E encerro mais um livro <3 Conheçam meus outros títulos, todos COMPLETOS: 1. A Governanta do CEO; 2. Amnésia da doce esposa do CEO; 3. O filho secreto do CEO; 4. A noiva substituta do capitão; e 5. Selene a esposa rejeitada do Rei Corvo
Caos, a vida de Anya Hoffmann era puro caos desde que cometeu o erro de cair no charme de Nikolas Oliveira, um aproveitador do pior tipo. As consequências de sua burrice não demoraram a explodir como fogos de fim de ano em sua cara, por isso estava quase sem ar, as pernas doloridas empreendendo uma corrida desenfreada em direção ao imponente prédio do escritório de advocacia O’Connor Direito Cível, onde seu divórcio e a custódia do filho seriam discutidos.Conseguiu sair mais cedo do trabalho ao aceitar descontos em seu já apertado salário, um pesado sacrifício para estar na reunião de conciliação no horário marcado. No entanto, o trânsito caótico entre a periferia e o centro da cidade conspirou contra ela. Estava atrasada, muito atrasada, constatou ao olhar as horas pela milionésima vez desde que abandonou o Uber, resignada, no meio do engarrafamento.Esbaforida, atravessou a porta giratória e se apresentou na recepção, trocando o peso de um salto para o outro e mordendo o lábio infer
Anya podia apontar um bom motivo para Nikolas sair do caso e não ficar contra ela na disputa de guarda do filho. No entanto, ressentida pelos traumas e manipulações dele no passado, não confiava nele. Além disso, temia aumentar os esforços para tirar o filho dela. Tensa, com as mãos suadas, sentou-se, respirou fundo e reuniu coragem antes de começar angustiada:— As acusações de Liam, meu ex-marido, são falsas. Não sou uma má influência para meu filho. Só quero o melhor para ele, e isso significa protegê-lo de Liam. Por favor, não continue no caso — explicou, optando por um caminho seguro até sentir confiança para revelar mais.Uma tensão palpável pairava no ar enquanto os dois se encaravam intensamente, o silêncio cortante aumentando o nervosismo de Anya. Sentia-se dividida entre o desejo de fugir e a necessidade de lutar por seu filho. A segunda opção venceu.Lembrava-se dos casos que assistiu Nikolas auxiliar quando eram estudantes. Ele era habilidoso, metódico e feroz, mesmo como e
Carregando o fracasso de fazer Nikolas ficar do seu lado, Anya retornou para casa, para a pensão humilde onde ocupava um pequeno cômodo. Dentro do ônibus, a poucos minutos de rever o filho, inspirou fundo, ergueu o queixo e determinou-se a ser forte, ter fé na justiça, que conseguiria vencer.Ao chegar à pensão bateu na casa de sua vizinha, uma senhora gentil que cuidava do pequeno Maximilian enquanto Anya trabalhava.— Chegou cedo — a idosa comentou ao abrir a porta, dando passagem para o animado menino.— Mamãe!Anya se abaixou para receber o abraço apertado do filho, os dedos sentindo a maciez dos cachos pretos.— Tive um compromisso e precisei sair antes — explicou erguendo-se com o menino nos braços. — Obrigada por cuidar do Max!— Ah, ele é um menino tão bonzinho, não me custa nada — disse acariciando as costas da criança. — Ele já tomou banho e comeu. — A idosa entregou para Anya a bolsa com os pertences do menino. — Coloquei uma vasilha com sopa de abobora dentro. Vai te fazer
Anya acordou cedo, como de costume, e começou a se preparar para mais um dia de trabalho árduo. Acordou Max beijando sua bochecha macia, os dedos fazendo cócegas em sua barriga, despertando-o entre risadinhas e queixas sonolentas.— Hora de levantar, Max!— Num quero... — ele reclamou puxando a coberta, o corpinho se encolhendo e evitando os olhos dela.— Mamãe tem que trabalhar! A tia Dolores está a sua espera. Não quer encontrá-la? — disse mencionando a bondosa vizinha que cuidava de Max com carinho.Mesmo resmungando, o menino sentou na cama, esfregando os olhos azuis iguais aos dela. Não se moveu, mas também não ofereceu resistência enquanto Anya o arrumava antes de saírem.Após vesti-lo, o levou para a casa da vizinha, em que foram recebidos com calorosos sorrisos e abraços. Dolores exalava o conforto e afeto que Anya nunca sentiu com os pais e o marido.— Por favor, entre, vamos tomar café juntas.O convidativo cheiro reconfortante de café fresco e pão recém assado pairava no ar.
Após dois turnos exaustivos de trabalho, e uma longa viagem de ônibus e metrô, Anya chegou ao condomínio de luxo em que morou até dois meses antes. Seus pés doíam, sua mente está turva de cansaço, mas a esperança de ter a guarda de seu filho, Max, a fazia prosseguir. O severo mordomo a escoltou pela mansão de sua família, mesmo ela sabendo exatamente que caminho tomar até o escritório de seu pai. Ao entrar no local foi recebida pelos olhares severos de seus pais, o sorriso falso de Liam, seu ex-marido, e o olhar velado do advogado Nikolas Oliveira. — Anya, querida, que prazer recebê-la em nossa casa — disse Elisa, sua mãe, como se fosse uma visita qualquer. Seguindo o exemplo, Anya a saudou com a mesma frieza, sabendo que qualquer palavra calorosa seria rejeitada ou serviria de combustível para as constantes críticas que recebeu ao longo dos anos. — Como está, docinho? — Liam soltou com um de seus sorrisos calculados. — Liguei para definirmos o melhor futuro para o Maximilian. An
Durante o trajeto até o endereço de Anya o silêncio pesou dentro do carro. A rua tranquila do subúrbio estava iluminada pelas luzes fracas dos postes, lançando sombras dançantes sobre o asfalto molhado pela chuva recente, e do bar ao lado da pensão. Nikolas estacionou e observou o local com uma ruga se formando entre os olhos. — Pode abrir a porta? — Anya pediu ao notar que estava travada. Voltou-se irritada, só então notando o desgosto nos olhos negros fixos no prédio decadente. — Precisa considerar com seriedade suas opções — ele declarou sem retirar a atenção do imóvel repleto de pichações e rachaduras. — Com o trabalho, a casa e o advogado que arranjou, as chances de ganhar a guarda são nulas — proferiu, movendo o olhar sombrio para o rosto dela. — Entre em um acordo e entregue o menino para o pai e os avós. Com isso, aceitarão que retorne a sua casa, sairá desse lugar deprimente e oferecerá uma melhor condição de vida a criança. Mordendo o lábio inferior, Anya suspirou e anali
As lembranças de seu romance com Anya se entrelaçavam aos tempos de faculdade, em que o termo “bebê fortuna” era comum entre os alunos ao se referir aos nascidos na riqueza e poder. Foi em seu primeiro ano que descobriu do que se tratava, ao defender um colega do ataque durante um intervalo.A situação acabou aproximando Nikolas do rapaz, Ricardo, um bebê fortuna de uma longa linhagem de advogados renomados. A amizade lhe rendeu o cargo de assistente do advogado e professor mais linha dura da faculdade, pai de Ricardo.A primeira amizade com um bebê fortuna não foi intencional, mas as que vieram ao longo do curso foram estrategicamente planejadas. Percebendo a vantagem das conexões e influências dos ricos ao seu redor, se aproximou da maioria ao longo do curso, utilizando sua inteligência e charme para se inserir no círculo das famílias influentes. Logo se tornou uma figura conhecida e respeitada, transitando entre os círculos sociais mais privilegiados.No último ano soube de Anya Ho
Finalizando o segundo turno de seu trabalho como garçonete, Anya removeu o uniforme e vestiu a calças de moletom e camiseta, empurrando as peças provocantes para o fundo de sua bolsa, junto com os saltos agulha. Era mágico colocar os tênis, como pisar em nuvens felpudas todo fim de expediente.Ao sair pela porta dos fundos, a fim de evitar os bêbados e os descarados, deparou-se com uma das dançarinas, fumando escorada na parede.— Você é tão patética, Anya! Com seu corpo e rosto, no lugar de sair na encolha, podia rebolar no colo de um daqueles velhos babões e lucrar muito — ela soltou junto de uma baforada cinza. — As gorjetas seriam muito maiores e sairia dessa vida de merda que está levando — comentou observando Anya com um sorriso sarcástico.Balançou a cabeça, recusando mais uma vez a proposta. Desde que começou a trabalhar, as garotas do lugar, o segurança que arranjou a vaga para ela e o dono do bar insistiam que ampliasse suas funções. Sempre recusava. Era ruim o bastante estar