Stephany tinha tudo o que o dinheiro podia comprar - uma vida de conforto, mimos e privilégios. No entanto, sua realidade desmorona quando seu próprio tio a trai e a deixa sem nada. Agora, ela se vê jogada em um mundo completamente oposto ao que conhecia: os morros urbanos. Enquanto enfrenta o choque cultural e as dificuldades da vida nas ruas, Stephany começa uma jornada de autodescoberta. Ela se depara com desafios que nunca imaginara, encontra amizades inesperadas e aprende a valorizar o que realmente importa.
Ler mais— Nynny, eu já falei para você não criar confusão na rua. – Repreendo a minha filha que me encara. — Não foi culpa minha, os idiotas estavam zombando do BenJu e eu não posso deixar isso. Como eu previa meus filhos são completamente diferentes, BenJu é tranquilo, ele é um tipo de criança que se você mandar ficar sentado ele fica quietinho, já Nynny, puxou Gui, super teimosa e questionadora. — Filha, pensa no que o seu pai pensaria se estivesse aqui. – Minha filha revirou os olhos. — Ele não tá aqui com a gente. – Desde quando Gui viajou para uma reunião, Nynny, ficou assim, ela é completamente ligada ao pai. — Nosso pai, tá no trabalho, ele vai chegar. – Meu filho fala com a irmã que me pede desculpas. — Eu te desculpo, mas não é por isso que não vai ficar de castigo mocinha. — Tá bom mãe. – Ela se levantou e foi para o quarto. Após a conversa com Nynny e a imposição de um breve castigo, eu me sentei no sofá com BenJu ao meu lado. Ele era tão sensato e compreensivo para a sua i
(Anos Depois)— No nosso programa de hoje receberemos uma mulher incrível que cinco anos atrás perdeu todos os seus bens, foi morar em uma comunidade e acabou e passou por muita coisa. Vamos receber com muitas palmas Stephanny Giacomelli Duarte. – Assim que escuto meu nome ser chamado, vou para o centro do palco e me sento no sofá. A entrevistadora Ana Leticia me cumprimenta e agradeço. — Estou muito feliz de estar aqui e poder divulgar minha ONG. — Sua ONG “Passos para o Futuro" Sempre acompanho suas redes sociais e vi os prêmios que vocês ganharam não só no ballet, como no karatê e no boxe, a quem você atribui esse sucesso? — Aos anjos que sempre estiveram em minha vida, Jarbas e Carol, eles eram a minha base, principalmente depois que meus pais morreram. Depois vieram os amigos e o amor da minha vida. – Digo lembrando tudo o que passei. — Por falar em amor, vocês são pessoas muito discretas, quase não os vejo em eventos, tem algum motivo para isso?— Sim, somos discretos mesmo,
Stephanny Giacomelli Duarte(Um ano Depois) Já se passou um ano desde o momento mágico em que Gui me pediu em casamento, e a vida tem sido uma montanha-russa de emoções. Estamos em turnê com a peça, viajando de cidade em cidade, levando nossa arte aos mais diversos públicos. Mas a correria e a distância entre nós têm sido desafiadoras.Nossa relação permanece forte, mas a saudade é um fardo pesado que carregamos. Gui e eu mal conseguimos nos ver durante a turnê. Nossos horários raramente coincidem. É uma situação que tem nos deixado loucos, mas sabemos que é temporária.Durante esse ano, Dona Jussara assumiu a frente da ONG, ela sempre me liga para avisar o que está acontecendo, as meninas fazem a mesma coisa. A ONG está crescendo e prosperando, e estamos fazendo a diferença na vida de muitos, já ganhamos até medalhas no karatê e um troféu na dança de terceiro lugar, mas estamos trabalhando para chegarmos em primeiro. Enquanto estou em turnê, contratamos uma bailarina temporária pa
Só percebi que havia dormido quando Gui me acordou, ouvi o barulho das ondas e perguntei a ele o que estávamos fazendo na praia. Ele me chamou para dar uma caminhada noturna e eu retirei meus saltos e o acompanhei, enquanto caminhavamos Gui relembrava algumas situações engraçadas que passamos e eu apenas sorria com as lembranças.— Onde você quer chegar com isso? – Perguntei curiosa. — Você é muito impaciente Phanny. Continuamos a nossa caminhada sendo seguidos pela lua que estava linda e bem redondinha. Parei para admirar o reflexo da lua sobre as águas e Gui pediu para fechar os olhos.— Pode abrir agora. – Quando olhei para Gui, ele estava ajoelhado segurando uma caixinha de veludo. — Stephanny Giacomelli Duarte, você aceita se casar comigo e dividir uma vida cheia de incertezas, altos e baixos comigo? As lágrimas rolaram nos meus olhos livremente, Gui ficou esperando a minha resposta enquanto eu tentava encontrar a minha voz.— Sim… Mil vezes sim… – Ele se levanta e me abraça
Finalmente, o grande dia havia chegado. O teatro estava repleto de expectativas e emoções à medida que nos preparávamos para a tão aguardada apresentação. Meu coração estava uma verdadeira bagunça de nervosismo e empolgação. Os ensaios tinham sido intensos, e agora era hora de mostrar a todos o que tínhamos preparado.Eu estava nos bastidores, observando a cortina fechada e ouvindo o burburinho da plateia. Minhas mãos tremiam, e eu sentia borboletas no estômago. Gui se aproximou, segurando minha mão com firmeza e me dando um olhar de encorajamento.— Você vai arrasar, Phanny. Lembre-se de que estou aqui torcendo por você.Suas palavras eram como um raio de sol atravessando as nuvens escuras do meu nervosismo. Eu respirei fundo e assenti. Max se aproximou de nós. — Preparada? – Meu amigo perguntou.— Vê se não deixa a minha mulher cair. – Gui olha para Max que sorri, os dois passaram a se dar bem o que é bom. — Gui, vai amor, se alguém te pega aqui serei advertida. – Ele sorriu e me
Stephanny Giacomelli DuarteGui e eu nos dirigimos ao presídio onde meu tio estava detido. A atmosfera estava carregada de tensão enquanto nos aproximávamos do local. Eu estava preparada para confrontar aquele que havia trazido tanto sofrimento para minha vida.Quando entramos na prisão e fomos levados à sala de visitas, lá estava meu tio, sentado, olhando para nós com um sorriso cruel. Encarei-o e senti um certo medo.— Stephanny, minha querida sobrinha, que surpresa agradável. – Meu tio zombou, fazendo um gesto exagerado com as mãos. — O que a trouxe aqui, está com saudades?— O motivo da minha visita é que eu descobri algumas coisas a seu respeito e gostaria que me esclarecesse. – Meu tio sorriu.— E o que gostaria de saber?Perguntei a ele quantas vezes ele tentou me ferir de alguma forma e ele me diz com naturalidade que a primeira vez que ele tentou me matar eu tinha um ano e meio. Meu tio não esboçava nenhuma reação de culpa; ele sorria.— Como eu disse daquela vez, eu queria v
Fiquei na porta do teatro esperando Phanny sair, quando ela saiu estava com um cara ao lado que acho que é o tal de Max, ele a abraçou e logo desci da moto e fui ao encontro dos dois. — Oi, amor, não sabia que viria. – Phanny diz assim que me viu. — Pensei em fazer uma surpresa. – Digo a ela mas encarando o cara. — Max, esse é meu namorado Guilhermo, Gui esse é o meu parceiro de dança. – Ela nos apresenta e nos cumprimentamos. — Então esse é o famoso Gui, Steph fala muito de você, como está a perna cara? — Estou bem melhor. – Digo apenas e Phanny revira os olhos. — Max, precisamos, até amanhã. – Phanny diz sorrindo e o abraça novamente, ele se despede de mim e se vai. — Guilhermo Montenegro, o que foi aquilo? Custava ser simpático?— Simpático o caralho o cara parecia um polvo cheio de mãos em você. – Ela revirou os olhos mais uma vez e sei que ela só não me xingou por que não é do feitio dela, mas o olhar gélido estava ali e como Mequetrefe falou, ela olha de um jeito que te f
Guilhermo MontenegroFinalmente tirei a porra daquele gesso não aguentava mais ficar em casa de molho dependendo dos outros a única coisa boa foi que a minha enfermeira particular cuidou de mim de todas as formas deliciosamente possíveis. Meu celular apitou e logo seu nome piscou no visor."Gui, você já tomou os seus medicamentos? Não esqueça que não pode forçar a perna." E por falar nela."Já sei gostosa, estou tomando todas as precauções médicas." A resposta não demorou a chegar. "Assim espero! Até mais tarde e não esquece de fazer aquilo que te pedi há um tempão." Enviei um emoji e travei meu celular. Não me meto em relacionamento alheio, mas se eu não falar com W.D Phanny não vai me deixar entrar nela. Fui pro escritório da boca e quando cheguei Mequetrefe estava trepando com Larissa, quando ele me viu entrar rapidamente mandou ela sair. — No escritório não Meque, vai foder suas vadias em outro canto. — Foi mal ae patrão, não sabia que tu ia vim hoje, a carcerera te liberou?
Chegamos ao local do ensaio animadas e cheias de expectativas. Hoje era o nosso primeiro dia de ensaio para a peça, e a ansiedade estava à flor da pele. Nos acomodamos e ficamos esperando as instruções de Claudio Blassen que aparentemente não havia chegado, Lua e eu encontramos nossos amigos e ficamos conversando enquanto esperávamos pelo nosso coreógrafo. Carlos chegou e nos reuniu com o restante do elenco que também havia passado na audição e começou a explicar a importância de cada personagem na peça. Sua paixão pela dança e pela arte era evidente em suas palavras, e seu discurso inspirador nos motivou ainda mais.— Cada um de vocês tem um papel fundamental nesta peça. A história é carregada de emoções e profundidade, e é vital que vocês transmitam isso em cada movimento e expressão facial. Não se trata apenas de dançar, mas de se tornar a personagem, de viver cada momento como se fosse seu. – Claudio explicou, olhando-nos seriamente.Ele continuou detalhando as características e