Erol Demir
Eu ainda não acredito que isso está realmente acontecendo, coloco as mãos na gravata e ajeito, essa é a quinta vez que eu arrumo essa porcaria. Odeio terno. Apesar do clima estar um pouco frio, me sinto suando de nervoso.Juro que se meu irmão aparecesse aqui agora não ia prestar.Filho da puta!Reparo onde estou e peço perdão por está xingando dentro da casa de Deus, estou me preparando psicologicamente para colocar um anel no meu dedo e não consigo relaxar, sinto uma leve dor em minha nuca.Principalmente por ter uma plateia gigante sentada me olhando com curiosidade.As pessoas cochichavam entre si e eu ignoro a todo custo, olho para meu baba e minha annen, os dois mantém seu olhar seguro sem desfazer a pose.Pela janela da igreja vejo meu reflexo, estou apresentável, fiz um coque no meu cabelo deixando para trás e aparei minha barba, deixando os pelos um pouco mais baixo. Embora não goste da roupa, admito que estou bastante gato.Olho para o chão e me sinto mais nervoso que antes, Nora está demorando muito, ela com certeza deve ter desistido, por que essa demoraria tanto? Então as portas da igreja se abrem e segundos depois, a bela Eleonor Bellini entrou elegantemente ao lado do pai.Dizer que ela estava linda era muito pouco, meu coração dispara feito um louco e tento controlar o comichão que surge no meio da minha barriga, meu corpo estremece e se arrepia na medida que eu analiso minha futura esposa de cima abaixo.Como é possível que essa mulher tenha conseguido ficar ainda mais linda? As fotos não se comparavam ao que ela é pessoalmente.Ah Alev, você é um grande filho da puta.Observo o seu choque na porta da igreja ao lado do pai, tento não sorrir diante daquilo, sua expressão está muito engraçada, o desespero é nítido. Mordo os lábios para evitar uma gargalhada, olho para Bernard que também não esconde seu espanto.Irei deixar para que meu pai explicasse tudo ao meu futuro sogro, pois meu foco é todinho da mulher que vem para mim. A minha conversa será primeiramente com ela e não com outra pessoa.Quando finalmente Eleonor começou a andar na minha direção sendo amparada pelo pai, sinto outra comichão mais forte na barriga. Pelo visto a minha atração pela garota não havia passado nenhum um pouco. Ela é muito linda.Enfim os dois chegam até mim, Bernard me entrega sua filha, posso sentir o aroma gostoso do seu perfume, isso mexe muito comigo, a vontade que tenho é de mergulhar meu rosto no pescoço dela e aspirar esse cheiro. Aperto as mãos do homem com força e balanço a cabeça para ele.— Meu pai irá explicar tudo — sussurro e dou meu braço para Nora.A celebração começa, está sendo rápida e bonita, o padre começa a falar sobre nós dois e a importância do casamento e amor. A cada momento que passa eu a sinto tensa, enquanto eu começo a me divertir com a situação.— Relaxe Nora — aconselho em seu ouvido disfarçadamente, para quebrar a tensão, noto que ela estremece quando me aproximo um pouco mais —, você está casando com o irmão gostoso — brinco.O efeito que eu quero dá certo, ela olha para baixo e dá uma risadinha.Após isso os votos ocorrem junto com as alianças, me controlo o máximo para não tremer enquanto repito as mesmas frases que o padre diz, seguro nas mãos dela com força tento passar toda a segurança, notando o quanto ela tremia sobre meus dedos.Eu, de fato, estou amando vê-la se arrepiando a cada palavra que digo.Aquilo é interessante demais e senti-la reagindo a mim é prazeroso.Chega a vez dela, não reprimo um meio sorriso, agora é a minha vez de se arrepiar ao som de sua voz — doce, meiga e sensual. Tento o máximo não imaginar como é o sim que ela faz quando está gemendo na cama.Porra!Eu não sou de ferro, só de pensar naquilo o formigamento em minha barriga chega a ser mais intenso e se concentra diretamente no meio das minhas pernas.Cacete! Ela não deveria mexer tanto assim comigo, observando-a desse jeito, toda linda, tremendo e vermelha, só me faz pensar no quanto meu irmão é um desgraçado e eu sou um maldito sortudo.Nesse momento eu não faço ideia se agradeço Alev ou o xingo. Talvez as duas coisas.— Pode beijar a noiva. — O padre permite.Olho para Nora e me sinto nervoso, eu estou sim com vontade de beijá-la, mas não desse jeito e não na frente de todo mundo. Dou um beijo na sua testa e sinto o seu ofegar, inspiro um pouco do seu perfume e suspiro.O padre nos chama para assinar os papéis do civil. Graças a Deus isso está acabando.Assim que a cerimônia se encerra, eu dou as mãos para minha esposa e saímos da igreja, aquela coisa de arroz acontece também e assim que nós dois passamos jogam arroz em cima.Guio Nora até o meu carro, o manobrista estava nos esperando e a ajudo a entrar, em seguida fiz sinal para nossos pais indicando que iria para a mansão, agradeço muito por a festa ser na minha casa.Entro no carro ao lado do motorista e ligo o carro e dou partida seguindo para a mansão. Outra coisa que eu agradeço no momento era pelo vidro do carro ser escuro, ninguém consegue nos ver aqui dentro, aquilo vinha calhar muito bem. Conforme eu vou passando pelas ruas da cidade o bando de xeretas tentam olhar para dentro do carro para nos ver.Dou uma breve olhada para minha esposa sentada ao meu lado no banco do carona, suas mãos estão unidas e seu nervosismo é evidente.Então ela me olha e está prestes a falar alguma coisa.— Não querida, agora não — me antecipo sabendo de suas intenções, giro o volante do carro na rua da mansão. — Vamos dançar conforme a música por enquanto, em breve iremos conversar.— Tudo bem!Sorrio e pisco para ela, o portão grande da mansão é aberto e entro com meu carro na garagem. Quando estaciono, desligo o carro e corro para o lado para ajudá-la a sair.Logo atrás de nós nossos pais chegam e assim os convidados, ficamos no inicio da porta para receber e cumprimentar todos. Os primeiros são meus pais.— Bem vinda a família, querida. — Minha mãe cumprimenta Nora, colocando as mãos no rosto dela. — Não se preocupe que tudo irá se ajeitar.— Obrigada. — Responde ela com um sorriso.— Isso mesmo! — Baba sorrir. — Minha amada esposa tem razão, e olha que é muito difícil concordar com ela. — Depois dessa última frase meu pai recebe um cutucão da minha mãe. Caímos na risada. — Não se preocupe Nora, tudo ficará bem com o tempo. — Continua ele me dando um breve olhar. — Na minha opinião você casou com o irmão certo. — Conclui com um sorriso e sai, nos deixando ainda mais constrangidos.Coço a minha barba, aquela era uma mania que tinha quando estou nervoso.Chega a vez dos pais de Nora, Eva abraça a filha totalmente emocionada, enquanto Bernard me encara seriamente, ele me estende as mãos dando um longo suspiro. Acho que meu pai deve ter contado tudo.— Eu não sei como te agradecer, garoto — diz sinceramente.— Está tudo bem, não se preocupe com isso — aperto as mãos dele. — O importante é que Eleonor está bem, vou cuidar muito bem da sua filha, vou dar o melhor de mim.Aquilo era uma tremenda verdade, enquanto Nora estivesse comigo, faria o possível para fazê-la ficar feliz e bem, e também queria provar para o senhor à minha frente que eu não era um cara totalmente errado como ele achava.Não entendia o porquê daquela aprovação, mas precisava.Os pais da minha esposa trocaram de lado. Eva ignorou completamente o cumprimento com as mãos e me deu um abraço apertado.— Agora você é meu filho — ela diz dando um leve tapinha no meu rosto.— Acho que sim.— Cuide bem da minha garotinha, Erol.— Vou cuidar — sorrio para tranquilizá-la.Então chegou a vez dos outros convidados. Os padrinhos e madrinhas, a primeira foi uma loira que eu conhecia bem por ser melhor amiga de Nora.— Parabéns aos dois! — Diz Michaela e olha para mim. — Eu não sei o que houve para você ter se casado no lugar do seu irmão, mas se você a fizer sofrer juro por Deus que persigo você até no inferno.Ergo uma sobrancelha e fico intrigado, ouço Nora repreender a amiga.— Eu gosto de um bom desafio, mas eu não fujo das minhas responsabilidades, por mais louca que for — dou de ombros e pisco para a morena ao meu lado.Ela me retribui com um sorriso caloroso.— Acho bom mesmo — enfatiza a loira, saindo em seguida.Continuamos a cumprimentar os convidados e vinte minutos depois, estamos liberados.— Desculpe por Michaela. — Nora sussurra baixinho, após um tempo.— Relaxe, eu teria feito a mesma coisa, e a ameaça seria bem pior. — Seguro nas mãos dela e dou um beijo, as suas bochechas coram, acho bonitinho. — Vamos descansar um pouco.Nós dois seguimos até o salão de festas da mansão, a maior parte era ao ar livre, o céu estava muito estrelado e bonito aquela noite, a música ambiente era tranquila — muito diferente das músicas que eu gosto.Observo minha esposa se arrepiar com um vento gelado que passou, tiro o blazer do meu terno e coloco sobre seus ombros.Ela me encara um pouco confusa.— Obrigada, mas você não vai ficar com frio?Dou uma risada baixa. Frio é uma coisa que não sinto mesmo no momento, meu corpo inteiro está quente, e isso era culpa dela.— Não, estou até com calor.— Você está bem? — Nora me lança um olhar preocupado. — Não está com febre?— Não — respondo com um sorriso.Seguro nas mãos dela e a coloco sobre meu peito, a sinto estremecer. — Está sentindo? Completamente quente, mas sem febre. É o meu calor natural — digo baixinho.Nós dois continuamos nos encarando e suas mãos ainda estão sobre meu peito, há um pouco de tensão entre nós, pelo menos de minha parte tem muita, mas antes de qualquer coisa eu quero conversar com Nora sobre o que vai acontecer a partir de agora. Tem tantas coisas para conversarmos.Meus olhos caiam para sua boca e passo a língua nos meus lábios. Ela tem a boca mais linda que já vi e me deixa completamente tentado a provar seu gosto.O ar ficou mais quente e percebo que a respiração de Nora muda, assim como a minha. Somos interrompidos por um garçom.— Os noivos aceitam champanhe? — pergunta.— Claro! — Nora pega a taça e toma um gole grande, ela me olha assustada, como se desse conta do que tinha feito. — Estava com muita sede.Sorrio e concordo.— Também estou — bebo um gole do champanhe.— Chefe! — Ouço uma voz grossa atrás de nós.Nora se vira para olhar.— David, algum problema? — questiona com as sobrancelhas franzidas.— Nenhum, estão todos elogiando a comida. — David rir. — Pode ficar tranquila.Michaela se aproxima com uma garota.— Ei, Erol, você sabia que o jantar foipreparado por sua noiva? — ela pergunta. Nora faz uma careta.— Na verdade foi minha equipe que preparou. Eu só montei o cardápio. — Respondeu minha esposa colocando as mãos na testa. — E foi às pressas. — completou envergonhada.— Hm, então a senhora é uma Chef de cozinha? — pergunto. Eu já sabia a resposta, sabia que Nora havia feito gastronomia e era uma das melhores chefs da cidade. Ela só não precisa saber que eu sei.Um garçom passa com um aperitivo, aproveito e pego para provar.— Está brincando? — A outra menina se mete na conversa. — Ela é a melhor Chef de todo o estado.— A melhor? — Provoco. — Não sei se é a melhor ainda, não averiguei, mas vamos ver. — Provo o aperitivo, sinto o gosto e fecho os olhos. — Hmmmm, eu já sabia que você era boa, mas não tanto, como se chama?— Bom — Ela morde os lábios. —, chama-se gigot d’agneau.— Pernil de Cordeiro — respondo, ouvindo a risada dela.— Você também fala francês? — pergunta impressionada. — Eu não sabia disso.— Sim, sou muito bom com várias línguas — pisco para ela —, mas isso é maravilhoso! Saúde para suas mãos.— Erol, você ainda não viu nada — Michaela pronúncia. — Agora vamos deixar o casal sozinhos, temos muita coisa para fazer.David sorri.— Vamos ganhar um aumento por trabalhar no seu casamento?— Talvez. — Nora diz. — Vamos ver.— Vamos lá! — a outra garota dá um tapinha nas costas do homem e sai o puxando.— Eles são meus ajudantes. — Ela me explica, e toma outro gole da taça. — São divertidos e a cozinha fica animada quando estou com eles.— Eu imagino — digo com um sorriso de canto —, então você é divertida senhorita Bellini, opa quer dizer... — limpo minha garganta depois de beber o champanhe me aproximo do seu ouvido e sussurro. — Senhora Demir.Vejo a pele dela se arrepiar novamente. Allah! Como eu gosto disso. Sinto que a qualquer momento ela vai desfalecer nos meus braços.Nora é e sempre foi diferente de qualquer outra mulher que eu tenha conhecido. Isso me deixa louco.Observo um pouco o salão e encontro pessoas que não via há muito tempo, uma parte de minha família olha para mim e Nora com aprovação e conversam entre si.Eu não quero saber o que eles estão falando. Estou até com um pouco de medo. Quando minha família cisma com uma coisa nada no mundo é capaz de tirar.Conforme a festa foi passando os convidados pareciam alegres demais e entretidos nas suas conversas que até paramos um pouco de ser o centro das atenções. Me aproximo de Nora por trás e sussurro em seu ouvido.— Venha comigo!— Está bem.Nós dois demos os braços e saímos andando juntos, entramos dentro da mansão e ainda ouvimos o falatório e a música tocando. A levo até o escritório do meu pai, assim que ela passa fecho a porta em seguida.— Enfim sós. — Sorrio tranquilamente. — Agora eu e você teremos que ter uma conversa séria.Nora BelliniNem em todos os sonhos mais malucos que tive desde a adolescência, estavam me levando até esse momento. Parecia uma loucura, mas eu estou casada com Erol Demir. Desde a adolescência eu tentava negar para mim mesma que ele mexia demais comigo, colocava a culpa no fato de que ele era um garoto muito bonito e chamativo. Ele atraía a atenção de todas as meninas do colégio, menos Michaela, claro que ela o achava um gato, mas não a ponto de suspirar e cair de amores.Diferente de mim que lutava o máximo para não deixar transparecer meu terrível tombo por Erol.Dio, desde que pisei na porta da igreja e o vi parado esperando por mim, quis saber o porquê, afinal, ele nunca trocou o máximo que uma dúzia de palavras comigo. Por que ele aceitou se casar comigo no lugar de Alev? Sempre imaginei que Erol não gostasse de mim.Eu estou tão confusa. Até o momento eu havia permanecido na minha e deixei o barco nadar, mas agora eu quero saber tudo explicadinho. Tento controlar minhas mãos tr
Nora BelliniQuando chegamos ao salão, nos separamos um pouco, ele vai até um grupo de homens e eu vou até a mesa onde tem doces, percebo uns sorrisos e olhares maliciosos dos convidados, principalmente de nossas mães, tento não corar, deviam estar pensando que fugimos para experimentar uma rapidinha de recém-casados.Praticamente isso é impossível no momento, eu e Erol estamos muito tensos por enquanto. Ainda me sinto bastante intimidada com ele, mas pela conversa que tivemos agora pouco isso vai se tornar mais fácil. Ele parece ser um homem amável, diferente do que eu imaginei, além de ser divertido e espontâneo, eu estou gostando disso demais. Mal posso acreditar que irei passar um ano ao seu lado.Teremos a oportunidade de nos conhecer muito, eu tinha a impressão de que ele era um cara caladão e problemático. Já escutei de Ayla que Erol era o filho que lhe dava mais dor de cabeça, pois ele se recusava a fazer o que ela queria. As festas que ele se recusava a ir, ou quando aparecia
Erol DemirO som alto da música preenchia todo ambiente, olho para Nora e a vejo conversando com um grupo de mulheres, sinto que ela está um pouco mais leve.Delícia de mulher!Solto um suspiro de alívio.Depois de nossa conversa até eu me sinto mais tranquilo, eu só faltei cair de joelhos quando ela aceitou minha proposta, eu não sabia o que fazer até aquele momento, claro que não iria me separar tão rápido, mas também queria um pouco de tempo com ela.O tempo que não tive durante mais jovem.Eu estou certo de que um ano é muita coisa sim, talvez não dure isso tudo, mas se acontecer vai valer muito a pena. A conversa sobre sexo ainda está na minha cabeça, mexendo comigo, não consigo me esquecer da expressão dela quando toquei nesse assunto, fui muito sincero em tudo que disse. Se Nora não me quisesse — e ela tem total liberdade para me negar — não sei o que faria, vou ter que lidar com o tesão e me controlar. Claro que nunca vou traí-la, tenho caráter. Mas todos os meus instintos e m
Erol Demir Essa noite resolvo deixá-la dormir, e durmo no outro quarto para dar um pouco mais de espaço para ela. Depois conversamos sobre como vamos fazer. Vou até minha mala em cima do pequeno sofá e tiro uma muda de roupa. Pego meu celular na estante do meu quarto e o coloco no bolso.Saio do quarto e fecho a porta, entro no quarto da frente e coloco minhas roupas lá. Penso em Nora e naquele vestido de noiva, ela precisava tirar a roupa, desço para chamar Eva, vejo meu paletó na sala, coloco de volta está um pouco de frio, vou para fora da mansão.— Algum problema? — Ela me pergunta assim que a encontro com o marido.— Não, é só para ajudar Nora a se trocar. Ela dormiu, eu não... — Não continuo e sinto o olhar de Bernard um pouco melhor do que antes.Saber que respeito muito a filha dele, deve melhorar sua relação comigo.— Ah, tudo bem querido eu irei lá.— Ela trouxe roupa? Qualquer coisa empresto uma camisa.Afasto a imagem da minha esposa com uma das minhas camisas, sinto meu
Nora Bellini Demir3, 2, 1O inferno vai começar. Nossas mães juntas não dão certo.— Nora, querida, vocês já irão se mudar para casa? — Ayla pergunta com interesse. — A casa já está quase pronta. Falta só pintar alguns cômodos.— Bom, nós iremos ficar no meu apartamento por enquanto. — Olho para Erol pedindo ajuda, ele segura em minhas mãos debaixo da mesa.— Hm... E a lua de mel? Vocês irão, né? Válido até um mês, aproveitem o presente. — É a vez da minha mãe. — E tratem de nos dar netos logo, quero a casa cheia de crianças.Eu engasgo com um pedaço de pãozinho, sinto as mãos quentes e fortes passando sobre minhas costas, enquanto começo a tossir.Filhos?! Agora?!Pelo amor de Deus!!!Eu não consigo olhar para o meu marido de tão constrangida que estou, não sei o que ele está pensando. Uma risadinha rouca e divertida soa ao meu lado.— Vocês estão muito apressados, eu e Nora acabamos de nos casar, calma! — Erol argumenta com paciência. — E também, temos que aproveitar um pouco a vid
Erol DemirAs horas se passaram tão rápido que não havia notado que já eram 17:30. Enquanto dirijo até a mansão para buscar minhas malas, penso no almoço maravilhoso que tive com minha esposa.Agora eu entendo perfeitamente porque todos elogiam a sua comida. Não tem como não se apaixonar, eu amo uma boa comida temperada, de alguma forma ela adivinhou que eu amo sarma, e foi o que comemos, com espaguete ao molho de tomate.Sorrio ao pensar em Nora, cada vez mais ela fica mais à vontade comigo. Isso é ótimo. O apartamento me agrada muito, me lembra a minha casa e, como eu era sozinho, não tinha necessidade de morar em um local grande. A única coisa que vai ser complicada é que só tem um quarto, tenho que conversar com ela sobre isso. Vamos dormir juntos ou não?Não quero pressioná-la, por mim dormiríamos, o problema é controlar o meu corpo, só de entrar naquele quarto na hora que ela me mostrou eu fiquei excitado. Eu tentei pensar em outra coisa, mas foi impossível não imaginar como ser
Erol Demir— É outro sonho de consumo. — Nora ergue a caixa para cima comemorando. — Uma máquina de café expresso.— Viciada em café? — questiono com um sorriso.— Totalmente.Abro o outro presente e olho para sala cheia de embrulhos, o barulho da tv preenchendo o ambiente. Depois do jantar decidimos desembrulhar os presentes, enquanto tomamos uma garrafa de vinho e assistimos uma comédia romântica qualquer, sentados no chão da sala.A maioria dos presentes eram coisas de casa e caras.— Nossos pais deram os móveis da casa também. — Comenta fazendo uma careta. — Eu insisti muito dizendo que não precisava, mas sabe como são teimosos.Concordo com ela.— Eu já imaginava algo do tipo. — Olho para um pacote pequeno e desembrulho. Sorrio ao ver as passagens para Grécia. — Este aqui foi o amigo do meu pai que nos deu, duas passagens para Santorini.— Não brinca? — ela ri e se inclina chegando perto de mim ficando ajoelhada na minha frente. Aquela aproximação é o suficiente para que eu sinta
Nora Bellini DemirConseguir dormir sabendo que tem um gostosão de 1,85 — pelo menos eu acho que ele deva ter mais ou menos essa altura — no cômodo ao lado está sendo uma batalha para mim.Viro na cama várias vezes e o sono não chega, também não deixo de ficar preocupada com aquele sofá. Deve estar muito desconfortável.Olho para o relógio na parede do meu quarto às 4:00 da manhã. Desisto de dormir, vou tomar um copo de água que é melhor, me levanto da cama, abro a porta tentando fazer o mínimo de barulho possível para não acordar meu marido.Quando chego na sala, vejo o Deus grego totalmente a vontade no sofá dormindo feito um bebê com meu gato o acompanhando no sono em cima de sua barriga. Uma foto daquela cena seria muito interessante, quem sabe outra vez. Erol realmente tinha conseguido se ajeitar no sofá, mas suas pernas ficaram para fora.Olho para o lençol caindo e me aproximo na ponta dos pés, pego nas pontas do tecido fino e volto a cobri-lo até o meio de suas coxas grossas.