Cap.11

Cap.11

— Estou surpresa! — Comentou Esmeralda sentada sobre a mesa com o pé apoiado na cadeira entre as pernas de Vittorio. — Sei que planejamos isso a uns anos atrás, mas não sabia que você realmente vinha atrás de mim. — Disse arrogante.

— Foi uma coincidência, mas não pretendia vir.

— Auro me contou que aquela coisinha quase sofreu um estrupo e você matou os dois homens, é uma pena, agora você é um herói! — Bufou como se não tivesse gostado.

— Mesmo sendo quem eu sou, nunca permitiria que fizessem algo do tipo no meu território.

— Você se interessou por ela? Para salvá-la?

— Está equivocada, ela nem sabe que eu a salvei, eu apenas vi uma garota em perigo não tem nada a ver com interesse.

— Bom, estou feliz que esteja aqui, eu quero que essa garota vá embora! Auro vem lhe dando uma vida boa e tranquila, eu quero estragar isso.

— Por quê?

— Ela ficaria na casa até os 18 anos, mas Auro estendeu para mais um ano e eu não sei porque, algo relacionado a herança da mãe, mas não entendo.

— Afinal o que está acontecendo?

— Nada! Só me ajude, sei que você veio por minha causa e... — Falou deslizando o pé próximo a intimidade dele que segurou seu pé.

— Seu marido logo estará aqui, ele não foi muito longe. — A alertou segurando a respiração.

— Sim, mas poderemos nos divertir quando ele não estiver e nos livrar de uma garota. — Sugeriu de forma maliciosa, ele apenas assentiu. — Mas por enquanto vou me controlar, daqui a 3 dias será meu aniversário, queria poder me divertir com você nesse dia, mas Auro dará uma grande festa.

— Eu soube, preciso ir agora, ele pode chegar a qualquer momento. — Disse se levantando e saindo sem delongas.

Saiu da mansão e seguiu até o pomar nos fundos para respirar longe daquela mulher, por um momento quase ficou excitado apesar de não sentir mais vontade de ter nada com ela.

— Então agora você é segurança desta casa? — Perguntou a voz suave vinda de entre as árvores, ele procurou até vislumbrar a garota com um livro sobre o colo sentada em uma velha mesa grande retangular de madeira, ele a fitou e seu coração acelerou o fazendo admirar toda extensão da pele visível de sua perna até o meio da coxa revelado pelo vestido solto, subindo até sua cintura encontrando seus seios e rosto.

— Sim!

— Não parece o tipo que precisa desse emprego, meu pai é um homem limitado e falido. — Disse sem delongas fechando o livro.

— Você ainda se lembra de mim?

— Óbvio que sim, Vitor que, na verdade é Vittorio! — Ele abriu um sorriso discreto e divertido.

— Não é legal mentir.

— Às vezes necessário.

— O que faz nessa casa?

— Estou trabalhando, eu acabei falindo e agora vim parar aqui, e para minha surpresa perto de um anjo.

— Também, se continuar pagando coisas caras para meninas aleatórias certamente vai falir.

— Se essa menina aleatória for você, vale o custo. — Perdeu o fôlego quando ela se pôs de pé, ao perceber o quanto ela havia mudado, já não era mais tão garota, por um momento seus olhos correram por seu decote deixando seus pensamentos inquietos. Dalila não percebeu seu olhar, apenas se retirou seguindo para seu quarto confusa.

— Estava te procurando. — Disse Monalisa com algumas roupas passadas e dobradas na mão.

— O que houve? — Perguntou tensa.

— Teremos que organizar a casa, para a festa da senhora.

— Ah, sim...

— O que foi? — Perguntou ao perceber os suspiros de incômodo da menina.

— Lembra do Vitor que te falei? Aquele que me deu aqueles presentes? — Disse sem delongas.

— Sim, o mesmo que deu carona a você e sua madrasta, não foi?

— Sim, ele está na casa. — Sussurrou temerosa, Monalisa quase caiu para trás.

— Mas o único que entrou na casa... — Silenciou entendendo. — Então foi por isso que ele te comprou aquelas coisas para seu período.

— Foi ele? — Fez surpresa.

— Eu não queria te dizer, mas foi ele... — Foi interrompida pelo mesmo que passou entre elas seguindo para a biblioteca.

— Por que será que ele está na casa? — Sussurrou Dalila, sem obter resposta da amiga que estava confusa enquanto admirava ele que nem sequer olhou para trás.

Se passaram dois dias, as meninas trabalharam feito escravas limpando a casa e só depois foram contratadas pessoas para a decoração, porém a madrasta tinha algo a mais para a festa no intuito de acabar com a estadia de Dalila na casa.

Cafeteria Lennon, 6h da manhã.

— Então você quer que seu marido me encontre no quarto, na cama da filha dele? — Perguntou indiferente.

— Sim! Você pode fazer o que quiser com ela, contanto que esteja lá quando ele chegar. — Continuava a explicar ansiosa.

— Isso é arriscado, não é como se a garota fosse se entregar para mim, afinal você falou que ela é virgem.

— Você vai ter uma ajudinha, deixe comigo. — Disse deixando o mistério no ar. — Agora eu tenho outra coisa para fazer, afinal, será um dia épico. — Anunciou se levantando.

Seguiu para uma loja onde comprou sua roupa, assim escolheu uma para a garota, afinal queria que a festa fosse perfeita e Dalila teria que estar entre as pessoas para executar seu plano, escolheu um vestido amarelo decotado e justo até a cintura com saia recorte godê.

— Será uma noite incrível! — Murmurou olhando para o lindo vestido amarelo balançando freneticamente como se fosse uma valsa.

Assim que chegou em casa antes que pudesse atravessar o portão, uma mulher a interrompeu.

— Boa tarde senhora.— A cumprimentou sorrindo falsamente aqueles olhos azul fizeram a pressão de Esmeralda baixar, ela conhecia bem a sua rival, a atraente malva.

— Malva! O que faz aqui?

— Soube que meu marido trabalha aqui. Ah! Sei que haverá uma grande festa, óbvio que trouxe meu presente, como boas e velhas amigas que somos não poderia esquecer de você. — Disse falsamente, ambas eram rivais, mas Malva fingia ser amiga de Esmeralda para a manter longe de Vittorio.

— Boa tarde, já temos convidados? — Perguntou confuso.

— Essa é a esposa de Vittorio.— Disse de imediato. — Ela quer ver o marido.

— Vittorio é casado? — Perguntou surpreso.

— Eu sou a esposa dele, estou surpresa... — Sua voz calou quando o avistou vindo da sala de refeição.

— Malva!? — Falou indiferente. — O que está fazendo aqui?

— Precisava te ver, eu não sabia que estava trabalhando aqui, não sabia o que estava fazendo enquanto estava sumido... — O olhou com desdém, Aurélio percebeu o clima frio entre o casal e ficou desconfortável.

— Bom, penso que o casal precisa conversar em particular. — Falou segurando na mão da esposa a conduzindo até a escada, Esmeralda segurava o riso de satisfação sabia que isso iria os abalar um pouco.

— Venha comigo! — A puxou para a área dos fundos para uma conversar em particular, só não viram que Dalila estava deitada sobre a grama embaixo da árvore lendo como era de costume, a área dos fundos da mansão é uma área bem ampla, Dalila gostava de ficar próxima às árvores onde ela costumava fazer piqueniques com sua mãe.

— O que está fazendo aqui? — Bradou agora aborrecida, Dalila então começou a prestar atenção no casal distraído.

— Não é da sua conta!

— Desde quando você precisa desse tipo de trabalho e ainda em uma casa velha como essa?

— Não é da sua conta!

— Claro que é! Você é meu marido! — Apontou para a aliança quase esfregando em sua cara enquanto isso ele mantinha a calma, rapidamente digitou no celular e o colocou novamente no bolso.

— Que direito você tem de me exigir algo depois do que você fez?

— Isso já faz um ano, você disse que me perdoou e está relembrando isso agora?!

— Por que você perdeu todos os direitos de me importunar, você me tirou o que eu mais queria! — Falou rancoroso.

— Podemos fazer outro! Mas do jeito que as coisas estão indo... — Falou parando para recuperar o fôlego.

— Você sabe que não pode!

— Eu posso! Mas você agora está aqui, por quê?

— Está atrás dela? Ela é casada agora, agora você está fudendo com ela debaixo do teto do marido dela? — Murmurou lhe encarando com desdém.

— E se for... — Recebeu um tapa no rosto, seu olhar escureceu enquanto o de Malva trazia pânico, a mulher corajosa agora estava amedrontada dando passos para trás como se esperasse o pior, após o tapa ele viu Dalila os observando ainda deitada sobre o gramado, ela apenas virou o rosto novamente para o livro e continuou a ler como se não visse nada.

— Por favor... Querido, eu sinto muito! — Lamentou desesperada tentando tocar seu rosto, mas ele quase quebrou seu braço com seu aperto feroz, Dalila foi a sua salvação, já que ele queria tanto lhe dar uma lição agora.

— Saia, Colin acabou de chegar, ele vai te levar para casa. — Assevera discretamente para que Dalila não ouça.

— Me perdoa, por favor, eu sei que você não tolera esse tipo de tratamento, nunca! Eu sei o resultado, mas não me puna.— Implorou começando a chorar.

— Enxugue as lágrimas, não quero que pensem que te bati!— Rapidamente obedeceu.

— Vamos para nossa casa juntos?

— Não, do que está falando? Você vai para sua casa e eu para a minha, adeus Malva! — A puxou atravessando o jardim seguindo pela lateral da mansão até a frente onde um carro já esperava.

— Por favor... Eu te imploro! Eu imploro! — Suplica chorando, mas ele a arrasta e rapidamente um mordomo a coloca no carro.

— Quando eu chegar em casa, não quero ver mais nada dessa mulher, limpe tudo! — Ordenou furioso voltando pela mesma direção, encontrando Dalila ainda deitada lendo o livro. A sua mulher havia o deixado possesso, mas ao ver Dalila ainda deitada de bruços sobre a grama, seus olhos correram pelo corpo da menina que agora estava distraída, engoliu em seco quando alcançou suas nádegas desenhadas pelo vestido. — Você sabe disfarçar bem, apesar de não saber disfarçar a porra de um traseiro ‘sexy’! — Dalila se levantou instintivamente escondendo o traseiro o encarando com os olhos esbugalhados sem saber o que dizer. — O gato comeu sua língua?

— Eu não vi nada! — Atropelou as palavras se levantando ao pegar seu livro passou por ele correndo, ele sentiu loucamente uma vontade de segurá-la ali, mas se conteve.

— O que está acontecendo, cara? Essa garotinha não é para você...— Disse sem fôlego olhando a sua ereção empurrando as calças como se aquilo estivesse lhe trazendo dor.

Dalila subiu assustada para seu quarto, encontrando sua madrasta de pé olhando seu guarda-roupa.

— Estava te esperando — Continuou a olhar as roupas com desdém. — Nossa, seu pai realmente te abandonou, você só tem roupas velhas aqui e umas nem lhe cabem mais, seus seios estão maiores devido à puberdade, seu corpo mudou, você virou moça recentemente.— Comentou pegando a embalagem com os absorventes.

— Sim, posso ajudar a senhora?

— Não, só vim lhe dar isso, hoje é meu aniversário e quero que tudo esteja impecável, inclusive você.— Comentou indiferente lhe dando o pacote.

— O que é?

— Olhe! — Começou a abrir a caixa e ficou deslumbrada com o lindo vestido godê de decote taça.

— É para mim? — Perguntou surpresa.

— Sim, todos devem estar bem-vestidos, fingimos ser uma família unida, virão alguns magnatas e seu pai quer conseguir alguns negócios também.

— Ok... — Concordou, mas Esmeralda saiu imediatamente do quarto com asco do local.

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