Álvaro, com os olhos vermelhos de raiva, o encarou, rangendo os dentes:— Fabiano, você não ousaria!Fabiano, com o pescoço esticado e um semblante de teimosia, retrucou:— Você pode tentar ver se eu ousaria. Os negócios da família Ribeiro quase foram destruídos por você e Serafim juntos. O que mais eu poderia perder agora? Álvaro, a responsabilidade é exclusivamente sua por terem levado as coisas ao extremo. Eu era o noivo de Sabrina, mas ela acabou se casando com Emerson. Vocês não só deixaram de puni-la, como ainda a apoiaram contra mim. Cresci com vocês! Você me agrediu, e Nina também! Vocês já pensaram nos meus sentimentos?Ele prosseguiu:— Eu apenas fiz Sabrina sofrer um pouco, e ela causou todo esse escândalo! Álvaro, quando o noivado foi desfeito, sua família se uniu à família Carmo, um grande clã. E eu? Pensaram nos meus sentimentos? Como as pessoas falam de mim?! Eu pedi desculpas, implorei, admiti meu erro e quis uma nova chance de vocês, mas vocês foram tão cruéis que não
— Vocês todos me devem desculpas! Eu apenas a empurrei e ela se machucou, ainda assim, ela teve a audácia de cancelar o noivado e ficar com outro! Já pedi desculpas, e vocês ainda não me perdoaram! Álvaro, tudo o que aconteceu hoje é por culpa de vocês!O punho de Álvaro, pendurado ao lado do corpo, tremia ligeiramente.O desejo de matar crescia cada vez mais.— Fabiano, além dessas duas condições, você pode pedir o que quiser. — Álvaro falou com a voz mais calma possível.Fabiano riu friamente:— Além dessas duas condições, não quero nada mais.Álvaro continuou:— Eu posso devolver intactos os bens da família Ribeiro que foram confiscados, além de ceder a metade do mercado, elevando o status da família Ribeiro na Cidade do Sol ao nível da família Amorim.Fabiano ficou surpreso.Ele sabia que Álvaro não estava apenas falando, ele realmente poderia fazer isso.Mas ele simplesmente não queria aquelas coisas.Com um sorriso irônico nos lábios, ele tocou o ombro de Álvaro com a ponta do de
Álvaro estava tão irritado que seu corpo todo tremia, e seu rosto empalideceu. Depois que Fabiano saiu, ele estendeu a mão e varreu tudo o que estava sobre a mesa de seu escritório para o chão. Com fúria, bateu na mesa com força, uma expressão feroz dominando seu rosto, envolto em uma aura de severidade. O assistente, ao ouvir o barulho incomum vindo do escritório, imediatamente empurrou a porta e entrou. Ao ver a desordem, franziu a testa e olhou preocupado.— Presidente Álvaro, o que aconteceu? Após desabafar, Álvaro já havia se acalmado. Respirou fundo, se endireitou e caminhou até a janela de vidro, piscando os olhos:— Chame alguém para limpar isso no chão. Quanto ao tablet, o coloque na minha mesa, não o jogue fora. O assistente disse:— Certo.Álvaro olhava para fora da janela com uma expressão sombria, sentindo o coração afundar incessantemente. A situação já era complicada como estava. Fabiano havia se tornado completamente insano. Se aquilo fosse a público, toda a f
— Tenho uma reunião daqui a pouco, então não posso falar agora.Álvaro, reprimindo a dor no coração, sentia desconforto em todo o corpo, mas ainda assim fingia que nada tinha acontecido ao dizer a ela:— Tudo bem, vá logo. O que você quer comer à noite? Você escolhe o prato, eu preparo.Dalila respondeu:— Tá bom, um beijo! Te amo...Álvaro desligou o telefone, e ficou com o dedo hesitante sobre o contato de Emerson, sem pressionar para ligar por um longo tempo.Uma vez que ele fizesse aquela ligação, não haveria volta.Ele se sentia egoísta, querendo apenas proteger a pessoa que amava.Emerson era um homem, ele poderia enfrentar tudo aquilo, mas ele não podia... Não podia deixar Dalila enfrentar aquela situação.Álvaro ficou olhando para a tela do telefone por dez minutos inteiros antes de finalmente decidir ligar.— Irmão.Devido ao impacto do e-mail de Fabiano na noite anterior, Emerson e Sabrina passaram o dia todo em casa discutindo estratégias, sem ir ao trabalho.— Emerson, no p
Emerson baixou os olhos, olhando para Sabrina com um olhar suave e afetuoso, os lábios finos esboçando um leve sorriso:— Está bem, então faremos como você disse, Sabrina. Eu vou preparar uma refeição simples para nós, arrumar o quarto, apenas nós dois, e te pedir em casamento, que tal?Sabrina, empolgada, se aconchegou em seus braços:— Ah, eu adoraria. Isso seria o tipo de pedido de casamento que eu sempre quis. Mas... Por que meu irmão de repente decidiu levar a Dalila para uma viagem no exterior? Isso não é típico dele.O coração de Emerson falhou uma batida.Ele olhou ansiosamente para o perfil de Sabrina, esperando que ela não suspeitasse de nada.Felizmente, ela parecia apenas um pouco confusa.Ela então acrescentou:— Meu irmão geralmente é mais exuberante em seus relacionamentos. Se ele quisesse pedir Dalila em casamento, certamente teria nos feito testemunhas. Desta vez, ele disse que vai levá-la para a Ilha do Mar de Gelo para ver a aurora boreal e pedi-la em casamento, é re
[Faltam apenas dois dias para eu e o Fabiano irmos ao cartório.]Sabrina digitou essa frase com cuidado no bloco de notas do celular, depois colocou o aparelho virado para baixo na mesa e continuou a limpar o quarto, sorrindo. A casa era um presente dos pais de Fabiano para eles como lar de casados, onde Fabiano morava sozinho. Como ele estava ocupado e não tinha tempo para limpar, Sabrina passou esses dias ajudando por lá.As famílias de ambos eram muito próximas, e, após dois anos sendo unidos pelos pais, finalmente estavam prestes a se casar. Todos pensavam que ela estava sendo forçada a ficar com Fabiano, mas só alguns sabiam que ela secretamente o amava há anos. Quando ele concordou em namorá-la diante de ambos os pais, ela ficou tão feliz que não conseguiu dormir aquela noite.Sabrina estava no escritório, com um doce sorriso nos lábios enquanto limpava a mesa, imaginando a vida feliz que teriam ali. Porém, ao se virar, acidentalmente esbarrou em um vaso de gardênia na mesa.O
O tempo em junho mudava rapidamente. Quando Sabrina chegou, o céu estava limpo, mas agora estava coberto de nuvens escuras e chovia torrencialmente.Sabrina saiu correndo da casa de Fabiano, chorando, tão apressada que esqueceu as chaves do carro. Ela correu para a chuva e pegou um táxi na porta para voltar para casa.Quando o táxi parou no destino, Sabrina pagou a corrida com um QR code e correu para o prédio sob a chuva.No elevador, após apertar o botão do décimo terceiro andar, ficou num canto, enxugando as lágrimas incessantemente.O elevador parou, e ela, de cabeça baixa, caminhou até o apartamento e começou a digitar a senha.Estranhamente, a porta, que normalmente se abria de imediato, continuava mostrando erro na senha.Será que ela estava tão perturbada que se esqueceu da senha?Sabrina enxugou as lágrimas e decidiu tentar novamente.Ela tinha acabado de pressionar o primeiro número quando a porta se abriu subitamente de dentro.Eles se encararam, e Sabrina ficou paralisada.
Sabrina havia acabado de abrir a porta quando a voz de sua mãe, Bianca Pires, chegou carregada de soluços:— Sabrina! Por que você não atende o telefone? Término é término, mas por que não atende? Quer me matar de preocupação?"O quê?" "Como isso é diferente do que eu imaginei?"Sabrina piscou, confusa.— Ah... Meu celular estava no silencioso, eu não ouvi.O rosto de seu pai, Rodrigo Amorim, estava tenso como água parada. Ele e Bianca entraram, trocaram os sapatos e se sentaram no sofá.Sabrina trouxe água morna da cozinha e os serviu.— Mamãe, papai, bebam um pouco de água.— Sabrina, o que aconteceu com sua testa e seu braço? — Indagou Rodrigo ao notar o braço dela envolto em várias camadas de ataduras e um grande hematoma roxo na testa, onde até a pele parecia ter sido rompida.Sabrina baixou a cabeça, em silêncio.Bianca examinou mais de perto e percebeu que ela estava gravemente ferida, no braço enfaixado parecia que ficaria uma cicatriz permanente, a testa brutalmente agredida.