O tempo em junho mudava rapidamente. Quando Sabrina chegou, o céu estava limpo, mas agora estava coberto de nuvens escuras e chovia torrencialmente.

Sabrina saiu correndo da casa de Fabiano, chorando, tão apressada que esqueceu as chaves do carro. Ela correu para a chuva e pegou um táxi na porta para voltar para casa.

Quando o táxi parou no destino, Sabrina pagou a corrida com um QR code e correu para o prédio sob a chuva.

No elevador, após apertar o botão do décimo terceiro andar, ficou num canto, enxugando as lágrimas incessantemente.

O elevador parou, e ela, de cabeça baixa, caminhou até o apartamento e começou a digitar a senha.

Estranhamente, a porta, que normalmente se abria de imediato, continuava mostrando erro na senha.

Será que ela estava tão perturbada que se esqueceu da senha?

Sabrina enxugou as lágrimas e decidiu tentar novamente.

Ela tinha acabado de pressionar o primeiro número quando a porta se abriu subitamente de dentro.

Eles se encararam, e Sabrina ficou paralisada.

Ela não conhecia a pessoa dentro do apartamento.

Sabrina, por instinto, olhou para o número do andar e percebeu que não tinha prestado atenção e tinha apertado o botão errado do elevador, ela deveria ir ao décimo terceiro andar, mas estava no décimo segundo...

— Desculpe. — Sabrina pediu desculpas, com os olhos brilhando de lágrimas, vermelhos, e o nariz e as bochechas também vermelhos, parecendo um coelhinho que sofreu uma grande injustiça. — Errei o andar, sinto muito mesmo.

O que mais chocou a outra pessoa foi a grande área machucada e roxa na testa de Sabrina e o sangue escorrendo de um ferimento no braço, ela parecia alguém que havia acabado de escapar desesperadamente de um criminoso.

Após se desculpar, Sabrina imediatamente se virou para fugir, mas seu pé molhado de chuva escorregou de repente, e ela caiu no chão com um baque tão forte que a pessoa a alguns passos de distância sentiu que foi uma queda dolorosa.

A pessoa no quarto avançou rapidamente e parou na frente dela, estendendo a mão:

— Precisa de ajuda?

— Obrigada.

Sabrina se sentiu envergonhada, segurou os dedos da pessoa e, com a ajuda dela, conseguiu se levantar e sair mancando.

O homem ficou com as mãos nos bolsos, observando ela se afastar até ela desaparecer de vista.

De volta em casa, Sabrina trocou de roupa, fez um curativo simples no braço e se jogou na cama, se enrolando no cobertor e chorando a tarde inteira até adormecer de exaustão.

Quando acordou, já era mais de oito da noite.

Ela pegou o celular debaixo do travesseiro e viu que as pessoas da família ainda discutiam animadamente sobre seu casamento com Fabiano no grupo de chat.

Sabrina esfregou os olhos inchados e doloridos, se encostou na cabeceira da cama e enviou uma mensagem no grupo da família:

[Queridos tios e tias, eu e Fabiano terminamos hoje, então o casamento está cancelado. Obrigada pelo cuidado de todos neste período.]

Após enviar a mensagem, Sabrina se espreguiçou e pegou uma compressa de gelo na geladeira para colocar nos olhos.

O grupo de chat da família ficou em silêncio por um minuto, então explodiu em uma enxurrada de comentários.

Quase todos falavam sobre Sabrina e Fabiano, com muitas críticas, era claro.

Os pais de Sabrina estavam estranhamente quietos, provavelmente pensando em como repreendê-la.

Afinal, eles sempre gostaram muito de Fabiano como futuro genro, ele havia se mostrado extremamente atencioso durante os dois anos de namoro, quase enganando até ela.

Pensando nisso, Sabrina se sentiu ainda mais injustiçada.

Para evitar ser perturbada pelas mensagens do grupo da família, ela colocou o celular no modo silencioso e o jogou no sofá, se deitando na cama para continuar aplicando a compressa nos olhos.

Meia hora depois, a campainha começou a tocar insistentemente. Sabrina correu até a porta e, ao espiar pelo olho mágico e ver quem estava do lado de fora, ficou imediatamente nervosa.

Eram seus pais.

O som da campainha ecoou novamente, e Sabrina respirou fundo, decidindo enfrentar a situação com coragem.