SilaDurante a madrugada…— PORQUE ELE É UM ASSASSINO, OK?! Ele a matou! Ele a matou! Ele… ela… a matou!Abro abruptamente os olhos, encontrando o teto do meu quarto. Ofegante, me sento na cama e puxo o ar para tentar me acalmar. Um assassino, ele disse, mas eu não vi isso nos olhos de Jessé. Pensativa, saio da cama e vou para perto de uma janela. O meu olhar vai para direto para o estábulo do outro lado do jardim e como se fosse atraída por ele, me afasto da janela, visto um casaco quente e macio por cima da roupa de dormir, e saio do quarto.Dentro do corredor encontro a quietude da casa, além da sua escuridão e caminho cautelosa para não esbarrar em alguma coisa pelo caminho, e assim não acordar a casa inteira. Vou direto para cozinha, bebo um pouco de água e luto contra a minha vontade de sair ao encontro do animal.Não ir até o estábulo, essa é uma de suas regras. Bufo audivelmente e sem querer os meus olhos param em cima de um cesto cheio de cenouras que está em cima de um balcã
Sila— Sim, provavelmente ele esteja atrás dos arbustos. — Ela faz menção de sair, porém, lhe jogo uma interrogação.— Você conheceu a Cecília, não foi? — Ela balbucia, parece pensar no que me dizer.— Eu… a conheci.— Imagino que ela era uma mulher impressionante — comento, fazendo-a sorrir.— E ela era. Todos nessa casa a amavam.Eu sabia!— O Érõn a pertencia? — Seu sorriso se amplia.— Dona Cecília era amante dos animais e o Senhor Murat sabia disso. Por isso ele o comprou para ela.— E as escolhas dos nomes dos animais são sempre turcos, você sabe o porquê?— Por amor ao Senhor Murat. — Ela responde um tanto sonhadora.— Amor perfeito e riqueza foram as suas escolhas — sibilo.— Sabe, era lindo vê-los juntos, mas quando ela chegou aqui… — Franzo a testa.— Ela? Ela quem?— Ayla?! — A voz rígida de Murat me faz congelar e a garota imediatamente se afasta de mim. Um puxão brusco no meu braço me faz bater duramente contra o seu corpo, mas é o seu olhar furioso que me faz engolir em
Sila— Sila, abre a porta! — Murat pede do lado de fora do quarto e ansiosa, fecho os meus olhos. — Escute, se você não quiser ir para a casa da sua mãe eu entendo e está tudo bem.Está tudo bem? Chego a soltar uma respiração de alívio.— Se você quiser, podemos jantar fora. — Abro a porta imediatamente, encontrando os seus olhos negros rígidos.— Jantar fora? — Chego a ansiar por essa possibilidade.— Se você quiser.Seu eu quiser? Por Alla que espécie de pergunta é essa?!— Eu quero! — falo sem pensar duas vezes.— Ótimo! Se arrume, vou aguardá-la lá embaixo. — Fecho a porta abruptamente, abrindo um sorriso satisfeito logo em seguida. Contudo, corro para dentro do closet e escolho um vestido para essa noite, ponho os salt
SilaSeus movimentos são firmes e precisos. Uma clara encenação dos costumes turcos e logo me forço a me mexer também. Existe uma eletricidade entre nós agora. É algo que nos atrai, porém, ela não nos aproxima. Uma sensação que acelera os meus batimentos cardíacos, mas que faz o meu corpo estremecer também e quando a música termina, também paramos, porém, os nossos olhos permanecem conectados.Então do nada começo rir.— O que foi? — Ele inquire meio confuso.— Não é nada, Senhor Arslan. Eu estou só estou um pouco alegre devido o álcool, eu acho. — Em resposta, ele abre outro sorriso e o meu peito parece que vai explodir com esse simples gesto. — Que tal um brinde a essa noite? — sugiro, voltando para a mesa e começo a servir os nossos copos.— N&at
SilaNa manhã seguinte…— Oh, nossa! — resmungo dolorosamente, me sentando em uma cadeira de frente para uma mesa farta, onde o meu marido já está acomodado. Devo dizer que ele está intacto, até parece que nem bebeu o tal Raki. No ato, fecho os meus olhos para a claridade que me incomoda e apoio a minhas cabeça em minhas mãos.— Como você está? — O escuto perguntar, porém, bufo em resposta.— Meu estômago está embrulhado e a minha cabeça não para de latejar — lamento.— Eu disse que você estava exagerando. — Ele retruca divertido.Espera, divertido? Ergo a minha cabeça para olhá-lo, fazendo uma careta para a dor que retorna por conta da luz.— Eu estava curtindo um pouco da noite e você prometeu cuidar de mim, se lembra? — retruco um tanto manhosa.— Certo, Dona Sila. Beba um pouco desse suco, isso vai diminuir os seus enjoos e eu vou pedir uma aspirina pra você. — Seguro o copo que ele me estende e no ato, beberico um pouco da bebida gelada. Não demora para Murat retornar para a mesa
SilaMinutos depois…— Hum, acho que acabei cochilando — resmungo após um longo tempo em silêncio, aconchegando-me ao seu corpo e devo dizer que ainda estou sorrindo para o que acabamos de fazer.— A gente precisa conversar, Sila. — O seu tom sério demais me diz que o meu encanto se acabou e que estamos voltando para a nossa realidade agora. Calado, Murat se afasta de mim e começa a vestir as suas roupas, e eu faço o mesmo em seguida.— Sobre o que você quer falar? — pergunto mesmo sabendo do que se trata.— Sobre isso. — Ele aponta o seu indicador dele para mim. — Sei que foi gostoso, muito mesmo. Na verdade, devo admitir que foi bem melhor do que eu esperava.Não seguro um sorriso.— Mas?— Amor. — Uno as sobrancelhas. — Eu não posso te oferecer isso, Sila.Frustrada? Não, eu não estou frustrada. Ao entrar nessa casa percebi que Murat Arslan vive preso a um amor do seu passado. Isso o tem tornado um homem frio, intolerante e um tanto violento. O homem que vi sentado na minha frente
Murat... E quem falou em amor, Senhor Arslan?Essa pergunta não para de se repetir dentro da minha cabeça e cada vez que ela se repete sinto uma agonia tomar conta de mim. Eu deveria me sentir aliviado com isso. Era tudo o que eu queria desde o começo desse negócio, mas dentro de mim tem uma voz gritando o óbvio. Eu sei que existiu algo entre Sila e Taylor, mas desconheço o teor do que eles viveram e até mesmo os seus reais sentimentos pelo meu grande amigo.Ela estaria apaixonada por ele e por esse motivo aceitou tão fácil a minha condição? Esse era o motivo da sua luta para não se casar comigo?Encaro a imagem sorridente da minha falecida esposa em um quadro imenso na parede do meu quarto e suspiro alto.Eu prometi amá-la até o fim de nossas vidas, prometi que seria seu e de mais ninguém. No entanto, estou aqui dentro desse quarto frio e vazio pensando em o porquê de Sila não quer me amar. Contudo, eu não deveria fazer essa pergunta, não quando eu não devo amá-la de volta.Bufo alt
Murat— Depende de que? — Procuro saber e acredite, estou curioso com essa resposta.— Se você me abraçou enquanto dormia, ou se fez carinho enquanto invadia o meu quarto, Senhor Murat. — E eu abri o meu primeiro sorriso matinal após um ano inteiro.— Me perdoe, mas acho que não fiz nada disso!— Hum, só tem um jeito de corrigir esse seu erro, Senhor Arslan. — Ela resmunga com a mesma diversão, porém, me vejo suspirando e droga, estou ansioso outra vez.— Então me diga como, Sila — sibilo baixo, sem conseguir desviar os meus olhos dos seus.— Eu acho melhor mostrá-lo como se faz isso, Senhor Arslan.Prendo a respiração quando inesperadamente a minha esposa se mexe em cima da cama e ela monta em cima de mim, beijando-me de um jeito envolvente, e as minhas mãos parecem ganhar vida própria quando imediatamente elas envolvem a sua cintura, a atraindo mais para mim, tornando o nosso beijo mais profundo e no ato, Sila geme na minha boca, se mexendo sobre a minha pélvis.Não posso amá-la!Nã