Há 28 anos as famílias Demir e Bellini fizeram um acordo — unir seus filhos em matrimônio — ao passar dos anos a Masterchef Eleonor Bellini se tornou uma bela mulher, vindo de uma família tradicional italiana o sonho de construir uma família só crescia cada dia mais, o seu casamento com o herdeiro mais velho dos Demir, era um fato certo, só tinha um problema ela não era apaixonada pelo noivo. O que ninguém nunca imaginou que Alev fosse um tremendo babaca e iria fugir um dia antes do seu casamento e quem assumisse o lugar dele no altar fosse o irmão mais novo o bad boy Erol Demir. Erol era um espírito livre e não queria se amarrar a ninguém, ele nem se quer gostava de namorar, todos os seus relacionamentos se baseavam em casos de uma noite, apesar de sua família ser reservada e muito tradicional aos costumes antigos. Ele achava que nunca iria casar, todavia, quando seu irmão some nas vésperas do casamento, era ele quem estava enrascado agora quando teve que assumir o posto do irmão no altar, e sem perceber Nora já tinha uma brecha para tudo o que ele sempre fugia: amor.
Ler maisEpílogoAlguns meses depois.Os gritos dela ecoavam pelo local e se tornaram cada vez mais estrangulados, ela apertou as mãos do marido com força, enquanto sentia uma dor agoniante, as lágrimas desciam pelos seus olhos e o suor por sua testa e nuca, que logo foi enxugado por um pano úmido, enquanto a voz rouca lhe dizia palavras acolhedoras em seu ouvido.— Vamos meu amor, eu sei que dói, você consegue! — Erol sussurrou no ouvido dela, e deu um beijo no topo da cabeça dela, enquanto ela apertou sua mão com mais força.Ele estava sentado por trás dela, enquanto Nora mantinha a cabeça apoiada sobre o peito dele, a sua médica obstetra e uma enfermeira, estavam sentadas ao pé da cama observando e dando palavras acolhedoras.— Vamos, Eleonor, respire fundo! — A doutora Carlson disse. — Respire de novo, e faça um pouco mais de força, estamos quase lá.— Está bem! — exclamou com dificuldades, fechando os olhos com força, e se escorando mais em seu marido, que estremecia a cada grito dela.— E
Nora Bellini Demir— Só assim consigo almoçar com a minha melhor amiga agora — Michaela me olha fazendo um bico.Desde que voltei de viagem isso faz 1 semana, Mica reclama que não consegue me ver, claro que a minha saída do restaurante me deixou mais atarefada que o normal, e não é só comigo, Erol também tem ficado bastante por aqui.Nosso restaurante é um sucesso e sempre está lotado. Isso me deixa feliz.— Deixa de ser dramática — rebato com um biquinho, enquanto coloco no celular as fotos que tiramos em nossa viagem —, aqui estão as fotos de Paris.Mica pega meu celular entusiasmada.— Vocês são um casal nojento de tão lindos e fofos. Um porre.Solto uma risada enquanto olho para minha amiga.— Você está afiada hoje, TPM?— Não, falta de sexo mesmo — ela coloca as mãos na nuca e faz uma pausa dramática —, não transo faz meses e não aguento mais ter que fazer sozinha.Viro os olhos e olho para a lasanha em meu prato.— Isso não é problema para você.— Eu acho que é, sim, vou ter que
Erol Demir— Amor precisa mesmo disso? — Ela pergunta risonha, segurando no meu ombro com as duas mãos, enquanto está com uma venda preta sobre os olhos.— Sim, precisa. — Respondo.Nora solta um muxoxo de reclamação e continua andando devagar. Vou segurando em sua cintura e a guiando com cuidado. Entro com ela no elevador do apartamento que aluguei, e aperto no andar. Ela faz a carinha de sapeca tentando tocar tudo em volta.— O que está aprontando, meu maridinho gostoso?Solto uma risada e resolvo provocá-la.— Querida, não estamos sozinhos no elevador. — Vejo suas bochechas corarem, não resisto e dou uma apertadinha. Tão safada comigo na cama e ainda, sim, tão fofa em algumas horas. — Estou brincando meu amor, estamos sozinhos.— Erol — me repreende, conseguindo me atingir nos meus ombros com um tapa e faz um biquinho. — Pare de ser sacana comigo.Dou outra risada.— Você é gostosa demais. — digo dando um selinho nela surpresa.— Estou ansiosa, você colocou esse pano nos meus olhos
Erol DemirUm dia atrás Depois que despedi da minha esposa no telefone sinto um vazio dentro de mim, só faz algumas horas que Nora está longe de mim e a saudade me corrói. Observo meu pai resmungar, pelo que o médico havia dito, ele está bem. — Olá filho. — Meu baba diz forçando a voz seca e rouca. — Opa, não force muito. — sorrio — devagar tudo bem? Vou pegar um pouco de água — vou até o filtro de água, pego um copo descartável, encho e levo de volta até meu pai —, a mamãe daqui a pouco estará aqui — aviso. — Seu irmão esteve... — Deu um gole no copo de água. — Nós brigamos e... — Eu sei. Não se preocupe com isso — me sento na cadeira ao lado dele. — Está tudo bem, agora beba a água. Não deve se preocupar com isso, está bem? Dou um sorriso confiante observando meu pai me obedecer e tomar toda a água do copo. Um tempo depois ouço o barulho na porta e minha mãe entra. — Querido, como se sente? — ela pergunta — Estou bem, fique tranquila — responde. — Alev? — Ele está se senti
Nora Bellini DemirConsegui deixar tudo em ordem e sai para o hospital, David iria fechá-lo e abrir o restaurante durante a minha ausência. Corro até o balcão e falo com a recepcionista.— Boa tarde, o quarto do senhor Zeki Demir, sou a nora dele — me apresento a recepcionista, ela me encara e pega um adesivo de convidada para me entregar.— Sexto andar, quarto 2B — informa.Sorrio e agradeço, colo o adesivo na blusa no meu peito esquerdo e vou até à porta do elevador, assim que entro, aperto no andar, mordo os lábios com força em puro nervosismo.O elevador para no andar, sai apressada, quando viro no corredor encontro meu marido com as mãos apoiadas sobre o corrimão, enquanto minha sogra e Alev estão chorando silenciosamente. Eu dou um abraço nela e cumprimento o outro com um aperto no braço, em seguida vou para Erol.— Ei, estou aqui. — digo rapidamente abrindo os braços para o meu homem.Os braços do moreno me envolvem e o sinto se abaixar para ficar com o rosto apoiado no meu pes
Erol DemirTudo está indo perfeitamente bem, depois que eu e Nora nós resolvemos de vez, tudo entre nós ficou mais gostoso e não falo só de sexo, nosso respeito, carinho, amizade e amor aumentaram bastante. Evitamos o máximo ter alguma discussão boba, mas quando acontece, nós resolvemos na hora, combinamos de nunca mais dormir separados ou ficar sem se falar.Observo o relógio dando um sorriso, daqui a pouco ela chegará em casa, como hoje é o meu dia de folga, eu fico de fazer o jantar, e preparei algo delicioso para nós: três formas de pizza média, com sabores de frango com catupiry, queijo diferentes e calabresa, era só esperar Nora chegar, enquanto ela toma um banho coloco tudo no forno.Me sinto desafiado quando cozinho para a minha esposa, afinal ela é a melhor chef de cozinha do mundo, e sempre que experimenta algo que faço, ela elogia.Meus pensamentos são despertados quando ouço o interfone tocar. Franzo o cenho porque sei que não é minha mulher, vou até a câmera instalada no
Nora Demir BelliniEstou de braços cruzados e meu humor está péssimo, um silêncio mortal reina por todo lugar, encaro Alev mostrando toda a minha indignação, ele está segurando uma bolsa de gelo sobre os olhos enquanto esperamos por nossas mães. Depois de Erol ter se descontrolado e ter dado um soco no irmão. Nossos funcionários conseguiram controlar a situação e foi ali que fiquei sã novamente.Por mais que eu estivesse emputecida de raiva, não queria que aqueles dois brigassem principalmente por minha causa, os dois se amavam mais do que tudo, e eu conheço meu marido bem demais para saber que ele não ficaria bem depois daquilo.Por isso me coloquei na frente de Erol e me pedi calma, um soco já foi o suficiente, não iria deixar ultrapassar aquilo. Graças ao céu, Alev não revidou. Somente pediu para que ligasse para as nossas mães, atendemos o pedido.Para não chamar mais atenção — do que já havíamos chamado — fomos até nosso escritório e ficamos por lá.Sinto Erol me abraçar por trás
Erol DemirMinha respiração está ofegante e meu coração acelerado, o que acabo de falar para Nora é verdade, eu respeitei o momento dela e dei o máximo de espaço. Mas já chega daquilo!Os olhos castanhos da morena estão faiscando de raiva, porém, não ligo.— Eu não quero te ouvir.— Será que dá para você parar de agir como se tivesse 5 anos? — pergunto me irritando. A boca dela se abre, e quando ela vai começar a protestar sou mais rápido; — Eu estou cansado Eleonor, precisamos conversar, eu não irei correr atrás de você para sempre.Ela cruza os braços e solta um muxoxo com a boca.— Então não corra atrás de mim — diz entredentes.Eu sei que ela fala daquilo da boca para fora, é tudo birra, se Nora não quisesse mesmo me ouvir, já teria me esmurrado ou gritado, mas ela continuava ali parada. Isso é um bom sinal.Pelo menos eu suponho que seja.— Nora, não aconteceu nada, ela chegou no bar completamente bêbada e eu fui ajudar. Somente isso, mas eu não sabia que iria acontecer algo daqu
Nora Bellini DemirObservo a chuva cair e o som das gotas sobre o telhado e o quintal de casa. Tomo um gole do café e sinto a brisa fresca no meu rosto. Olho para a piscina e a lembrança de algumas semanas atrás vem à minha mente.— Erol, me solta, piscina não, está chovendo. — advirto me segurando sobre os seus ombros largos e fortes.— Não mesmo, quero você toda molhadinha. — a frase soa como duplo sentido e começo a rir.Nós dois caímos na piscina, ele ainda me segura, voltamos a superfície, nós beijamos e nos abraçamos, as gotas da chuva cai sobre nós e isso não nos impede de nada, entre risadinhas e suspiros ardentes vamos tirando a roupa um do outro.— Filha? — ouço a voz de alguém e me tira dos meus pensamentos.Volto a realidade e olho para a mulher à minha frente.— Mãe?— Oi! Filha — Ela se senta ao meu lado no sofá, ajeita a própria roupa — está uma chuva intensa lá fora. — Olha para dentro da casa pela janela e repara no silêncio. — Erol não está em casa pelo visto.Sinto