Capítulo 5
Ao vê-la chegar, Fabiano franziu as sobrancelhas. Sua expressão, usualmente bonita, estava agora visivelmente irritada.

— Onde você estava? Seu telefone também estava desligado. Sabrina, você acha que eu tenho tanto tempo livre para brincar com você todos os dias? Já que você está aqui, vá logo, assim você consegue pegar o certificado de casamento antes do intervalo para o almoço no cartório.

Sabrina se sentiu confusa.

"Ele perdeu a memória ou está com algum problema na cabeça?"

"Ele não entendeu quando eu disse que estava acabando tudo?"

"Todos no grupo de chat dos pais estavam discutindo cancelar o casamento, ele não viu isso?"

Ela soltou a mão que estava presa em seu braço, deu um passo para trás, adotando uma expressão incrivelmente distante e fria ao dizer:

— Fabiano, eu deixei bem claro anteontem: acabou para nós. Eu disse e não me arrependo. Nosso casamento também foi cancelado. Nos últimos dias, todos na família estão discutindo isso no chat. Você não está prestando atenção?

— Ha ha. — Fabiano fixou o olhar nas bochechas de Sabrina e, não conseguindo conter um leve sorriso, disse. — Sabrina, você me ama tão profundamente, você realmente pode ir e me deixar? Eu não acredito. Eu vim aqui hoje para te dar um pouco de face, dar uma chance para você parar enquanto está à frente, não seja excessiva. Eu não estarei sempre de bom humor para deixar passar. Eu vou ignorar o fato de você ter quebrado meu vaso de plantas. Agora, imediatamente, vamos tirar o certificado de casamento.

Ele apertou o pulso de Sabrina novamente, desta vez sem se importar se ela queria ou não, simplesmente pegou sua mão e a puxou para fora.

Sabrina foi arrastada sem qualquer chance de resistir.

— Fabiano, me solte! — O ambiente do bar era bastante tranquilo, e Sabrina gritou tão alto que atraiu os olhares dos poucos clientes ao redor. — Fabiano! Eu já disse que acabou! Que certificado de casamento, que nada! Me solte! Me solte!

A força de Fabiano em seu pulso era intensa, e Sabrina sentiu que ele quase esmagava seus ossos.

— Você está me machucando, Fabiano!

Ela protestou, mas ele não mostrou qualquer reação.

Justo quando ela sentia desespero, sua outra mão foi segurada por alguém, embora com muito mais suavidade.

No segundo seguinte, uma voz baixa e magnética soou:

— Solte ela. Ela já disse que não vai, você não entende?

Fabiano parou, se virou e encontrou os olhos frios de Emerson.

— Isso não é da sua conta. — Fabiano falou, impaciente.

— Sou amigo da Srta. Sabrina, e se ela está sendo levada à força, isso me diz respeito.

Aproveitando que Fabiano soltou a mão, Emerson puxou Sabrina para perto de si com mais força, protegendo ela com quase todo o seu corpo.

— Senhor, sequestrar mulheres em plena luz do dia é crime. — Emerson olhou para Fabiano com um rosto inexpressivo e um tom de voz gelado.

— Com qual dos seus olhos viu que eu estava sequestrando alguém? — Fabiano retrucou, seus olhos profundos cheios de raiva. — Ela é minha noiva!

A palma quente de Emerson tocou a nuca de Sabrina, e sua voz suave soou:

— Srta. Sabrina, você é noiva dele?

Com medo de que Fabiano enlouquecesse e a puxasse de volta, Sabrina agarrou firmemente a barra do casaco de Emerson, e disse com uma expressão de raiva intensa:

— Não sou! Já terminamos, não temos mais nada a ver! Ele só quer me levar à força!

Os olhos de Emerson se estreitaram levemente, seus lábios finos curvados em um sorriso irônico enquanto olhava desdenhosamente para Fabiano.

Fabiano, com o rosto sombrio, rangeu os dentes com força e disse, pesadamente:

— Sabrina, seja sensata e venha por vontade própria. Não me faça forçar você. Você acha que alguém além de mim iria querer você? Estou abaixando minha posição ao ir buscar o certificado de casamento com você, isso já é uma bênção, não seja ingrata.
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