Sila
Semanas depois…
— Ah, que bom que vocês vieram! — Banu fala assim que passamos pelas portas largas de sua casa na Turquia.
Após o meu último encontro com a Dilara, uma viagem como essa era tudo que eu precisava. Ver pessoas, sorrir, jogar conversa fora e me envolver com mais um casamento forçado.
— Banu, como você está, querida? — Cumprimento a doce Senhora que me recebe com um forte abraço e um sorriso largo no rosto.
— Estou bem na medida do possível. Você sabe, ela está com um mal humor de cão. — Sorrio. — Murat, querido!
— Tia Banu! — Meu marido a cumprimenta como pede as nossas origens e logo ela está abraçando o Ali também.
— Onde ela está? — pergunto assim que ficamos a sós. Entretanto, Banu olha para o topo da escadaria e solta um sus
Murat— Olha ele aí! — falo com animação na voz quando encontro o meu amigo na companhia do meu tio e do meu primo. Cumprimento-os saudoso e após jogarmos conversa fora na companhia de alguns copos de Raki, decido caminhar um pouco com noivo. — Como você está?— Nervoso pra caralho!Rio.— Isso é normal…— Você me pareceu bem tranquilo no seu dia.— Mas eu não estava, pode ter certeza.— Acha que algum dia ela… vai me amar?— Isso é importante? — Encaro os seus olhos.Taylor fica em silêncio por um tempo e só após soltar uma respiração alta ele me responde.— Eu gosto dela, Murat.Uno as sobrancelhas, dessa vez o encarando com surpresa.— Como assim, você gosta dela?— Acha que eu a
MuratQuinze anos depois...A música alta e alegre no típico estilo turco anima as pessoas espalhadas pelo jardim da minha casa e sorrio ao vir todos presentes nesse dia tão especial. A verdade, é que estou ansioso para ver a minha garotinha. Hayran está fazendo quinze anos e temos um ritual especial para essa data. Portanto, tirar os meus olhos das portas largas na ânsia de vê-la é quase impossível.— Meu pai! — Escuto a voz de Ali, aproximando-se de mim e no ato o meu filho segura na minha mão para beijá-la, levando-a a sua testa como sinal de respeito ao seu pai. Um dos costumes turcos que fiz questão de manter no nosso meio.Vinte anos. Pensar que o meu garoto cresceu tanto assim me faz acreditar que o tempo é como o vento, que ele passa tão rápido que é quase impossível percebê-lo.— Com
FIQUE DE OLHO NOS P´ROXIMOS LANÇAMENTOS!Capítulo 1*UM DUQUE EM MINHA VIDA*Thomas— Soube que o Barão Collin Hill vai se casar. — Flora, minha governanta comenta de repente, enquanto abre as cortinas do meu quarto para deixar a luz do dia entrar.— Bom para ele! — resmungo um tanto seco, ajeitando a minha gravata e suplicando aos céus que ela não continue com essa conversa.— Devia ir sua graça, a final, vocês são grandes amigos, certo?Reviro os olhos para essa sugestão.A verdade, é que desde que perdi a Chloe e o meu filho tudo ao meu redor perdeu o seu significado para mim. A morte é mesmo uma víbora traiçoeira que roubou a dona do meu coração e pior, ela o levou consigo. Portanto, amar outra vez nunca ser&a
Sila— Sila, em nome de Deus, onde você estava? — Marli minha melhor amiga desde sempre questiona assim que entro no nosso apartamento.— Estava vivendo um sonho acordada, Marli — ralho exalando felicidade e sorrio, deixo-me cair no sofá da sala.— Sonho acordado, o que você fez, garota?Muitas perguntas e eu tenho as respostas para todas elas. A verdade, é que Marli veio para os EUA para me acompanhar na faculdade e para isso ela escolheu o mesmo curso que eu. Um meio que os meus irmãos Deniz, Sinan e Hakan encontraram de me controlar longe de casa, mas eles não faziam ideia de que Marli seria a minha cúmplice de cada dia.— Lembra do moreno alto e de semblante marcante do outro lado do balcão? — Ela resfolega, levando uma mão para a sua boca. Meu sorriso se amplia.— Você não fez o que eu estou pensando que fez?— Se estiver se referindo a minha virgindade. não, eu não fiz.— Nossa, que alívio! — Ela leva uma mão para o seu peito, soltando o ar pela boca. Rio do seu alvoroço.— Mas
SilaQuinze dias depois...— Bom dia, filha! — Mamãe fala um tanto cautelosa ao entrar no meu quarto. Contudo, não lhe respondo, apenas continuo onde estou parada de frente para uma janela e olhando para o nada. — Eu trouxe o seu café da manhã, querida. — Ela diz e no ato, a escuto fechar a porta.Respiro fundo.— Sila querida, não fique com raiva do seu irmão, o Deniz só quer o melhor para você. Ele está tentando fazer o que é certo. Filha, você sabe das nossas origens. O que aconteceria conosco se você se casasse com um homem de costumes e realidades diferentes da nossa? Escute,— Eu seria feliz, mamãe — A interrompo com amargor, secando uma lágrima desgarrada que escorre pelo meu rosto. — Vocês ao menos pararam pra pensar nisso, na minha felicidade? — Viro-me para olhá-la.— Filha, o Senhor Murat é um homem bom. Ele... — Meneio a cabeça fazendo não. — Ele vai cuidar bem de você.— Como você sabe disso, hã? — Altero um pouco a voz. — Como pode ter certeza de que ele fará isso, mamãe
Sila— Oi Sila, como você está? — Sinan pergunta calmamente se sentando do meu lado, em um banco de madeira no jardim da nossa casa.— Como acha que eu estou? — sibilo um tanto desanimada, enquanto observo o balançar das plantas. — Amanhã irei me casar com um homem que eu mal conheço e que parece ter um rei na barriga.— Acredite Sila, o Murat não é essa pessoa que você desenhou aí dentro dessa sua cabeça. E o Deniz só quer o melhor para você.— Não acha que ele deveria me perguntar o que é melhor para mim primeiro?— Sei que está chateada, minha irmã, mas tente dá uma chance para ele. — Ele deixa um aperto firme na minha mão que está no meu colo e após soltar um suspiro, sai me deixando sozinha.Para o meu desgosto, um caminhão entra na propriedade Yilmaz e logo eles começam a descarregar alguns objetos de decoração.— Sila? — Mamãe me chama na entrada da casa. — Venha, chegou algo aqui para você. — Ela avisa e eu me forço a me levantar. Dentro da sala, encontro algumas caixas branca
Sila— Venha, Sila eu quero que conheça alguém. — Murat fala me fazendo caminhar na direção do homem que eu amo e no ato, sinto a minha garganta ficar severamente seca. — Taylor, meu irmão querido, você veio! — O Senhor Arslan comemora com uma alegria que nunca vira expressar.Estou confusa, o que está acontecendo aqui?— Murat, meu grande amigo meus parabéns! — Os homens se abraçam fortemente, dando tapinhas nas costas um do outro. Contudo, permaneço paralisada apenas assistindo a essa cena e tentando entender alguma coisa, e quando eles se afastam, encaro os olhos receosos de Taylor.— Sila, esse é Taylor Miller, ele é o meu melhor e grande amigo. — Meu chão simplesmente fugiu de debaixo dos meus pés e ao encarar a sua mão estendida para mim ofeguei.— É um prazer conhecê-la, Sila! — Taylor simplesmente fingiu não me conhecer. Contudo, engulo em seco sem saber o que fazer.— Pode... — sibilo com um tom baixo demais. — Pode pegar algo para eu beber? — peço para o meu noivo sem sequer
SilaA noite escura transformou-se em dia bem diante dos meus olhos, pois não consegui fechá-los nem mesmo por um segundo. À medida que as horas passavam eu tive uma retrospectiva da minha vida e percebi que eu mal a vivi. Em algum momento da noite, uma empregada me ajudou a me livrar do pesado vestido de noiva e eu me permiti tomar um banho demorado em uma tentativa inútil de relaxar. Depois, deitei-me na cama e fitei a janela por horas a fio e agora estou protelando sair desse quarto para conhecer a minha nova gaiola de ouro.— Bom dia, Senhora Arslan! — Uma empregada fala assim que alcanço o topo da escadaria.— Bom dia, e o Senhor Arslan?— Ele já saiu, Senhora.— Como assim, ele já saiu?— O Senhor Arslan já foi para o escritório, Senhora.Que espécie de casamento é esse? Me pergunto, deixando um aceno sutil para a moça e desço as escadas.— Bom dia, Senhora Arslan, o Senhor Arslan pediu para servir o seu dejejum na varanda. É um local amplo, mais iluminado e a Senhora poderá usu