Ele respondeu sendo paciente
- Eu só fico preocupado, não estou te culpando por nada. - A minha mãe e a Rumi foram ao Brás e trouxeram algumas coisas, pro neném, eu nem olhei, esperei pra ver com você. Ela estava pegando suco na geladeira, parou na frente dele - Mais eu disse que não queria nada de bebê. Ele respondeu sério - Mais agora já foi, é só guardar, da pra menina ou menino. - Vamos na farmácia pegar os remédios, se você quiser alguma coisa, já aproveita e pega. Ela foi lavar o copo de costas pra ele - Não posso pedir, entrega? - Não quero sair. Ele disse que seria bom irem dar uma volta, ao ver a cara dela brava, pediu o contato da farmácia, ela foi pegar as receitas, explicou pra que era cada coisa, eram vários remédios, vitaminas, ele quem conversou com a farmácia, deu o celular nas mãos dela e foi no carro pegar um cartão, chegaram duas mensagens da " Nina ", deu pra ver só uma parte " Sério amor que ótimo 😻😻 " " Quando vai passar aqui? " Para Sky foi a gota d'água, de algo que nem tinha explicação, ficou muito irritada com ele, bloqueou o celular e deixou nos pés da cama dela, que estava na sala, ficou sentada encolhida assistindo televisão, estava passando novela, ele voltou falando sobre cosméticos, sugeriu que ela pegasse coisas pra si, ela ficou séria olhando a televisão fixamente - Não preciso, obrigada. - Pede o genérico de tudo, é muita coisa. Dariele estava jantando, ofereceu para os dois, ele agradeceu e Sky disse estar enjoada, os dois ficaram assistindo em silêncio, ele saiu pegar os remédios, entregou a ela, pediu para conferir e disse que precisava ir embora. Ela olhou rapidamente, foi saindo para o acompanhar - Obrigada por tudo! Ele foi descendo as escadas na frente dela - Tudo o que? - A visita também? Ela não respondeu, parou no portão, foi abrindo o cadeado - Não precisa ficar vindo sempre, se algo acontecer, eu te conto. Ele continuou parado dentro do quintal, a impedindo de abrir - Não quer que eu venha Skylar? Olhando a rua, ela disse que não cabisbaixa, ele perguntou o porquê, a olhando fixamente, ela respondeu incomodada - Não quero te atrapalhar. - Eu posso ficar sozinha. Ele disse que tudo bem, deu boa noite, preferiu dar um tempo a ela, nem pensou que ela tinha visto a mensagem da Nina. Sky entrou chorando confusa chateada, Dariele foi perguntar o que tinha acontecido, ela não quis falar, chorou até dormir e pela primeira vez, colocou a mão na barriga, pensando no bebê. Durante o dia todo Rigel não enviou nada, a noite mandou mensagens " Oii Skylar tudo bem? Como passou o dia? " " Voltei a trabalhar, não lembro se te falei que ia " Ela leu sem abrir a mensagem, demorou muito para responder " Estou melhor, falou sim !!! " Ele estava dormindo, só viu no dia seguinte, ela foi ao psiquiatra cedo, chegou vomitando um salgado que comeu na rua e foi dormir indisposta. Ele não respondeu nada, deu espaço para ela, por achar que estava muito em cima, incomodando e sendo tonto, sempre indo atrás, ficou dias sem ir lá e nem perguntar nada, quase uma semana, apenas falou com a mãe dela por mensagem, duas vezes, perguntou se estavam precisando de alguma coisa e comprou mais remédios. Quando Violeta percebeu, perguntou se tinha acontecido alguma coisa, com os dois, ele respondeu com deboche - Além de ter feito um CPF novo? Não! - Porque? Ela falou alguma coisa? Ele estava sentado a mesa, tomando café da tarde, muito irritado consigo mesmo, por causa da fisioterapia, que não estava dando os resultados esperados, os movimentos da mão não estavam voltando como ele esperava. Violeta estava na lavanderia, voltou para a cozinha e sentou ao lado preocupada - Mandei mensagem duas vezes, ela não respondeu muito direito, perguntei se estavam bem e se ela tinha gostado das coisas. - Estou muito decepcionada com ela, nem parece a mesma menina alegre e gentil que ficava aqui junto comigo, me ajudando conversando. - Não fiz nada a ela, muito pelo contrário, fui compreensiva, mesmo depois de ter sido enganada. - Vai ver o seu irmão tinha razão esse tempo todo. - Agora que ela tem um poder sobre nós, para barganhar, não precisa mais fingir ser boazinha. Ele começou rir - Não acho que seja o caso, mas, quem quer barganhar somos nós e não ela. - Todo mundo aqui, virou as costas, a minha irmã implicou muito com ela, meu irmão não quer ter contato. - O Amin não para de perguntar e ele continua evitando. Violeta disse que a culpa era de Sky mesma, por ter mentido tanto, ele se levantou a evitando - Ignora isso, ela não está bem mesmo, é melhor não insistir, impondo nada. Violeta foi atrás no corredor - Mais ela pediu pra você se afastar ou foi decisão sua? Ele respondeu irritado - Você quer que eu continue sendo trou xa atrás dela? - Quer mais do que eu já fiz e ela não se importou? Violeta tentou conversar, dizendo que as coisas não deveriam assim, e os dois podiam tentar ficarem juntos, pensando no bebê na família, já que interesse tinham, mesmo que confuso da parte dela, ele se irritou e saiu. Percebendo que ela não ia se manifestar, mandou mensagem cedo, a chamando para sair almoçar fora e ir fazer compras no mercado, ela não recebeu as mensagens, estava sem internet a dias, só ficando em casa, cada vez melhor, dormindo a maior parte do tempo sempre. Ficou se sentindo negligenciada por ele ter sumido, com os hormônios bagunçando tudo, em um dia queria o chamar, no outro o odiava por imaginar que estava grávida sozinha, enquanto ele vivia sua vida normalmente. Ele foi até lá na sexta feira antes do almoço, Dariele estava trabalhando muito, em três casas, indo duas vezes na semana, em cada uma, não viu a mensagem dele, perguntando se Sky estava em casa. Ela estava dormindo, o horário de acordar era onze horas, meio dia, ele foi descendo do carro, ligou três vezes, chamou até cair na caixa postal, o celular estava no silencioso, ela não viu chamar. Uma vizinha estava saindo, perguntou se era entrega, ele disse que não, pediu para bater na porta, a vizinha ainda deu risada - Ela fica quietinha o dia todo e falou esses dias que dorme até tarde. - Nem parece que tem gente em casa. Bateu na porta, Sky se levantou sonolenta, assim que abriu o viu, falou oi, disse que ia jogar a chave, a vizinha saiu e o deixou entrar, ele estava arrumado, como se fosse sair, barba feita, cabelo cortado. Enquanto subia as escadas, ela ficou na porta de shorts curto de pijama e croped, assim que ele se aproximou, ela foi entrando - Oi. Ele ficou olhando reparando no corpo dela, estava muito mais magra, só que com a barriga começando a aparecer, redondinha - Oi bom dia, tudo bem? Entrou e fechou a porta - Te mandei mensagem. Ela voltou deitar, com preguiça - Bom dia! Estou bem e você? - Tô sem internet, desculpa. Ele sentou nos pés da cama, na beirada, já notando um comportamento diferente dela, menos hostil - Ah já estive melhor. Começo de ano o trabalho fica puxado, eu tô fazendo fisioterapia três vezes na semana e não está adiantando. Viu que ela não mexeu nas roupinhas que ganhou, estava do mesmo jeito que ele deixou. Ela estava encolhida deitada de lado na cama no canto da sala, perguntou porque, ele esticou o braço, perto da barriga - Os movimentos não estão voltando e dói demais. - Quero um beijinho pra sarar. Foi indo com a mão perto da barriga - Ele vai dar um beijinho. Pode? Ela disse que sim, foi a primeira vez que fizeram isso, ele começou acariciar a barriga sutilmente pensativo - Você não tem vontade de saber o que é? - Já sente mexer? Ela se sentou o evitando sutilmente - Tenho, mais é cedo pra aparecer no ultrassom. Ele tirou a mão - Se você quiser, podemos fazer aquele exame de sangue, que a minha irmã fez. Ela sorriu sutilmente, foi levantando - É. Você quer? Ele se encostou na parede quase deitado, com deboche - Ah, eu? Não, bobeira. - Imagina! Mais se você quiser, a gente vai agoraaaa, bem rápido. - Mais só por você, entendeu? Ela entrou no quarto rindo, voltou com a toalha - Porque veio aqui? Essa hora? Ele começou mexer no celular - Quero te levar almoçar fora, ir no mercado e fazer qualquer coisa, sei lá. - Tirei a tarde pra isso, o que você quiser. Ela foi a cozinha, voltou com uma garrafa de água - E se eu não quiser fazer nada? Ele mostrou uma foto de um restaurante fazenda - Vamos fazer juntos. - Quero ficar com você e o seu casca de bala. - Vamos pelo menos comer fora, você parou de cozinhar, né? Ela foi indo para o banheiro - É, aqui ninguém quer meus animais comestíveis. - Vou tomar banho! Foi para o banheiro, demorou quase meia hora, lavando o cabelo, quando passou de toalha pela sala, ele ficou olhando pensando nela, curioso pra saber se ela sentia vontade de ficar com ele de novo ou não. Ela se arrumou devagar sem muito ânimo, colocou calça jeans e camiseta, saiu do quarto brigando com os nós do cabelo - Que ra iva de mim! Estava penteando de qualquer jeito, derrubou a escova - Não sei porque fui mexer no cabelo, aiii que ód io. Ele pegou a escova perto do pé - O que foi? Quer ajuda? Ela sentou ao lado irritada - Fica cheio de nó, eu tô ficando careca. - Meu cabelo nunca ficou assim. Ele se sentou de lado, começou olhar passando a mão no cabelo dela - Deixa eu tentar! Começou pentear com cuidado - Porque mudou o cabelo?Ela pensou para responder e mentiu - Sei lá, queria mudar a mim. Ele perguntou com deboche se deu certo, ela disse que sim, igual ao cabelo, para pior. Ele foi penteando até desembaraçar tudo, percebeu que estava muito danificado com as pontas ralas, desalinhado - Pronto. O que dá pra fazer, no seu cabelo? Para melhorar? - Não tem um creme, shampoo sei lá, umas coisas de salão? Ela se levantou, entrou no quarto - Sei lá, tem. Vou ver alguma coisa! Ele se levantou, foi na porta do quarto - Não vai ver nada, né?Ela sorriu sutilmente, foi colocando outro chinelo, passou perfume, estava usando o solitário e a pulseira que ganhou dele, não tirou mais pra nada, exatamente pelo motivo que falou quando ganhou o anel. Foi pegando a bolsa, passou por ele e foi tomar os remédios, mais de dez comprimidos - Não posso demorar pra comer, se não vou passar mau.- Esse lug
Não decidiram nada sobre a revelação, ele foi pra casa, não tinha ninguém lá, antes das vinte horas, voltou para casa de Sky, ela estava sentada na escada sozinha, no escuro, se levantou quando ele chegou, desceu abrir o portão com cara de choro, ele a abraçou, perguntou o que tinha acontecido, se estavam bem, ela foi entrando - Não foi nada com a gente. Entrou e fechou a porta, disse que a mãe tinha saído, começou contar toda sem jeito, que tinham denunciado o tio dela por ab uso, duas familiares e uma vizinha, ele ficou ouvindo sem entender o motivo do nervosismo, logo ela falou sobre a mãe, Dariele foi fazer o mesmo, denunciar, quando Sky falou que não conseguia ir, ele foi entendendo tudo melhor. Ela contou o que aconteceu na casa da vó, chorou bastante, ele ficou se sentindo péssimo com dó, colocou crédito no celular dela, se ofereceu para irem buscar Dariele, soube da história do Tião também. O irmão de Dariele tinha sido preso, quase linchado na rua, ela foi na delegacia
Saiu correndo, abriu o portão pelo interfone, até Riven sair do quarto, Amin já estava na calçada, foi correndo para o ponto de ônibus e sentou, começou chorar sentido, Riven foi atrás correndo, sentou ofegante bravo - Eu não quero bater em você, mas você está pedindo. - Amin sabe que não pode sair sozinho, vai ficar de castigo. Ele se levantou olhando a rua dos dois lados, Riven o segurou pelo braço chamando atenção, Amin foi desfalecendo de propósito, deitou no chão - Vou pegar o mesmo ônibus que a babá má e ir ficar com ela, porque ela não pode ter outra criança e me deixar. - Por isso ela foi embora né?- Todo mundo prefere os bebês. Riven o pegou no colo - Não é verdade! - Nós gostamos de você e dos dois bebês também. - Não é qualquer ônibus, que vai pra onde a gente quer. - Tem que saber andar, é muito perigoso filho. - Se você quiser eu peço pra alguém te levar ver a babá má, mais você tem que prometer, nunca mais fugir. - Porque se algo ruim acontecer com você, eu
Ele se aproximou de Amin sério - Ela que não me deixou contar. O desceu do balcão - Vai ficar com o seu pai um pouco. Olhou para Sky - Porque você está aqui? - Aconteceu alguma coisa?Ela estava o olhando ansiosa, ficou desconcertada, respondeu baixinho - Vim ficar com você, abrir o exame juntos. - Quando eu cheguei, não tinha ninguém. Rumi e Violeta estavam arrumando a mesa, com salgados, docinhos, refrigerantes, Theo pegou Amin a força com brincadeira e saiu no quintal, Riven também foi. Rigel pegou o celular no bolso - Você não disse nada, eu já vi. - Quer ver? Ela ficou surpresa sem jeito - Quero! Ficou feliz?Ele deu o celular nas mãos dela- Sim, eu já esperava por isso. - E você? Gostou?Ela ficou emotiva, devolveu o celular - Uhum! Desculpa por não ser nada do jeito que você queria. Ele a abraçou - Tudo bem! Vamos aproveitar de outras maneiras. - Vou tomar banho, quer ir ficar no meu quarto ou fica de boa aqui? Antes dela responder, Amin jogou a bola dentro
O primeiro passeio romântico de Rigel e Sky foi uma viagem algumas semanas depois, inesquecível para uma charmosa cidadezinha à beira-mar, ficaram em uma pousada aconchegante e só então puderam ter um momento mais íntimo, já que na casa dela não dava e na dele o Amin estava quase sempre junto. Aproveitaram quase uma semana, fazendo tudo da lista dela e começando a dele, que não era safada e surpreendentemente romântica, com tudo para ser feito a dois ou em família. Caminhando de mãos dadas pela praia, sentindo a brisa do mar e o sol, surgiu um novo desejo, casar na praia, algo íntimo simbólico, que era para a família e até o final da viagem, se tornou algo só deles, com direito a fotógrafo, pés descalços. Não contaram a ninguém, gravaram para a família ver, eles tinham um relacionamento encantador e cheio de cumplicidade, aqueles casais até chatos de tão tranquilos, que não brigavam por nada, riam por tudo e se doavam igualmente, sempre pensando no futuro, ansiosos para a chegada
Riven é do tipo mais certinho, totalmente racional, muito inteligente, trabalhou em toda sua adolescência com o pai, em uma pequena transportadora da família e após vê-la falindo, logo abriu a sua própria, em sociedade com seu irmão gêmeo, Rigel. Que é identifico fisicamente e totalmente diferente na personalidade.Rigel é do tipo malandro, passional, bom de lábia, gosta de aproveitar a vida e se arriscar, na adolescência enquanto seu irmão trabalhava dentro da transportadora, no escritório, ele preferia ficar fora, viajando e fazendo entregas. Riven teve poucos relacionamentos na juventude, sempre mais sérios e quando conheceu Agnes, estava solteiro a anos, tinha vinte e cinco anos e ela vinte e um, estavam fazendo um curso juntos, de liderança. Ele estava abrindo a Atlas transportadora e ela a Boutique Bella Bonita, o interesse partiu dela, que não perdeu tempo e após não ganhar nada, além de sorrisos, puxou assunto na saída, em um dia que saíram mais cedo, perguntou se ele morav
Todos os dias Skylar vigiava as redes sociais de Riven, com um perfil fake, que ele não aceitou a solicitação, impaciente, começou vigiar o perfil da transportadora, fez ligações falsas, tirando informações, começou seguir Rumi, a irmã mais nova dele, que aparecia na boutique, como quem cuidava de tudo. Sem a menor vontade de estudar, ela estava na aula, mexendo no celular, viu os dois perfis postando uma vaga para babá, com experiência, desesperada nem continuou na aula, tirou print e enviou para Tainanda, dizendo que precisava enviar um currículo urgente. Ao se encontrarem começaram a bolar um plano, onde seu currículo, seria o melhor, recheado de informações falsas, Tainanda que não era muito ajuizada, não só concordou, como deu as piores idéias. Colocaram que ela estava cursando pedagogia, usaram o contato das colegas da república, para dar falsas referências de empregos anteriores. Até cursos que ela nunca fez, colocaram no currículo, relacionados a alimentação saudável, prim
Violeta gritou de volta - Já vou amorzinho da vovó. Sky começou rir, Violeta se levantou - Nós prezamos muito a verdade aqui nessa casa. - Isso é muito importante, caso você venha a ser contratada, sempre pode ser sincera conosco.- Se não estiver contente, quiser sair, já tivemos duas babás nos últimos seis meses.- O Amin mudou muito, mais ainda é muito pequeno, ele só precisa de paciência, carinho e uns tapas, não dá babá em.Foi indo para o corredor - Vem comigo, conhecer o nosso reizinho. - O pai dele aboliu as palmadas, mal usa o castigo, as vezes eu tenho vontade de passar por cima da palavra dele, mais não faço isso, sou só avó, o pai é ele. - Na maior parte do tempo, eu que estou por aqui, não temos funcionários em casa.- Eu quem limpo tudo, no dia a dia, a cada quinze dias, vem uma faxineira.- Antes morávamos só eu, meu esposo e um dos meninos. - Depois que a minha nora faleceu, meu outro filho e o meu neto, vieram morar aqui. - Você deve ter visto nos grupos de f