Ele saiu na intenção de ir brigar com ela, foi até a casa de um amigo conversar, se acalmou um pouco, foi até a casa que ela morava, viu que estava alugando, mandou uma mensagem pra ela
" Oi, quero conversar, pessoalmente! " Ela estava deitada, com a internet do celular desligada, ele ligou desconhecido, ela atendeu sonolenta " Alô " Ele respondeu sério " Oi, é o Rigel, quero falar com você! Se mudou de casa? " Ela ficou quieta pensando, que ele não tinha como saber de nada, respondeu apreensiva " É, mudei. " Ele ficou mais desconfiado ainda " Entendi, me passa o endereço, vou até aí, pode ser? " Dariele tinha ido um pouco longe comprar mistura para fazer no jantar, Sky se sentou confusa " Não sei de cor, posso te mandar a localização? " Ele disse que sim, falou tchau e desligou, ela enviou, correu tomar banho e se trocar, colocou uma calça de moletom e camiseta, tudo folgado para esconder que emagreceu ao invés de engordar, prendeu o cabelo que estava cada vez pior. Foi a pracinha do outro lado da rua, bem em frente, ele chegou rápido, a viu e parou na frente, foi descendo do carro sério, sentou ao lado dela - Oi Skylar, tudo bem? Ela estava com as mãos trêmulas, o acompanhou com o olhar reparando no braço, pensou que realmente, nunca mais iria confundir os dois, por causa das cicatrizes, ficou olhando para o chão pensando no modo dele falar seu nome - Sim e você? Aconteceu alguma coisa? - O Amin está bem? Ele sorriu com deboche a achando muito falsa - Ele está! Me diz você o que aconteceu? - Se precisava de ajuda, era só me pedir, não precisava ir atrás de ninguém, falando que está grávida. - Nós dois sabemos que isso não é verdade! Ela ficou sem entender - Não fui atrás de ninguém, estou grávida, mais não contei nada. - Como você sabe disso? Só os meus pais sabem! Ele respondeu irritado - Você nunca tem culpa de nada, é incrível isso. - E quem é o pai? Ela se irritou, respondeu no mesmo tom - Não estou entendendo o que veio fazer aqui, por mim, você não saberia nunca. - Sei que nunca quis filhos mesmo, eu também não quero. - Eu já estou cheia de problemas, você veio aqui pra me. Ele interrompeu sério - E vai ter mais, se continuar agindo assim. - Não queria que eu soubesse e contou logo pra minha mãe? - Se você tivesse chego em mim e pedido ajuda, eu ajudaria, mas inventar que é meu, só pra... Ela se levantou alterada - Eu não inventei nada pra ninguém. - Não sei nem do que está falando. Tirou duas camisinhas do bolso, jogou no rosto dele - Estão vencidas a muitos meses, desculpa se eu não tra nso o suficiente pra estar com o estoque de preservativos em dia. - A minha vida mal começou e daqui em diante, vou viver em função de outra pessoa. - Se você não está feliz, imagina eu. O deixou falando sozinho, entrou furiosa se sentindo ofendida, ele a chamou duas vezes - Sky volta aqui. - Eu vou embora, Sky? Pegou as camisinhas e foi embora, olhou a data de validade e percebeu que realmente era possível, ser o pai. Se arrependeu do que falou, ficou com mais raiva ainda, imaginando que independente do quanto fosse legal com ela, não seria o suficiente, porque ela não estava interessada, também não gostou de se imaginar tendo um filho, não estando junto da pessoa. Foi para casa se sentindo péssimo, com medo de prejudicar ela e o bebê com o estresse, no final do dia foi na casa de Rumi conversar, contou o que aconteceu. Ela parecia outra pessoa depois de ter engravidado, aconselhou ele a ir se desculpar pessoalmente e dizer que independente de qualquer coisa, iria segurar a mão dela, apoiar, até porque ela mesma não estava querendo o bebê. Theo estava ouvindo, perguntou se era uma indireta, ela respondeu que sim, porque uma mulher não se esquecia nunca, como foi tratada na gravidez e depois. Sky ficou chorando de raiva, quando Dariele chegou as duas acabaram brigando, Sky ficou muito brava, por ela ter aceitado ajuda deles, sem contar nada. No dia seguinte Rigel levantou cedo e saiu, foi até a casa dela para se desculpar, Rumi o ajudou repassando as informações, que Riven passou para Violeta e ela para Rumi. Eram quase oito horas, ele ficou dentro do carro esperando, quando viu a porta abrindo, desceu, foi até o portão, ela foi descendo as escadas irritada - Não quero falar com você, vai embora. Ele ficou esperando sério - Bom dia! Sou o Rigel. - A minha mãe pediu pra eu vir levar... Dariele foi saindo logo atrás - Bom dia! Sei quem você é. Ele ficou olhando Sky - Vou levar vocês e se precisar, posso ficar. Sky se aproximou séria - Porque a sua mãe pediu? Dariele voltou pegar o carregador que esqueceu, ele respondeu sério - Só quero te ajudar, já entendi o que aconteceu. - Se tem alguém que deveria estar bravo aqui, sou eu, porque você se colocou em risco. - E não me contou nada, teve meses pra falar. Ela se afastou indo para a esquina - Eu não sabia até o natal. Dariele voltou correndo, Sky disse que tinha perdido o ônibus, ela foi se afastando - O meu ainda não passou, me manda notícias. - Tchau, vai dar tudo certo! Ele ficou olhando sem entender, Sky se aproximou com os olhos marejados - Ela precisa ir trabalhar. - Pode me levar, por favor? Ele estava olhando ela, reparando em tudo, tentando ver a barriga, estava com um vestido curtinho solto florido, chinelo e cabelo solto molhado, usando a pulseira e o anel que ganhou dele, ele disse que sim. Foram indo para o carro, ele perguntou se a mãe dela não queria carona, ela disse que não, quando foi entrar, ele pegou uma sacola no banco do passageiro - Já tomou café da manhã? - Eu trouxe o meu pedido de desculpas. - Fui pego de surpresa e não tem sido nada fácil pra mim também. Ela começou mexer no celular cabisbaixa - Não consigo comer cedo. - Posso colocar o endereço no GPS? Ele ficou esperando - Claro. Posso te perguntar uma coisa? - Já sabe o que é? Menina ou menino? Ela balançou a cabeça que não, ele foi ligando o carro - De qualquer forma, você está bem encrencada, pois colocou na cabeça do meu sobrinho, que ele é a sua criança favorita no mundo e agora, terá outra. - Desculpa por ter vindo te cobrar, sem saber direito o que estava acontecendo. - Quero que saiba, vou estar ao seu lado independente do que aconteça. Ela estava olhando a rua, séria - Sei, voltaria falar comigo, se isso não tivesse acontecido?Ele sorriu com deboche - É claro, que não!Ela sorriu espontaneamente, não disse mais nada, quando chegaram no hospital, ele perguntou se podia entrar, ela foi tirando o cinto de segurança - Não precisa, só vou ficar monitorando o coração dele ou dela. - Não sei ainda, por ultrassom não deu pra ver. Ele entrou no estacionamento do hospital - Ah então eu fico na recepção esperando notícias, até você ser internada, porque pode demorar, né? - Eu não estou trabalhando mesmo. Ela concordou, perguntou do braço, como estava sendo a recuperação, ele disse com graça que bateu na porta, para não bater nela, ela se desculpou pelas coisas que disse, foram entrando conversando, ele explicou o que aconteceu, como era a fisioterapia. Ele foi junto para a parte do pronto socorro de obstetrícia, pouco a pouco foi sabendo tudo o que aconteceu com ela, fez várias perguntas curioso, na hora de entrar na consulta, ela estava indo sozinha, a enfermeira da recepção disse que o acompanhante podia en
Os dois começaram a rir, ela se deitou com a mão na barriga - Quero ficar bem. Ele disse que ela iria e bem rápido, o exame não deu alteração, as cólicas foram diminuindo, depois do almoço ela ficou melhor, dormiu bastante, antes dele ir embora disse que não queria tomar banho, ele brincou dizendo que ia precisar cheirar ela, todos os dias, foi embora pensando nela, se sentindo trouxa, mais sem conseguir parar de a querer bem. Dariele o encontrou lá fora, perguntou como foi o dia deles, ele contou e pediu ajuda, queria fazer algo pra animar ela, relacionado ao bebê.Dariele falou sobre o exame de sangue, gentilmente ele se ofereceu para comprar qualquer coisa, que as duas estivessem precisando, ela disse que só queria o necessário para Sky ficar bem, saudável. Riven não estava sabendo ainda das visitas, levou Amin jantar com Rumi, ela comentou como quem não queria nada, que a " soletrou babá má " estava melhor, ele perguntou como ela sabia, ela respondeu - Ahh o seu irmão foi la
Ele respondeu sendo paciente - Eu só fico preocupado, não estou te culpando por nada. - A minha mãe e a Rumi foram ao Brás e trouxeram algumas coisas, pro neném, eu nem olhei, esperei pra ver com você. Ela estava pegando suco na geladeira, parou na frente dele- Mais eu disse que não queria nada de bebê. Ele respondeu sério - Mais agora já foi, é só guardar, da pra menina ou menino. - Vamos na farmácia pegar os remédios, se você quiser alguma coisa, já aproveita e pega.Ela foi lavar o copo de costas pra ele - Não posso pedir, entrega?- Não quero sair. Ele disse que seria bom irem dar uma volta, ao ver a cara dela brava, pediu o contato da farmácia, ela foi pegar as receitas, explicou pra que era cada coisa, eram vários remédios, vitaminas, ele quem conversou com a farmácia, deu o celular nas mãos dela e foi no carro pegar um cartão, chegaram duas mensagens da " Nina ", deu pra ver só uma parte " Sério amor que ótimo 😻😻 " " Quando vai passar aqui? " Para Sky foi a gota
Ela pensou para responder e mentiu - Sei lá, queria mudar a mim. Ele perguntou com deboche se deu certo, ela disse que sim, igual ao cabelo, para pior. Ele foi penteando até desembaraçar tudo, percebeu que estava muito danificado com as pontas ralas, desalinhado - Pronto. O que dá pra fazer, no seu cabelo? Para melhorar? - Não tem um creme, shampoo sei lá, umas coisas de salão? Ela se levantou, entrou no quarto - Sei lá, tem. Vou ver alguma coisa! Ele se levantou, foi na porta do quarto - Não vai ver nada, né?Ela sorriu sutilmente, foi colocando outro chinelo, passou perfume, estava usando o solitário e a pulseira que ganhou dele, não tirou mais pra nada, exatamente pelo motivo que falou quando ganhou o anel. Foi pegando a bolsa, passou por ele e foi tomar os remédios, mais de dez comprimidos - Não posso demorar pra comer, se não vou passar mau.- Esse lug
Não decidiram nada sobre a revelação, ele foi pra casa, não tinha ninguém lá, antes das vinte horas, voltou para casa de Sky, ela estava sentada na escada sozinha, no escuro, se levantou quando ele chegou, desceu abrir o portão com cara de choro, ele a abraçou, perguntou o que tinha acontecido, se estavam bem, ela foi entrando - Não foi nada com a gente. Entrou e fechou a porta, disse que a mãe tinha saído, começou contar toda sem jeito, que tinham denunciado o tio dela por ab uso, duas familiares e uma vizinha, ele ficou ouvindo sem entender o motivo do nervosismo, logo ela falou sobre a mãe, Dariele foi fazer o mesmo, denunciar, quando Sky falou que não conseguia ir, ele foi entendendo tudo melhor. Ela contou o que aconteceu na casa da vó, chorou bastante, ele ficou se sentindo péssimo com dó, colocou crédito no celular dela, se ofereceu para irem buscar Dariele, soube da história do Tião também. O irmão de Dariele tinha sido preso, quase linchado na rua, ela foi na delegacia
Saiu correndo, abriu o portão pelo interfone, até Riven sair do quarto, Amin já estava na calçada, foi correndo para o ponto de ônibus e sentou, começou chorar sentido, Riven foi atrás correndo, sentou ofegante bravo - Eu não quero bater em você, mas você está pedindo. - Amin sabe que não pode sair sozinho, vai ficar de castigo. Ele se levantou olhando a rua dos dois lados, Riven o segurou pelo braço chamando atenção, Amin foi desfalecendo de propósito, deitou no chão - Vou pegar o mesmo ônibus que a babá má e ir ficar com ela, porque ela não pode ter outra criança e me deixar. - Por isso ela foi embora né?- Todo mundo prefere os bebês. Riven o pegou no colo - Não é verdade! - Nós gostamos de você e dos dois bebês também. - Não é qualquer ônibus, que vai pra onde a gente quer. - Tem que saber andar, é muito perigoso filho. - Se você quiser eu peço pra alguém te levar ver a babá má, mais você tem que prometer, nunca mais fugir. - Porque se algo ruim acontecer com você, eu
Ele se aproximou de Amin sério - Ela que não me deixou contar. O desceu do balcão - Vai ficar com o seu pai um pouco. Olhou para Sky - Porque você está aqui? - Aconteceu alguma coisa?Ela estava o olhando ansiosa, ficou desconcertada, respondeu baixinho - Vim ficar com você, abrir o exame juntos. - Quando eu cheguei, não tinha ninguém. Rumi e Violeta estavam arrumando a mesa, com salgados, docinhos, refrigerantes, Theo pegou Amin a força com brincadeira e saiu no quintal, Riven também foi. Rigel pegou o celular no bolso - Você não disse nada, eu já vi. - Quer ver? Ela ficou surpresa sem jeito - Quero! Ficou feliz?Ele deu o celular nas mãos dela- Sim, eu já esperava por isso. - E você? Gostou?Ela ficou emotiva, devolveu o celular - Uhum! Desculpa por não ser nada do jeito que você queria. Ele a abraçou - Tudo bem! Vamos aproveitar de outras maneiras. - Vou tomar banho, quer ir ficar no meu quarto ou fica de boa aqui? Antes dela responder, Amin jogou a bola dentro
O primeiro passeio romântico de Rigel e Sky foi uma viagem algumas semanas depois, inesquecível para uma charmosa cidadezinha à beira-mar, ficaram em uma pousada aconchegante e só então puderam ter um momento mais íntimo, já que na casa dela não dava e na dele o Amin estava quase sempre junto. Aproveitaram quase uma semana, fazendo tudo da lista dela e começando a dele, que não era safada e surpreendentemente romântica, com tudo para ser feito a dois ou em família. Caminhando de mãos dadas pela praia, sentindo a brisa do mar e o sol, surgiu um novo desejo, casar na praia, algo íntimo simbólico, que era para a família e até o final da viagem, se tornou algo só deles, com direito a fotógrafo, pés descalços. Não contaram a ninguém, gravaram para a família ver, eles tinham um relacionamento encantador e cheio de cumplicidade, aqueles casais até chatos de tão tranquilos, que não brigavam por nada, riam por tudo e se doavam igualmente, sempre pensando no futuro, ansiosos para a chegada