— Peça desculpas às minhas flores ou o noivado será cancelado imediatamente. Dois dias antes de seu casamento com Fabiano Ribeiro, ele a ameaçava, apenas porque ela havia quebrado acidentalmente o vaso de gardênia que o primeiro amor dele havia lhe dado. Após anos de um amor platônico, Sabrina Amorim subitamente despertou e decidiu terminar o noivado de maneira resoluta. — Em toda a cidade, ninguém além de mim teria a audácia de se casar com você em um cartório. Sabrina, então, se casou com Emerson Carmo, a quem conhecia apenas superficialmente, pensando se tratar de uma solução temporária, sem imaginar que o Sr. Emerson já nutria planos de longo prazo. Ele desejava ser mais do que apenas uma figura em seu certificado de casamento, almejava uma presença ampliada em seu coração e deixar sua marca no fundo de sua alma.
Ler mais— Está bom?Álvaro estava com a ponta do nariz encostada na dela, o calor de sua respiração deixando a mente dela mais clara do que o álcool teria conseguido turvar.Contudo, a sensação de confusão logo retornou, e ela, ligeiramente tonta, encarava as múltiplas imagens de Álvaro à sua frente, falando de maneira arrastada:— Está... Bom...Álvaro a soltou, se levantou e deixou o quarto. Foi até o armário de utilidades, pegou a caixa de medicamentos e a levou para o banheiro.Posicionou a caixa ao lado, abriu ela, retirou um cotonete e iodo, e com gestos suaves, desinfetou a ferida dela, aplicando em seguida um medicamento para tratar o machucado."Parece que ela não poderá tomar seu banho hoje."Álvaro suspirou resignado, carregou ela de volta ao quarto e a acomodou na cama, cobrindo ela com o cobertor:— Pronto, durma bem. Se ainda estiver com dor de cabeça amanhã, levarei você ao hospital para um exame.Quando ele estava saindo, Dalila segurou a manga de sua roupa:— Estou com medo, v
Seus olhos, profundos e escuros como a noite, se fixaram nela, e sua expressão se tornou gradualmente sombria e intensa.Dalila, percebendo que ele não reagia, começou a chorar, se sentindo angustiada:— Ah... Álvaro, por favor, me ajude, estou ferida. Minha cabeça dói muito...Álvaro, com o rosto contorcido de preocupação, desviou o olhar, o fixando na parede, e falou com uma voz rouca e baixa:— Primeiro, se vista, depois veremos isso.Dalila respondeu, com a voz trêmula:— Mas minha cabeça dói tanto, acho que estou sangrando...Álvaro se virou abruptamente e a encarou. De fato, havia um pequeno corte na cabeça de Dalila, de onde o sangue escorria até sua palma.Com um olhar de pavor, ele rapidamente se aproximou, deixando de lado qualquer receio relacionado às diferenças de gênero, e a levantou no colo, sem hesitar.Dalila se agarrou firmemente ao pescoço dele, e ao sair da banheira, uma grande quantidade de água espirrou, encharcando o terno de Álvaro.Ele colocou uma toalha gran
— Vou chorar, vou chorar mesmo. Álvaro, me leve para sua casa... Eu não quero voltar, voltar só significa brigar com eles...Álvaro olhou para ela atentamente, esfregou a ponta dos dedos em sua bochecha para enxugar as lágrimas, então falou com voz suave:— Tudo bem, vamos para a minha casa. Se comporte e fique sentada, vou dirigir. Caso contrário, não te levarei.Dalila imediatamente se sentou ereta no assento do passageiro, se agarrando ao cinto de segurança:— Estou sentada.Álvaro olhou para ela com um sorriso e deu partida no carro.Com esse comportamento dela, definitivamente não poderia levá-la para a Mansão dos Amorim. Anteriormente, por conveniência, ele havia comprado um apartamento perto da empresa, então ele dirigiu diretamente para lá.Vinte minutos depois, o carro parou no estacionamento do condomínio, Álvaro saiu e foi até o lado do passageiro para desafivelar o cinto de segurança dela:— Desça, vou te ajudar.Dalila estendeu os braços, o olhando ansiosamente:— Me carr
Nina piscou, olhando para ele com um olhar travesso:— Claro, ainda bem que você veio, senão eu não conseguiria voltar para casa hoje à noite.Abelardo, sem alternativa, olhou para ela, se preparando para ajudá-la a levantar, quando Dalila, abraçando Nina e se recusando a soltá-la, começou a bater no braço de Abelardo:— Vá embora, não toque na minha melhor amiga, ela é minha.Abelardo ficou sem palavras.Ele riu, frustrado.Não esperava que as mulheres também disputassem a atenção de Nina.Ele tinha acabado de conseguir manter alguém ao seu lado, e agora Dalila aparecia.Abelardo se virou e deu uma levantada de sobrancelha para Álvaro:— Álvaro, venha ajudar aqui.Álvaro, com os lábios apertados, avançou e se posicionou diante de Nina, estendendo a mão para Dalila:— Venha comigo.Dalila seguiu a mão dele e, ao encontrar os olhos de Álvaro, seu coração falhou por um momento.Ela colocou tremulamente o dedo na palma da mão dele e depois se encostou em seu peito, se agarrando firmemente
Ela refletiu por um momento e pegou outra garrafa de vinho, encheu um copo e o esvaziou de um só gole. Dalila, ao vê-la continuar bebendo, decidiu beber diretamente da garrafa. Nina ficou sem palavras. Eventualmente, ela também se embriagou, vendo Dalila com visão dupla. Nina tomou o copo de sua mão e apoiou a cabeça de Dalila em seu ombro: — Sua cabeça dói? Quer que eu te leve para casa?Dalila respondeu: — Não dói! Ainda posso beber mais. Estou muito feliz hoje, Nina, obrigada por me apresentar a tantos amigos. Antes, eles pensavam que eu era uma filha ilegítima, por isso não queriam se relacionar comigo, e eu evitava fazer amizades.Nina olhou para ela, surpresa.Então, ela não era fria por natureza, mas havia sido machucada pelo ambiente ao seu redor.Embora não houvesse filhos ilegítimos em sua família, crescendo naquele círculo social, ela já tinha testemunhado todo tipo de frieza e calor humano.A situação da família Carmo era complexa. Dalila era desprezada pelos outros m
Inicialmente, Nina respondia com uma ou duas palavras, mas depois, simplesmente deixou de fazer cerimônia e disse diretamente:— Desculpe, não tenho interesse em interferir no trabalho do meu irmão, talvez você possa perguntar diretamente a ele na próxima vez?Após repetir isso algumas vezes, menos pessoas a procuravam para perguntar sobre Álvaro, mas o número daqueles que buscavam seu autógrafo aumentou.Houve até alguém que esperava que Nina assinasse sua camisa.Nina recusou categoricamente.Vendo ela tão ocupada, Dalila voluntariamente recuou com sua bebida para o lado.Ela encontrou um lugar perto da janela para ficar, a brisa da noite acariciando gentilmente suas bochechas, acrescentando um toque de beleza desalinhada à sua aparência.Francisco se aproximou com seu copo erguido:— Faz muitos anos, e você está ainda mais bonita do que antes, Dalila.Dalila sorriu levemente:— Obrigada.— De nada. — Francisco tomou um gole de sua bebida levemente. — Mas eu ouvi que você ainda não t
Levaram cerca de vinte minutos de carro do salão de beleza até o Clube da Sereneza. Foi Abelardo quem as levou. Ao sair do carro, Nina segurou o braço de Dalila e, ao entrar no Clube da Sereneza, se virou para ele:— Se lembre, você tem que vir me buscar às nove, senão você está morto.Abelardo, com os lábios finos em um leve sorriso, olhou para ela com adoração:— Não se preocupe, não vou esquecer.Dentro do elevador, Dalila não pôde resistir a perguntar:— Você e o Abelardo estão realmente juntos?Nina sorriu misteriosamente para ela:— É verdadeiro e falso. As coisas entre nós são muito complicadas. Um dia, quando tivermos tempo, eu te conto.Enquanto conversavam, o elevador chegou ao andar. Nina, ainda segurando o braço de Dalila, entrou na sala privada e viu que muitas pessoas já haviam chegado. Todos pensaram em se vestir elegantemente para ver quem se destacava mais, mas não esperavam que houvesse alguém ainda mais elegante.Quando as pessoas viram Nina e Dalila, quase não c
— Não pode ser! — Sabrina abriu os olhos bem grandes ao encarar Emerson. — Minha irmã e o Abelardo são tão perfeitos um para o outro, como isso pode acabar assim? Com certeza encontrarei uma maneira de uni-los.Emerson, discretamente, ativou o gravador de seu celular:— Sabrina, em sua opinião, sua irmã está apaixonada pelo Abelardo agora?Ela respondeu:— Apaixonada, sim. Minha irmã não é de se fazer de difícil para os homens assim tão facilmente. Quando ela estava com Miguel e Salvador, nunca a vi agir dessa forma com eles. Ela realmente combina com alguém como o Abelardo. Ela pode ser extrovertida, mas tem um coração mais suave, precisa de alguém que cuide dela com paciência.Emerson acenou, compreensivo.Ele enviou o áudio gravado para Abelardo via WhatsApp. Após ouvir o áudio, Abelardo respondeu a Emerson:[Obrigado, Sr. Emerson.]Encostado na cadeira, Emerson sorriu levemente:[De nada, Sr. Abelardo, só não se esqueça do meu diamante rosa.]A família Medeiros trabalhava com o co
— Já chega, não vou falar mais, vou às compras comprar uma roupa bonita. Amanhã à noite vou estar linda para o encontro com os colegas, para ver se encontro algum homem solteiro e atraente para conhecer.Sabrina observou Abelardo, que parado à porta, lançou um olhar sombrio para as costas de Nina, e não pôde evitar uma tosse leve, com os lábios semi-cobertos.Nina, completamente alheia ao perigo que se aproximava, se mostrava preocupada com Sabrina:— Sabrina, você está tossindo? Está se sentindo mal?A voz sombria de Abelardo soou por trás:— Não é a Sabrina que está se sentindo mal, sou eu.Nina ficou sem palavras."Meu Deus. Ele ouviu?"Ela se virou, dando a ela um sorriso envergonhado:— Estava brincando, só brincando. Estava só fazendo graça com a Sabrina.Ela então disse a Sabrina:— Não é, Sabrina?Sabrina sorriu levemente:— Sim, é isso. Minha irmã disse que quer conhecer homens solteiros e atraentes. Sr. Abelardo, você precisa ficar de olho nela. Ela disse que não se pode leva