Auroa sempre foi uma garota alegre e cheia de energia. Nascida no seio da máfia, cresceu livre, mas não pelos motivos certos— seu pai nunca lhe deu a atenção ou o carinho que deveria. Carregando traumas de infância e marcada por um relacionamento abusivo dentro de casa, ela fez uma promessa a si mesma: nunca se apaixonar. Mas o destino tem um senso de humor particular. Durante o casamento de sua melhor amiga, ela conhece Domenico, o irresistível subchefe da máfia Barone e cunhado de Diana. Ele sempre viveu despreocupado, sem intenções de se amarrar a ninguém — pelo menos até que sua posição na máfia exigisse isso. Desde o primeiro olhar, a conexão entre eles é intensa. O acordo entre os dois parece simples: uma amizade com benefícios, sem amarras, sem sentimentos. Mas o que começa como um acordo livre, logo se transforma em algo que nenhum dos dois esperava. Mas será que um relacionamento entre eles pode realmente dar certo? O amor será suficiente para quebrar as barreiras que ambos construíram e para superar os perigos? Entre desejo, perigo e emoções à flor da pele, esta será uma história que desafiará as regras.
Leer másParte 19...DomenicoO que eu faço agora? Me sinto um imbecil deixando que ela vá embora, mas não consigo ter uma reação diferente. Me sinto travado. Não esperava por essa.Andei pelo quarto, ainda espantado com o que tinha acontecido aqui. A noite começou tão bem, estava tudo normal entre nós. Quer dizer, até eu quase matar aquele cara na boate. Mas isso não é motivo pra ela me dar o fora. Será que eu a assustei demais deixando minha raiva sair?Não, não pode ser isso. O acordo, foi isso. Ela disse que se apaixonou e não estava no n
Parte 18...AuroraNão queria mais segurar o que estava sentindo. Era a hora de deixar sair e terminar tudo de vez. Não foi como planejei, mas seria agora.— Eu sei que o acordo foi ideia minha, que não era exigido fidelidade de nenhuma parte... Mas eu cortei todos, eu não queria ficar com mais ninguém... Porque nenhum deles era você - engoli meu choro — Nem mesmo um beijo - ergui o dedo — Um beijo simples, eu nunca dei em outra boca que não fosse a sua. - ele parecia espantado — As coisas foram acontecendo, não planejei isso - encolhi os ombros.Ele levantou e tent
Parte 17...AuroraO olhar dele era pesado, irritado. Seu queixo estava travado, ele apertava os dentes, contendo a irritação. Era a primeira vez que eu o via dessa forma, deixando sair seu lado mafioso sem máscaras. Nunca me senti tão pequena quanto agora. Deu tudo errado.O elevador abriu e ele pegou a chave da porta. Eu entrei na frente dele andando rápido para o quarto. Queria muito sair dali e ir embora. Não podia mais ficar ao lado dele.Domenico foi para o barzinho que tem na sala e ouvi quando abriu uma garrafa. Eu só queria pegar minhas coisas e ir embora. Eu não deixava muito mesmo. Algumas roupas, escova de dentes, cremes, xampu. Dava pra levar tu
Parte 16...AuroraEu fiquei em choque, cobrindo a boca com as mãos, vendo o coitado do Cláudio cair para trás, por cima das outras pessoas e se chocar contra o chão, com uma cara de dor.Não pensei que isso pudesse acontecer. Pra mim tudo ocorreu muito rápido e ao mesmo em câmera lenta. Não sei realmente, me senti perdida diante daquele comportamento.Eu nunca tinha visto Domenico ser agressivo com ninguém. No máximo uma bronca em algum funcionário que não fazia o que ele mandava da forma correta, mas agredir mesmo, nunca vi.O pior é que isso foi tudo culpa minha. Eu provoquei essa reação. Me abaixei ao lado de Cláudio, ainda atordoado pelo soco e tentei ajudá-lo a levantar, mas Domenico lhe deu um chute na barriga e ele gritou se encolhendo.— Pelo amor de Deus, para com isso! - eu gritei desesperada.Não adiantou nada. Domenico se jogou em cima dele e começou a desferir mais socos. Eu gritei de novo, em agonia porque sabia que era tudo culpa minha. Me senti muito mal com aquilo. N
Parte 15...Aurora— Eu já estou dançando, obrigada! - retirei suas mãos de minha cintura de modo educado.— Estou vendo, mas queria poder conversar com você - ele tocou meu cabelo com o dedo — É muito bonita, Aurora.— Muito obrigada!Eu nunca me interessei por outros porque nenhum deles era Domenico. Olhei para o local onde estava sentada, mas não consegui ver se ele estava lá.— Olha, ela tem namorado, viu! - uma das garotas disse, pulando ao nosso lado.— É mesmo? - ergueu as mãos — Se for, então me desculpe, não quis ser ousado.— Não... - dei de ombro e sorri — Não tenho namorado... É só um amigo que me convidou para conhecer o lugar.Bom, de certa forma isso era verdade. Apesar de eu estar irritada, não foi isso que ele disse aos outros, tanto hoje pela manhã como agora?— Entendo. Mas é amigo da zona de amigo ou amigo da zona que pode ser outra coisa?Eu ri achando graça do modo de separar. Desse jeito eu nunca ouvi.— Bom, sendo bem honesta... - abri os braços — Eu não sei ma
Parte 14...AuroraRealmente a boate estava lotada. Pelo jeito a divulgação tinha sido muito bem feita. Estava ao lado de Domenico esperando para entrar na ala VIP, quando minha mãe ligou.— Oi, mãe - cobri a orelha pra abafar o som — Fala alto!— Onde você está, filha?— Estou com Domenico em uma inauguração. Por quê? Está precisando de algo?— Não, não... Só queria saber de você.— É só isso mesmo? - me preocupei.— É sim. Estou sozinha... Quer dizer, com Gisele e os outros, mas seu pai não está.— Melhor assim - Domenico passou o braço por meus ombros — Mãe, eu já vou entrar. Tem certeza de que não quer nada?— Não... Você vai ficar com ele até quando? Está em um hotel?— Não sei, mãe. Estamos no apartamento dele. Eu te aviso depois.Me despedi e guardei o celular na bolsa. Entramos com um guia e fomos até o camarote que ficava na área de cima. Vi os mesmos homens que estavam na reunião com ele.— Olha aí quem chegou... - um deles disse e levantou — E veio bem acompanhado.— Eu a c
Parte 13...DomenicoEla fez um bico, me julgando.— O quê? Vai me dizer que você não quer? - a puxei para mim.— Eu nunca neguei sexo a você.Fiz com que ela sentasse em meu colo. Segurei seu rosto, observando bem sua expressão. Tem alguma coisa que ela não quer me falar.— Tudo tem uma primeira vez.— É... Pode ser - falou baixo.— Eu fiz algo de errado? - apertei os olhos, tentando entender o que ela queria — Fora essa de agora, não é disso que falo. Sei lá... Se eu disse algo que te magoou ou aborreceu, é só me falar - suspirei — Olha, eu sei que posso ser meio tapado e até mesmo um babaca, como você me disse, mas eu juro que não quero te magoar - encostei minha testa na dela — Me diz o que eu fiz pra te chatear e eu conserto, está bem? Prometo que se agi como um ogro, foi sem querer. — Não tem nada, Domenico - ela tentou sair de meu colo e a segurei — É só o que eu te disse... Estou cheia de hormônios, é a TPM. Depois vai passar.— Você sabe o quanto eu gosto de você, não sabe?
Parte 12...Domenico— Podemos comprar amanhã quando eu for te levar de volta para casa.— Não, Domenico - ela ergueu a mão — É melhor que eu tome logo, pra evitar problemas. Essas pílulas levam de vinte e quatro até setenta e duas horas, então se for mais cedo, é bem melhor - foi para o banheiro.Fui atrás dela.— Sai daqui, Domenico. Eu vou tomar um banho pra gente sair logo.— Eu sei, também quero tomar um banho.— Então espere ou vá no outro banheiro.— Aurora, não precisa ficar nervosa. Você já fez isso uma vez e nada aconteceu,lembra?— É diferente - me respondeu.— Diferente por que? - abri o box — É a mesma situação - ela me pareceu mais preocupada do que o normal.— Ai, por nada - agitou a mão — Vá tomar banho. Eu vou depois.— Se você quer agilizar, então entre comigo e tomamos banho juntos.Ela ia reclamar, mas eu não lhe dei chance e a puxei para dentro, fechando o box e abrindo o chuveiro.— Meu cabelo, Domenico! - saiu de lado.— Desculpe - peguei sua mão — Vem, vamos to
Parte 11...AuroraDepois Domenico subiu e me beijou. Eu senti meu gosto em sua boca e isso me deu vontade de chorar, mas me segurei. Ele acariciava meu corpo devagar e cada ponto que me tocava, me fazia sentir a mulher mais feliz do mundo, mesmo eu sabendo que isso tinha um tempo para acabar.Estiquei a mão e encontrei seu membro, tocando seu comprimento até sua base e comecei a fazer movimentos. Ele gemeu contra minha boca e depois se posicionou melhor entre minhas pernas e se afundou em minha carne.Foi como se eu estivesse no céu de tão bom. Ele entrava e saía de mim sem pressa, como eu disse que queria. Nosso sexo calmo, baunilha. Com penetrações longas, demoradas. Ele deslizava dentro e fora de meu corpo com um ritmo constante.Nós dois gememos quase que por igual, nosso som enchendo o quarto. Olhei para as cortinas que balançavam com o vento entrando e o momento foi mágico pra mim. Eu guardaria mais esse comigo.Domenico saiu de cima de mim e me virou de lado, voltando a me pen