Cap.19 a cena se repeteNo dia seguinte antes de chegar na casa de Dalila passou na padaria preferida dela, assim que chegou Aurélio estava saindo mais cedo.— Bom dia, Vittorio. — Bom dia, senhor. — Hoje se quiser você pode tirar um dia de folga, a tarde quando eu chegar vou jantar com a minha família. — E sua filha?— Ela não vai, ela não gosta de sair e pelas coisas que ela anda fazendo também não a levaria. — Explicou de forma fria.— Bom, então eu vou pra casa assim que chegar, amanhã cedo retorno.— Obrigada. — Respondeu.Esmeralda pensou muito no que poderia fazer com Monalisa, até chegar a tarde e finalmente resolver, assim que Aurélio chegou ela correu até o escritório onde o homem estava aparentemente impaciente.— Querido! — Pode entrar querida. — Disse ternamente lhe dando um beijo na testa.— Estive pensando, ao invés de termos que lidar com duas crianças agitadas sozinhos, porque não levamos Monalisa?— Você acha prudente a levamos?— Sim, para nós ajudar com as cria
Cap.20Após finalmente ela se acalmar a deixou no banheiro terminando o banho e seguiu para os fundos da mansão, encontrando Colin, ele acabará de tirar as luvas após o fim do serviço. Colin o encarou dos pés a cabeça ao vê-lo encharcado, mas não disse nada, apesar de serem amigos não se metiam na vida pessoal um do outro.— O trabalho está feito! — Avisou mantendo uma postura ereta como de um soldado, Colin parecia um mordomo, mas as suas tatuagens escondidas pela roupa não escondiam o que ele era, um psicopata que ama limpar os serviços sujos com maestria. Antes trabalhava na perícia, até ser descoberto por seus crimes por Vittorio que lhe fez uma proposta de imunidade, ele passou a trabalhar na casa dele como seu fiel escudeiro, então tudo que fizesse nada era descoberto, nem pistas haviam.— Obrigada e descubra o que está acontecendo com a camada dois, porque os mais novos estão quebrando as regras.— É simples, são mais novos. Já são 5 novatos da camada dois com esses, farei uma
Cap.21 visita inesperadaApós trocar de roupa voltou ao quarto de Dalila novamente, ela pulou da cama quando viu a porta trancada se abrir.— Por que você tem uma chave desse quarto? — Achei necessário, — Para entrar quando quiser?— Não! Para te socorrer quando precisar, e mais uma coisa — Alertou se aproximando. — Lembre-se de não contar a ninguém o que aconteceu, aqueles dois homens nunca entraram aqui e nem eu, entendido?— Sim!— Agora eu tenho que ir, tenha um bom sono, meu anjo. — Murmurou lhe dando um beijo na testa, ela inspirou seu cheiro de roupa recentemente lavada.— Vittorio?! — O chamou antes que pudesse sair, mas ouvi-la chamar seu nome foi como um gemido com aquela voz suave, qualquer coisa que viesse dela facilmente lhe atiçava.— Sim, anjo. — Continuou ternamente, voltando até ela.— Agora que você sabe que gosto de outro homem... Você vai parar de me importunar? — Se esse homem não fosse ele com certeza ficaria de mau humor.— Vou pensar no seu caso, mas eu não a
Cap.22 A química não bate— Bom dia, senhor... — Falou de forma arrastada sem lembrar seu nome.— Dimitri, nos vimos na festa, sou filho de Deméter.--Dimitri fazia jus a família que fazia parte, o homem é lindo, além do corpo excepcionalmente em forma e elegante, só não chegava aos pés de Vittorio que era um pouco mais alto que o rapaz e era mais forte.— Olá... — Continuou tímida desviando o olhar.— Bom, vamos tomar café juntos hoje, vocês terão bastante tempo para conversar.— Disse Aurélio que parecia ansioso, mas esse foi o acordo de Deméter que Dimitri passasse a visitar Dalila e só assim ele estenderia o contrato por mais um ano, além disso, Dimitri não estava interessado em se casar com a garota, mas não podia se negar ao desejo de ao menos tocá-la.— Senhorita, soube que vocês têm uma grande biblioteca, posso conhecer? — Perguntou gentilmente lhe estendendo o braço, mas Dalila se negou enquanto olhava a porta da cozinha sabia que Vittorio estava lá, não entendia porque o repen
Cap. 23 Louco de ciúmesVittorio hesitou várias vezes, queria entrar em seu quarto, mas sabia que não poderia fazer, todos estavam ali. Mesmo aborrecido deixou o corredor dos quartos e logo que chegou na escada Aurélio estava subindo, supostamente seguiria para o quarto de Dalila.— Viu, Dalila? — Perguntou tentando disfarçar a rispidez.— Não sei, não a vi depois que saiu do jardim com o rapaz.— Ah! É sobre isso que quero falar com ela, não sei porque ele saiu tão estranho, preciso ter uma breve conversa com ela. — Não pensa que é inadequado?— O quê?— Trazer um homem para ficar próximo a sua filha. — Engoliu em seco pensativo.— Não, na verdade, ele pode ficar perto o quanto quiser, são noivos.— Aquelas palavras rasgaram o peito de Vittorio, estava ainda mais possesso, queria apenas disparar contra a cabeça de Aurélio e levar aquela menina embora em seus braços nem que fosse amarrada.— Dalila! — Chamou Aurélio assim que entrou em seu quarto, Dalila se encarou no espelho em Pânic
Cap.24 Enfim caiu a ficha — Hum, sabia que iria te encontrar aqui! — Comentou enquanto Dalila tentava se recompor. — O que achou de seu pretendente, está feliz? — Perguntou com um sorriso maléfico escondido, mantendo os olhos nas prateleiras como se buscasse um livro.— Como? Pretendente?— Sim! Não percebeu? Você está prestes a se casar com o homem mais mulherengo da cidade, achei peculiar que ele não te assediou, acredito que ele tem a mesma visão que eu: É só uma garota nojenta!— Eu não vou me casar com esse homem!— Tarde demais, seu pai te vendeu a Deméter.— Contou deixando ela em choque, esse era o limite de tudo que aquele velho poderia fazer. — Então... Então foi por isso que ele estava tão próximo naquele dia... — Comentou dispersa se lembrando de anos atrás o tal inesperado jantar com Deméter.— Já faz alguns anos que você está vendida, desde que sua mãe morreu. Você nunca foi bem-vinda nesta casa, só esteve aqui por causa dessa venda, mesmo que Deméter... Ha, aquele velh
Cap.25 O amigo posto de abastecimentoDalila não conseguia segurar a emoção ao avistar aquele maldito lugar. Como podia se sentir feliz ao ver o lugar em que quase foi abusada? Estava do mesmo jeito ou mais abandonado, era deserto e sujo.Andou ao redor com cautela, bastante alerta e pronta para correr caso encontrasse alguém, até avistar um carro se aproximar do local, se escondeu atrás de uma das bombas e quando o carro estacionou viu um homem bem-vestido sair, ele se encostou no capô do carro e acendeu um cigarro com o isqueiro. Ela não tinha ideia se era ou não quem procurava, mas ele estava ali do jeito que ela podia imaginar.— O que está fazendo aí? Não sabe que é falta de educação ficar observando os outros pelos cantos? — Perguntou indiferente continuando com seu cigarro na ponta dos lábios.— Eu... Eu só estava... — Tentou falar, mas acabou ficando desconcertada, pensou que ele não a estava a vendo.— É realmente para gaguejar, você está no lugar mais perigoso da cidade brin
Cap.26 Um dia pra Dalila.— Para onde vai me levar? — Perguntou engolindo em seco.— Já disse qualquer lugar. — Disse tranquilamente ligando o carro. Dalila se encolheu no banco, não tinha ideia do que aconteceria ou se ele estava a levando embora a força, olhou o horário na tela do GPS 9h da manhã, não sabia que havia saído tão cedo de casa já que para ela havia passado muito tempo naquele lugar. Ela mantinha os olhos fixos na janela olhando cada ponto de referência, queria saber para onde estavam caso ele estivesse tramando algo, mas acabou adormecendo. — Chegamos! — Anunciou, assim que estacionou o carro, ela ouvia o barulho de crianças e músicas, mas não sabia onde estava até avistar a roda gigante, seus olhos brilharam.— Não... Acredito! — Disse sem fôlego olhando ao redor no estacionamento do parque.— Não está vendo?— Eu... Minha mãe sempre me trazia aqui! — Disse animada.— Lembrei estar aberto, às vezes venho aqui para observar. — Comentou indiferente. Mentiu, na verdade nã