Cap.4 encontro na boutique
3 semanas depois— Deixe a menina sair um pouco, venho observando-a e ela não faz nada de errado. — Pediu por telefone. — Eu vou lhe transferir determinado valor, mande-a comprar algo na butique.— Sim, senhor. — Concordou incomodado já que queria manter Dalila presa. Após a visita de Deméter, seu pai estava de bom humor então não havia maus tratos ou atitudes rigorosas, Dalila por sua vez vivia na biblioteca ou lendo no jardim nos fundos da casa debaixo da sacada do quarto do pai onde ele podia a observar e policiar tudo que ela estaria lendo.O velho seguiu silencioso até o quarto da menina que se penteava de forma delicada, enquanto buscava entre os frascos vazios de perfume desapontada. Dalila era bastante vaidosa e vivia se arrumando, seus grandes e espertos olhos de cor quartzo admiravam sua beleza em frente ao espelho, realmente era uma jovem com aparência alegre e delicada. Sorriu com seus lábios finos e levemente rosados em aprovação ao que via, usou um prendedor para amarrar seus cabelos castanhos longos de forma relaxada deixando cascatas em caracóis sobre as costas.Aurélio esbaforido, contorcendo sua cara em reprovação a aparência da menina, pois ela o lembrava tanto a sua mãe e era tão vaidosa quanto. Após o fim de sua relação conturbada, da qual sua filha tem tão pouco conhecimento, seu ódio recaiu sobre a menina que não tem mais sua única proteção.— Dalila! — A chamou de forma abrupta e aborrecida assustando a garota que se levantou repentinamente da cadeira derrubando um dos frascos de vidro.— Pai! — Falou assustada se inclinando para recolher os vidros, deixando acidentalmente um dos cacos escorregar de sua mão causando um pequeno corte superficial que fez respingar sangue sobre o carpete.— Hoje teremos uma visita especial, vou te apresentar uma pessoa. Vá e compre um presente para ela.— Uma mulher dessa vez? — Murmurou desanimada levantando-se com alguns cacos na mão enquanto seu dedo respingava sangue. O corte foi propositalmente ignorado pelo seu pai que achou satisfatório aquela situação e nem teve o trabalho de disfarçar.— Sim, aqui! Apenas deixe isso aí e vá! — Ordenou impaciente tirando-a do quarto, levando a garota rapidamente até a saída demonstrando grande ansiedade.— Ele sorriu quando me viu cortar o dedo? — Se perguntou confusa após ouvir o portão fechar a suas costas, mas deu de ombros e tentou não pensar muito a respeito enquanto seguia seu caminho animada. Nas proximidades do casarão de seu pai haviam outras casas, porém a de Aurélio era uma das mais chamativas por causa de seu grande jardim localizado na frente da casa.Ela seguia rapidamente ansiosa para visitar seus lugares favoritos, sendo um deles a padaria Sonho Real e seus famosos Croissants, mas logo desistiu quando lembrou do seu dedo e sua mão suja.Mesmo com muito sacrifício seguiu caminho, ao chegar na Dê Cores hesitou ainda na entrada do estabelecimento. A vitrine de vidro revelava produtos incríveis, os quais ela mal podia comprar, mas hoje seria um dia diferente. Entrou pomposa, mal percebendo que seu vestido estava com algumas manchas devido aos respingos do sangue, mas a animação era tão grande por conseguir finalmente sair que mal estava se importando.Antes que entrasse na butique ela atraiu olhares curiosos e encantados de rapazes que a viram parar em frente à loja, em especial de um homem que saia do cartório quase em frente a boutique, alto e elegante portava uma expressão hipnotizada enquanto olhava para a garota do outro lado da rua.Dalila entrou no estabelecimento e começou a olhar cada produto com empolgação enquanto ele a observava discretamente, seu olhar suave em sua direção demonstrava o quanto aquela imagem lhe trazia tranquilidade enquanto fazia uma parte de seu coração se sentir estranho, a ponto de não resistir e entrar na loja fingindo também escolher alguns produtos colocando-os na cestinha."Não sei se meu pai me deu dinheiro suficiente..." Pensou aflita, já que estava ansiosa por todas aquelas coisas, então começou a pegar cosméticos e perfumes de forma deliberada.— Bom... Quando eu vou poder fazer isso de novo? — Se perguntou sorrindo largamente, afinal estava na loja mais sofisticada e cara da cidade. Assim que seguiu em direção ao caixa o homem misterioso a seguiu com a sua cesta também observando-a furtivamente, enquanto a moça calculava o valor. Assim que terminou ela entregou o cartão a moça quase rezando enquanto as pernas tremiam, ele conseguia captar cada reação minúscula da garota ansiosa.— Compra negada. — Respondeu a moça indiferente de postura ereta sem encarar a mocinha.— Pode tentar de novo? — Pediu sentindo o estomago revirar de ansiedade ficando na ponta do pé fitando a tela do computador.— Negada novamente. — Disse virando o rosto olhando fixamente para a menina como se quisesse indicar para que ela não pedisse de novo, enquanto ela tentava não olhar ao redor sentindo-se envergonhada.— Ah!... — Suspirou conformada enquanto revirava os olhos. — Claro que ele não iria deixar mais do que o valor de um perfume. Papai pão duro! — Resmungou fazendo um bico irritado pegando um perfume na cesta. — Senhora, por favor... Tente passar só esse perfume. — Pediu quase em súplica cruzando os dedos.— Algo mais?— Esse... — Examinou a pequena cesta procurando algo que não fosse tão caro até que encontra o batom rosa cereja. — Pode passar! — Disse exibindo um sorriso de orelha a orelha.— Compra negada. — Disse apertando os lábios, apreensiva ao ver a expressão da menina cair enquanto o homem ao seu lado segurava o riso, não debochado, mas um sorriso gentil ao apreciar suas variadas caretas tristes e desapontadas e como poderia ficar linda em cada uma delas.— Senhora! — Chamou a atenção da moça do caixa demonstrando falsa impaciência. — Eu tenho que passar esses produtos, a minha esposa está esperando por eles. — Falou segurando o riso enquanto observava a garota correr os olhos pelas suas compras ficando perplexa.— Sim, senhor! — Falou quase em reverência enquanto se apressava para embrulhar o perfume da garota que saiu desanimada em seguida."Poxa! Eu deveria arrumar um marido rico... Como pode uma mulher precisar de tantos cosméticos? Deve ser muito feia." Resmungou em pensamento mal reparou que suas compras eram muito maiores que a do rapaz lá dentro, seguiu emburrada enquanto ia chutando as pedras no meio do caminho com sua sacola com o perfume que nem seria para ela.Sentou-se em uma pracinha em frente a sua padaria favorita observando a ‘vitrine’ com os croissants enquanto seu estômago roncava, ainda com um grande bico formado em seus lábios a garota descansou os cotovelos sobre o colo e relaxou o rosto amassando-o sobre suas palmas olhando fixamente a padaria.— Hum, esse cartão velho inútil, não deve nem passar um pão, ah!.. Estou faminta! — Resmunga sem perceber que o homem havia parado próximo a ela com um sorriso de orelha a orelha a ouvindo resmungar, então sentou-se do seu lado como se estivesse distraído, então ela virou seu rosto ainda apoiada sobre a palma o encarando com a sobrancelha franzida a fez parecer ainda mais engraçada com sua cara amassada pelas palmas.— Ah! — Falou como se tivesse acabado de se lembrar de algo. — Você pode olhar isso para mim? — Pediu colocando as sacolas do seu lado.— Tudo bem... — Concordou desanimada observando enquanto o homem atravessava a rua até a padaria e em poucos minutos voltar com uma delicada sacola de papel.— Hum… Que homem estranho, mas pelas comprar a mulher dele deve ter tanta sorte... — Murmurou mexendo discretamente na alça das sacolas tentando ver os cosméticos que tanto adorava. — Pensando bem, meu pai nunca foi gentil era sempre minha mãe quem comprava...— Voltei. — Avisou interrompendo seus devaneios.— Ok. — Falou indiferente voltando a ignora-lo.— Oi querida! — Começou a falar ao telefone atraindo a atenção de Dalila novamente. — Comprei os cosméticos que você queria. Como assim? — Começou a falar como se tivesse ouvido algo preocupante. — Ok... Entendo, te vejo em casa. — Finalizou a ligação demonstrando falso desânimo enquanto Dalila o observa.— Você ficou triste de repente... — Comentou observando-o enquanto voltava a descansar o rosto sobre as palmas das mãos.— Sim. — Suspirou desanimado. — Minha esposa disse que não precisa mais dessas coisas, terei que jogar tudo fora.— Jogar fora? — Perguntou estupefata, ficando imediatamente ereta enquanto o encarava descrente.— Sim! — Confirmou se divertindo com a expressão da garota.— Você é louco? Esses produtos são tão caros que meu pai até bloqueou o saldo do meu cartão de forma que eu comprasse apenas um perfume, que nem é para mim diga-se de passagem! — Resmungou com as mãos trêmulas. — Como ela pode dizer não para esses produtos tão... — Suspirou sem completar.— Você gosta tanto assim?— Óbvio, mas tenho um pai pão duro... — Resmungou com um bico sendo formado imediatamente em seus lábios.— Eu ia jogá-los fora, mas... — Falou tirando um pequeno band-aid do bolso. — Me dá a liberdade? — Perguntou mostrando o curativo, a menina retraiu-se um pouco escondendo a mão sob o vestido, então ele continuou apenas esperando. — Apenas deixe-me colocar o curativo. — Insistiu tocando em seu pulso e foi como se uma corrente elétrica passasse pelo seu dedo deixando-o surpreso, ainda assim não conseguia assimilar o porquê de simpatizar com a garota. Por fim, ela estendeu a mão deixando o dedo cortado estirado e ele colocou o curativo delicadamente. — Está vendo? Não doeu, eu tenho que ir agora. — Disse se levantando dando-lhe um sorriso branco e gentil em meio a barba mal crescida.— Obrigada... — Agradeceu apertando os lábios de vergonha mantendo a cabeça baixa para não o encarar.— Mas como é seu nome?— Dalila.— Meu nome é Vi... — Hesitou pensativo — Meu nome é Vitor, Adeus Dalila. — Se despediu entrando no estacionamento privado a alguns metros para em seguida sair em um carro que deixou Dalila perplexa.— Ah então deve ser por isso que ele queria jogar essas coisas todas fora, pessoas ricas são tão extravagantes. — Comentou relaxando no banco quando ele foi embora, mas logo voltando sua atenção para as sacolas. — Não acredito! Ele comprou meu pão favorito! — Arfou perdendo a postura pegando um dos croissants saboreando-o.Ela seguiu para casa saltitante enquanto comia todos os croissants, levando consigo suas sacolas mal percebeu que o carro a estava seguindo até a entrada de sua casa.— Inacreditável! — Sorriu descrente quando viu onde a menina morava. — Realmente pensei que tinha me livrado daquela mulher... — Apertou os lábios apreensivo com um sorriso discreto, ansiedade e incômodo pelo que estava pensando em fazer.— Apareceu alguma garota aqui? — perguntou Deméter acompanhado de seu filho Dimitri com cara de poucos amigos, como se estivesse sendo obrigado a está ali.— Uma garota? Não sei bem, várias garotas passarem por aqui.— Uma garota magra, estatura média, cabelos castanhos, 15 anos...— Vi algo parecido, ela esteve aqui e comprou um perfume, mas já foi embora faz alguns minutos. — Explicou meio receosa engolindo em seco ao perceber sua expressão dura.— Que má sorte, você me atrasou tanto que não consegui ver a pequena Dalia. — Comentou desanimado enquanto Dimitri parecia comemorar, ajeitando a gola da camisa dando uma piscadela para a moça do caixa que sorriu timidamente para aquele homem de aparência viril e elegante a sua frente.Cap.5 o dia que o inferno iniciou.Seu pai estava na sala sentado com os pés descansando sobre a pequena mesa de apoio com o jornal na mão quando Dalila disparou pela escada a fim de esconder todas as sacolas.— Quanto privilégio uma jovem garota pode ter, sabia que não precisava dar dinheiro a essa medíocre. — Resmungou demonstrando seu total incômodo. — Bom, ao menos vou ligar para dizer que o pouco limite foi um mal-entendido e agradecer pelos presentes. — Dizia enquanto discava o número.— Onde ela está? — Perguntou atendendo imediatamente.— Já chegou em casa.— Não conseguir chegar a tempo de vê-la, meu filho não estava muito animado com a ideia de conhecer a garota. — Então o senhor não a viu? — Perguntou curioso se levantando enquanto olhava em direção as escadas com os olhos em chamas de fúria.— Não, infelizmente quando cheguei ela havia ido embora.— Está bem.— Podemos marcar outro dia, no momento não estou com tempo, mas quero vê-la novamente.— Ok, até mais. — Desligou
cap.6Abriu a porta para que Esmeralda entrasse quando Dalila o avistou vindo em sua direção após fechar a porta de esmeralda, ela rapidamente abriu a porta do carro e entrou evitando sua ajuda, ele apertou os lábios em um sorriso divertido e voltou ao volante, a sua animação era aparente e nem mesmo ele entendia o porque da tal emoção.— Onde a senhorita esmeralda quer ir? — perguntou-a ao se sentar ligando o carro, enquanto buscava a garota pelo retrovisor, mas ela se mantinha encolhida atrás do banco do motorista.— Me leve ao centro, tem muitas lojas de bebês conhecidas — Pediu gentilmente, Dalila a olhou furtivamente e estranhou aquele olhar como se o conhecesse.— Então ao centro! Chegaram ao centro em quase meia hora, Vittorio andava ao lado de esmeralda sempre tão próximo, aquilo deixou Dalila com uma pulga atrás da orelha, porém não deu importância, seja o que fosse, ela agia como se não fosse da sua conta.Dalila diminuiu os passos, a fim de não ouvir nada do que conversava
Cap.7Após o nascimento dos bebês passaram-se três meses, não foram os melhores meses porém não foram conturbados como pensou que seria, apesar de não se alimentar direito e seus estudos terem sido realmente excluídos da sua vida. Ainda assim havia a biblioteca lugar no qual não era proibido frequentar, pelo menos ali.Aquele lugar era seu ponto de equilíbrio. Com a iluminação limitada, ar seco, uma grande mesa de leitura e uma luminária para dar melhor iluminação ao local onde as páginas iriam ser lidas, Dalila deitava-se sobre a mesa e relaxava em meio aos livros amontoados ao seu redor que eram lidos um por um gradativamente.Já fazia tempo que ninguém entrava na biblioteca, o cheiro de mofo às vezes era trazido pelo ventilador e mesmo que Dalila cuidasse do local ela não conseguia fazer isso com a frequência que precisava, além disso, o seu pai demitiu a maioria dos empregados deixando apenas a pobre Monalisa.Dalila por sua vez também foi obrigada a cuidar da grande casa, então a
Cap.8 Vittorio ganha a confiança de AurélioSua respiração era pesada e os pés descalços congelavam, mas ela continuava a correr incansavelmente, sabia que seu pai lhe maltrataria mesmo que não tivesse feito nada de errado.Conseguiu chegar até um posto de gasolina, mas não havia ninguém, mal parecia estar funcionando, a lojinha antiga estava fechada e o frio já estava sendo torturante até avistar um banheiro ao lado da loja.Porta pichada, a fechadura parecia não funcionar para trancar mas ela mal se importou apenas entrou, sua visão foi tomada pelas varias divisórias dos banheiros com as portas quebradas, as paredes minadas, limo acumulado, da pia não caia água, algumas nem tinham mais torneiras. Dalila andava pausadamente pelo chão úmido e grudento com crosta grossa, tinha certeza que esse lugar estava abandonado, mas não se importava apenas queria encontrar uma divisão que pudesse se esconder por alguns minutos até seu pai desistir.— Estou falando sério, eu vi uma garota entrar a
Cap.9 aceito o trabalhoAmbos os homens saíram do quarto e seguiram em silêncio pelo corredor, rapidamente Monalisa passou levando uma bacia com água e pano entrando no quarto de Dalila ainda enrolada no sobretudo, dormindo.Após molhar o pano começou ao menos limpar o rosto sujo da garota sem segurar o remorso e o asco, ela não sabia bem o que acontecera, mas torcia para que ela não estivesse machucada em meio a todo aquele sangue respingado.— Queria conversar com o senhor...? — Inquiriu seu nome.— Vittorio.— Senhor Vittorio! Fico feliz em te conhecer e me sinto agradecido por salvar a menina.— Qualquer um o faria. — Disse frívolo, enquanto acompanhava Aurélio que demonstrava desconforto com a presença forte que esse homem transmitia de impetuosidade.— Sim, mas foi o senhor que fez, acredito que seja segurança ou algo assim? — Perguntou curioso ao entrar no escritório.— Sim, eu sou segurança às vezes.— Sinto que você é alguém confiável, eu poderia solicitar seus serviços nessa
Cap.10— O que está comendo? — Perguntou Monalisa perplexa ao entrar no quarto trazendo o absorvente, Dalila parou de mordiscar o chocolate e a encarou com os olhos esbugalhados.— Não foi você?— Não! — Fez cara de pânico ainda de pé próxima à porta.— Mas... Você jogou aqui na cama.— Não foi eu, mas você parece está bem melhor.— Sim! Engoli um desses comprimidos, agora estou bem. — Disse mais disposta e animada.— Mas quem comprou essas coisas? — Perguntou pegando as outras duas barras restantes e a caixa do remédio aberta. — Será que foi Auro? — Impossível... — Foi quando lhe veio Vittorio em seu pensamento, então se sentou próxima a ela para cochichar. — Tem um homem na casa.— Um homem?!— Sim, parece ser o segurança, mas não sei quem é, parece que seu pai colocou ele para te vigiar. — Como se já não estivesse ruim. — Murmurou com semblante triste.— Não fique triste, faltam 4 meses para você fazer 18 e então poderá ir embora. — A garota suspirou desapontada.— Para onde, mo
Cap.11— Estou surpresa! — Comentou Esmeralda sentada sobre a mesa com o pé apoiado na cadeira entre as pernas de Vittorio. — Sei que planejamos isso a uns anos atrás, mas não sabia que você realmente vinha atrás de mim. — Disse arrogante.— Foi uma coincidência, mas não pretendia vir.— Auro me contou que aquela coisinha quase sofreu um estrupo e você matou os dois homens, é uma pena, agora você é um herói! — Bufou como se não tivesse gostado.— Mesmo sendo quem eu sou, nunca permitiria que fizessem algo do tipo no meu território.— Você se interessou por ela? Para salvá-la?— Está equivocada, ela nem sabe que eu a salvei, eu apenas vi uma garota em perigo não tem nada a ver com interesse.— Bom, estou feliz que esteja aqui, eu quero que essa garota vá embora! Auro vem lhe dando uma vida boa e tranquila, eu quero estragar isso.— Por quê?— Ela ficaria na casa até os 18 anos, mas Auro estendeu para mais um ano e eu não sei porque, algo relacionado a herança da mãe, mas não entendo.—
Cap.12 A obsessão de Vittorio A noite Dalila se arrumou com a ajuda de Monalisa que deixou a garota deslumbrante. Os convidados já estavam chegando, o casarão estava ficando cheio, as pessoas davam voltas pelo jardim.Vittorio também estava impecável, não se importou em estar vestido na sua forma natural, atraia olhares encantados das moças que o via enquanto ele apenas bebia com a cabeça ainda em Dalila deitada na grama, pensar nisso mexia com sua cabeça o tempo inteiro mesmo que quisesse evitar, era um caminho sem volta e piorou quando viu Dalila descer as escadas lenta e tímida enquanto dezenas de olhares lhe observava.— Não me diga ser essa a garota? — Perguntou o homem para Esmeralda.— Sim, agora a festa está começando. — Murmurou olhando a menina com inveja e maldade.— Vai ser uma honra dar prazer àquele diamante, ela me deixou excitado só de olhar. — Confessou animado. — Mas parece tão tímida.— Ela é, mas vamos animar um pouco.— Dalila! — Chamou-lhe uma voz que imediatame