Desconcertada ela balançou a cabeça que sim, ficou corada de vergonha, ele começou rir - Tô brincando, quer carona né? - Bora lá, eu te levo. Ela começou rir sem jeito - É, não vou te atrapalhar? Ele disse que não, ela entrou correndo pegar as coisas, foi no quarto de Violeta se despedir, contou que ia pegar uma carona, Violeta a acompanhou até o portão, brincou dizendo que era pra ele a levar com cuidado. Assim que entraram no carro, Sky falou que ia encontrar uma amiga no terminal rodoviário, ele nem suspeitou de nada, começou falar sobre o trabalho, onde morava, uma festa que ia no sábado, foi muito gentil e a deixou na frente do terminal, não falou nada sobre ficarem, por achar que ela tinha alguém. Sky o agradeceu, só respirou aliviada quando desceu do carro, foi ver quais eram os horários de ônibus, o último tinha acabado de sair, se sentindo muito burra, por não ter ligado antes, ela ficou sentada pensando, pediu um celular emprestado para uma moça, Tai já a
Ela concordou sem dizer nada, foi indo atrás com receio de algo acontecer entre eles, apesar de estar um pouco obececada por ele, não sabia como iria reagir, caso ele tentasse fazer alguma coisa, até porque suas poucas experiências, foram com rapazes de sua idade, nunca com um homem de verdade. Ele ligou a televisão, ela sentou quase no meio do sofá, molhando a boca na taça, ele sentou ao lado - Quer escolher? O filme? Ela disse que não, ele começou escolher - É bom que tenhamos um tempo a sós, para nos conhecermos melhor, né? - No dia a dia, é tudo sempre muito corrido e tem o Amin, no nosso meio. - Não está forte, bebe mais para esquentar, quando esfria, eu adoro tomar conhaque, até puro, antes de dormir, é ótimo. Ela sorriu sutilmente, tomou um gole maior, reparando nele, parecia diferente, mais comunicativo, simpático, como se pela primeira vez, estivesse a enxergando de fato. Ele estava arquitetando um plano contra ela, aquela oportunidade pareceu perfeita,
Ele ficou sorrindo a olhando com o pensamento distante - Não, nem um pouco. - Mais me explica melhor, porque os seus pais te prenderam tanto? - Não é normal, que não tenha aprendido andar de bicicleta, ido a festas e passeios escolares. O filme acabou, a bebida dela também, ela estava cada vez mais mole, bêbada, se encostou quase deitando o olhando fixamente - Eles queriam me proteger, de mim mesma e do mundo, porque eu não era saudável e aí criaram uma filha pamonha. - Medrosa, insegura, sem noção, as vezes eu fico me perguntando, como eu poderia ter sido.- Tipo, seria mais independente ou segura, até popular, ou pelo menos rodeada de amigos?- O mais engraçado é que quando as coisas mudaram e eu ganhei um pouco de liberdade, a única coisa que passei a sentir, é a minha vida caindo em queda livre. - Não me sinto completa ou parte de nada. - No último ano, me levanto todos os dias, sem saber quem eu sou. - Acho que eu era mais feliz, quando precisava só obedecer, porque aí p
Por sorte não disse mais nada, ele foi dormir no quarto ao lado, ficou atento, para ver se ela não iria passar mau, levantou por volta das nove horas, foi espiar, ela estava dormindo, as horas foram passando, ele arrumou a cozinha, comprou comida, arrumou a mesa, foi chamar ela, a acordou tocando no braço sutilmente - Skylar, acorda, vamos almoçar. - A sua família deve estar preocupada. - Já é uma hora da tarde. Ela despertou desorientada sonolenta, sem saber a onde estava, o que tinha acontecido, havia sonhado com ele, Amin e Agnes, foi sentando confusa - Oi. Ele sorriu apreensivo - Oi, tudo bem? Como está se sentindo? Ela foi levantando se sentindo um pouco tonta - Mau. Nunca mais eu vou beber! Foi direto para a lavanderia, tirou as blusas no quarto, pegou as coisas para ir tomar banho, muito indisposta ainda vomitou, se lembrava de ter tentado o beijar, mais não exatamente tudo o que conversaram, ficou com medo de ter falado o que não devia. Arrumou
Rigel se aproximou, encostou ao lado dela - Se não vai estudar, é melhor que trabalhe, não?- Você precisa contar aos seus pais, pra depois ver o que vão achar. Violeta deu a volta no balcão - Isso menina. A abraçou consolando - Não vai se precipitando, as vezes seus pais vão gostar da novidade. - Vamos falar com eles, o que acha?Sky estava enxugando os olhos marejados, constrangida - Não vai adiantar, também é longe, vou perder um dia da folga, só indo e vindo, eu sinto muito.Violeta disse que ela estava muito quente, foi pegar o termômetro, Sky engoliu o choro sentida - Só vim me despedir. Olhou para Rigel, achando que era o irmão - Posso me despedir dele?- Não quero o deixar pensando, que foi abandonado por mim. - Ou que eu desisti, por causa dele.- Não é por isso e nem pelo o que aconteceu entre nós na sexta feira. <
Ela ficou emotiva, enxugou os olhos - Você me daria o emprego, se soubesse?Ficou séria, o " enfrentando " - Você só deu, porque a outra desistiu. - Sei que não fui sua primeira escolha. - Até acho que vai gostar, que eu desista.- Assim não precisa se dar ao trabalho de me dispensar e pode colocar a culpa em mim.- E ficar bem com ele. Só depois de falar, ela percebeu que não deveria, ele ficou até sem reação, com a grosseria, se levantou pensativo - Isso não é verdade Skylar. - Não foi honesta porque não quis.- Vou falar com a minha mãe, ver como ele está e já volto. Ela ficou cabisbaixa pensativa, Violeta largou Amin no banho, para ir no quarto conversar com Riven, ele estava irritado, confuso, fechou a porta do quarto - Mãe o que acha?- Não consigo confiar nela.Violeta estava suspeitando dos dois filhos, respondeu com ironia
Ela disse que não, sorriu sutilmente, entraram juntos, ele sentou na sala de espera, quando ela terminou de dar a entrada na recepção, sentou ao lado dele- Pelo menos não está cheio, né? Abaixou a cabeça apoiando nas mãos, cobrindo o rosto, ele concordou, começou ficar preocupado olhando a situação dela, a puxou para se encostar - Já vão chamar, quer água? Ela não quis a água, se encostou sem nem questionar, não disse nada mais já estava com medo, de piorar, algo ruim acontecer, ficou segurando a mão dele, passou na triagem e voltou sentar, logo foi chamada, estava com a saturação baixa, ficou horas lá dentro sozinha, ele ficou trocando mensagens com o irmão, ambos preocupados pela demora. Quando ela saiu de madrugada, ele se levantou, já foi pegando nela a amparando, perguntou se estava melhor e liberada, ela disse que sim, se fez de dopada para não dar detalhes do que aconteceu, ainda mentiu dizendo que lá dentro estava lotado.
Amin não voltou rápido, os dois se fecharam no quarto, Sky foi para seu quarto com vontade de chorar, deixou tudo arrumado, estava sentada esperando com o pensamento distante, se perguntando o que Agnes faria em seu lugar, já que era uma mulher forte e decidida. Rigel se aproximou sorrateiro, bateu na porta que estava aberta - Posso falar com você? Babá má?Pelo sorriso, ela soube quem era, se levantou enxugando os olhos marejados - Sim. Ele estava com uma pulseira feita a mão, nas mãos, mostrou para ela- Eu trouxe de viagem, pra você, deixei aqui na cama, aí fiquei com raiva e peguei de volta. - Já que vai embora, vou te dar, de novo. - Pra não ir achando que não sou legal. Ela sorriu surpresa, chegando mais perto da porta- Trouxe mesmo pra mim? Porque?Pegou na mão olhando com deboche - É tão simples, pra dar a alguém interesseira. - Foi feita por mendigo