PamelaO silêncio dentro do elevador era quase sufocante.Caleb me observava com aquele olhar intenso, penetrante, enquanto eu tentava manter a compostura. Mas era impossível.Meus dedos se apertavam contra a barra metálica do elevador, e eu sentia meu coração martelando dentro do peito.— Então, Pamela… — A voz dele quebrou o silêncio, baixa e carregada de significado. — O que exatamente você ouviu sobre a minha esposa?Engoli em seco e tentei parecer indiferente.— Algumas coisas…Ele arqueou uma sobrancelha.— Algumas coisas?Suspirei. Ele não ia deixar passar.— Ouvi que ela é rica — respondi, evitando seus olhos. — Que é superficial. Esnobe…Ele soltou uma risada seca.— E você acha isso engraçado?Neguei rapidamente.— Não, claro que não!Os olhos dele se estreitaram.— Isso não é nada bom, Pamela.O elevador parou no meio do caminho, alguém havia chamado, e as portas se abriram para um grupo de funcionários. Mas ninguém entrou.Caleb apenas os encarou com aquele olhar de dono d
PameçaO som da água ainda pingando do chuveiro ecoava pelo banheiro enquanto Caleb saía, apenas com uma toalha enrolada na cintura.Meu olhar imediatamente foi para seu peito largo e definido, onde gotículas de água escorriam lentamente, contornando os músculos e descendo em direção à toalha amarrada em seus quadris.Meu Deus.Minha boca ficou seca.Caleb passou a toalha pelos cabelos molhados, sem pressa, e quando ergueu o olhar para mim, seus olhos verdes brilharam com algo perigoso.— Pamela — sua voz saiu rouca, firme. — Me diz por que você não quer que saibam que nós nos casamos.O choque da pergunta me fez despertar do transe.Respirei fundo, tentando organizar meus pensamentos.— Porque você é o CEO da empresa — respondi. — Se souberem, vão me tratar diferente.Ele franziu a testa.— Mas é para tratar mesmo — ele rebateu, como se fosse óbvio. — Você é minha esposa, Pamela. É necessário que te tratem diferente.— Mas eu não quero isso! — Minha voz saiu mais alta do que eu prete
PamelaO mundo virou de cabeça para baixo quando Caleb me pegou no colo e me jogou na cama.Eu soltei um pequeno grito de surpresa antes de cair sobre os lençóis macios.Antes que eu pudesse processar o que estava acontecendo, ele estava sobre mim, seus olhos verdes brilhando com pura fome.— Você acha que pode me provocar daquele jeito e sair impune? — ele murmurou, sua voz rouca e carregada de desejo.Meu coração disparou.Antes que eu pudesse formular uma resposta, ele me beijou.O beijo começou intenso, possessivo.Os lábios de Caleb eram quentes e exigentes, pressionando-se contra os meus, como se quisesse me consumir por inteiro.Suas mãos desceram pela minha cintura, me puxando ainda mais para perto, e eu cedi completamente.Minha pele se aqueceu quando seus dedos deslizaram por minhas costas, traçando um caminho de fogo por onde passavam.Deus, aquilo era bom.Meus dedos se enterraram em seus cabelos úmidos enquanto ele aprofundava o beijo, explorando minha boca com a língua,
PamelaEu cruzei as pernas e apertei os dedos contra o tecido macio do sofá, tentando conter a inquietação que tomava conta do meu corpo.Quem era essa mulher?E, mais importante… o que ela queria com Caleb?Carol estava sentada à minha frente, seu olhar fixo em mim, avaliando cada detalhe como se eu fosse um quebra-cabeça que ela precisava decifrar.Eu mantive meu rosto impassível, recusando-me a ser a primeira a desviar o olhar.Foi então que Caleb saiu do quarto.Agora vestido, ele parou no meio da sala e nos encarou.Por um instante, parecia decidir onde iria se sentar.Eu prendi a respiração.Se ele se sentasse ao lado dela…Mas então, sem hesitar, ele veio até mim e se sentou ao meu lado.Um sorriso involuntário surgiu em meus lábios.Carol arqueou uma sobrancelha e soltou um riso irônico.A tensão no ambiente era quase palpável.— Então, Carol — Caleb começou, cruzando os braços. — A que devo essa visita inesperada?Ela inclinou a cabeça, os lábios pintados de vermelho curvand
CalebMeu mundo estava desmoronando, mas eu ainda não sabia exatamente como lidar com isso.Carol estava mentindo? Ou eu realmente tinha um filho e fui privado dessa verdade por cinco anos?Eu sentia meu corpo quente, meu coração martelando dentro do peito como se estivesse tentando me alertar de alguma coisa.Minha mente gritava. Meu peito doía.E então, com um olhar duro e uma respiração carregada, eu fiz o que precisava ser feito.— Vá embora, Carol.Ela hesitou.— Caleb…— Eu disse para ir embora.Dessa vez, minha voz saiu mais baixa, mais carregada, e eu vi seu corpo se retesar.Ela apertou os lábios, pegou a bolsa e, antes de sair, lançou-me um último olhar.— A gente ainda vai falar sobre isso.Eu não respondi.Não confiei na minha voz.A porta se fechou.E então, o peso da revelação caiu sobre mim com força total.Comecei a andar de um lado para o outro, incapaz de ficar parado.Minhas mãos passavam pelos cabelos, minha mente rodava em círculos.Eu sentia um nó se formando no
PamelaA raiva queimava dentro de mim como uma fogueira descontrolada.Eu estava na nossa casa. Sozinha.Enquanto Caleb?Fora.Atrás da ex-noiva. Ou sei lá pra Deus sabe onde.Eu não conseguia acreditar.Ele simplesmente saiu.Sem se preocupar comigo.Sem pensar em como eu me sentiria com isso. Nem teve a decência de perguntar se eu me incomodava com isso. Independente do nosso relacionamento ser por contrato ou não. Ainda somos casados.O relógio já marcava 23h, e ele ainda não tinha voltado.A minha paciencia já tinha se esgotado completamente. Fiquei esperando ele voltar a noite inteira. Fiz o jantar, comi, tomei um banho, fiz tudo o que podia para matar o tempo, e nada dele aparecer.Eu não seria feita de trouxa. Não mais.Andei de um lado para o outro na sala, sentindo a fúria crescer dentro de mim.As horas passavam lentamente, cada minuto aumentando meu desgosto pela situação.Onde ele estava?O que ele estava fazendo?— Aposto que com ela — murmurei para mim mesma, cruzando os
PamelaEu dirigia pela estrada escura, as mãos firmes no volante, sentindo a raiva borbulhar dentro de mim.Eu não podia acreditar que isso estava acontecendo.Primeiro, Caleb desaparece para ir atrás da ex.Agora, Nicolas me liga para buscá-lo porque ele está completamente bêbado.Ótimo. Só pode ser uma piada.Revirei os olhos, pisando fundo no acelerador.Já não bastava eu ter que cuidar dele quando era apenas sua assistente.Agora, como sua esposa, aparentemente eu tinha me tornado sua babá oficial.Patético.Se ele achava que ia passar por essa noite sem ouvir umas boas verdades… estava muito enganado.Quando cheguei ao bar, o lugar já estava mais vazio, algumas poucas pessoas espalhadas pelas mesas e um som baixo tocando ao fundo.Nicolas estava parado ao lado de uma mesa no canto, com os braços cruzados e um olhar exasperado.E ali estava ele.Caleb Belmont.O poderoso CEO, totalmente derrotado pelo álcool.Ele estava largado sobre a mesa, com os olhos meio abertos e um sorriso
PamelaAcordei com uma sensação estranha.Algo quente e pesado me envolvia.Meu corpo estava sendo esmagado.Pisquei algumas vezes, sentindo meu rosto contra o travesseiro, e tentei me mexer… mas não conseguia.Foi então que percebi.Caleb estava abraçado a mim.Minhas costas estavam pressionadas contra seu peito, seus braços fortes me apertando como se eu fosse um maldito travesseiro de corpo.E, para piorar, eu estava só de lingerie.Lembrei vagamente de ter tomado um banho rápido antes de cair na cama de pura exaustão.Mas como diabos ele veio parar aqui?!Minha paciência já tinha se esgotado na noite passada.Eu não ia acordá-lo de forma gentil.Com toda a força, empurrei Caleb para longe.Ele se desequilibrou, soltou um grito e caiu da cama com um baque alto.Sorri satisfeita.Ele merecia.— Mas que porra…? — Caleb resmungou do chão.Me levantei sem dizer uma palavra e fui direto para o banheiro, pisando firme.— Bom dia pra você também, Pamela! — ele exclamou com ironia.Revirei