Fantasia

Pamela

Era final de tarde quando ouvi a voz de Caleb me chamando do escritório dele. Eu já estava me preparando para ir embora, mas, claro, ele tinha outros planos.  

— Pamela, preciso que você venha aqui. Vamos revisar os balancetes do trimestre.  

Suspirei, recolhendo minhas coisas da mesa antes de seguir até sua sala.  

— Isso vai demorar? — perguntei, com um tom casual, mas já sabendo a resposta.  

— Provavelmente a noite toda — ele respondeu sem desviar os olhos dos papéis.  

Ótimo. Lá se ia meu plano de voltar para casa, tomar um banho quente e me distrair com qualquer coisa que não envolvesse números ou Caleb Belmont.  

Mas a verdade? A verdade é que uma parte de mim queria exatamente aquilo. Ficar presa naquele escritório com ele, sozinhos, até tarde. Meu coração disparava só de pensar em passar mais algumas horas ao lado dele, mesmo que fosse para trabalhar.  

Infelizmente, o que eu queria de verdade — uma noite com meu chefe, mas não revisando balancetes — não estava nos planos.  

— Tudo bem. Vou buscar um café — murmurei.  

Eu precisava de algo que me mantivesse acordada... e longe de pensamentos perigosos.

As horas se arrastaram, o relógio marcando implacavelmente em direção à noite. Toda vez que nossos olhos se encontravam do outro lado da sala, eu sentia — uma tensão tão espessa que poderia ter sido cortada com uma faca. O que aconteceria naquela reunião? Ele notaria como eu me demorava nele, como minha respiração engatou quando ele se inclinou para anotar algo? Ele finalmente reconheceria a eletricidade entre nós?

Minha mente vagou enquanto eu terminava a última das minhas tarefas. E se... O pensamento surgiu sem ser convidado, enviando uma onda de calor direto para o meu clitóris. E se ele soubesse? E se ele visse através de mim, além do profissionalismo, além das paredes cuidadosamente construídas? E se ele me quisesse tanto quanto eu o queria?

Fechei os olhos por um momento, deixando a fantasia tomar conta. Na minha mente, estávamos sozinhos no escritório, o zumbido do ar condicionado era o único som além das batidas do meu coração. Ele se levantou de repente, seus movimentos deliberados, predatórios. Minha respiração ficou presa enquanto ele andava ao redor da mesa, seu olhar nunca deixando o meu.

— Pamela, ele murmurou, sua voz baixa e áspera. Oh Deus. — Você acha que eu não te vejo? Você acha que eu não sei o que você quer?

Abri minha boca para protestar, para negar, mas nenhuma palavra saiu. Sua mão agarrou meu pulso, me puxando para ficar de pé. Nossos corpos estavam a centímetros de distância agora, seu calor irradiando para mim. Eu podia sentir seu cheiro — aquela mistura inebriante de colônia e suor que deixava meus joelhos fracos.

Antes que eu pudesse processar o que estava acontecendo, ele me girou, me pressionando contra a mesa. Seu corpo pressionou o meu por trás, sua respiração quente contra meu ouvido. — Você está me deixando louco. — ele rosnou, suas mãos vagando pelos meus quadris, minha cintura. — Todos esses anos, observando você, querendo você...

Eu engasguei quando seus dedos deslizaram por baixo da bainha da minha saia, subindo pela minha coxa. Isso não pode ser real. Mas, oh, como eu queria que fosse. Seu toque era firme, possessivo, acendendo cada terminação nervosa em chamas. Minhas costas arquearam quando ele alcançou a renda da minha calcinha, me provocando com carícias leves como penas.

— Caleb.— eu choraminguei, a palavra escapando antes que eu pudesse impedi-la. Ele riu sombriamente, seus lábios roçando contra a minha nuca.

— Diga de novo— ele exigiu, seus dedos mergulhando sob o tecido, me encontrando molhada e dolorida por ele. Eu gemi, incapaz de me conter enquanto ele circulava aquele ponto sensível, extraindo sensações que me deixavam tremendo.

— Por favor.— eu implorei, minha voz quase um sussurro. Ele empurrou minha calcinha para o lado, seu pau pressionando contra mim, grosso e pronto. Estremeci quando ele entrou em mim em um movimento suave, me preenchendo completamente. A mesa rangeu sob nosso peso, mas nenhum de nós se importou. Tudo o que importava era isso — ele, dentro de mim, se movendo com um ritmo que me fez gritar em êxtase.

Suas mãos agarraram meus quadris, me segurando firme enquanto ele me fodia forte e rápido, cada estocada enviando ondas de choque de prazer pelo meu corpo. — Você é minha, Pamela. — ele rosnou, sua voz cheia de necessidade crua. — Diga.

— Eu sou sua.— eu engasguei, a palavra arrancada de mim enquanto ele penetrava mais fundo, mais forte. Minha visão turvou, meu mundo inteiro reduzido à sensação dele, ao som de sua respiração, à maneira como seu corpo se movia contra o meu. Eu estava perto, tão perto...

— Pamela! — O tom agudo de sua voz me trouxe de volta à realidade. Meus olhos se abriram e me vi sentada na minha mesa, meu rosto corado, meu coração acelerado. Caleb estava parado na minha frente, com a testa franzida de preocupação.

— Está tudo bem? Estou chamando você há um tempo e você nem percebeu.

Engoli em seco, lutando para me recompor. — Sim, senhor, consegui dizer, forçando um sorriso. — Por que não estaria?

Ele me estudou por um momento, sua expressão ilegível.

— Tudo bem então! Peça o jantar! Ele disse com sua voz fria, voltando a não se importar comigo.

Controle-se, Pamela, eu me repreendi silenciosamente. Me levantei e fui até a minha mesa, pedi o jantar para nós dois. 

Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >

Capítulos relacionados

Último capítulo