Aquele dia parecia está sendo um pesadelo para Dalila que chorava em frente ao túmulo de sua mãe, ninguém conseguia explicar o que havia acontecido para que ela morresse tão repentinamente. Dalia sempre foi uma mulher cheia de vigor e saúde, mas, de repente, caiu doente. Dalila cuidou de sua mãe, enquanto via ela definhar e os médicos dizerem que ela estava muito mal e que não havia mais jeito para ela, mesmo que ela pensasse que poderia ser mentira, mas o que uma menina de quinze anos pode fazer? A menina mesmo tão jovem, já é tão bela quanto sua mãe era, aparência delicada e cabelos dourados com pares de olhos que mais pareciam dois topázios, ela é alta e magra de forma esbelta, não tinha muitas curvas, sua maior qualidade era a sua inteligência, Dalia a criava com valores e respeitos que uma moça deve ter por ela mesma, apesar da figura delicada, ela tinha boas habilidades com musica e até mesmo sabia lutar e usar bem seu corpo ao seu favor, ainda assim isso não significava muito
Capítulo 2 o jantar com Deméter O acordo foi firmado, a intenção de Aurélio era que Deméter viste a menina apenas quando fosse o momento de levá-la, que seria daqui a dois anos. — Agora que o acordo está firmado, quero que ainda amanha organize um jantar na sua casa. — Por que quer a ver tão rápido? — Pergunta com desconfiança. — Quero apenas dar uma olhada no produto e ter uma conversa breve com ela, afinal tenho direito, não voou levá-la, mas no acordo não diz nada que só devo a vê-la daqui a dois anos. — Está bem. — Concordou desconfiado, Deméter então fez sinal indicando a porta e o mordomo que ficara em pé próximo a ele quase imperceptível o conduziu até a saída. — Bom, amanhã vou finalmente saber quanto parecida ela é com Dália. — Comentou sozinho com um sorriso torto estampado no rosto. Enquanto isso a futura esposa de Aurélio se encontra secretamente com um homem jovem em sua casa, e ele parece está bem alterado enquanto conversa com a mesma. — Você ainda vai querer con
Cap.3 — Volto em alguns minutos. — Falou olhando apreensivo para Deméter. Aurélio queria ficar e ouvir o que ele queria falar com a menina, mas não tinha coragem de retrucar e ficar para ouvir.— Agora que ele saiu, me conte, ele está cuidando de você? — Perguntou com total atenção esperando que ela criasse um pouco de confiança.— Ele é meu pai, senhor, como poderia ele não cuidar de mim? — Falou rapidamente, pois tinha medo de contar a verdade a um desconhecido.— Não sei, só estou pensando demais. Espero que ele cumpra sua palavra até o prazo...— Que prazo? — Perguntou confusa.— Não é nada de mais, não houve nenhuma mudança após sua mãe... Você sabe — Tentou novamente arrancar-lhe algo, mas o que podia fazer Deméter? Ele não parecia uma pessoa em quem se pudesse confiar pelo contrário tudo nele gritava perigo. Dalila sentia medo de contar qualquer coisa a ele, já que ele era amigo de seu pai poderia contar-lhe sobre o que ouviu.— Por que está tão interessado em assuntos relacio
Cap.4 encontro na boutique 3 semanas depois — Deixe a menina sair um pouco, venho observando-a e ela não faz nada de errado. — Pediu por telefone. — Eu vou lhe transferir determinado valor, mande-a comprar algo na butique.— Sim, senhor. — Concordou incomodado já que queria manter Dalila presa. Após a visita de Deméter, seu pai estava de bom humor então não havia maus tratos ou atitudes rigorosas, Dalila por sua vez vivia na biblioteca ou lendo no jardim nos fundos da casa debaixo da sacada do quarto do pai onde ele podia a observar e policiar tudo que ela estaria lendo. O velho seguiu silencioso até o quarto da menina que se penteava de forma delicada, enquanto buscava entre os frascos vazios de perfume desapontada. Dalila era bastante vaidosa e vivia se arrumando, seus grandes e espertos olhos de cor quartzo admiravam sua beleza em frente ao espelho, realmente era uma jovem com aparência alegre e delicada. Sorriu com seus lábios finos e levemente rosados em aprovação ao que via,
Cap.5 o dia que o inferno iniciou.Seu pai estava na sala sentado com os pés descansando sobre a pequena mesa de apoio com o jornal na mão quando Dalila disparou pela escada a fim de esconder todas as sacolas.— Quanto privilégio uma jovem garota pode ter, sabia que não precisava dar dinheiro a essa medíocre. — Resmungou demonstrando seu total incômodo. — Bom, ao menos vou ligar para dizer que o pouco limite foi um mal-entendido e agradecer pelos presentes. — Dizia enquanto discava o número.— Onde ela está? — Perguntou atendendo imediatamente.— Já chegou em casa.— Não conseguir chegar a tempo de vê-la, meu filho não estava muito animado com a ideia de conhecer a garota. — Então o senhor não a viu? — Perguntou curioso se levantando enquanto olhava em direção as escadas com os olhos em chamas de fúria.— Não, infelizmente quando cheguei ela havia ido embora.— Está bem.— Podemos marcar outro dia, no momento não estou com tempo, mas quero vê-la novamente.— Ok, até mais. — Desligou
cap.6Abriu a porta para que Esmeralda entrasse quando Dalila o avistou vindo em sua direção após fechar a porta de esmeralda, ela rapidamente abriu a porta do carro e entrou evitando sua ajuda, ele apertou os lábios em um sorriso divertido e voltou ao volante, a sua animação era aparente e nem mesmo ele entendia o porque da tal emoção.— Onde a senhorita esmeralda quer ir? — perguntou-a ao se sentar ligando o carro, enquanto buscava a garota pelo retrovisor, mas ela se mantinha encolhida atrás do banco do motorista.— Me leve ao centro, tem muitas lojas de bebês conhecidas — Pediu gentilmente, Dalila a olhou furtivamente e estranhou aquele olhar como se o conhecesse.— Então ao centro! Chegaram ao centro em quase meia hora, Vittorio andava ao lado de esmeralda sempre tão próximo, aquilo deixou Dalila com uma pulga atrás da orelha, porém não deu importância, seja o que fosse, ela agia como se não fosse da sua conta.Dalila diminuiu os passos, a fim de não ouvir nada do que conversava
Cap.7Após o nascimento dos bebês passaram-se três meses, não foram os melhores meses porém não foram conturbados como pensou que seria, apesar de não se alimentar direito e seus estudos terem sido realmente excluídos da sua vida. Ainda assim havia a biblioteca lugar no qual não era proibido frequentar, pelo menos ali.Aquele lugar era seu ponto de equilíbrio. Com a iluminação limitada, ar seco, uma grande mesa de leitura e uma luminária para dar melhor iluminação ao local onde as páginas iriam ser lidas, Dalila deitava-se sobre a mesa e relaxava em meio aos livros amontoados ao seu redor que eram lidos um por um gradativamente.Já fazia tempo que ninguém entrava na biblioteca, o cheiro de mofo às vezes era trazido pelo ventilador e mesmo que Dalila cuidasse do local ela não conseguia fazer isso com a frequência que precisava, além disso, o seu pai demitiu a maioria dos empregados deixando apenas a pobre Monalisa.Dalila por sua vez também foi obrigada a cuidar da grande casa, então a
Cap.8 Vittorio ganha a confiança de AurélioSua respiração era pesada e os pés descalços congelavam, mas ela continuava a correr incansavelmente, sabia que seu pai lhe maltrataria mesmo que não tivesse feito nada de errado.Conseguiu chegar até um posto de gasolina, mas não havia ninguém, mal parecia estar funcionando, a lojinha antiga estava fechada e o frio já estava sendo torturante até avistar um banheiro ao lado da loja.Porta pichada, a fechadura parecia não funcionar para trancar mas ela mal se importou apenas entrou, sua visão foi tomada pelas varias divisórias dos banheiros com as portas quebradas, as paredes minadas, limo acumulado, da pia não caia água, algumas nem tinham mais torneiras. Dalila andava pausadamente pelo chão úmido e grudento com crosta grossa, tinha certeza que esse lugar estava abandonado, mas não se importava apenas queria encontrar uma divisão que pudesse se esconder por alguns minutos até seu pai desistir.— Estou falando sério, eu vi uma garota entrar a