espaço, para protecção das pessoas que estão dentro da base, possam… bem sentir-se mais seguras, quando estava por volta de trocar de posto, iria descansar, mas atacaram sem dar-me tempo de fazer algo, e como estava longe e num lugar desprotegido foi apanhada…Daí as cicatrizes. - Ninguém que te interesse. Sai! – Gritei a última palavra.- Não saio. – Ia a falar alguma coisa a mais, quando seu olhar foi para mesa-de-cabeceira e notou a arma. – Que medra é isto. Sai já da minha casa, garota.- Não precisa pedir duas vezes. – Vesti a mesma roupa que a senhora Rute deu-me na noite anterior já que a minha estava completamente suja excepto as botas.- Droga! – Falou ele, sem entender mas logo notei o seu olhar percorrer o meu corpo e imediantamente notei que estava com as suas roupas…- Vais sair? – Perguntei esperançosa.- Agora, é que não saio mesmo. – Falou aproximando-se de mim.- Não, te aproximes de mim. – Falei pegando a arma.- O quê? Como ousas desrespeitar-me? – Perguntou agora sua voz continha ira.- Não. Estou a colocar-te no seu lugar. Quem pensaCapítulo 5
- Mas quem ela pensa que é? – Pensou para ele.Ao entrar no quarto notou que o ambiente cheirava aos seus produtos de higiene, a cama feita e um elástico em cima de um dos seus móveis. Imaginou se a cama tinha o cheiro daquela mulher que desafio-o e não se importou com o seu charme ou ego masculino, pelo contrário.- Filho? Posso entrar? – Pediu sua mãe do outro lado da porta.- É claro mãezinha. – Deu confirmação para o pedido.
- Sim? Quem fala? – Érica entrou com o telemóvel em seu ouvido em seu apartamento T1. – Ah. Bom dia Senhora Rute, desculpe desde já ter saído de sua casa sem agradecer-lhe a si e seu marido corretamente. Imensas desculpas. E já transferi o dinheiro. Não precisa mais de entrar em contato com gente como eu. – Falou as últimas palavras com dor, pois gostaria de conviver mais com aquele casal.- Não, menina. Eu e Alex simpatizamos contigo, instantaneamente. Por isso estou a ligar, hoje tem um baile aqui em nossa casa, gostava que viesses. E que história é essa de não nós dar-se com gente, como tu? O que vejo é uma jovem batalhadora com fortes ideias. – Disse apreciado o quão madura a jovem falava e mostrava-se ao mundo.- O seu filho deixou claro que somos de mundos diferentes e ele tem razão. – Murmurou com certa mágoa em sua voz.
Antes dos dois enamorados os apanharem caminharam em silêncio para o interior da sala dando inicio da primeira dança. Jason que entrou percorreu o olhar à procura de uma certa mulher que o enfeitiçou à primeira vista. Quando viu parou um segundo, observando-a que ela tinha tatuagens, mais uma coisa em comum mas o que lhe fez arregalar os olhos foi a enorme cicatriz que tem nas costas atravessado a tatuagem que ela tem no mesmo lugar, acompanhada por outras mais pequenas que não eram tão perceptíveis como aquela. Sorriu, para ele só mostrava-lhe que a jovem mulher tinha uma personalidade forte, não se importava com o que lhe diziam ou para os que olhavam para ela agora sem casaco. Porém seu sorriso acabou quando notou que seu primo estava aproximando-se dela.Jason observava tudo ao longe o que ele não sabia era que sua mãe também. Ela não gostava de Edgar, ele simplesmente
- Não! Por favor. - Implorei. Isto não podia acontecer-me, não novamente.- Porque mulheres fazem-se de difíceis se todas querem o mesmo. – Sussurrou e ai percebi, que este monstro já fez o mesmo com outras mulheres.Subimos as escadas, não tinha forças para lutar. Pela primeira vez não tinha forças para lutar era como se eu tivesse a ser afogada e ao mesmo tempo com imenso sono. Uma lágrima desceu pela minha face, Edgar notando parou no caminho retirou o braço da minha cintura, eu não aguentava as minhas pernas caí no chão no corredor superior. Abaixou-se e deu-me um estalo…- Não chores. Não te atrevas a fingir-te de pudica. Sua puta. – Falou em tom assustador, levantando a mão para bater novamente.- Não…. – Fechei os olhos esperando pela bofetada sem mover mesmo que quisesse n&atil
- Oh, meu deus. Porque não me chamaram? – Resmungou preocupada.- O pai e Rodrigo o levaram da minha frente. Ela tremia, mãe. – Lamentou fechando a mão que estava livre em um punho. - Estava com medo até de mim, mas depois não sei, foi como se percebe-se que estava segura em meus braços e começou a chorar em mim. Eu não sei mãe, achei que era impossível sentir-me metade homem, mas foi assim que senti ao olhar em seus olhos. – Falou enquanto em sua face escorriam solitárias lágrimas. E pela segunda vez chorou em frente a alguém.- Meu querido, filho. Isto foi o destino que fez com que nós a conhecemos da pior forma possível, acredita. De alguma forma comigo bastou um olhar para perceber que ela era a filha que eu nunca tive a possibilidade de ter por muito tempo na vida. – Falou chorando também.- Eu não fiz nada com ela,
- Não. Preciso que desaceleres o passo parece que estás ligado a uma corrente eléctrica, calma, eu estou bem…. - Pensei um pouco, parando a fala. Fazendo-o erguer uma sobrancelha coisa que reparei que fazia quando não era obedecido. Estava mal habituado, pensei. – Pelo menos agora ao teu lado. Tu estás todo molhado. Seca-te primeiro. – Mal acabei, estava com um sorriso de orelha a orelha.- Hum, preocupada comigo? – Perguntou galanteador.- E tu não estás comigo ou isso é só para levares-me para a cama por uma noite? – Falei. Mas o sorriso de Jason