Leopoldina o viu partir com certa rapidez, acabou achando fofo sua preocupação com ela e sua gravidez, mas o homem parecia animado para voltar à sociedade.
- Já está com saudade dele? – Melissa murmuro gentilmente.
- Sim, mas acredito que será bom para ele viver longe de mim. – Seus olhos tristes quebraram a jovem senhora que ainda tentava aprender como lidar com a jovem. – Ainda me preocupo que tenha arruinado algum momento de sua vida.
- Sempre pensando negativamente? – Leopoldina, volto a Melissa, a analisando enquanto a governanta já começou a pensar que foi ousada demais.
- Verdade, né? – Seu sorriso parecia leve, deixando a senhora mais calma. – Sempre penso pelo lado negativo porque acabo machucando alguém, por exemplo, seguindo o plano maluco de Lancelot, acabei sendo excluída de minha família. – Seus olhos ainda foram para longe, onde Lancelot foi visto pela última vez.
- Seria ousadia minha perguntar o que realmente aquele casal escondia, vivia com o marido naquela casa há pouco tempo, e achava estranho em Caconde ninguém os conhecer, jovens recém-casados vivendo no meio do nada, enquanto todos os familiares nem ao menos sabiam onde estavam.
- Se você não conta para ninguém. – Leopoldina tinha um ar infantil às vezes e Melissa aprendeu a notar que isso não é intencional.
- Não contarei. – Prometeu de dedinho, vendo a senhora rir baixo, dando espaço à senhora para o banco na frente da casa.
- Bom, eu o conheço desde criança, - Leopoldina volto para a senhora sorrindo. – Ele sempre foi muito gentil e desenvolvemos uma grande amizade mesmo com meus problemas ao público e tique com as mãos, as vezes ate mesmo meus problemas de banheiro. – Leopoldina viro para frente. – Bom, ele sempre foi tão presente mesmo quando foi para o treino militar, sempre trocamos cartas, tinha tantos bolos de carta que me faziam me sentir especial, ate que veio a hora do casamento. – Sua menstruação tinha decido e seus pais pareciam a olhar ainda mais estranhos se perguntando o que faria com ela. – Um primo distante veio para ser meu marido e para minha irmã ele foi selecionado. – Aquele jantar foi tão desastroso, Leopoldina ainda lembro do anúncio como seu coração se aperto, e tentou esconder as lagrimas que desciam de seu rosto, Lancelot nunca paro de a olhar, depois acabou quebrando um prato sem querer, seus pais acharam que ela queria acabar com a noite e mandaram ao quarto. – Acabamos conversando a noite e acabamos nos beijando muito. – Os movimentos com a mão fizeram a senhora ficar vermelha.
- Vocês fizeram...? – Os movimentos já a fizeram rir.
- Sim, eles pegaram. – Ela murmura atrás da mão e Melissa viu a diversão nos olhos da mesma. – Sabe que deu ruim, não é? Me falaram que o enfeiticei, ele não aceitou muito bem, disse que ia casar comigo e que preferia minha pessoa, achei tão fofo, mas realmente fiquei com medo porque a senhora Cleusa disse que eu ia arruinar a vida dele. – Ela não quer ser a ruína dele. Por isso, promete que não o atrapalharia.
- Ele sabe disso? – Melissa murmuro pensativa.
- Não, ele não ouviu a mãe dele falando isso. – Leopoldina, volto para casa. – O mesmo fugiu com a roupa do corpo e viemos para aqui e fizemos a casa do zero. - Tinha tanto orgulho. – Dois meses já se passaram e realmente parece que estou fazendo algo certo, né? – Voltando a mais velha.
- Se diz sobre o arruinar, acredito que está fazendo um bom trabalho. – Isso a deixou feliz e Melissa sentiu pena da jovem. – Senhor Lancelot, parece realmente a amar.
- Também acredito nisso, - Leopoldina não queria ser pessimista com a senhora Melissa. – Espero que isso dure bastante. – Sorriu de novo para longe.
- Bom, irei preparar um pouco de chá. – Melissa se levantou devagar. – Quando ficar pronto, te chamarei, uma gravidinha não pode ficar sem comer. – Leopoldina acabou feliz com o cuidado e confirmo.
...
2 semanas depois.
Lancelot acabou entrando num frenesi de um antigo vício dele. O prazer do sexo.
Depois de fechar o negócio com Fausto Silva, Lancelot volta para um dos prédios mais favoritos de toda a grande São Paulo, o cabaré da dama da noite, onde tinha as melhores moças da vida. Tudo que ele não conseguia fazer com Leopoldina, conseguia fazer com Samanta, Laura ou até mesmo Kissy, mas a dama que mais passa tempo é a querida Pity, uma russa com um traseiro enorme.
- Você é um anjo, sabia? – Algo o quebrou enquanto se deitava na cama. "Anjo" é um apelido que ele dá à Leopoldina, não devia associar esse apelido a outro ser, o fazendo voltar à realidade com um tapa na cara, vendo que aquele quarto não é o que ficou meses fazendo com a mesma, estava numa suíte de um bordel enquanto sua esposa grávida estava em casa e sozinha?
- Eu sei, - A voz docemente o fez sentir um enjoo. – Espero que possamos concluir nosso plano...
- Plano? – Falou meio sonolento.
- Não se faça de boba, - Pity fechou a cara em aborrecimento e Lancelot sentiu ainda pior. A mulher não é feia, mas realmente queria entender quanto tempo gastou ali e o que Leopoldina está pensando. – Sobre irmos para longe e construirmos algum lar juntos, tinha falado que ia pensar.
- Então é pensar não aceitando. – Levantou um pouco irritado com isso.
- Sim, mas pensei que ser boa com você me tiraria desse lugar. – Resmungo, já vendo as lágrimas caindo.
- Olha, eu já tenho uma esposa. – Aquilo não pareceu incomodar a mulher. – E realmente meu tempo com você foi bom, mas realmente tenho que ir... – Já pulando da cama procurando a roupa.
- Posso viver no campo e, do jeito que ficou aqui, acredito que nem liga muito para a esposa, está quase um mês aqui comigo. - Pity saiu da cama tentando o segurar. – Ela não deve ser muito interessante, não é? Para ficar comigo por tanto tempo. – Lancelot realmente respiro fundo porque a lógica da mulher não estava errada, mas também não estava certa, ele tinha uns problemas com prazer e com a liberdade que tinha às vezes acabava indo longe demais.
- Bom, vamos repetir isso uma outra hora. – Lancelot finalmente estava inteiro e bem apresentável pelo menos um pouco, abrindo a carteira e deixando o dinheiro sobre a mesa. – Isso deve dar. – Com isso, simplesmente saiu sem olhar para trás.
...
Poderia dizer que, quando Lancelot chegou em casa, o clima estava tenso.
Seu pequeno anjo? Anjo... esse apelido não deve mais ser usado para ela, Leopoldina.
Entrando dentro de casa, foi recebido por um silêncio, um silêncio sufocante, o fazendo largar as coisas no chão mesmo.
- LEOPOLDINA? – Berrar não é muito educado, mas realmente pensou que iria encontrar sua esposa, mas tudo que recebeu foi uma tosse, o fazendo subir a escada correndo, entrando no quarto dos dois, vendo-a ali na cama deles. - O que aconteceu?
- Lancelot... – Ela se levantou com certa dificuldade, mas seu rosto estava meio pálido, seu rosto estava longe e as grandes cobertas estavam cobertas de sangue, o fazendo pensar o que diabos aconteceu.
A governanta Melissa surgiu com panos úmidos, fazendo a senhora voltar a ela com certa raiva. O acordo é entrar em contato com ele, mas agora chegou e tem uma esposa de cama e num canto de seu quarto tinha sangue em seus lençóis, o fazendo já entender o que diabos aconteceu com as sementes em seu ventre.
- Tínhamos combinado que, se acontecesse algo, você entraria em contato comigo... – Lancelot volta sua raiva e culpa a coitada da mulher que congelou no meio do caminho.
- Não brigue com ela. – Leopoldina levantou-se daquele colchão com certa fraqueza, o fazendo recuar um pouco para impedi-la de sair da cama. – Não brigue com ela, - Manteve firme e Melissa viu o homem acalmar um pouco. – Eu pedi para ela não contar para você. – Por fim, volto a Melissa, que sorriu agradecida. – Obrigada pela água, mas poderia deixar a gente? – Seu sorriso foi gentil para a mulher, que aproveitou a deixa enquanto Lancelot parecia realmente querendo arrancar uma cabeça de alguém.
- Por que pediu algo assim? – Volto irado para a mesma.
- Porque não queria te atrapalhar, - Aquilo o quebrou. – Você demorou mais na sua reunião, acho que precisava de um pouco de paz. – Aquilo o fez sentir um gosto amargo em sua boca.
- Coisas assim devem ser informadas. – Ele beijou sua cabeça, buscando um pouco de calmaria de seus próprios demônios debaixo de sua pele.
- Sim, mas me senti culpada também, porque perdi algo que devia ser algo alegre. – Leopoldina voltou chorando para o homem e Lancelot sentiu arrependimento. Quanto tempo ela ficou assim naquela casa e sozinha? Enquanto ele ficou fuçando com uma prostituta.
- Isso não é sua culpa, sempre podemos fazer outro. – Murmuro, puxando-a para o peito.
- Mas eu devia pelo menos conseguir carregar algo para você, conseguir fazer algo de bom... – Lancelot, tudo que pôde fazer foi puxar para seu peito e apertar, ele não pode errar com ela de novo, não pode.
- Não se culpe por isso, às vezes acontece. – Murmuro, aninando. – Mas não pode me esconder isso, e se tivesse acontecido algo pior? – Ela o olhou e os olhos azuis bateram com os acinzentados.
- Mas começou com uma gripe e, quando vi, estava sangrando. Foi realmente tão rápido que nem pensei em incomodá-lo. - Ele não podia deixar isso acontecer.
- Bom, vamos combinar que não podemos esconder as coisas assim, está bem? – Lancelot ajeitou a mesma na cama. – Mas vamos passar por isso juntos, vamos dar um jeito nisso. – Garantiu com carinho enquanto pegava um pano e colocava sobre sua cabeça. A vendo estremecer.
- Está bem. – Beijou de leve sua mão, o fazendo sentir amargura. – Eu prometo. – Seu sorriso o fez garantir que aquilo que fez não se repetisse.
Lancelot joga merda na cruz.Tinha notado que, mesmo depois da recuperação dela, Leopoldina estava distante e, no meio de suas conversas com Melissa, a mesma tinha falado que poderia ser depressão.- Como se cura isso? – Essa tristeza que nunca vai embora.- Não sei, meu amor. – Murmuro pensativa. – Quando perdi alguma de minhas crianças, meu marido me arrumou um gato para que eu pudesse ter algo a fazer, talvez dê um bichinho a ela. – Lancelot refletiu sobre isso.- Um animal? – Olhando para Leopoldina melancólica em seus cantos e seus olhos sempre longe, poderia tentar. – Bom, ela sempre gosta de dálmatas, acho que vou compr
Ela queria mais filhos.Tinha se passado um ano desde seu casamento e Leopoldina queria filhos.Mas o problema é que ainda não conseguiu falar isso com Lancelot, desde que a moça da vida, ele ficou muito sentimental, nunca o tinha visto daquele jeito realmente, ela nunca o culpou por pular a certa, até mesmo o pai dela fazia isso em busca de um filho homem. Sua mãe chorava bastante, mas ela realmente não sentiu essa tristeza. Ela só aceitou, aceitou que nem mesmo Lancelot poderia amar ela, que nem nos livros de romance.Se nem sua mãe, que era normal, tinha um casamento perfeito, imagine ela com tiques e ataques de pânico?Voltando agora, vendo seu marido
5 anos se passaram.Lancelot podia dizer que, depois de tanto tempo, começou a se sentir frustrado.Um homem não pode viver só de amor e agora ele tinha três lindas meninas para cuidar. Além de Leopoldina, Amelia, Ember e a mais nova Tulipa, suas meninas tinham etiquetas para serem apresentadas e claro, por toda a reza que Leopoldina, as meninas nasceram "saudáveis." Sem tiques ou tremedeiras com a mesma, o que Lancelot não ligou muito na época, mas vendo agora, vendo como um certo tempo pegou sua esposa, agradeceu também.Leopoldina não saía mais de casa, o máximo que ia era para a casa da praia onde eles aproveitavam o verão. Sua mulher tinha vergonha de suas tremedeiras
Em 4910.Leopoldina finalmente desistiu de dormir, essa noite foi repleta de eventos que marcaram seu futuro e, mesmo aceitando a maioria, parecia que andavam num rumo perigoso. Saindo da cama e vagando pela casa de festas, envolvendo-se em seu roupão, decidiu ir atrás de algum romance. Ficou de certa forma triste que não veria mais esse pequeno palacete que envolvia a família Silva Santos, onde tinha bailes e sarais. Mesmo que não participasse, ficava olhando.O palacete em questão tinha um ar meio mitológico. Dona Cleusa tinha um gosto por mitologia grega e fez o palacete do marido ter um ar mais antigo, com grandes pinturas mostrando como o mundo foi feito à base dos olhos dos antigos. Sempre ficava um tempo olhando cada pintura, mesmo que isso às vezes chamass
Bom, depois de um casamento correndo e uma casa comprada no meio do nada, Leopoldina poderia dizer que tirou a sorte grande, o que tinha à frente seria um pesadelo para qualquer dama, mas para aqueles dois foi algo mais interessante.- Acho que em dois meses conseguimos nossa casa. – Resmungo Lancelot com ferramentas.- Fico com a sala e a cozinha! – Pulou animada com as latas de tinta.- Ok, ok, - Lancelot segurou a mesma pela cintura. – Só tome cuidado, ok? – Seus olhos buscavam uma confirmação. – O chão não está firme! – ela acenou e, quando a soltou, Lancelot a viu sumir pela porta, o fazendo rir. – Vou ter mais trabalho em manter inteira do que construir a casa. – Lancel