Os dois começaram a rir, ela se deitou com a mão na barriga
- Quero ficar bem. Ele disse que ela iria e bem rápido, o exame não deu alteração, as cólicas foram diminuindo, depois do almoço ela ficou melhor, dormiu bastante, antes dele ir embora disse que não queria tomar banho, ele brincou dizendo que ia precisar cheirar ela, todos os dias, foi embora pensando nela, se sentindo trouxa, mais sem conseguir parar de a querer bem. Dariele o encontrou lá fora, perguntou como foi o dia deles, ele contou e pediu ajuda, queria fazer algo pra animar ela, relacionado ao bebê. Dariele falou sobre o exame de sangue, gentilmente ele se ofereceu para comprar qualquer coisa, que as duas estivessem precisando, ela disse que só queria o necessário para Sky ficar bem, saudável. Riven não estava sabendo ainda das visitas, levou Amin jantar com Rumi, ela comentou como quem não queria nada, que a " soletrou babá má " estava melhor, ele perguntou como ela sabia, ela respondeu - Ahh o seu irmão foi la, ontem e hoje, ela não tem ninguém pra ficar com ela. Riven começou rir com desdenha - Agora é dele então? - Por isso ele está me evitando. Começou mexer no celular, lembrando Rigel de um reunião importante de trabalho, no dia seguinte, ele disse que iria, foi falar com a mãe, perguntou se ela queria ir ficar no hospital como acompanhante. Completamente eufórica, ela já foi se organizar, mandou mensagem falando que não podia ficar Amin, fez o jantar e deixou para o dia seguinte. Saiu às pressas para ir ao mercado comprar um presentinho, estava radiante com dois netos a caminho, Rumi teve que levá-la no dia seguinte cedo. Rigel avisou Dariele por mensagem, só na hora dela sair, mandou foto da mãe, quando Dariele foi saindo da área fechada de pacientes, Violeta se levantou sorridente, foi ao seu encontro - Oii vovó, tudo bem? Dariele respondeu educadamente, desconfiada de tanta simpatia, deixou Sky sem saber da surpresa, foi trabalhar quase atrasada, exausta, por estar dormindo mal. Violeta entrou no quarto sorridente, deu bom dia, Sky ficou olhando sem reação - Oi. O que aconteceu? O Rigel não vem? Violeta se aproximou com o embrulho em mãos - Ele teve uma reunião no trabalho, é um mimo pro meu netinho. - Vou ficar com você hoje, tudo bem? Sky concordou, foi abrindo engolindo o choro, se sentiu desconfortável por não poder falar que não queria nada ainda, para o bebê, era um bory unissex, verde, Violeta percebeu o descontentamento dela, começou falar do reizinho, disfarçando, Sky começou chorar sentida, pediu desculpas. Violeta se aproximou a abraçou, perguntou porque ela estava pedindo desculpas, Sky não respondeu, foi se acalmando sozinha, Violeta tinha levado um potinho com pão de queijo, outro com um pedaço de bolo, uma coca cola pequena, mostrou na bolsa - Quer comer já? - Aí eu amava comer doce, quando estava grávida dos gêmeos. - Você pode comer doces? A Agnes teve diabetes gestacional. - No meu tempo, ninguém ligava pra isso, não era tão falado. Sky se levantou para ir ao banheiro - Obrigada, estou muito enjoada. - Não consigo comer nada agora. Violeta ofereceu ajuda, nem percebeu o que falou, sobre Agnes, Sky ficou pensando que não queria criar expectativas, tapando o vazio que Agnes deixou, começou se lembrar de tudo o que falaram sobre ela estar querendo uma vida, que não era sua. Também ficou chateada com o fato de todos eles, terem mudado em dias, depois de meses a ignorando ou tratando mal, não gostou de parar e refletir, que aquilo tudo era só interesse na gravidez. Passou o dia todo mais quieta, fingindo estar indisposta dormindo, só conversou sobre o Amin, Violeta disse que ia tentar convencer o Riven, deixá-la o levar lá. No fundo ela achou que tinha algo muito errado com Sky, mas não questionou nada, foi embora feliz por ter ficado com ela, três vezes durante o dia, Rigel mandou mensagem, perguntando se estava tudo bem, se tinha comido, feito mais exames, Sky respondeu sem dar muita atenção e importância. Quando Dariele chegou, perguntou como foi o dia, Violeta perguntou se Sky estava passando com psicólogo ou psiquiatra, ao saber que ainda não, ela sugeriu que marcassem rápido, se ofereceu para pagar particular, pra ir mais rápido, as duas combinaram de ver. Ao ir para o quarto, Dariele logo percebeu que Sky estava diferente, mais séria, perguntou o que tinha acontecido, ela respondeu pensativa - Não quero mais que venham ficar comigo, a semanas atrás, ninguém dessa família queria trocar uma mensagem comigo e agora, todos me adoram. - Sei que precisamos de ajuda e estou novamente sendo um fardo, mas não quero que vá pedir nada além do necessário pra eles. - Preciso me colocar no meu lugar e não é lá. Dariele não entendeu muito bem, preferiu não contrariar, tudo estava melhorando, no dia seguinte Rigel só foi a tarde, por causa da fisioterapia, no dia anterior ele perguntou a Riven sobre o convênio, disse que ia assumir tudo, dali em diante. Com julgamento Riven passou tudo, perguntou se era pra valer dessa vez, Rigel só disse que ter um filho era e mais nada, deu a entender que havia desistido, Riven se lembrou do sermão dos pais, disse que eles deviam tentar, se conhecer melhor, ir curtindo a gravidez e ficando, Rigel perguntou o que ele realmente achava, Riven respondeu sério - O que eu acho é que ela te faz bem, te tirou do sério como ninguém fazia a muitos anos. - Se ela estava curtindo ficar com você, pode até ter confundido, mais foi com você, que deu certo. - Da uma oportunidade pra você mesmo, pior do que está, não fica. Rigel disse que não duvidava de mais nada, ficou em dúvida sobre tentar, porque não sentia segurança vindo dela, quando chegou no hospital, com um pastel escondido, a encontrou vomitando no banheiro, bateu na porta avisando que tinha chego, ofereceu ajuda. Ela saiu pálida, foi deitar sem falar nada, não quis comer o pastel, ele tentou conversar como nos outros dias, a convidou para ir no Brás, quando saísse do hospital, começar a montar o enxoval, disse que a Rumi iria junto. Sky agradeceu com poucas palavras e recusou, ficou distante, com o olhar cético, melancólica, ele achou que era só algo dela, normal, ficou mexendo no celular a tarde toda, antes de ir embora, perguntou se ela queria algo especial diferente, no dia seguinte, ela respondeu desconcertada querendo o afastar - Não, eu tô gostando da comida daqui. - A minha mãe vai ficar comigo amanhã de dia também, então não precisa vir. - Nem você e nem ninguém. Ele ficou em pé ao lado da cama a olhando fixamente sério - Tá, então eu venho no horário de visitas, pode ser? Ela estava olhando as mãos, cabisbaixa o olhou séria - Não precisa ficar grudado em mim, todos os dias. - Eu estou bem melhor. Ele disse que tudo bem, foi embora achando que algo diferente aconteceu, ao chegar em casa perguntou a mãe, não tinham conversado direito ainda, ela criticou Sky por estar rejeitando o bebê, deu um sermão nele, por ter deixado aquilo acontecer, queria se meter um pouco demais, na vida de Sky, ele não gostou mais ainda estava decidido a continuar sendo mais presente que o necessário, porque não estava a culpando de estar depressiva. A noite mandou mensagem, perguntando sobre o monitoramento, ela respondeu de qualquer jeito, não falou nada sobre como se sentia, pra mãe, só disse que ia ficar sozinha no dia seguinte. Tomando várias medicações, ferro, remédio para enjôo, soro, antibióticos, melhorou bastante e recebeu alta no final do dia, quando Dariele chegou. Foram para casa e ela não avisou ele, acabou esquecendo, ele chegou no hospital para visitar, soube que ela tinha recebido alta, foi direto em sua casa um pouco irritado. Quando chegou ligou, ela não atendeu, estava tomando banho, Dariele estava preparando o jantar, atendeu e foi abrir o portão, conversou no quintal sobre Sky ser assim, gostar de isolar as vezes, se fechar e não falar o que está acontecendo, pediu pra ele ser paciente. Ele disse que entendia, por já conhecer melhor o jeitinho dela, quando entrou não teve como não reparar em tudo, era muito pequeno, sala, cozinha e um quarto, viu que estavam sem geladeira também. Rumi e Violeta tinham comprado muitas coisas para Sky, roupinhas unissex tamanhos RN e P, cobertor, sling, manta, macacões de bichinhos, fraldas de boca, cueiros, fizeram isso com boas intenções, aproveitando que estavam em um lugar melhor, Rigel achou bom, ele mesmo ficou feliz, levou tudo sacolas grandes. Dariele viu e nem pensou que Sky reagiria mal, agradeceu o carinho da família dele. Quando ela saiu do banheiro de toalha, só falou oi, ele estava encostado no armário da cozinha conversando, respondeu e cochichou, perguntando se já tinham marcado psiquiatra, disse que não gostava da idéia dela tomar medicamento forte, grávida. Dariele comentou que sempre tomou, começou falar sobre ter sido muito ruim para Sky ficar na casa das avós, ia falar sobre o tio ter tentado mexer com ela, Sky estava na sala ouvindo escondida, interrompeu as pressas - Você não tem que achar nada, do que eu tomo ou não. - Não estou na porta de bar, bebendo e fumando, se eu tomo é porque preciso. Dariele chamou atenção dela surpresa - Lalinha que isso filha? - Ele só... Sky interrompeu - Não, ninguém está respeitando as minhas vontades. - O que mais vão fazer? - O que são aquelas coisas na sala?Ele respondeu sendo paciente - Eu só fico preocupado, não estou te culpando por nada. - A minha mãe e a Rumi foram ao Brás e trouxeram algumas coisas, pro neném, eu nem olhei, esperei pra ver com você. Ela estava pegando suco na geladeira, parou na frente dele- Mais eu disse que não queria nada de bebê. Ele respondeu sério - Mais agora já foi, é só guardar, da pra menina ou menino. - Vamos na farmácia pegar os remédios, se você quiser alguma coisa, já aproveita e pega.Ela foi lavar o copo de costas pra ele - Não posso pedir, entrega?- Não quero sair. Ele disse que seria bom irem dar uma volta, ao ver a cara dela brava, pediu o contato da farmácia, ela foi pegar as receitas, explicou pra que era cada coisa, eram vários remédios, vitaminas, ele quem conversou com a farmácia, deu o celular nas mãos dela e foi no carro pegar um cartão, chegaram duas mensagens da " Nina ", deu pra ver só uma parte " Sério amor que ótimo 😻😻 " " Quando vai passar aqui? " Para Sky foi a gota
Ela pensou para responder e mentiu - Sei lá, queria mudar a mim. Ele perguntou com deboche se deu certo, ela disse que sim, igual ao cabelo, para pior. Ele foi penteando até desembaraçar tudo, percebeu que estava muito danificado com as pontas ralas, desalinhado - Pronto. O que dá pra fazer, no seu cabelo? Para melhorar? - Não tem um creme, shampoo sei lá, umas coisas de salão? Ela se levantou, entrou no quarto - Sei lá, tem. Vou ver alguma coisa! Ele se levantou, foi na porta do quarto - Não vai ver nada, né?Ela sorriu sutilmente, foi colocando outro chinelo, passou perfume, estava usando o solitário e a pulseira que ganhou dele, não tirou mais pra nada, exatamente pelo motivo que falou quando ganhou o anel. Foi pegando a bolsa, passou por ele e foi tomar os remédios, mais de dez comprimidos - Não posso demorar pra comer, se não vou passar mau.- Esse lug
Não decidiram nada sobre a revelação, ele foi pra casa, não tinha ninguém lá, antes das vinte horas, voltou para casa de Sky, ela estava sentada na escada sozinha, no escuro, se levantou quando ele chegou, desceu abrir o portão com cara de choro, ele a abraçou, perguntou o que tinha acontecido, se estavam bem, ela foi entrando - Não foi nada com a gente. Entrou e fechou a porta, disse que a mãe tinha saído, começou contar toda sem jeito, que tinham denunciado o tio dela por ab uso, duas familiares e uma vizinha, ele ficou ouvindo sem entender o motivo do nervosismo, logo ela falou sobre a mãe, Dariele foi fazer o mesmo, denunciar, quando Sky falou que não conseguia ir, ele foi entendendo tudo melhor. Ela contou o que aconteceu na casa da vó, chorou bastante, ele ficou se sentindo péssimo com dó, colocou crédito no celular dela, se ofereceu para irem buscar Dariele, soube da história do Tião também. O irmão de Dariele tinha sido preso, quase linchado na rua, ela foi na delegacia
Saiu correndo, abriu o portão pelo interfone, até Riven sair do quarto, Amin já estava na calçada, foi correndo para o ponto de ônibus e sentou, começou chorar sentido, Riven foi atrás correndo, sentou ofegante bravo - Eu não quero bater em você, mas você está pedindo. - Amin sabe que não pode sair sozinho, vai ficar de castigo. Ele se levantou olhando a rua dos dois lados, Riven o segurou pelo braço chamando atenção, Amin foi desfalecendo de propósito, deitou no chão - Vou pegar o mesmo ônibus que a babá má e ir ficar com ela, porque ela não pode ter outra criança e me deixar. - Por isso ela foi embora né?- Todo mundo prefere os bebês. Riven o pegou no colo - Não é verdade! - Nós gostamos de você e dos dois bebês também. - Não é qualquer ônibus, que vai pra onde a gente quer. - Tem que saber andar, é muito perigoso filho. - Se você quiser eu peço pra alguém te levar ver a babá má, mais você tem que prometer, nunca mais fugir. - Porque se algo ruim acontecer com você, eu
Ele se aproximou de Amin sério - Ela que não me deixou contar. O desceu do balcão - Vai ficar com o seu pai um pouco. Olhou para Sky - Porque você está aqui? - Aconteceu alguma coisa?Ela estava o olhando ansiosa, ficou desconcertada, respondeu baixinho - Vim ficar com você, abrir o exame juntos. - Quando eu cheguei, não tinha ninguém. Rumi e Violeta estavam arrumando a mesa, com salgados, docinhos, refrigerantes, Theo pegou Amin a força com brincadeira e saiu no quintal, Riven também foi. Rigel pegou o celular no bolso - Você não disse nada, eu já vi. - Quer ver? Ela ficou surpresa sem jeito - Quero! Ficou feliz?Ele deu o celular nas mãos dela- Sim, eu já esperava por isso. - E você? Gostou?Ela ficou emotiva, devolveu o celular - Uhum! Desculpa por não ser nada do jeito que você queria. Ele a abraçou - Tudo bem! Vamos aproveitar de outras maneiras. - Vou tomar banho, quer ir ficar no meu quarto ou fica de boa aqui? Antes dela responder, Amin jogou a bola dentro
O primeiro passeio romântico de Rigel e Sky foi uma viagem algumas semanas depois, inesquecível para uma charmosa cidadezinha à beira-mar, ficaram em uma pousada aconchegante e só então puderam ter um momento mais íntimo, já que na casa dela não dava e na dele o Amin estava quase sempre junto. Aproveitaram quase uma semana, fazendo tudo da lista dela e começando a dele, que não era safada e surpreendentemente romântica, com tudo para ser feito a dois ou em família. Caminhando de mãos dadas pela praia, sentindo a brisa do mar e o sol, surgiu um novo desejo, casar na praia, algo íntimo simbólico, que era para a família e até o final da viagem, se tornou algo só deles, com direito a fotógrafo, pés descalços. Não contaram a ninguém, gravaram para a família ver, eles tinham um relacionamento encantador e cheio de cumplicidade, aqueles casais até chatos de tão tranquilos, que não brigavam por nada, riam por tudo e se doavam igualmente, sempre pensando no futuro, ansiosos para a chegada
Riven é do tipo mais certinho, totalmente racional, muito inteligente, trabalhou em toda sua adolescência com o pai, em uma pequena transportadora da família e após vê-la falindo, logo abriu a sua própria, em sociedade com seu irmão gêmeo, Rigel. Que é identifico fisicamente e totalmente diferente na personalidade.Rigel é do tipo malandro, passional, bom de lábia, gosta de aproveitar a vida e se arriscar, na adolescência enquanto seu irmão trabalhava dentro da transportadora, no escritório, ele preferia ficar fora, viajando e fazendo entregas. Riven teve poucos relacionamentos na juventude, sempre mais sérios e quando conheceu Agnes, estava solteiro a anos, tinha vinte e cinco anos e ela vinte e um, estavam fazendo um curso juntos, de liderança. Ele estava abrindo a Atlas transportadora e ela a Boutique Bella Bonita, o interesse partiu dela, que não perdeu tempo e após não ganhar nada, além de sorrisos, puxou assunto na saída, em um dia que saíram mais cedo, perguntou se ele morav
Todos os dias Skylar vigiava as redes sociais de Riven, com um perfil fake, que ele não aceitou a solicitação, impaciente, começou vigiar o perfil da transportadora, fez ligações falsas, tirando informações, começou seguir Rumi, a irmã mais nova dele, que aparecia na boutique, como quem cuidava de tudo. Sem a menor vontade de estudar, ela estava na aula, mexendo no celular, viu os dois perfis postando uma vaga para babá, com experiência, desesperada nem continuou na aula, tirou print e enviou para Tainanda, dizendo que precisava enviar um currículo urgente. Ao se encontrarem começaram a bolar um plano, onde seu currículo, seria o melhor, recheado de informações falsas, Tainanda que não era muito ajuizada, não só concordou, como deu as piores idéias. Colocaram que ela estava cursando pedagogia, usaram o contato das colegas da república, para dar falsas referências de empregos anteriores. Até cursos que ela nunca fez, colocaram no currículo, relacionados a alimentação saudável, prim