Sila...— Então você se formou em psicologia? — Taylor pergunta se encostando no balcão do bar da fazenda onde estamos a sós. — Devíamos festejar esse acontecimento.— Eu não posso, já fiquei tempo demais aqui com você.— Ah, Sila, por que não fica aqui? Está tão gostoso!— Os meus irmãos me matariam, mas antes eles matariam você.— Não tenho medo de morrer, não depois de te conhecer. — Ele retruca, fazendo um carinho atrás da minha orelha. Os minúsculos beijos cálidos fazem a minha pele se arrepiar e eu me pego sorrindo.— É sério, eu realmente não posso ficar.— Quando você precisa ir?— Eu já deveria estar lá. — Ele respira fundo.— Não a deixarei muito tempo sozinha e longe de mim, Senhorita Yilmaz. — Taylor sussurra.— O que pretende fazer, Senhor Miller?— Eu vou dizer o que vou fazer. Eu vou entrar em um avião, vou até a sua casa, enfrentarei os seus irmãos e a roubarei para mim.Rio sonoramente.Abro os meus olhos abruptamente, resfolegando em seguida e percebo o quarto todo
Murat— Você não devia estar curtindo a sua esposa na lua de mel agora? — Taylor pergunta quando nos acomodamos em uma mesa redonda na calçada de um Café. Sem lhe responder faço sinal para o atendente atrás do balcão e ele se aproxima em segundos.— Gostaria de café turco bem forte — peço e fito o meu amigo do outro lado da mesa.— Eu quero o mesmo e traga algumas torradas também.— Certo. — O rapaz se afasta e agora ele me olha.— O que foi aquilo na noite passada? — inquiro com um tom sério demais.— Aquilo o que, meu amigo?— Taylor, não se faça de besta. Eu percebi que você e a Sila...— Epa, calma aí! O que tem a Sila e eu?Sorrio, porém, não vejo graça alguma no que está se passando pela minha cabeça.— Você me conhece a quanto tempo, Taylor?— Tempo o suficiente para saber que você está encontrando um motivo para fugir desse seu casamento, meu amigo. O que é isso? A sua esposa está sozinha em casa exatamente quando você deveria estar lá com ela. E você está aqui me interrogando
Murat— A culpa foi minha. — Ela me interrompe para a minha surpresa. Continuo a fitá-la e ela continua olhando para a mesa. — Eu o provoquei.Eu realmente não esperava por isso.— Mas fui eu quem perdeu o controle. Não devia ter feito o que fiz com você. — Ela finalmente me olha. — Aqui é a sua casa agora, Sila e eu não admito que diga o contrário.Ela apenas meneia a cabeça em resposta.— Eu peço desculpas por isso!Devo dizer que estou ainda mais surpreso.— Também quero te pedir desculpas e eu prometo que isso não vai acontecer outra vez.O silêncio toma conta da mesa, porém, algo me satisfaz. Ela está comendo e isso dissipa qualquer frustração causada nesses três dias. Satisfeito, começo a comer também.— Você disse que se sente sozinha — falo, atraindo a sua atenção para mim outra vez. — Infelizmente eu não posso ficar dentro de casa o dia inteiro, mas prometo acompanhá-la na primeira e na última refeição do dia.— Não é necessário, Senhor Murat.E lá está a garota petulante out
Murat…— Não vai me contar qual é a surpresa? — Cecília indaga sorridente, enquanto a faço caminhar cuidadosamente, porque os seus olhos estão vendados pelas minhas mãos. Sorrio.— Tenha paciência, meu amor, já estamos chegando lá. Só mais um pouco. Mais um pouco e… chegamos.— Chegamos aonde? — Bem devagar começo a remover as minhas mãos dos seus olhos e espero ansioso pela sua reação.— Murat? — Cecília sussurra enquanto ofega devagar e um sorriso maravilhado começa a se abrir nos seus lábios bem delineados. — Ele é lindo! — Minha esposa resfolega, acariciando com dedicação os pelos marrons que tem algumas manchas brancas e o seu sorriso muito feliz parece se ampliar ainda mais. — Qual o nome dele? — Dou de ombros.— Ele não tem... ainda. Pensei que você gostaria de dar um nome para ele. — A observo pressionar os lábios por alguns instantes, enquanto franze a sua testa pensativa.— Jessé. — Ela sibila, encarando o animal com amor.— Jessé? — A fito curioso, porém, não seguro um sor
Minutos depois, estamos cavalgando devagar pelo campo e indo em direção da mansão. Entretanto, o calor do seu corpo colado ao meu me faz sentir estranho. É como se ela me queimasse, com se ardesse dentro de mim, mas é o seu perfume que me faz fechar os olhos algumas vezes e eu me pego apreciando o seu cheiro doce e suave.Não faça isso, Murat. Ela jamais será sua porque o seu coração está fechado se lembra? Nunca se esqueça disso.***— Boa noite! — Minha esposa diz após entrar na sala de jantar. Sem me conter permito que os meus olhos apreciem os seus cabelos que agora estão úmidos por causa do banho recém tomado e como se tivesse pressa o seu perfume preenche todo o cômodo, me deixando inquieto e incomodado.— Boa noite! — Me forço a dizer, enquanto a observo se acomodar em uma cadeira e em seguida ela começa a se servir. — Tomei a liberdade de escrever os seus limites para você não se sentir perdida nessa casa, Sila — declaro sem desviar os meus olhos de cima dela e no mesmo instan
SilaDurante a madrugada…— PORQUE ELE É UM ASSASSINO, OK?! Ele a matou! Ele a matou! Ele… ela… a matou!Abro abruptamente os olhos, encontrando o teto do meu quarto. Ofegante, me sento na cama e puxo o ar para tentar me acalmar. Um assassino, ele disse, mas eu não vi isso nos olhos de Jessé. Pensativa, saio da cama e vou para perto de uma janela. O meu olhar vai para direto para o estábulo do outro lado do jardim e como se fosse atraída por ele, me afasto da janela, visto um casaco quente e macio por cima da roupa de dormir, e saio do quarto.Dentro do corredor encontro a quietude da casa, além da sua escuridão e caminho cautelosa para não esbarrar em alguma coisa pelo caminho, e assim não acordar a casa inteira. Vou direto para cozinha, bebo um pouco de água e luto contra a minha vontade de sair ao encontro do animal.Não ir até o estábulo, essa é uma de suas regras. Bufo audivelmente e sem querer os meus olhos param em cima de um cesto cheio de cenouras que está em cima de um balcã
Sila— Sim, provavelmente ele esteja atrás dos arbustos. — Ela faz menção de sair, porém, lhe jogo uma interrogação.— Você conheceu a Cecília, não foi? — Ela balbucia, parece pensar no que me dizer.— Eu… a conheci.— Imagino que ela era uma mulher impressionante — comento, fazendo-a sorrir.— E ela era. Todos nessa casa a amavam.Eu sabia!— O Érõn a pertencia? — Seu sorriso se amplia.— Dona Cecília era amante dos animais e o Senhor Murat sabia disso. Por isso ele o comprou para ela.— E as escolhas dos nomes dos animais são sempre turcos, você sabe o porquê?— Por amor ao Senhor Murat. — Ela responde um tanto sonhadora.— Amor perfeito e riqueza foram as suas escolhas — sibilo.— Sabe, era lindo vê-los juntos, mas quando ela chegou aqui… — Franzo a testa.— Ela? Ela quem?— Ayla?! — A voz rígida de Murat me faz congelar e a garota imediatamente se afasta de mim. Um puxão brusco no meu braço me faz bater duramente contra o seu corpo, mas é o seu olhar furioso que me faz engolir em
Sila— Sila, abre a porta! — Murat pede do lado de fora do quarto e ansiosa, fecho os meus olhos. — Escute, se você não quiser ir para a casa da sua mãe eu entendo e está tudo bem.Está tudo bem? Chego a soltar uma respiração de alívio.— Se você quiser, podemos jantar fora. — Abro a porta imediatamente, encontrando os seus olhos negros rígidos.— Jantar fora? — Chego a ansiar por essa possibilidade.— Se você quiser.Seu eu quiser? Por Alla que espécie de pergunta é essa?!— Eu quero! — falo sem pensar duas vezes.— Ótimo! Se arrume, vou aguardá-la lá embaixo. — Fecho a porta abruptamente, abrindo um sorriso satisfeito logo em seguida. Contudo, corro para dentro do closet e escolho um vestido para essa noite, ponho os salt