Nora Demir BelliniEstou de braços cruzados e meu humor está péssimo, um silêncio mortal reina por todo lugar, encaro Alev mostrando toda a minha indignação, ele está segurando uma bolsa de gelo sobre os olhos enquanto esperamos por nossas mães. Depois de Erol ter se descontrolado e ter dado um soco no irmão. Nossos funcionários conseguiram controlar a situação e foi ali que fiquei sã novamente.Por mais que eu estivesse emputecida de raiva, não queria que aqueles dois brigassem principalmente por minha causa, os dois se amavam mais do que tudo, e eu conheço meu marido bem demais para saber que ele não ficaria bem depois daquilo.Por isso me coloquei na frente de Erol e me pedi calma, um soco já foi o suficiente, não iria deixar ultrapassar aquilo. Graças ao céu, Alev não revidou. Somente pediu para que ligasse para as nossas mães, atendemos o pedido.Para não chamar mais atenção — do que já havíamos chamado — fomos até nosso escritório e ficamos por lá.Sinto Erol me abraçar por trás
Erol DemirTudo está indo perfeitamente bem, depois que eu e Nora nós resolvemos de vez, tudo entre nós ficou mais gostoso e não falo só de sexo, nosso respeito, carinho, amizade e amor aumentaram bastante. Evitamos o máximo ter alguma discussão boba, mas quando acontece, nós resolvemos na hora, combinamos de nunca mais dormir separados ou ficar sem se falar.Observo o relógio dando um sorriso, daqui a pouco ela chegará em casa, como hoje é o meu dia de folga, eu fico de fazer o jantar, e preparei algo delicioso para nós: três formas de pizza média, com sabores de frango com catupiry, queijo diferentes e calabresa, era só esperar Nora chegar, enquanto ela toma um banho coloco tudo no forno.Me sinto desafiado quando cozinho para a minha esposa, afinal ela é a melhor chef de cozinha do mundo, e sempre que experimenta algo que faço, ela elogia.Meus pensamentos são despertados quando ouço o interfone tocar. Franzo o cenho porque sei que não é minha mulher, vou até a câmera instalada no
Nora Bellini DemirConsegui deixar tudo em ordem e sai para o hospital, David iria fechá-lo e abrir o restaurante durante a minha ausência. Corro até o balcão e falo com a recepcionista.— Boa tarde, o quarto do senhor Zeki Demir, sou a nora dele — me apresento a recepcionista, ela me encara e pega um adesivo de convidada para me entregar.— Sexto andar, quarto 2B — informa.Sorrio e agradeço, colo o adesivo na blusa no meu peito esquerdo e vou até à porta do elevador, assim que entro, aperto no andar, mordo os lábios com força em puro nervosismo.O elevador para no andar, sai apressada, quando viro no corredor encontro meu marido com as mãos apoiadas sobre o corrimão, enquanto minha sogra e Alev estão chorando silenciosamente. Eu dou um abraço nela e cumprimento o outro com um aperto no braço, em seguida vou para Erol.— Ei, estou aqui. — digo rapidamente abrindo os braços para o meu homem.Os braços do moreno me envolvem e o sinto se abaixar para ficar com o rosto apoiado no meu pes
Erol DemirUm dia atrás Depois que despedi da minha esposa no telefone sinto um vazio dentro de mim, só faz algumas horas que Nora está longe de mim e a saudade me corrói. Observo meu pai resmungar, pelo que o médico havia dito, ele está bem. — Olá filho. — Meu baba diz forçando a voz seca e rouca. — Opa, não force muito. — sorrio — devagar tudo bem? Vou pegar um pouco de água — vou até o filtro de água, pego um copo descartável, encho e levo de volta até meu pai —, a mamãe daqui a pouco estará aqui — aviso. — Seu irmão esteve... — Deu um gole no copo de água. — Nós brigamos e... — Eu sei. Não se preocupe com isso — me sento na cadeira ao lado dele. — Está tudo bem, agora beba a água. Não deve se preocupar com isso, está bem? Dou um sorriso confiante observando meu pai me obedecer e tomar toda a água do copo. Um tempo depois ouço o barulho na porta e minha mãe entra. — Querido, como se sente? — ela pergunta — Estou bem, fique tranquila — responde. — Alev? — Ele está se senti
Erol Demir— Amor precisa mesmo disso? — Ela pergunta risonha, segurando no meu ombro com as duas mãos, enquanto está com uma venda preta sobre os olhos.— Sim, precisa. — Respondo.Nora solta um muxoxo de reclamação e continua andando devagar. Vou segurando em sua cintura e a guiando com cuidado. Entro com ela no elevador do apartamento que aluguei, e aperto no andar. Ela faz a carinha de sapeca tentando tocar tudo em volta.— O que está aprontando, meu maridinho gostoso?Solto uma risada e resolvo provocá-la.— Querida, não estamos sozinhos no elevador. — Vejo suas bochechas corarem, não resisto e dou uma apertadinha. Tão safada comigo na cama e ainda, sim, tão fofa em algumas horas. — Estou brincando meu amor, estamos sozinhos.— Erol — me repreende, conseguindo me atingir nos meus ombros com um tapa e faz um biquinho. — Pare de ser sacana comigo.Dou outra risada.— Você é gostosa demais. — digo dando um selinho nela surpresa.— Estou ansiosa, você colocou esse pano nos meus olhos
Nora Bellini Demir— Só assim consigo almoçar com a minha melhor amiga agora — Michaela me olha fazendo um bico.Desde que voltei de viagem isso faz 1 semana, Mica reclama que não consegue me ver, claro que a minha saída do restaurante me deixou mais atarefada que o normal, e não é só comigo, Erol também tem ficado bastante por aqui.Nosso restaurante é um sucesso e sempre está lotado. Isso me deixa feliz.— Deixa de ser dramática — rebato com um biquinho, enquanto coloco no celular as fotos que tiramos em nossa viagem —, aqui estão as fotos de Paris.Mica pega meu celular entusiasmada.— Vocês são um casal nojento de tão lindos e fofos. Um porre.Solto uma risada enquanto olho para minha amiga.— Você está afiada hoje, TPM?— Não, falta de sexo mesmo — ela coloca as mãos na nuca e faz uma pausa dramática —, não transo faz meses e não aguento mais ter que fazer sozinha.Viro os olhos e olho para a lasanha em meu prato.— Isso não é problema para você.— Eu acho que é, sim, vou ter que
EpílogoAlguns meses depois.Os gritos dela ecoavam pelo local e se tornaram cada vez mais estrangulados, ela apertou as mãos do marido com força, enquanto sentia uma dor agoniante, as lágrimas desciam pelos seus olhos e o suor por sua testa e nuca, que logo foi enxugado por um pano úmido, enquanto a voz rouca lhe dizia palavras acolhedoras em seu ouvido.— Vamos meu amor, eu sei que dói, você consegue! — Erol sussurrou no ouvido dela, e deu um beijo no topo da cabeça dela, enquanto ela apertou sua mão com mais força.Ele estava sentado por trás dela, enquanto Nora mantinha a cabeça apoiada sobre o peito dele, a sua médica obstetra e uma enfermeira, estavam sentadas ao pé da cama observando e dando palavras acolhedoras.— Vamos, Eleonor, respire fundo! — A doutora Carlson disse. — Respire de novo, e faça um pouco mais de força, estamos quase lá.— Está bem! — exclamou com dificuldades, fechando os olhos com força, e se escorando mais em seu marido, que estremecia a cada grito dela.— E
Healdsburg (Califórnia)Havia uma pilha de papéis amassados em forma de pequenas bolas jogadas pelo chão, um gemido de frustração e aborrecimento escapou de sua garganta, o que estava acontecendo era uma situação inédita em sua vida. Primeiro pela chateação, ela nunca foi uma mulher de se irritar e quando isso acontecia era porque a coisa tinha fugido do seu controle. Segundo porque não estava conseguindo ter uma ideia. E terceiro, por sua família não ter desistido daquela loucura.O miado do seu gatinho lhe chamou toda a atenção, virou a cabeça para o lado e o viu brincando com a bagunça espalhada pelo chão. Pelo menos o seu bichano era o único que parecia se divertir. Voltando a sua concentração para o novo papel à sua frente, releu o que havia escrito, e logo soltou um muxoxo, amassou o papel com força e o jogou para trás.Mais um para Loki brincar.Colocou as mãos na cabeça e perdeu completamente a paciência, tudo estava um caos e ela não conseguia pensar em nada. No entanto, havi