Capítulo 72

Ele saiu na intenção de ir brigar com ela, foi até a casa de um amigo conversar, se acalmou um pouco, foi até a casa que ela morava, viu que estava alugando, mandou uma mensagem pra ela

" Oi, quero conversar, pessoalmente! "

Ela estava deitada, com a internet do celular desligada, ele ligou desconhecido, ela atendeu sonolenta

" Alô "

Ele respondeu sério

" Oi, é o Rigel, quero falar com você! Se mudou de casa? "

Ela ficou quieta pensando, que ele não tinha como saber de nada, respondeu apreensiva

" É, mudei. "

Ele ficou mais desconfiado ainda

" Entendi, me passa o endereço, vou até aí, pode ser? "

Dariele tinha ido um pouco longe comprar mistura para fazer no jantar, Sky se sentou confusa

" Não sei de cor, posso te mandar a localização? "

Ele disse que sim, falou tchau e desligou, ela enviou, correu tomar banho e se trocar, colocou uma calça de moletom e camiseta, tudo folgado para esconder que emagreceu ao invés de engordar, prendeu o cabelo que estava cada vez pior.

Foi a pracinha do outro lado da rua, bem em frente, ele chegou rápido, a viu e parou na frente, foi descendo do carro sério, sentou ao lado dela

- Oi Skylar, tudo bem?

Ela estava com as mãos trêmulas, o acompanhou com o olhar reparando no braço, pensou que realmente, nunca mais iria confundir os dois, por causa das cicatrizes, ficou olhando para o chão pensando no modo dele falar seu nome

- Sim e você? Aconteceu alguma coisa?

- O Amin está bem?

Ele sorriu com deboche a achando muito falsa

- Ele está! Me diz você o que aconteceu?

- Se precisava de ajuda, era só me pedir, não precisava ir atrás de ninguém, falando que está grávida.

- Nós dois sabemos que isso não é verdade!

Ela ficou sem entender

- Não fui atrás de ninguém, estou grávida, mais não contei nada.

- Como você sabe disso? Só os meus pais sabem!

Ele respondeu irritado

- Você nunca tem culpa de nada, é incrível isso.

- E quem é o pai?

Ela se irritou, respondeu no mesmo tom

- Não estou entendendo o que veio fazer aqui, por mim, você não saberia nunca.

- Sei que nunca quis filhos mesmo, eu também não quero.

- Eu já estou cheia de problemas, você veio aqui pra me.

Ele interrompeu sério

- E vai ter mais, se continuar agindo assim.

- Não queria que eu soubesse e contou logo pra minha mãe?

- Se você tivesse chego em mim e pedido ajuda, eu ajudaria, mas inventar que é meu, só pra...

Ela se levantou alterada

- Eu não inventei nada pra ninguém.

- Não sei nem do que está falando.

Tirou duas camisinhas do bolso, jogou no rosto dele

- Estão vencidas a muitos meses, desculpa se eu não tra nso o suficiente pra estar com o estoque de preservativos em dia.

- A minha vida mal começou e daqui em diante, vou viver em função de outra pessoa.

- Se você não está feliz, imagina eu.

O deixou falando sozinho, entrou furiosa se sentindo ofendida, ele a chamou duas vezes

- Sky volta aqui.

- Eu vou embora, Sky?

Pegou as camisinhas e foi embora, olhou a data de validade e percebeu que realmente era possível, ser o pai.

Se arrependeu do que falou, ficou com mais raiva ainda, imaginando que independente do quanto fosse legal com ela, não seria o suficiente, porque ela não estava interessada, também não gostou de se imaginar tendo um filho, não estando junto da pessoa.

Foi para casa se sentindo péssimo, com medo de prejudicar ela e o bebê com o estresse, no final do dia foi na casa de Rumi conversar, contou o que aconteceu.

Ela parecia outra pessoa depois de ter engravidado, aconselhou ele a ir se desculpar pessoalmente e dizer que independente de qualquer coisa, iria segurar a mão dela, apoiar, até porque ela mesma não estava querendo o bebê.

Theo estava ouvindo, perguntou se era uma indireta, ela respondeu que sim, porque uma mulher não se esquecia nunca, como foi tratada na gravidez e depois.

Sky ficou chorando de raiva, quando Dariele chegou as duas acabaram brigando, Sky ficou muito brava, por ela ter aceitado ajuda deles, sem contar nada.

No dia seguinte Rigel levantou cedo e saiu, foi até a casa dela para se desculpar, Rumi o ajudou repassando as informações, que Riven passou para Violeta e ela para Rumi.

Eram quase oito horas, ele ficou dentro do carro esperando, quando viu a porta abrindo, desceu, foi até o portão, ela foi descendo as escadas irritada

- Não quero falar com você, vai embora.

Ele ficou esperando sério

- Bom dia! Sou o Rigel.

- A minha mãe pediu pra eu vir levar...

Dariele foi saindo logo atrás

- Bom dia! Sei quem você é.

Ele ficou olhando Sky

- Vou levar vocês e se precisar, posso ficar.

Sky se aproximou séria

- Porque a sua mãe pediu?

Dariele voltou pegar o carregador que esqueceu, ele respondeu sério

- Só quero te ajudar, já entendi o que aconteceu.

- Se tem alguém que deveria estar bravo aqui, sou eu, porque você se colocou em risco.

- E não me contou nada, teve meses pra falar.

Ela se afastou indo para a esquina

- Eu não sabia até o natal.

Dariele voltou correndo, Sky disse que tinha perdido o ônibus, ela foi se afastando

- O meu ainda não passou, me manda notícias.

- Tchau, vai dar tudo certo!

Ele ficou olhando sem entender, Sky se aproximou com os olhos marejados

- Ela precisa ir trabalhar.

- Pode me levar, por favor?

Ele estava olhando ela, reparando em tudo, tentando ver a barriga, estava com um vestido curtinho solto florido, chinelo e cabelo solto molhado, usando a pulseira e o anel que ganhou dele, ele disse que sim.

Foram indo para o carro, ele perguntou se a mãe dela não queria carona, ela disse que não, quando foi entrar, ele pegou uma sacola no banco do passageiro

- Já tomou café da manhã?

- Eu trouxe o meu pedido de desculpas.

- Fui pego de surpresa e não tem sido nada fácil pra mim também.

Ela começou mexer no celular cabisbaixa

- Não consigo comer cedo.

- Posso colocar o endereço no GPS?

Ele ficou esperando

- Claro. Posso te perguntar uma coisa?

- Já sabe o que é? Menina ou menino?

Ela balançou a cabeça que não, ele foi ligando o carro

- De qualquer forma, você está bem encrencada, pois colocou na cabeça do meu sobrinho, que ele é a sua criança favorita no mundo e agora, terá outra.

- Desculpa por ter vindo te cobrar, sem saber direito o que estava acontecendo.

- Quero que saiba, vou estar ao seu lado independente do que aconteça.

Ela estava olhando a rua, séria

- Sei, voltaria falar comigo, se isso não tivesse acontecido?

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