Sila
— Sila, abre a porta! — Murat pede do lado de fora do quarto e ansiosa, fecho os meus olhos. — Escute, se você não quiser ir para a casa da sua mãe eu entendo e está tudo bem.
Está tudo bem? Chego a soltar uma respiração de alívio.
— Se você quiser, podemos jantar fora. — Abro a porta imediatamente, encontrando os seus olhos negros rígidos.
— Jantar fora? — Chego a ansiar por essa possibilidade.
— Se você quiser.
Seu eu quiser? Por Alla que espécie de pergunta é essa?!
— Eu quero! — falo sem pensar duas vezes.
— Ótimo! Se arrume, vou aguardá-la lá embaixo. — Fecho a porta abruptamente, abrindo um sorriso satisfeito logo em seguida. Contudo, corro para dentro do closet e escolho um vestido para essa noite, ponho os salt
SilaSeus movimentos são firmes e precisos. Uma clara encenação dos costumes turcos e logo me forço a me mexer também. Existe uma eletricidade entre nós agora. É algo que nos atrai, porém, ela não nos aproxima. Uma sensação que acelera os meus batimentos cardíacos, mas que faz o meu corpo estremecer também e quando a música termina, também paramos, porém, os nossos olhos permanecem conectados.Então do nada começo rir.— O que foi? — Ele inquire meio confuso.— Não é nada, Senhor Arslan. Eu estou só estou um pouco alegre devido o álcool, eu acho. — Em resposta, ele abre outro sorriso e o meu peito parece que vai explodir com esse simples gesto. — Que tal um brinde a essa noite? — sugiro, voltando para a mesa e começo a servir os nossos copos.— N&at
SilaNa manhã seguinte…— Oh, nossa! — resmungo dolorosamente, me sentando em uma cadeira de frente para uma mesa farta, onde o meu marido já está acomodado. Devo dizer que ele está intacto, até parece que nem bebeu o tal Raki. No ato, fecho os meus olhos para a claridade que me incomoda e apoio a minhas cabeça em minhas mãos.— Como você está? — O escuto perguntar, porém, bufo em resposta.— Meu estômago está embrulhado e a minha cabeça não para de latejar — lamento.— Eu disse que você estava exagerando. — Ele retruca divertido.Espera, divertido? Ergo a minha cabeça para olhá-lo, fazendo uma careta para a dor que retorna por conta da luz.— Eu estava curtindo um pouco da noite e você prometeu cuidar de mim, se lembra? — retruco um tanto manhosa.— Certo, Dona Sila. Beba um pouco desse suco, isso vai diminuir os seus enjoos e eu vou pedir uma aspirina pra você. — Seguro o copo que ele me estende e no ato, beberico um pouco da bebida gelada. Não demora para Murat retornar para a mesa
SilaMinutos depois…— Hum, acho que acabei cochilando — resmungo após um longo tempo em silêncio, aconchegando-me ao seu corpo e devo dizer que ainda estou sorrindo para o que acabamos de fazer.— A gente precisa conversar, Sila. — O seu tom sério demais me diz que o meu encanto se acabou e que estamos voltando para a nossa realidade agora. Calado, Murat se afasta de mim e começa a vestir as suas roupas, e eu faço o mesmo em seguida.— Sobre o que você quer falar? — pergunto mesmo sabendo do que se trata.— Sobre isso. — Ele aponta o seu indicador dele para mim. — Sei que foi gostoso, muito mesmo. Na verdade, devo admitir que foi bem melhor do que eu esperava.Não seguro um sorriso.— Mas?— Amor. — Uno as sobrancelhas. — Eu não posso te oferecer isso, Sila.Frustrada? Não, eu não estou frustrada. Ao entrar nessa casa percebi que Murat Arslan vive preso a um amor do seu passado. Isso o tem tornado um homem frio, intolerante e um tanto violento. O homem que vi sentado na minha frente
Murat... E quem falou em amor, Senhor Arslan?Essa pergunta não para de se repetir dentro da minha cabeça e cada vez que ela se repete sinto uma agonia tomar conta de mim. Eu deveria me sentir aliviado com isso. Era tudo o que eu queria desde o começo desse negócio, mas dentro de mim tem uma voz gritando o óbvio. Eu sei que existiu algo entre Sila e Taylor, mas desconheço o teor do que eles viveram e até mesmo os seus reais sentimentos pelo meu grande amigo.Ela estaria apaixonada por ele e por esse motivo aceitou tão fácil a minha condição? Esse era o motivo da sua luta para não se casar comigo?Encaro a imagem sorridente da minha falecida esposa em um quadro imenso na parede do meu quarto e suspiro alto.Eu prometi amá-la até o fim de nossas vidas, prometi que seria seu e de mais ninguém. No entanto, estou aqui dentro desse quarto frio e vazio pensando em o porquê de Sila não quer me amar. Contudo, eu não deveria fazer essa pergunta, não quando eu não devo amá-la de volta.Bufo alt
Murat— Depende de que? — Procuro saber e acredite, estou curioso com essa resposta.— Se você me abraçou enquanto dormia, ou se fez carinho enquanto invadia o meu quarto, Senhor Murat. — E eu abri o meu primeiro sorriso matinal após um ano inteiro.— Me perdoe, mas acho que não fiz nada disso!— Hum, só tem um jeito de corrigir esse seu erro, Senhor Arslan. — Ela resmunga com a mesma diversão, porém, me vejo suspirando e droga, estou ansioso outra vez.— Então me diga como, Sila — sibilo baixo, sem conseguir desviar os meus olhos dos seus.— Eu acho melhor mostrá-lo como se faz isso, Senhor Arslan.Prendo a respiração quando inesperadamente a minha esposa se mexe em cima da cama e ela monta em cima de mim, beijando-me de um jeito envolvente, e as minhas mãos parecem ganhar vida própria quando imediatamente elas envolvem a sua cintura, a atraindo mais para mim, tornando o nosso beijo mais profundo e no ato, Sila geme na minha boca, se mexendo sobre a minha pélvis.Não posso amá-la!Nã
SilaUm piquenique, que extraordinário, Senhor Arslan! Resmungo mentalmente, olhando-me no espelho de corpo inteiro e apreciando o short curto, e folgado de um tecido confortável, além de uma blusa de botões que fiz questão de dar um nó na altura dos meus seios e uma rasteirinha, óculos escuros e um chapéu com abas largas. Minutos depois, alcanço o topo da escadaria e o encontro em pé no meio da sala, segurando uma cesta de vime em uma mão e passando algumas instruções para uma empregada. Entretanto, assim que ele percebe a minha presença, Murat se aproxima, tirando os óculos de sol e o seu olhar me fita de baixo para cima, entrando o meu olhar no processo.— Você vai assim? — O tom de repreensão na sua voz é palpável, porém, faço um gesto de desdém para ele.— Sim, a final é um piquenique, certo? — retruco, passando por ele.— Sila, essa roupa está muita curta! — Ele ralha baixo demais, segurando no meu braço, fazendo-me fitá-lo.— E?— Os empregados da casa vão olhar para você!— E?
Sila— Um pouco.— E, você quer um?— Sim, eu que… — O interrompo quando ele estende a sua mão para pegar a fruta dentro do prato. No entanto, seguro o objeto possessivamente, atraindo os olhos escuros e firmes para mim.— Não se atreva, Senhor Arslan! — Ele me lança um olhar divertido.— Você vai comer isso tudo sozinha? — Sorrio, levando a fruta para a minha boca, dou uma mordida e mastigo devagar, sem desviar os meus olhos dos seus. — Você quer? — sibilo e percebo as suas retinas escuras se dilatarem no mesmo instante.— Eu quero.A nossa atmosfera muda completamente com essa sua resposta e no mesmo instante saio do meu lugar, montando-o na sequência, e levo mais outro pedaço do morango para a minha boca, o beijando em seguida.— Hum! — Murat grunhe em meio ao nosso beijo e quando ele se acaba estamos levemente ofegantes, e desejosos. — Nunca pensei que gostasse tanto assim de morangos. — Ele retruca, se mexendo, fazendo-me deitar na grama para beijar-me ardentemente na sequência.
MuratMomentos do piquenique…Se isso for um sonho confesso que não quero que me acordem. Pensar que vivi preso a um pesadelo por meses e experimentar os seus carinhos, e afagos agora é como um deleite para a minha alma amargurada. Eu tive um amor e ele foi arrancado de mim de uma forma brutal. Eu fui quebrado mil vezes por esse amor e toda a minha casa foi lançada dentro de uma escuridão sem fim por causa disso, mas esses últimos dias têm me dado alguns flashes de luz e sentir os seus carinhos me faz ansiar mais por ela.Eu simplesmente não quero que ela se afaste de mim, porque se ela fizer isso, eu serei engolido pelas minhas trevas outra vez.— Quando eu era pequena gostava de cavalgar com o meu pai pelos campos de café. — Desperto, quando ela começa a falar com a sua cabeça apoiada no meu colo, enquanto fita o céu azul sem nenhuma nuvem. — Foi ele quem me ensinou a montar.— Você gosta de cavalgar?— Eu amo cavalgar e amo os animais também!… Olha como ele é fofinho, Murat!As le