Era pra ter finalizado no sábado, mas desde quinta tô resolvendo problemas atrás de problemas e atrasei as revisões. Se tudo der certo, oremos que sim, só mais três capítulos e acabo mais um livro. E depois tirarei um descanso pra trabalhar o próximo, de forma a ter mais capítulos diários e finalizar rápido. Como autora sei que sofremos pra postar direitinho e sem erros, como leitora entendo a ansiedade por mais capítulos e rapidez em finalizar. <3
A tensão na sala de estar da mansão dos Hoffmann era palpável. Anya apertou Max no colo, sentindo o pequeno corpo tremendo levemente. Nikolas estava ao seu lado, a presença calma e determinada oferecendo-lhe o suporte que precisava para enfrentar o pai barrando seu caminho.Ele deu um passo ameaçador em direção a Anya.— Faço e desfaço leis com facilidade, controlo quem eu quiser. Vocês não vão tirá-lo de mim — ele afirmou autoritário, carregando cada palavra com uma ameaça explícita. — Ele é um Hoffmann, deve ficar aqui, sob minha proteção.Anya ergueu o queixo, abraçando Max ainda mais forte. Sentia o calor e a respiração do menino contra seu peito lhe dar coragem.— Pai, a lei está do meu lado agora. Max é meu filho. Como mãe, tenho o direito de estar com ele. — Indicou o documento judicial que Nikolas carregava. — Este documento me garante a guarda provisória. Liam logo será condenado, e quando isso acontecer, ele perderá qualquer direito sobre Max.— Já disse que não ligo. Ele fi
Por insistência de Max, Anya o levou ao hospital particular em que Klaus foi internado.Segurando a mão de Max, que olhava ao redor com curiosidade, Anya entrou no quarto amplo e bem iluminado, com janelas grandes que permitiam a entrada de luz natural. Klaus Hoffmann, outrora uma figura imponente, agora estava deitado, imóvel, em uma cama hospitalar cercada por máquinas que monitoravam seus sinais vitais. O rosto, antes severo, parecia pálido e cansado, os cabelos grisalhos contrastando com a brancura dos lençóis.— Vovô ainda tá dormindo, mamãe — Max disse ao se aproximarem do homem desacordado, seus olhos azuis se enchendo de preocupação. — Vovô continua doente, mamãe?Elisa, que estava sentada ao lado da cama, levantou-se e se aproximou do neto.— Ele está descansando, querido — disse com um sorriso reconfortante, embora seus olhos tristes denunciassem a gravidade real do estado do marido. — O vovô precisa de muito descanso agora, mas com seu amor e carinho, ele vai ficar melhor.M
Era um dia perfeito para um casamento.No quarto, Nikolas se preparava para o grande momento e, diante do espelho, ajustava a gravata. Max, seu filho, estava ao lado, sentado na cama, balançando as perninhas enquanto observava o pai com curiosidade e admiração.Nikolas parou por um momento, observando pensativo sua imagem. O caminho até ali tinha sido longo e cheio de desafios, noites solitárias em que se perguntava se algum dia encontraria alívio para o insistente amor que Anya despertou nele. As dúvidas, que o assombrou por tanto tempo pareciam, agora, insignificantes. O que sempre prevaleceu, acima de tudo, foi o amor que sentia por ela — um amor que nunca esmoreceu, apesar de todas as mentiras criadas para se odiarem.Max interrompeu seus pensamentos, levantando-se da cama e se aproximando.— Papai, você está bonito — disse o menino sorrindo.Nikolas sorriu de volta, abaixando-se para ficar na altura do filho.— Obrigado, filho! — Olhou o menino de cima a baixo com aprovação — E vo
Para a comemoração de seis anos de Maximilian, o jardim da mansão dos Oliveira estava novamente em festa. Decoração colorida e balões enfeitavam o espaço, uma longa mesa estava coberta de doces, salgados e um enorme bolo, decorado do desenho animado favorito dele, estava no centro. As risadas infantis enchiam o ar. Enquanto as crianças corriam e brincavam, os adultos conversavam e aproveitavam os comes e bebes.Anya e Nikolas observavam Max brincar ao longe, se divertindo com os amigos na companhia inseparável de sua avó coruja, Clara. Com a cabeça encostada no ombro do marido, sentindo o conforto dos baços dele ao seu redor, seguia a animação do filho com um terno sorriso nos lábios.Aquela festa era mais que a celebração do aniversário de Max, era a comemoração de mais uma vitória: Max agora estava oficialmente registrado como Maximilian Hoffmann Oliveira, e em seus documentos constava Nikolas como seu pai, como devia ter sido desde seu nascimento.A alegria de ver o filho com o nome
Caos, a vida de Anya Hoffmann era puro caos desde que cometeu o erro de cair no charme de Nikolas Oliveira, um aproveitador do pior tipo. As consequências de sua burrice não demoraram a explodir como fogos de fim de ano em sua cara, por isso estava quase sem ar, as pernas doloridas empreendendo uma corrida desenfreada em direção ao imponente prédio do escritório de advocacia O’Connor Direito Cível, onde seu divórcio e a custódia do filho seriam discutidos.Conseguiu sair mais cedo do trabalho ao aceitar descontos em seu já apertado salário, um pesado sacrifício para estar na reunião de conciliação no horário marcado. No entanto, o trânsito caótico entre a periferia e o centro da cidade conspirou contra ela. Estava atrasada, muito atrasada, constatou ao olhar as horas pela milionésima vez desde que abandonou o Uber, resignada, no meio do engarrafamento.Esbaforida, atravessou a porta giratória e se apresentou na recepção, trocando o peso de um salto para o outro e mordendo o lábio infer
Anya podia apontar um bom motivo para Nikolas sair do caso e não ficar contra ela na disputa de guarda do filho. No entanto, ressentida pelos traumas e manipulações dele no passado, não confiava nele. Além disso, temia aumentar os esforços para tirar o filho dela. Tensa, com as mãos suadas, sentou-se, respirou fundo e reuniu coragem antes de começar angustiada:— As acusações de Liam, meu ex-marido, são falsas. Não sou uma má influência para meu filho. Só quero o melhor para ele, e isso significa protegê-lo de Liam. Por favor, não continue no caso — explicou, optando por um caminho seguro até sentir confiança para revelar mais.Uma tensão palpável pairava no ar enquanto os dois se encaravam intensamente, o silêncio cortante aumentando o nervosismo de Anya. Sentia-se dividida entre o desejo de fugir e a necessidade de lutar por seu filho. A segunda opção venceu.Lembrava-se dos casos que assistiu Nikolas auxiliar quando eram estudantes. Ele era habilidoso, metódico e feroz, mesmo como e
Carregando o fracasso de fazer Nikolas ficar do seu lado, Anya retornou para casa, para a pensão humilde onde ocupava um pequeno cômodo. Dentro do ônibus, a poucos minutos de rever o filho, inspirou fundo, ergueu o queixo e determinou-se a ser forte, ter fé na justiça, que conseguiria vencer.Ao chegar à pensão bateu na casa de sua vizinha, uma senhora gentil que cuidava do pequeno Maximilian enquanto Anya trabalhava.— Chegou cedo — a idosa comentou ao abrir a porta, dando passagem para o animado menino.— Mamãe!Anya se abaixou para receber o abraço apertado do filho, os dedos sentindo a maciez dos cachos pretos.— Tive um compromisso e precisei sair antes — explicou erguendo-se com o menino nos braços. — Obrigada por cuidar do Max!— Ah, ele é um menino tão bonzinho, não me custa nada — disse acariciando as costas da criança. — Ele já tomou banho e comeu. — A idosa entregou para Anya a bolsa com os pertences do menino. — Coloquei uma vasilha com sopa de abobora dentro. Vai te fazer
Anya acordou cedo, como de costume, e começou a se preparar para mais um dia de trabalho árduo. Acordou Max beijando sua bochecha macia, os dedos fazendo cócegas em sua barriga, despertando-o entre risadinhas e queixas sonolentas.— Hora de levantar, Max!— Num quero... — ele reclamou puxando a coberta, o corpinho se encolhendo e evitando os olhos dela.— Mamãe tem que trabalhar! A tia Dolores está a sua espera. Não quer encontrá-la? — disse mencionando a bondosa vizinha que cuidava de Max com carinho.Mesmo resmungando, o menino sentou na cama, esfregando os olhos azuis iguais aos dela. Não se moveu, mas também não ofereceu resistência enquanto Anya o arrumava antes de saírem.Após vesti-lo, o levou para a casa da vizinha, em que foram recebidos com calorosos sorrisos e abraços. Dolores exalava o conforto e afeto que Anya nunca sentiu com os pais e o marido.— Por favor, entre, vamos tomar café juntas.O convidativo cheiro reconfortante de café fresco e pão recém assado pairava no ar.