Capítulo 579
Bruno se aproximou e parou atrás de mim, trazendo consigo um pouco de luz e calor.

Ele envolveu minha cintura com suas mãos, e o cheiro suave do sol, que parecia aquecer o ambiente, me deixou inquieta. De uma forma inexplicável, eu estava gelada, e meu corpo não conseguia conter os leves tremores.

Enquanto Gisele me observava, seus olhos cheios de dor e desespero, Bruno inclinou suavemente o queixo sobre meu ombro e sussurrou em meu ouvido:

— Desculpe, por todo o sofrimento que te causei.

Gisele gritou, o som agudo e desesperado cortando o silêncio:

— Irmão, irmão, me abraça, por favor! Eu não tenho mais pernas, não consigo andar! Só vou poder viver se você me carregar, senão... Senão eu vou morrer!

Bruno virou a cabeça, e com uma frieza intransigente, respondeu a Gisele, sua voz cortante como uma lâmina:

— Então morra.

As palavras não eram dirigidas a mim, mas, ao ouvi-las, meu corpo não pôde evitar um tremor. Em um instante, parecia que o mundo ao redor havia parado.

Eu estava prof
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