Cap.8 Vittorio ganha a confiança de Aurélio
Sua respiração era pesada e os pés descalços congelavam, mas ela continuava a correr incansavelmente, sabia que seu pai lhe maltrataria mesmo que não tivesse feito nada de errado.Conseguiu chegar até um posto de gasolina, mas não havia ninguém, mal parecia estar funcionando, a lojinha antiga estava fechada e o frio já estava sendo torturante até avistar um banheiro ao lado da loja.Porta pichada, a fechadura parecia não funcionar para trancar mas ela mal se importou apenas entrou, sua visão foi tomada pelas varias divisórias dos banheiros com as portas quebradas, as paredes minadas, limo acumulado, da pia não caia água, algumas nem tinham mais torneiras. Dalila andava pausadamente pelo chão úmido e grudento com crosta grossa, tinha certeza que esse lugar estava abandonado, mas não se importava apenas queria encontrar uma divisão que pudesse se esconder por alguns minutos até seu pai desistir.— Estou falando sério, eu vi uma garota entrar aqui! — Disse uma voz masculina jovem animada.— O que uma garota faria nessa imundícia? Está louco? — Bradou outro mais velho batendo atrás da nuca do garoto que aparentava ter 18 anos, Dalila entrou em um dos banheiros sujos com vestígios de cigarros, vaso imundo com a tampa levantada foi difícil segurar a vontade de vomitar, então escondeu o nariz no casaco.— Eu ‘tou falando, vi a moça entrar aqui. Estava descalça, mas não parecia ser de rua.— Será que o chefe se importaria se nós nos divertirmos um pouco? — Falou pensativo, o homem mais velho parecia ter em torno de 37 anos, porém sua aparência mostrava um homem mais velho do que a idade que tinha. Magro, aparência relaxada, roupas manchadas de graxa, o mais jovem usava chapéu de marca virado para trás, camisa grande e calças folgadas, seguiam juntos enquanto Dalila ouvia a conversa iniciada na lateral do imóvel até a entrada do banheiro. Segurou a tranca quebrada com força, até ouvir a porta de entrada abrir bruscamente com um pontapé.— Ela está aqui. — Sussurrou entrando.— Não vai ser difícil encontrá-la, podemos ser rápidos, enquanto o chefe não chega — Comentou o mais velho seguindo lentamente até encontrar a única porta fechada, sorriu ironicamente revelando seus dentes amarelos. — Ohm... Essa porta parece esta trancada. — Ironizou novamente forçando a porta usando pouca força, Dalila agora tremia, o pânico foi fazendo suas forças irem se esvaindo.— Oh! Que droga cara! Eu juro que pensei ter visto uma garota aqui. — Murmurou segurando o riso.— Venha aqui! — Bradou rindo, abrindo a porta facilmente puxando a garota com a mesma facilidade e a encostando na parede suja.— Olha isso, que linda! — Comentou o jovem admirando a mesma que mantinha a cabeça baixa tentando não os encarar.— Sim, tiramos uma sorte grande! Pele perfeita e esse cabelo... — Falou de forma doentia encostando seu nariz próximo ao cabelo dela fungando, quando abaixou seu casaco revelando seu ombro a garota se encolheu apavorada.— Saia de perto de mim! — Gritou tentando bater no homem mais alto, mas ele facilmente segurou seus braços a imobilizando.— Vamos ser rápidos e será a coisa mais divertida da sua vida. — Garantiu com a respiração pesada se aproximando do seu rosto, seu fedor invadiu as narinas de Dalila que virou o rosto rapidamente para se livrar de sua proximidade.— Quem vai primeiro? — Perguntou o garoto animado.— Óbvio que eu! Seu moleque idiota! — Bradou embriagado com seu cheiro arrancando seu casaco, Dalila inesperadamente lhe deu um tapa forte no rosto, a pupila do homem dilatou, sua expressão divertida ficou fria e sua mão desceu sobre o rosto da garota com toda a intensidade a fazendo cair no chão. Dalila segurou suas roupas com força quando o homem se abaixou para a encarar, rapidamente a levantou e puxou-a contra seu corpo rasgando seu vestido fino revelando seu sutiã, sua língua escorregou sobre seu decote ainda com a peça íntima até ser interrompido por um barulho fino, abafado e respingos de algo em seu braço, até se virar e ver o mais novo no chão com um furo na cabeça, se virou temeroso para encarar quem poderia ser, mas antes que pudesse ver o tiro atravessou sua cabeça respingando sobre o corpo de Dalila que ficou em pânico, sua visão ficou turva e rapidamente foi perdendo a consciência. Rapidamente ele a pegou em seus braços a enrolando com seu sobretudo ficando apenas com uma fina camisa de linho manga longa. Guardou a arma e a tirou de dentro daquela imundícia.— Dalila! — Gritou seu pai ainda correndo para alcançar o homem parado em frente a porta do banheiro aberta. — É minha filha! — Gritou ao vê-la com o rosto sujo de sangue.— Ela está bem. — Disse tranquilamente mantendo os olhos fixos na mesma.— Eles fizeram algo com ela? — Perguntou quando avistou os dois corpos e o banheiro banhado em sangue.— Não tiveram tempo. — Respondeu observando enquanto o pai não parecia tão preocupado.— Obrigada, pode me dar ela, eu vou levá-la para casa. — Disse pegando a garota de seus braços seguindo caminho com dificuldade com o peso da garota.— Estou de carro, eu levo vocês. — Sugeriu ele, Aurélio encarou aquele homem dos pés a cabeça, vestido elegantemente e depois sua filha enrolada em seu sobretudo, deduziu ser importante quando viu seu relógio reconhecendo ser caro.— Claro! Estou um pouco longe, corri para alcançá-la.— Venha comigo! — O chamou então ele deixou Dalila deitada sobre o banco traseiro e seguiu para frente sentando ao lado do homem. — Parece que tem problemas com sua filha. — Comentou ligando o carro sem o encarar.— Não, é que tivemos uma briga e ela acabou ficando chateada e tentou fugir.— Entendo, meninas dessa idade costumam sempre dar trabalho.— Quem é você? Como viu minha filha nesse lugar abandonado? — Perguntou curioso, não conseguindo evitar reparar o carro luxuoso.— Eu... — Ele hesitou um pouco antes de falar. — Eu estava vindo buscar meu chefe, ele é o dono desse carro, mas passando por esse lugar baldio encontrei esses caras suspeitos e vim dar uma olhada, foi quando encontrei sua filha quase sendo abusada por eles.— Garota idiota, quase estraga meus planos. — Resmungou de forma deliberada. — Desculpe o comentário, jovens às vezes aborrecem demais.— Entendo, onde deixo vocês?— Ali em frente aquele portão.— Chegamos! — Disse saindo do carro. Aurélio seguiu para o banco dos fundos tentando tirar a garota adormecida com dificuldade.— Me permite? — Perguntou, então ele imediatamente soltou a menina que foi facilmente carregada pelo rapaz que foi conduzido por Aurélio finalmente a deixando em seu quarto, ele observou cada detalhe do quarto rústico e frio da garota.Cap.9 aceito o trabalhoAmbos os homens saíram do quarto e seguiram em silêncio pelo corredor, rapidamente Monalisa passou levando uma bacia com água e pano entrando no quarto de Dalila ainda enrolada no sobretudo, dormindo.Após molhar o pano começou ao menos limpar o rosto sujo da garota sem segurar o remorso e o asco, ela não sabia bem o que acontecera, mas torcia para que ela não estivesse machucada em meio a todo aquele sangue respingado.— Queria conversar com o senhor...? — Inquiriu seu nome.— Vittorio.— Senhor Vittorio! Fico feliz em te conhecer e me sinto agradecido por salvar a menina.— Qualquer um o faria. — Disse frívolo, enquanto acompanhava Aurélio que demonstrava desconforto com a presença forte que esse homem transmitia de impetuosidade.— Sim, mas foi o senhor que fez, acredito que seja segurança ou algo assim? — Perguntou curioso ao entrar no escritório.— Sim, eu sou segurança às vezes.— Sinto que você é alguém confiável, eu poderia solicitar seus serviços nessa
Cap.10— O que está comendo? — Perguntou Monalisa perplexa ao entrar no quarto trazendo o absorvente, Dalila parou de mordiscar o chocolate e a encarou com os olhos esbugalhados.— Não foi você?— Não! — Fez cara de pânico ainda de pé próxima à porta.— Mas... Você jogou aqui na cama.— Não foi eu, mas você parece está bem melhor.— Sim! Engoli um desses comprimidos, agora estou bem. — Disse mais disposta e animada.— Mas quem comprou essas coisas? — Perguntou pegando as outras duas barras restantes e a caixa do remédio aberta. — Será que foi Auro? — Impossível... — Foi quando lhe veio Vittorio em seu pensamento, então se sentou próxima a ela para cochichar. — Tem um homem na casa.— Um homem?!— Sim, parece ser o segurança, mas não sei quem é, parece que seu pai colocou ele para te vigiar. — Como se já não estivesse ruim. — Murmurou com semblante triste.— Não fique triste, faltam 4 meses para você fazer 18 e então poderá ir embora. — A garota suspirou desapontada.— Para onde, mo
Cap.11— Estou surpresa! — Comentou Esmeralda sentada sobre a mesa com o pé apoiado na cadeira entre as pernas de Vittorio. — Sei que planejamos isso a uns anos atrás, mas não sabia que você realmente vinha atrás de mim. — Disse arrogante.— Foi uma coincidência, mas não pretendia vir.— Auro me contou que aquela coisinha quase sofreu um estrupo e você matou os dois homens, é uma pena, agora você é um herói! — Bufou como se não tivesse gostado.— Mesmo sendo quem eu sou, nunca permitiria que fizessem algo do tipo no meu território.— Você se interessou por ela? Para salvá-la?— Está equivocada, ela nem sabe que eu a salvei, eu apenas vi uma garota em perigo não tem nada a ver com interesse.— Bom, estou feliz que esteja aqui, eu quero que essa garota vá embora! Auro vem lhe dando uma vida boa e tranquila, eu quero estragar isso.— Por quê?— Ela ficaria na casa até os 18 anos, mas Auro estendeu para mais um ano e eu não sei porque, algo relacionado a herança da mãe, mas não entendo.—
Cap.12 A obsessão de Vittorio A noite Dalila se arrumou com a ajuda de Monalisa que deixou a garota deslumbrante. Os convidados já estavam chegando, o casarão estava ficando cheio, as pessoas davam voltas pelo jardim.Vittorio também estava impecável, não se importou em estar vestido na sua forma natural, atraia olhares encantados das moças que o via enquanto ele apenas bebia com a cabeça ainda em Dalila deitada na grama, pensar nisso mexia com sua cabeça o tempo inteiro mesmo que quisesse evitar, era um caminho sem volta e piorou quando viu Dalila descer as escadas lenta e tímida enquanto dezenas de olhares lhe observava.— Não me diga ser essa a garota? — Perguntou o homem para Esmeralda.— Sim, agora a festa está começando. — Murmurou olhando a menina com inveja e maldade.— Vai ser uma honra dar prazer àquele diamante, ela me deixou excitado só de olhar. — Confessou animado. — Mas parece tão tímida.— Ela é, mas vamos animar um pouco.— Dalila! — Chamou-lhe uma voz que imediatame
Cap.13 provocante— Essa agonia nunca vai ter fim... — Sussurrou se virando para a porta apoiando os braços vendo novamente sua ereção forçar as calças. — Tenho que sair daqui... — Sussurrou abrindo a porta lentamente.— O que faz aqui? — Perguntou o fazendo apertar as pálpebras e os lábios incomodado com a situação.— Só queria saber se estava bem.— Era só bater a porta.— Respondeu tímida dobrando as pernas para esconder o corpo, ele tentava criar coragem para encarar a garota após ter tido uma ereção quase tão espontânea.— Esqueça aquilo que aconteceu, eu te devo desculpas.— Tentou falar sem a encarar, mesmo que a tentação estivesse ali. — Apesar de acreditar que não fiz nada de errado.— Confessou e no mesmo instante sentiu algo bater em sua cabeça, não havia machucado, ainda assim mexeu um pouco com ele então se virou para encarar a garota que agora o encarava imparcial.— Não fez nada de errado? — Perguntou com desdém. — Não, senhorita Dalila... — Ficou mudo quando ela se levan
Cap.14 você na minha mente — Claro que sinto, esse é um dos motivos para eu estar aqui, você! — Sentiu a mão de Esmeralda viajar pela sua barriga definida explorando cada gominho com sua língua fazendo-o arrepiar ao descer até o cinto da suas calças abrindo sem delongas enquanto os olhos de Vittorio se revelavam em chamas com o toque, suas calças foram ao chão deixando apenas a sua peça intima, os olhos de Dalila correram curiosos até encontrar sua madrasta quando voltou a visão a Vittorio quase teve um infarto ao ver Esmeralda descer sua última peça revelando sua ereção e sua boca se aproximando do mesmo o engolindo pela metade, Dalila apenas tapou a boca e se retirou lentamente, não podia vacilar como da última vez.— Não acredito... — Falou horrorizada. — Droga! — Brigou com a porta tentando trancar, mas era impossível, não é como se estivesse fugindo, mas ela queria sumir. "Se eu tiver que ver mais uma vez essas coisas eu vou pular da janela... Droga! Minha janela nem é tão alta
Cap.15 interpretando do jeito que quer— Não sabia que a biblioteca era sua. — Comentou indiferente, ela apenas ajeitou o cabelo atrás da orelha e voltou ao seu livro o ignorando.— Você parece estar bem melhor agora, não está mais com vergonha. — Comentou a deixando confusa.— Do que está falando?— De uma garota curiosa que gosta de espiar o que não é da sua conta. — Os olhos de Dalila se arregalaram, ela já havia esquecido daquele dia.— Eu não vi nada! — Balbuciou atropelando as palavras.— Não? Estou curioso, que pesadelo você teve ontem? — Pesadelo?— Sim, quando eu te levei para cama... — Você me levou para cama? — Escondeu o rosto sem se mexer em cima da mesa.— Não da forma como eu queria, admito.— O que eu fiz?— Nada de mais, apenas sussurrou meu nome no sonho, estava bastante ofegante também, se divertiu senhorita Dalila? — Segurou o riso.— Eu não disse seu nome, eu não fiz isso... — Falou envergonhada escondendo o rosto.— Pode sussurrar agora...— Que infeliz! — Resm
Cap.16— Me desculpe, por favor! — Sussurrou implorando quando ele abaixou próximo a ela apertando seu pescoço com apenas uma mão.— Posso não resolver isso hoje… — Eu vou contar pra...— Sua voz foi abafada pelo forte aperto que quase a fez roxa, ele não estava determinado a soltar, mas sabia que não era o momento.— Que somos amantes?, você vai contar que trai ele debaixo do seu teto? Me diga!— Eu vou contar-lhe que você corrompeu a filha dele .— Uhm... Ela é virgem até onde sei, nunca toquei nela tão intimamente como você pensa, por mais que fosse tão atrativa, além disso, ela não é como você, oferecida sem valor, seria muito difícil ter esse tipo de chance. — Murmurava para ela se esforçando para a soltar, finalmente conseguiu e em seguida saiu batendo a porta agressivamente enquanto esmeralda recupera sua alma, com sua revolta crescendo contra Dalila.Passou-se uma semana até Esmeralda se recuperar do ocorrido mentiu ter caído e óbvio que Aurélio acreditou. Ainda que estivesse