Leopoldina e Lancelot, amigos de infância, casam-se, trazendo esperança a uma vida marcada pela tragédia. Porém, Leopoldina descobre os encontros secretos de Lancelot e decide terminar o casamento, sem saber do vício dele por adrenalina. Lancelot luta para salvar o casamento, confrontando seu vício. Ambos enfrentam desafios emocionais e precisam de comunicação e apoio para superar essa crise.
Leer másA viagem para o mar alíviou o pulmão de Leopoldina.A dor em seu interior estava ficando pior, a fraqueza também, mesmo se alimentando e bebendo água, mas nada fazia mudar o ritmo de seu corpo. Os banhos foram ficando com mais frequência porque pelo menos conseguia fugir da dor das respirações, sem contar que ficava longe de Lancelot, que parecia meloso, dizendo que a ama toda a hora e tentando tirar a ideia do divórcio. Se não tivesse visto como o homem parece mais feliz longe dela, até aceitaria seus pedidos.Mas parecia marcado em sua mente o jeito como ele olha para Madeleine.Com olhos que nunca pareceram se encaixar nela, ou até mesmo aquele brilho intenso onde a tempestade que dominava seu
A viagem para casa foi um silêncio.Quando Leopoldina conseguiu colocar os pés em sua casa, relaxou um pouco mais.Lancelot, depois daquele escândalo, queria fugir para casa, mas ela foi para aquele palacete com um objetivo que era vender, e falando nisso, ela vendeu. Achou irônico que as obras que estavam lá eram aquelas que ele disse que nunca ia vender porque contava sobre o amor deles, parecia que o mesmo queria descartar suas lembranças mais tristes. Porque Lancelot ficou olhando para os quadros por um tempo, atônito a tudo que acontecia à sua volta.Agora em casa, o homem parecia distante e frio.Nem com suas meninas ele queria conversa.
Podia dizer que ela não queria voltar para o quarto.Mas tinha que ser crescida e talvez o libertasse de um mal?Bom, Lancelot parecia nervoso e, quando estava assim, andava de um lado para o outro enquanto ela continuou parada, sentada num pequeno banco.- Sobre o que você viu... – Sentiu uma queimação em sua pele, Leopoldina simplesmente ignorou aquela coceira nervosa.- Se não está feliz, por que não termina o casamento? – Aquilo o fez parar no meio do caminho e ela simplesmente o encarou curiosa.- O quê? – A voz saiu quebrada e sem força.
Leopoldina poderia dizer que essa viagem estava abrindo sua mente para a realidade que ela luta para não ver.De manhã, depois de comer algo, viu seu marido sumir com a prima, fazendo-a sentir uma queimação em seu interior. Decidiu que ficaria longe das pessoas e principalmente dele para poder ter um pouco de paz e tentar bordar ou até mesmo tirar essa insegurança de seu pobre coração.Mas o tormento a acompanhava.Enquanto tentava fazer um cervo naquele pano simples que achou jogado pelo palacete, acabou se acomodando em uma das bibliotecas. Foi no meio de suas tentativas falhas de parar de fazer sua mão tremer que ouviu.- Por que não larga
O palacete diamante negro sempre foi um dos palacetes mais belos da família de Leopoldina. Sabia que seu primo estava tomando conta da família deles agora, o único homem da família longe de uma idade avançada. Olhar para aquelas grandes árvores que indicam o caminho, os campos verdes e ao longe a casa completamente preta com janelas escuras dava um ar mais dark, combinava com a família.Olhando de canto de olho, sabia que Lancelot parecia meio nervoso, tinha prometido se comportar, mas o homem parecia mexido com muitas coisas, seus quadros estavam bem embalados e... tudo parecia bem.Quando a carruagem para.E o homem a ajudou a descer. Pode-se dizer que Leopoldina sentiu um certo pavor, lá estava Poppy e suas amiga
Leopoldina nunca pensou que uma janta ia ser tão ruim assim.Fazia muito tempo que não via uma janta assim.Suas meninas em seus mundos de divertimento enquanto seu marido está bem ali na sua frente, a encarando nem menos tocando em sua comida, enquanto ela tenta desesperadamente voltar à normalidade, com Tulipa ainda precisando de certa ajuda para tentar comer mais do que por para fora de sua boca. Deixando uma menina ruivinha tão sujinha, a fazendo pensar no banho que teria que dar em todas e depois nela mesma, a fazendo choramingar com esse pensamento.- Onde esteve essa tarde? – Melissa surgiu alheia ao olhar de morte que recebeu de Lancelot.- Descascando. – Leopol
Leopoldina estava no céu.Lancelot parecia estar de volta em seu antigo molde, nos últimos meses ele parecia mais distante, seus problemas de saúde deixaram o marido meio impaciente e parecia que as viagens para a cidade o acalmavam. Sabia que o marido visitava suas amantes, saía com seus amigos e tinha uma vida social que ela não podia lhe dar.Foi no seu momento de se recuperar de uma de suas gripes que não a deixava olhando suas meninas brincando que um estalo bateu em sua mente.Nas idades de serem apresentadas à corte, Leopoldina não conseguiria levá-las para os salões. Seu medo pelas pessoas tomava conta de seu corpo só de pensar, suas mãos tremiam e seus olhos perdiam a cor, princi
As três tinham dormido e agora Leopoldina e ele tinham o trabalho de colocar as meninas para dentro. Caminhar com as mais velhas foi um pouco difícil, mas sua visão não vacilou quando Leopoldina se levantou com uma dificuldade bem tensa, mas com o apoio do cachorro, se levantou junto com sua menina.O caminho para os quartos das meninas foi num silêncio tranquilizador. Tulipa apertava o pescoço de Leopoldina, fazendo um carinho em suas costas. Lancelot foi para o quarto e foi pego por uma decoração nova, dando de cara com navios e baleias pendurados pelo teto, o fazendo voltar para Leopoldina, que vinha com a mais nova em seus braços, capotada . Indo para a cama com grade e com um porquinho de crochê, foi dada à menina. Quando todas dormiam com a música da caixa de música que Leopoldina colocou
Lancelot realmente não viu quando apagou.Mas logo acordo com sons de grito.O fazendo levantar da cama, dando de cara com o campo de casa, aquele campo cheio de dentes de leão completamente amarelos, o melhor momento para fazer piqueniques, como dizia Amelia, e no meio do campo, enquanto chegava perto, tinha uma área coberta enfeitada com cadeiras e um pequeno altar de casamento? Chegando mais perto, viu Madeleine junto com todos os seus conhecidos e familiares. Madeleine estava de branco junto com suas meninas como dama de honra.- Finalmente chegou, marido. – Ela sorriu docemente de forma diabólica enquanto Lancelot travou.- Sim, papai! – fazendo voltar a Amelia. – F