Murat
…
— Como ela está, Doutor? — pergunto mesmo sabendo que é quase impossível salvá-la. O pânico de me perder na minha escuridão, de ser absorvido completamente por ela não me permite respirar direito.
— Eu sinto muito, Senhor Arslan!
… Eu sinto muito, Senhor Arslan!
… Eu sinto muito, Senhor Arslan!
Essas palavras acabaram de vez com a minha vida e o meu coração parou de bater completamente.
— Nós fizemos tudo que foi possível! — Ele disse, tirando de mim toda a minha expectativa de felicidade e pregou no meu coração uma adaga com o nome dela. Diante de tal afirmação simplesmente perdi as minhas forças e tudo dentro de mim secou.
…
Respiro fundo algumas vezes.
Estou preso de
MuratRio, mesmo sentindo a fúria me consumir por dentro. É claro, ela entrou nos meus domínios enquanto dormíamos. A filha da mãe podia ter feito algo com o Ali e eu nunca me perdoaria por isso.— Alan Bruser! — falo com certo desdém assim que adentro o meu antigo escritório.— Olhe para mim, seu infeliz! Olhe o que os seus homens me fizeram! — O homem rosna com dificuldade, enquanto avalio o seu rosto extremamente machucado.— Nossa, isso está bem feio! — retruco com fingida preocupação. — Mas, se você tivesse falado, nada disso teria acontecido.— Você é um monstro, Murat Arslan! — Ele me acusa com extrema irritação.— Eu sou um monstro? A sua filha atentou contra a minha esposa grávida outra vez. Me diga, Alan quem é o verdadeiro monstro dessa história? &md
Ali— Éros? Éros, onde você está? — O chamo, o procurando por toda a casa, mas ele não mia. — Éros, você precisa vir ou a mamãe vai ficar triste.— Ali, o que está fazendo? — Ayla pergunta quando me encontra olhando para debaixo do sofá. Ela está linda usando um vestido lilás de alcinhas.Ayla ainda não sabe, mas ela é o meu primeiro amor.— Estou procurando o Éros. — Minha babá sorrir e você não vai acreditar, mas é o sorriso mais lindo do universo inteirinho.— Os seus pais já estão esperando do lado de fora. — Ela avisa com humor.— Mas eu não vou sem o Éros! — Cruzo os meus braços fazendo birra e isso a faz abrir mais um sorriso para mim.Eu sei que ela muito mais velha do que eu e que eu não pass
SilaSemanas depois…— Ah, que bom que vocês vieram! — Banu fala assim que passamos pelas portas largas de sua casa na Turquia.Após o meu último encontro com a Dilara, uma viagem como essa era tudo que eu precisava. Ver pessoas, sorrir, jogar conversa fora e me envolver com mais um casamento forçado.— Banu, como você está, querida? — Cumprimento a doce Senhora que me recebe com um forte abraço e um sorriso largo no rosto.— Estou bem na medida do possível. Você sabe, ela está com um mal humor de cão. — Sorrio. — Murat, querido!— Tia Banu! — Meu marido a cumprimenta como pede as nossas origens e logo ela está abraçando o Ali também.— Onde ela está? — pergunto assim que ficamos a sós. Entretanto, Banu olha para o topo da escadaria e solta um sus
Murat— Olha ele aí! — falo com animação na voz quando encontro o meu amigo na companhia do meu tio e do meu primo. Cumprimento-os saudoso e após jogarmos conversa fora na companhia de alguns copos de Raki, decido caminhar um pouco com noivo. — Como você está?— Nervoso pra caralho!Rio.— Isso é normal…— Você me pareceu bem tranquilo no seu dia.— Mas eu não estava, pode ter certeza.— Acha que algum dia ela… vai me amar?— Isso é importante? — Encaro os seus olhos.Taylor fica em silêncio por um tempo e só após soltar uma respiração alta ele me responde.— Eu gosto dela, Murat.Uno as sobrancelhas, dessa vez o encarando com surpresa.— Como assim, você gosta dela?— Acha que eu a
MuratQuinze anos depois...A música alta e alegre no típico estilo turco anima as pessoas espalhadas pelo jardim da minha casa e sorrio ao vir todos presentes nesse dia tão especial. A verdade, é que estou ansioso para ver a minha garotinha. Hayran está fazendo quinze anos e temos um ritual especial para essa data. Portanto, tirar os meus olhos das portas largas na ânsia de vê-la é quase impossível.— Meu pai! — Escuto a voz de Ali, aproximando-se de mim e no ato o meu filho segura na minha mão para beijá-la, levando-a a sua testa como sinal de respeito ao seu pai. Um dos costumes turcos que fiz questão de manter no nosso meio.Vinte anos. Pensar que o meu garoto cresceu tanto assim me faz acreditar que o tempo é como o vento, que ele passa tão rápido que é quase impossível percebê-lo.— Com
FIQUE DE OLHO NOS P´ROXIMOS LANÇAMENTOS!Capítulo 1*UM DUQUE EM MINHA VIDA*Thomas— Soube que o Barão Collin Hill vai se casar. — Flora, minha governanta comenta de repente, enquanto abre as cortinas do meu quarto para deixar a luz do dia entrar.— Bom para ele! — resmungo um tanto seco, ajeitando a minha gravata e suplicando aos céus que ela não continue com essa conversa.— Devia ir sua graça, a final, vocês são grandes amigos, certo?Reviro os olhos para essa sugestão.A verdade, é que desde que perdi a Chloe e o meu filho tudo ao meu redor perdeu o seu significado para mim. A morte é mesmo uma víbora traiçoeira que roubou a dona do meu coração e pior, ela o levou consigo. Portanto, amar outra vez nunca ser&a
Sila— Sila, em nome de Deus, onde você estava? — Marli minha melhor amiga desde sempre questiona assim que entro no nosso apartamento.— Estava vivendo um sonho acordada, Marli — ralho exalando felicidade e sorrio, deixo-me cair no sofá da sala.— Sonho acordado, o que você fez, garota?Muitas perguntas e eu tenho as respostas para todas elas. A verdade, é que Marli veio para os EUA para me acompanhar na faculdade e para isso ela escolheu o mesmo curso que eu. Um meio que os meus irmãos Deniz, Sinan e Hakan encontraram de me controlar longe de casa, mas eles não faziam ideia de que Marli seria a minha cúmplice de cada dia.— Lembra do moreno alto e de semblante marcante do outro lado do balcão? — Ela resfolega, levando uma mão para a sua boca. Meu sorriso se amplia.— Você não fez o que eu estou pensando que fez?— Se estiver se referindo a minha virgindade. não, eu não fiz.— Nossa, que alívio! — Ela leva uma mão para o seu peito, soltando o ar pela boca. Rio do seu alvoroço.— Mas
SilaQuinze dias depois...— Bom dia, filha! — Mamãe fala um tanto cautelosa ao entrar no meu quarto. Contudo, não lhe respondo, apenas continuo onde estou parada de frente para uma janela e olhando para o nada. — Eu trouxe o seu café da manhã, querida. — Ela diz e no ato, a escuto fechar a porta.Respiro fundo.— Sila querida, não fique com raiva do seu irmão, o Deniz só quer o melhor para você. Ele está tentando fazer o que é certo. Filha, você sabe das nossas origens. O que aconteceria conosco se você se casasse com um homem de costumes e realidades diferentes da nossa? Escute,— Eu seria feliz, mamãe — A interrompo com amargor, secando uma lágrima desgarrada que escorre pelo meu rosto. — Vocês ao menos pararam pra pensar nisso, na minha felicidade? — Viro-me para olhá-la.— Filha, o Senhor Murat é um homem bom. Ele... — Meneio a cabeça fazendo não. — Ele vai cuidar bem de você.— Como você sabe disso, hã? — Altero um pouco a voz. — Como pode ter certeza de que ele fará isso, mamãe