- Mas quem ela pensa que é? – Pensou para ele.
Ao entrar no quarto notou que o ambiente cheirava aos seus produtos de higiene, a cama feita e um elástico em cima de um dos seus móveis. Imaginou se a cama tinha o cheiro daquela mulher que desafio-o e não se importou com o seu charme ou ego masculino, pelo contrário.
- Filho? Posso entrar? – Pediu sua mãe do outro lado da porta.
- É claro mãezinha. – Deu confirmação para o pedido.
- Bem. Já que vais ficar por aqui por causa da festa. Vou pedir que limpem o teu quarto. – Disse sua mãe.
- Não precisa. A cama está limpa. – Murmurou convicto
- Está bem. Mas sabes que aquela jovem dormiu aqui, não é? – Indagou ao filho com um sorriso discreto.
- Sei mãe. Eu quando entrei aqui encontrei-a ainda despida. – Contou dando um sorriso manhoso.
- Deus! Pobre menina. O que tu fizeste tu filho? – Perguntou agora com a preocupação estampada no seu rosto.
- Nada. Ela mal viu-me, vestiu se apressada, melhor dizendo ela já estava com a minha t-shirt, ameaçou com uma arma e ainda teve coragem de esnovar-me como se eu fosse ninguém. – Aumentou a voz lembrando-se da única mulher que não caiu em sua rede.
- Ok. Ok. Acalma-te. Vou acreditar, filho. Cuidado, gostei desta jovem. – Disse lembrando da garra da jovem.
- Eu sei mãe. – Falou sentando-se na cama enquanto sua mãe saia do quarto.
- Ela não parece ser como as raparigas, aquelas mulheres que se dão por nada, a não ser o prazer. – Falou sua mãe sentando-se ao lado dele.
- Bem, eu não sei. – Falou fazendo sua mãe levantar uma sobrancelha para ele. – Não é isso que estás a pensar, mãe. – Suspirou passando as mãos no cabelo, nervoso.
- Explica-te menino! – Pediu sua mãe ao ver o estado do seu filho.
- Sabes que já faz 9 anos, que ela morreu por minha culpa. – Relembrou à sua mãe, um dos piores dias da vida de ambos.
- Filho! Quantas vezes, terei que dizer que não foi tua culpa, meu bem. – Disse tocando no cabelo do seu filho.
- Mas, mãe….
- Não. Não vais fazer isso de novo… - Interrompeu sua mãe o puxando de encontro ao seu peito, confortando Jason que agora parecia mais uma criança magoada pela vida. Contudo não o era… era um homem carregado de culpa.
- Devia ter verificado o carro, em vez de ter saído daqui e ir divertir-me. – Disse magoado as lágrimas já se formavam em seus olhos.
- Ninguém sabia, meu filho. Ninguém sabia… Que a minha menina iria fazer isso. – Lamentou há doze anos que a sua menina partiu sem nunca mais poder voltar.
- Desculpa mãe. – Pediu abraçando-a fortemente.
- Tu não precisas de o pedir, meu filho. A culpa não foi tua. Tu precisas deixá-la ir. – Lembrou o que tanto lhe falava. – Tanto a ela como a Anna, como a Raquel. Nenhum deles foi tua culpa.
- É. Eu preciso. Estou cansado de tudo. – Exprimiu fazendo sua mãe dar um sorriso, por anos seu filho não admitia que precisava seguir em frente.
- O baile começa às 19horas, sem atrasos menino. – Falou agora num tom sério, levantando-se.
Jason deitou-se na cama, suspirou pois desde que aquela fera foi avistada por ele, não a consegue retirar da cabeça. – Como ela ousou não saber quem eu sou? – Jason pensou… Mas logo sorriu pois ela não estava preocupada em agrada-lo mas sim em fazer as coisas e proferindo conforme o que pensava. Logo que a encarou notou que suas personalidades eram quase idênticas, ambos não demonstravam e escondiam-se por detrás de centenas de personagens. Sorriu, mas lamentou não ter notado o seu cabelo, pois estava em coque bagunçado e molhado.
Mas seu sonho foi interrompido pelos pesadelos. Todos os rostos das mulheres que o atormentavam com suas mortes apareceram todos no mesmo.
- Não. A culpa foi tua. – A cara de Anna e de sua irmã apareciam juntas. – Tu não devias ter conduzido aquele carro, estávamos bêbados.
- Tu não viste o que acontecia comigo, mesmo à tua frente. – A face de Raquel entrou toda machucada.
Anna tinha um braço de menos, toda ensanguentada, Raquel tinha um corte enorme na barriga, e as suas pernas cheias de sangue. Mas a sua irmã não, ela estava bem com uma bicicleta e um vestido amarelo.
- Letty. És tu. – Sussurrou Jason no meio do seu pesadelo movendo-se de um lado para o outro na cama.
- Preciso que me procures, grandão. Por favor. – Pedi ela chorando encostada a uma árvore grande.
- Tu estás morta, nos te enterramos. – Disse levantando a mão ainda dormindo. – Tenho saudades tuas. Perdoa-me.
- Não tenho o que perdoar, estou bem. – E desapareceu com o sonho de Jason como todos os outros.
- Vai ficar tudo bem. – A voz era daquela jovem que encontrou no seu quarto. Mas o que o acalmou mesmo que fosse a sua mente a confundi-lo.
- Sim? Quem fala? – Érica entrou com o telemóvel em seu ouvido em seu apartamento T1. – Ah. Bom dia Senhora Rute, desculpe desde já ter saído de sua casa sem agradecer-lhe a si e seu marido corretamente. Imensas desculpas. E já transferi o dinheiro. Não precisa mais de entrar em contato com gente como eu. – Falou as últimas palavras com dor, pois gostaria de conviver mais com aquele casal.- Não, menina. Eu e Alex simpatizamos contigo, instantaneamente. Por isso estou a ligar, hoje tem um baile aqui em nossa casa, gostava que viesses. E que história é essa de não nós dar-se com gente, como tu? O que vejo é uma jovem batalhadora com fortes ideias. – Disse apreciado o quão madura a jovem falava e mostrava-se ao mundo.- O seu filho deixou claro que somos de mundos diferentes e ele tem razão. – Murmurou com certa mágoa em sua voz.
Antes dos dois enamorados os apanharem caminharam em silêncio para o interior da sala dando inicio da primeira dança. Jason que entrou percorreu o olhar à procura de uma certa mulher que o enfeitiçou à primeira vista. Quando viu parou um segundo, observando-a que ela tinha tatuagens, mais uma coisa em comum mas o que lhe fez arregalar os olhos foi a enorme cicatriz que tem nas costas atravessado a tatuagem que ela tem no mesmo lugar, acompanhada por outras mais pequenas que não eram tão perceptíveis como aquela. Sorriu, para ele só mostrava-lhe que a jovem mulher tinha uma personalidade forte, não se importava com o que lhe diziam ou para os que olhavam para ela agora sem casaco. Porém seu sorriso acabou quando notou que seu primo estava aproximando-se dela.Jason observava tudo ao longe o que ele não sabia era que sua mãe também. Ela não gostava de Edgar, ele simplesmente
- Não! Por favor. - Implorei. Isto não podia acontecer-me, não novamente.- Porque mulheres fazem-se de difíceis se todas querem o mesmo. – Sussurrou e ai percebi, que este monstro já fez o mesmo com outras mulheres.Subimos as escadas, não tinha forças para lutar. Pela primeira vez não tinha forças para lutar era como se eu tivesse a ser afogada e ao mesmo tempo com imenso sono. Uma lágrima desceu pela minha face, Edgar notando parou no caminho retirou o braço da minha cintura, eu não aguentava as minhas pernas caí no chão no corredor superior. Abaixou-se e deu-me um estalo…- Não chores. Não te atrevas a fingir-te de pudica. Sua puta. – Falou em tom assustador, levantando a mão para bater novamente.- Não…. – Fechei os olhos esperando pela bofetada sem mover mesmo que quisesse n&atil
- Oh, meu deus. Porque não me chamaram? – Resmungou preocupada.- O pai e Rodrigo o levaram da minha frente. Ela tremia, mãe. – Lamentou fechando a mão que estava livre em um punho. - Estava com medo até de mim, mas depois não sei, foi como se percebe-se que estava segura em meus braços e começou a chorar em mim. Eu não sei mãe, achei que era impossível sentir-me metade homem, mas foi assim que senti ao olhar em seus olhos. – Falou enquanto em sua face escorriam solitárias lágrimas. E pela segunda vez chorou em frente a alguém.- Meu querido, filho. Isto foi o destino que fez com que nós a conhecemos da pior forma possível, acredita. De alguma forma comigo bastou um olhar para perceber que ela era a filha que eu nunca tive a possibilidade de ter por muito tempo na vida. – Falou chorando também.- Eu não fiz nada com ela,
- Não. Preciso que desaceleres o passo parece que estás ligado a uma corrente eléctrica, calma, eu estou bem…. - Pensei um pouco, parando a fala. Fazendo-o erguer uma sobrancelha coisa que reparei que fazia quando não era obedecido. Estava mal habituado, pensei. – Pelo menos agora ao teu lado. Tu estás todo molhado. Seca-te primeiro. – Mal acabei, estava com um sorriso de orelha a orelha.- Hum, preocupada comigo? – Perguntou galanteador.- E tu não estás comigo ou isso é só para levares-me para a cama por uma noite? – Falei. Mas o sorriso de Jason
- Calma. Deve ser alguém que ficou aqui na casa dos meus pais. Está tudo bem! – Falou abraçando-me.- Oh, desculpem. Não sabia que ia estar aqui alguém. Eu só preciso de um copo de água e já saio. – Falou sem olhar para nós dois. Jason suspirou, parecia que conhecia a miúda de óculos.- Marina, está tudo bem. Nós não jantamos, não precisas justificar-te. Pega. – Falou servindo-lhe um copo de água da jarra que estava em cima da bancada.- Olá. Queres um pouco de salada de fruta? – Perguntei percebendo o olhar da rapariga para a bancada. Sorriu e assentiu. – Pega. – Disse entregando-lhe uma tigela com o que sobrou.-Obrigada. Já vou.- Não precisas de sair. Podes comer aqui connosco.- Não se importam? – Perguntou olhado de mim para Jason que continuava abraç
Arrumaram a cozinha em prefeita sincronia como se fosse algo do seu quotidiano. Dando sorrisos e beijos pelo meio enquanto completavam o trabalho. O que ambos não sabiam era que os pais de Jason estavam a vê-los. D. Rute sorria ao lado Alex, seu marido ambos espantados e esperançosos ao ver seu filho tão desapegado de todo - Jace, vamos. Para quieto precisamos dormir. – Reclamava Érica na cozinha.- Estou arrumar, só preciso descansar um pouquinho. – Falou com um sorriso bobo no rosto, abraçando a jovem que lavava as últimas peças de louça.
- Mas que merda? – Murmurou espreguiçando-se. – Érica? – Chamou levantando-se em direção ao banheiro procurando pela jovem.Ao entrar percebeu que ela não estava então resolveu tomar um banho. A água escorria-lhe pelo corpo e começou a lembrar da pele macia que teve ontem em seus braços. Logo o seu amigo deu o bom dia matinal. Jason rapidamente encerrou o banho depois de libertar o seu desejo como um adolescente. Saiu da box e vestiu um terno que mantinha ali para emergências, desceu em direção à cozinha, perguntando aos funcionários, que passavam para começarem com as suas tarefas nos pisos superiores da mansão Fonseca.- Marina, viu aquela mulher, Érica que dormiu aqui ontem? – Perguntou quando passou pelo quarto da sua prima, que sai-a caminhando com ele para tomar o pequeno-almoço.- Aquela mulher, que