Nora Bellini Demir3, 2, 1O inferno vai começar. Nossas mães juntas não dão certo.— Nora, querida, vocês já irão se mudar para casa? — Ayla pergunta com interesse. — A casa já está quase pronta. Falta só pintar alguns cômodos.— Bom, nós iremos ficar no meu apartamento por enquanto. — Olho para Erol pedindo ajuda, ele segura em minhas mãos debaixo da mesa.— Hm... E a lua de mel? Vocês irão, né? Válido até um mês, aproveitem o presente. — É a vez da minha mãe. — E tratem de nos dar netos logo, quero a casa cheia de crianças.Eu engasgo com um pedaço de pãozinho, sinto as mãos quentes e fortes passando sobre minhas costas, enquanto começo a tossir.Filhos?! Agora?!Pelo amor de Deus!!!Eu não consigo olhar para o meu marido de tão constrangida que estou, não sei o que ele está pensando. Uma risadinha rouca e divertida soa ao meu lado.— Vocês estão muito apressados, eu e Nora acabamos de nos casar, calma! — Erol argumenta com paciência. — E também, temos que aproveitar um pouco a vid
Erol DemirAs horas se passaram tão rápido que não havia notado que já eram 17:30. Enquanto dirijo até a mansão para buscar minhas malas, penso no almoço maravilhoso que tive com minha esposa.Agora eu entendo perfeitamente porque todos elogiam a sua comida. Não tem como não se apaixonar, eu amo uma boa comida temperada, de alguma forma ela adivinhou que eu amo sarma, e foi o que comemos, com espaguete ao molho de tomate.Sorrio ao pensar em Nora, cada vez mais ela fica mais à vontade comigo. Isso é ótimo. O apartamento me agrada muito, me lembra a minha casa e, como eu era sozinho, não tinha necessidade de morar em um local grande. A única coisa que vai ser complicada é que só tem um quarto, tenho que conversar com ela sobre isso. Vamos dormir juntos ou não?Não quero pressioná-la, por mim dormiríamos, o problema é controlar o meu corpo, só de entrar naquele quarto na hora que ela me mostrou eu fiquei excitado. Eu tentei pensar em outra coisa, mas foi impossível não imaginar como ser
Erol Demir— É outro sonho de consumo. — Nora ergue a caixa para cima comemorando. — Uma máquina de café expresso.— Viciada em café? — questiono com um sorriso.— Totalmente.Abro o outro presente e olho para sala cheia de embrulhos, o barulho da tv preenchendo o ambiente. Depois do jantar decidimos desembrulhar os presentes, enquanto tomamos uma garrafa de vinho e assistimos uma comédia romântica qualquer, sentados no chão da sala.A maioria dos presentes eram coisas de casa e caras.— Nossos pais deram os móveis da casa também. — Comenta fazendo uma careta. — Eu insisti muito dizendo que não precisava, mas sabe como são teimosos.Concordo com ela.— Eu já imaginava algo do tipo. — Olho para um pacote pequeno e desembrulho. Sorrio ao ver as passagens para Grécia. — Este aqui foi o amigo do meu pai que nos deu, duas passagens para Santorini.— Não brinca? — ela ri e se inclina chegando perto de mim ficando ajoelhada na minha frente. Aquela aproximação é o suficiente para que eu sinta
Nora Bellini DemirConseguir dormir sabendo que tem um gostosão de 1,85 — pelo menos eu acho que ele deva ter mais ou menos essa altura — no cômodo ao lado está sendo uma batalha para mim.Viro na cama várias vezes e o sono não chega, também não deixo de ficar preocupada com aquele sofá. Deve estar muito desconfortável.Olho para o relógio na parede do meu quarto às 4:00 da manhã. Desisto de dormir, vou tomar um copo de água que é melhor, me levanto da cama, abro a porta tentando fazer o mínimo de barulho possível para não acordar meu marido.Quando chego na sala, vejo o Deus grego totalmente a vontade no sofá dormindo feito um bebê com meu gato o acompanhando no sono em cima de sua barriga. Uma foto daquela cena seria muito interessante, quem sabe outra vez. Erol realmente tinha conseguido se ajeitar no sofá, mas suas pernas ficaram para fora.Olho para o lençol caindo e me aproximo na ponta dos pés, pego nas pontas do tecido fino e volto a cobri-lo até o meio de suas coxas grossas.
Nora Bellini Demir Assim que estamos na estrada, não posso deixar de pensar no que meu marido acharia da casa. É basicamente um casarão, prefiro as coisas simples e pequenas, mas as nossas famílias são espalhafatosas.É tanta coisa se passando na minha cabeça que não percebo que já chegamos na rua da nossa casa. Essa área é o pequeno bairro das novas casas construídas e do outro lado fica o bairro das mansões.A cidade é muito pequena mesmo.— É ali na frente — aviso para Erol e indico o caminho.Peço para ele parar numa fachada branca com o muro grande de concreto na cor de bege com revestimento. Saio do carro rápido e aperto o interfone com a senha.Ouço o barulho dos portões se abrindo, Erol entra com o carro e aponto para ele o lugar para estacionar.Enquanto o moreno não vem, olho para o jardim na frente da casa. Erol sai do carro e ouço seu assobio ao encarar o jardim. Solto uma risada.— Vamos precisar de jardineiro.— Sim.Quando chegamos em frente da casa apesar de ser algo
Erol DemirDesperto do meu cochilo e olho para a mulher completamente linda dormindo com a cabeça em meu peito. Dou um sorriso e faço um leve carinho no seu cabelo. Olho para o relógio, decido levantar, minha intenção é sair ainda na madrugada e chegar pela manhã na cidade, quanto mais cedo eu conseguir me organizar mais cedo eu volto para cá.Com muito cuidado, tiro Nora de cima de mim — contra minha vontade — e a coloco deitada no travesseiro, essa solta um gemido manhoso.Levanto-me da cama e ouço o miado de Loki.— Xi! Quietinho garoto. — Sussurro. Faço um carinho nele.Pego a minha roupa na mala no quarto, vou para o banheiro. Enquanto me banho na água quente, sinto que meus músculos ficam relaxados. Dormir ao lado de Nora, sem poder fazer nada é uma tortura, mas só irei avançar o sinal quando ela me demonstrar que está pronta.Fora essa tensão sexual, foi bom dormir com ela, isso nunca havia acontecido comigo antes, dormir com uma mulher sem ter transando. É uma experiência nova
Nora Bellini DemirVerifico a hora pela vigésima vez, está quase anoitecendo, Erol disse que está voltando para cá, fico preocupada com a estrada e o cansaço que ele está tendo devido ao trabalho da noite anterior, embora ele tenha me tranquilizando dizendo que poderia dirigir, não deixo de ficar ansiosa. Me distraí durante o dia com as minhas receitas, mas não adiantou muito.Meu estômago se revira e coloco as mãos na barriga. Recuso-me a tomar outro remédio. Enquanto Erol não está em casa, aproveitei para me concentrar no meu trabalho. Dou uma olhada no meu restaurante. Está cheio, amo ver o meu lugar desse jeito, tenho orgulho de mim mesma.Ando pensando numa coisa, não sei o que meu marido pretende, mas eu estou com uma ideia na cabeça que não consigo tirar. Só não sei se Erol irá topar.Mica me encara e come uma garfada do frango a passarinho ao vinho branco e molho de tomate. Ela ama essa comida.— Você está muito inquieta!— Um pouco.— Devido ao Erol? — Ela pergunta dando outr
Nora Bellini Demir— Essa cor está ficando perfeita! — ressalto.Passo a última camada de rolo com a tinta na parede. Após Erol ter retornado de viagem, no dia seguinte, fomos até loja de tintas e escolhemos a cor para pintar a nossa casa, decidimos um creme para a sala, marfim claro para a cozinha, e nos corredores que ficam os quartos um tom de cinza-escuro.Estamos terminando de pintar a sala, já havíamos pintado os corredores do andar de cima, aí faltava a cozinha.— Vamos terminar amanhã, estamos cansados e ficamos aqui praticamente o dia todo fazendo isso.— Sim, se escolhêssemos aquele azul ia ficar muito chamativo. — Responde com um sorriso.— Pelo menos nossos gostos são parecidos aqui, a não ser pelo seu gosto musical — provoco fazendo uma e careta olhando para a camiseta surrada do Iron Maiden que ele vestia. Erol gosta de Rock e às vezes o som alto me irritava, eu não sou fã de rock, minhas músicas são mais suaves e românticas sem nenhuma gritaria.Ele faz uma careta para