Ele me chamou com o dedo e eu respirei fundo, caminhando até ele.
— Como você consegue? — soltei, sem ar.
Ele riu, me puxando pela cintura para um abraço, que consegui ficar sem por mais de dois meses. Eu respirei todo o perfume que podia, o que fez meu corpo todo estremecer por intoxicação com o contato intenso após a escassez extrema.
— Eu só me acostumei! — sussurrou com a voz falha. Parecia que alguém estava com tantos problemas quanto eu.
A porta se abriu com um estrondo. Achava que Nate a tinha chutou enquanto grudava nossos lábios com extrema urgência. Mesmo assustada com a repentinidade (e eu acho que nunca vou me acostumar com ela) da atitude inesperada, logo agi, passando minhas pernas pela cintura dele.
Nate me fez gemer, apertando minhas coxas com força e me imprensando na parede, fechando a porta com a mão que ficara livre. Mas era claro que ela ficar livre momentaneamente não significava que não iria se divertir.
— Senti
— Cuidado com isso — cantarolei, vendo Nate carregar uma das caixas da mudança.Caixa que continha meu abajur favorito, que ganhara da minha avó aos cinco anos de idade.Nate parou no batente da porta, encostando a caixa nele para poder olhar o que tinha dentro.— Que buginganga é essa? — perguntou.Meus braços começaram a reclamar demais do peso que estava carregando.— Sai da frente, Nate, está pesado — reclamei.— Vamos trocar — propôs, puxando a minha caixa e tentando fazer a troca em meio à confusão que estava.— Não, Nate, sai da frente! — gargalhei— Mas você disse que o seu tá pesado, eu disse pra você não carregar nada pesado — ele continuava na frente, me impedindo de passar.— Nate — cantarolei, me controlando para não xing&aac
Precisava confessar que acordar foi caótico. Era o que acontecia quando você resolvia comemorar o primeiro lugar nas rtádios da banda do seu namorado com ele e seus três amigos malucos. No meio da comemoração com a banda, o churrasco virou pizza e a pizza virou um vira-vira infinito de vários tipos de bebida alcóolica. Eu nem ao menos sabia aonde estava quando acordei e demorou um pouco até que eu conseguisse juntar os pontos do começo da comemoração, no meio da tarde, até o meu acordar, com um grande buraco no meio da noite, apagado pela quantidade de álcool ingerida. Por Deus, estava vestida, agradeci quando me levantei. Isso significava que eu e Nate havíamos bebido o suficiente para nos ignorarmos e cairmos na cama pra dormir. Isso também significava que minha cabeça, que parecia gritar de tanto que doía nesse momento, me perturbaria pelo resto do dia se não fosse comer e tomar um comprimido para acalmá-la nesse segundo. Prendi meu cabelo com uma
Doze dias.Duzentas e oitenta e oito horas.Dezessete mil e duzentos e oitenta minutos.Um milhão, trinta e seis mil e oitocentos segundos.Sem Nate.Para completar, meu corpo parecia estar estranhando o meu emocional sem Nate e estava recusando comidas que normalmente mataria para poder comer. Estava fraca, enjoada e desfalecendo.Não contei a Nate o que estava acontecendo comigo porque não queria deixá-lo preocupado e fazendo shows ruins em sua primeira turnê por minha causa. Nem devia ser nada demais, podia ser que eu estivesse estressada com o começo da faculdade.Botei na minha cabeça que era tudo culpa das minhas aulas e da minha nova péssima alimentação, além das noites que passava em claro sentindo falta dos braços de Nate ao meu redor. Talvez eu apenas devesse perguntar a ele se sentia-se tão fraco quanto eu, já que estamos dormin
— Ei! — ouvi, da minha janela.Toc.— Lisse, eu tô aqui!Grunhi, me mexendo na cama. Eu mal conseguia dormir e ainda ficavam fazendo escândalo na minha janela? Iria mandar alguém ir à merda se eu acordasse com olheiras e ficasse ouvindo a maquiadora reclamar disso pelo resto da manhã e da tarde.Toc.— Lisse? Por favor, eu tô aqui.Toc.Toc.Crash.CRASH?!?!?!?!Eu me levantei em um salto e, coçando os olhos, encarei os restos mortais do vidro da minha janela no chão, estilhaçado. No meio daqueles cacos, uma pedra.— Mas o quê? — questionei, com a voz uma oitava mais aguda.Calcei meu chinelo e me arrastei até a beira da janela, onde não havia sobrado um nada de vidro. Curvei-
— Sim — ela disse. Eu suspirei, quase aliviado. Ela olhou para mim e sorriu da forma mais linda que existia. Eu não entendia, nunca entendi como ela conseguia ser tão linda; como conseguia mexer tanto comigo; como conseguia fazer coisas estranhas acontecerem ao meu estomago, só com o seu sorriso. — E eu vos declaro marido e mulher — o Padre anunciou. — Pode beijar a noiva. Finalmente! Eu olhei para ela e ela estava aos prantos. Não entendi por que estava chorando. Então ela sorriu lindamente pra mim e passou o dedão pelas minhas bochechas, me fazendo perceber que eu também havia chorado. Ah tá. Levantei seu véu, secando suas lágrimas da mesma forma que havia feito com as minhas. Eu só conseguia pensar que agora era minha mulher. Só minha. Mãe do meu filho. Curvei-me e encostei meus lábios nos dela, sentindo-a passar os braços pelo meu pescoço. Levantei-a no ar e girei-a, fazendo-a encerrar o beijo para soltar uma gar
Esse livro é uma coletânea contando momentos especiais (+18) na vida dos personagens, que juntam as 10 razões pelas quais se apaixonaram. Há passagens de tempo entre os capítulos e podem variar de exatamente após ao capítulo anterior até meses. Nate e Clarisse são melhores amigos e acabam começando a se relacionar de uma maneira inusitada. Nessa história, iremos acompanhar 10 capítulos do amor de Nate e Lisse e os 10 motivos pelos quais eles se amam. É uma antologia de 10 contos que vão passar pela vida sexual e romântica do casal, sem ligação de tempo e espaço entre eles. A cada capítulo, uma história diferente que pode acontecer logo a seguir da anterior ou com semanas, meses de diferença entre elas.Quando Nataniel devolve um objeto que Clarisse emprestou para sua irmã, o professor responsável pela Central de apoio aos alunos homossexuais da escola questiona sua sexualidade. Nate fica em perigo e sua princesa no cavalo branco resolve resgatá-lo da sala onde
Estava tentando me concentrar no meu trabalho. Copiava, minha mente voava em descontração e acabava errando. Usava o corretor e continuava tentando me concentrar, mas sem muito sucesso. A culpa da minha desconcentração não era minha. Ele, ao meu lado, não parecia estar copiando o trabalho, embora escrevesse em seu caderno com bastante afinco. Minha curiosidade me corroía, porém eu não estava com coragem de perguntar o que era, não com o professor mais rígido da escola em sala. Ele sorria se divertindo enquanto rabiscava em seu caderno e eu não conseguia descobrir o que era nem esticando o meu pescoço para tentar averiguar. Ao perceber minha atenção, Nate abraçou o caderno para dificultar meu intento. Só consegui suspirar aliviada e relaxar quando a secretária da diretora pediu para o professor dar uma saída rapidinho. Arrumei-me na cadeira e virei a cabeça em direção a Nate. — O que você tá fazendo aí? Ele riu pela minha curiosidade descontrol
— Senta aí — Nate ordenou, apontando para o sofá, enquanto fechava a porta de a casa. Foi com lentidão que me encaminhei para o sofá, sentindo a ardência no meio das minhas pernas, mas tentando disfarçar para que Nate não ficasse com mais arrependimento do que já estava. — Eu acho que preciso ir ao banheiro — pedi. Nate estava me observando andar e achei que tinha percebido meu desajeito ao caminhar. Estava de cara amarrada quando me mostrou o caminho até o banheiro e eu entrei, fechando a porta sem encará-lo, um pouco envergonhada. Sentei na privada e verifiquei que estava com uma pequena mancha de sangue na minha calcinha, em um vermelho mais vivo do que se estivesse menstruada; ao fazer xixi, a ardência me fez dar um pulo que quase cheguei no teto. Precisei me lavar com um pedaço de papel higiênico que molhei na pia para aliviar-me. Aproveitei para lavar o rosto antes de sair do banheiro aos tropeços. Nate estava me aguardando encostado na parede e