Nate e Clarisse são melhores amigos e acabam começando a se relacionar de uma maneira inusitada. Nessa história, iremos acompanhar 10 capítulos do amor de Nate e Lisse e os 10 motivos pelos quais eles se amam. É uma antologia de 10 contos que vão passar pela vida sexual e romântica do casal, sem ligação de tempo e espaço entre eles. A cada capítulo, uma história diferente que pode acontecer logo a seguir da anterior ou com semanas, meses de diferença entre elas.Quando Nataniel devolve um objeto que Clarisse emprestou para sua irmã, o professor responsável pela Central de apoio aos alunos homossexuais da escola questiona sua sexualidade. Nate fica em perigo e sua princesa no cavalo branco resolve resgatá-lo da sala onde acabou ficando trancado. E assim, com uma brincadeira entre melhores amigos, Lisse começa a fazer piadas sobre duvidar da heterossexualidade de Nate... E agora ele precisa provar que ela está errada.
Ler mais— Sim — ela disse. Eu suspirei, quase aliviado. Ela olhou para mim e sorriu da forma mais linda que existia. Eu não entendia, nunca entendi como ela conseguia ser tão linda; como conseguia mexer tanto comigo; como conseguia fazer coisas estranhas acontecerem ao meu estomago, só com o seu sorriso. — E eu vos declaro marido e mulher — o Padre anunciou. — Pode beijar a noiva. Finalmente! Eu olhei para ela e ela estava aos prantos. Não entendi por que estava chorando. Então ela sorriu lindamente pra mim e passou o dedão pelas minhas bochechas, me fazendo perceber que eu também havia chorado. Ah tá. Levantei seu véu, secando suas lágrimas da mesma forma que havia feito com as minhas. Eu só conseguia pensar que agora era minha mulher. Só minha. Mãe do meu filho. Curvei-me e encostei meus lábios nos dela, sentindo-a passar os braços pelo meu pescoço. Levantei-a no ar e girei-a, fazendo-a encerrar o beijo para soltar uma gar
— Ei! — ouvi, da minha janela.Toc.— Lisse, eu tô aqui!Grunhi, me mexendo na cama. Eu mal conseguia dormir e ainda ficavam fazendo escândalo na minha janela? Iria mandar alguém ir à merda se eu acordasse com olheiras e ficasse ouvindo a maquiadora reclamar disso pelo resto da manhã e da tarde.Toc.— Lisse? Por favor, eu tô aqui.Toc.Toc.Crash.CRASH?!?!?!?!Eu me levantei em um salto e, coçando os olhos, encarei os restos mortais do vidro da minha janela no chão, estilhaçado. No meio daqueles cacos, uma pedra.— Mas o quê? — questionei, com a voz uma oitava mais aguda.Calcei meu chinelo e me arrastei até a beira da janela, onde não havia sobrado um nada de vidro. Curvei-
Doze dias.Duzentas e oitenta e oito horas.Dezessete mil e duzentos e oitenta minutos.Um milhão, trinta e seis mil e oitocentos segundos.Sem Nate.Para completar, meu corpo parecia estar estranhando o meu emocional sem Nate e estava recusando comidas que normalmente mataria para poder comer. Estava fraca, enjoada e desfalecendo.Não contei a Nate o que estava acontecendo comigo porque não queria deixá-lo preocupado e fazendo shows ruins em sua primeira turnê por minha causa. Nem devia ser nada demais, podia ser que eu estivesse estressada com o começo da faculdade.Botei na minha cabeça que era tudo culpa das minhas aulas e da minha nova péssima alimentação, além das noites que passava em claro sentindo falta dos braços de Nate ao meu redor. Talvez eu apenas devesse perguntar a ele se sentia-se tão fraco quanto eu, já que estamos dormin
Precisava confessar que acordar foi caótico. Era o que acontecia quando você resolvia comemorar o primeiro lugar nas rtádios da banda do seu namorado com ele e seus três amigos malucos. No meio da comemoração com a banda, o churrasco virou pizza e a pizza virou um vira-vira infinito de vários tipos de bebida alcóolica. Eu nem ao menos sabia aonde estava quando acordei e demorou um pouco até que eu conseguisse juntar os pontos do começo da comemoração, no meio da tarde, até o meu acordar, com um grande buraco no meio da noite, apagado pela quantidade de álcool ingerida. Por Deus, estava vestida, agradeci quando me levantei. Isso significava que eu e Nate havíamos bebido o suficiente para nos ignorarmos e cairmos na cama pra dormir. Isso também significava que minha cabeça, que parecia gritar de tanto que doía nesse momento, me perturbaria pelo resto do dia se não fosse comer e tomar um comprimido para acalmá-la nesse segundo. Prendi meu cabelo com uma
— Cuidado com isso — cantarolei, vendo Nate carregar uma das caixas da mudança.Caixa que continha meu abajur favorito, que ganhara da minha avó aos cinco anos de idade.Nate parou no batente da porta, encostando a caixa nele para poder olhar o que tinha dentro.— Que buginganga é essa? — perguntou.Meus braços começaram a reclamar demais do peso que estava carregando.— Sai da frente, Nate, está pesado — reclamei.— Vamos trocar — propôs, puxando a minha caixa e tentando fazer a troca em meio à confusão que estava.— Não, Nate, sai da frente! — gargalhei— Mas você disse que o seu tá pesado, eu disse pra você não carregar nada pesado — ele continuava na frente, me impedindo de passar.— Nate — cantarolei, me controlando para não xing&aac
Ele me chamou com o dedo e eu respirei fundo, caminhando até ele. — Como você consegue? — soltei, sem ar. Ele riu, me puxando pela cintura para um abraço, que consegui ficar sem por mais de dois meses. Eu respirei todo o perfume que podia, o que fez meu corpo todo estremecer por intoxicação com o contato intenso após a escassez extrema. — Eu só me acostumei! — sussurrou com a voz falha. Parecia que alguém estava com tantos problemas quanto eu. A porta se abriu com um estrondo. Achava que Nate a tinha chutou enquanto grudava nossos lábios com extrema urgência. Mesmo assustada com a repentinidade (e eu acho que nunca vou me acostumar com ela) da atitude inesperada, logo agi, passando minhas pernas pela cintura dele. Nate me fez gemer, apertando minhas coxas com força e me imprensando na parede, fechando a porta com a mão que ficara livre. Mas era claro que ela ficar livre momentaneamente não significava que não iria se divertir. — Senti
Eu não sabia exatamente a hora que ele viria me buscar aqui em casa, então me levantei da cama às oito da manhã, apesar de não ter dormido. E, assim que tomei coragem para sair do quarto, resolvi colocar em prática os pensamentos que povoaram minha mente por toda aquela madrugada: contar para minha mãe sobre os últimos acontecimentos. Meu relacionamento com a minha mãe era bom, sempre fôramos só nós duas desde que meu pai e ela se separaram e ele sumiu no mundo. Enrtão, ela tentava ser próxima e ser minha amiga, buscando compreender minhas confusões; Não era comum que brigássemos, mas acontecia. Quando contei-lhe sobre Nate, ela ficou zangada comigo por ter sido tão irresponsável e ter feito pouco caso de algo tão importante quanto a minha primeira vez, disse que era sorte minha que Nate era um bom garoto, que tinha cuidado de mim e tentado reverter a situação assim que soubera. Ela ficou indignada que eu continuei a dizer que não era nada demais e ficou bem óbvio qu
Sacudi a gilete no pequeno pote de água e admirei minhas pernas sem pelos. Depois do dia de ontem, era a única coisa que tinha povoado minha mente e eu mal via a hora de poder me livrar daquilo. Suspirei aliviada, olhando o relógio apenas para verificar que estava atrasada para o colégio, mas era proposital.Minha esperança era que Nate pudesse ter resolvido o problema com o professor César, desfazendo o mal-entendido e que não precisássemos bolar um plano B, que incluía fazer piadas sobre nossas sexualidades e nos agarrar na frente de toda a escola, o que eu achava que seria um pouco constrangedor.Com um suspiro cansado, peguei minha mochila e saí para minha caminhada de quinze minutos até a escola; sabia que era uma pessoa sortuda por morar assim tão perto, tinham colegas meus que demoravam meia hora de ônibus pra chegar. Entrei no portão da instituição com
— Senta aí — Nate ordenou, apontando para o sofá, enquanto fechava a porta de a casa. Foi com lentidão que me encaminhei para o sofá, sentindo a ardência no meio das minhas pernas, mas tentando disfarçar para que Nate não ficasse com mais arrependimento do que já estava. — Eu acho que preciso ir ao banheiro — pedi. Nate estava me observando andar e achei que tinha percebido meu desajeito ao caminhar. Estava de cara amarrada quando me mostrou o caminho até o banheiro e eu entrei, fechando a porta sem encará-lo, um pouco envergonhada. Sentei na privada e verifiquei que estava com uma pequena mancha de sangue na minha calcinha, em um vermelho mais vivo do que se estivesse menstruada; ao fazer xixi, a ardência me fez dar um pulo que quase cheguei no teto. Precisei me lavar com um pedaço de papel higiênico que molhei na pia para aliviar-me. Aproveitei para lavar o rosto antes de sair do banheiro aos tropeços. Nate estava me aguardando encostado na parede e