Cap.22 A química não bate— Bom dia, senhor... — Falou de forma arrastada sem lembrar seu nome.— Dimitri, nos vimos na festa, sou filho de Deméter.--Dimitri fazia jus a família que fazia parte, o homem é lindo, além do corpo excepcionalmente em forma e elegante, só não chegava aos pés de Vittorio que era um pouco mais alto que o rapaz e era mais forte.— Olá... — Continuou tímida desviando o olhar.— Bom, vamos tomar café juntos hoje, vocês terão bastante tempo para conversar.— Disse Aurélio que parecia ansioso, mas esse foi o acordo de Deméter que Dimitri passasse a visitar Dalila e só assim ele estenderia o contrato por mais um ano, além disso, Dimitri não estava interessado em se casar com a garota, mas não podia se negar ao desejo de ao menos tocá-la.— Senhorita, soube que vocês têm uma grande biblioteca, posso conhecer? — Perguntou gentilmente lhe estendendo o braço, mas Dalila se negou enquanto olhava a porta da cozinha sabia que Vittorio estava lá, não entendia porque o repen
Cap. 23 Louco de ciúmesVittorio hesitou várias vezes, queria entrar em seu quarto, mas sabia que não poderia fazer, todos estavam ali. Mesmo aborrecido deixou o corredor dos quartos e logo que chegou na escada Aurélio estava subindo, supostamente seguiria para o quarto de Dalila.— Viu, Dalila? — Perguntou tentando disfarçar a rispidez.— Não sei, não a vi depois que saiu do jardim com o rapaz.— Ah! É sobre isso que quero falar com ela, não sei porque ele saiu tão estranho, preciso ter uma breve conversa com ela. — Não pensa que é inadequado?— O quê?— Trazer um homem para ficar próximo a sua filha. — Engoliu em seco pensativo.— Não, na verdade, ele pode ficar perto o quanto quiser, são noivos.— Aquelas palavras rasgaram o peito de Vittorio, estava ainda mais possesso, queria apenas disparar contra a cabeça de Aurélio e levar aquela menina embora em seus braços nem que fosse amarrada.— Dalila! — Chamou Aurélio assim que entrou em seu quarto, Dalila se encarou no espelho em Pânic
Cap.24 Enfim caiu a ficha — Hum, sabia que iria te encontrar aqui! — Comentou enquanto Dalila tentava se recompor. — O que achou de seu pretendente, está feliz? — Perguntou com um sorriso maléfico escondido, mantendo os olhos nas prateleiras como se buscasse um livro.— Como? Pretendente?— Sim! Não percebeu? Você está prestes a se casar com o homem mais mulherengo da cidade, achei peculiar que ele não te assediou, acredito que ele tem a mesma visão que eu: É só uma garota nojenta!— Eu não vou me casar com esse homem!— Tarde demais, seu pai te vendeu a Deméter.— Contou deixando ela em choque, esse era o limite de tudo que aquele velho poderia fazer. — Então... Então foi por isso que ele estava tão próximo naquele dia... — Comentou dispersa se lembrando de anos atrás o tal inesperado jantar com Deméter.— Já faz alguns anos que você está vendida, desde que sua mãe morreu. Você nunca foi bem-vinda nesta casa, só esteve aqui por causa dessa venda, mesmo que Deméter... Ha, aquele velh
Cap.25 O amigo posto de abastecimentoDalila não conseguia segurar a emoção ao avistar aquele maldito lugar. Como podia se sentir feliz ao ver o lugar em que quase foi abusada? Estava do mesmo jeito ou mais abandonado, era deserto e sujo.Andou ao redor com cautela, bastante alerta e pronta para correr caso encontrasse alguém, até avistar um carro se aproximar do local, se escondeu atrás de uma das bombas e quando o carro estacionou viu um homem bem-vestido sair, ele se encostou no capô do carro e acendeu um cigarro com o isqueiro. Ela não tinha ideia se era ou não quem procurava, mas ele estava ali do jeito que ela podia imaginar.— O que está fazendo aí? Não sabe que é falta de educação ficar observando os outros pelos cantos? — Perguntou indiferente continuando com seu cigarro na ponta dos lábios.— Eu... Eu só estava... — Tentou falar, mas acabou ficando desconcertada, pensou que ele não a estava a vendo.— É realmente para gaguejar, você está no lugar mais perigoso da cidade brin
Cap.26 Um dia pra Dalila.— Para onde vai me levar? — Perguntou engolindo em seco.— Já disse qualquer lugar. — Disse tranquilamente ligando o carro. Dalila se encolheu no banco, não tinha ideia do que aconteceria ou se ele estava a levando embora a força, olhou o horário na tela do GPS 9h da manhã, não sabia que havia saído tão cedo de casa já que para ela havia passado muito tempo naquele lugar. Ela mantinha os olhos fixos na janela olhando cada ponto de referência, queria saber para onde estavam caso ele estivesse tramando algo, mas acabou adormecendo. — Chegamos! — Anunciou, assim que estacionou o carro, ela ouvia o barulho de crianças e músicas, mas não sabia onde estava até avistar a roda gigante, seus olhos brilharam.— Não... Acredito! — Disse sem fôlego olhando ao redor no estacionamento do parque.— Não está vendo?— Eu... Minha mãe sempre me trazia aqui! — Disse animada.— Lembrei estar aberto, às vezes venho aqui para observar. — Comentou indiferente. Mentiu, na verdade nã
Cap.27— Você... Você tem filho? — Perguntou ela insegura e ele a virou para fitar.— Não, eu não tenho filho.— Mas e esse quarto? — Pode andar por toda a casa, evite entrar nesse quarto. — Disse imediatamente o trancando. — Vou te levar para casa à noite, estou pensando em um jeito de te levar e te manter segura, mas antes vou descansar na sala e você! Você, senhorita Dalila, fica aqui em cima, dorme um pouco, descansa! — Asseverou em seguida se retirou para o andar de baixo.Dalila voltou ao seu quarto, escolheu um vestido entre as variadas roupas e seguiu para o banheiro, ficou ainda mais deslumbrada, o grande espelho toda a decoração, tudo parecia ser tão recente e novo.Tomou um banho rápido, se vestiu e saiu do quarto novamente, estava curiosa com o lugar, já que nunca havia estado em uma casa tão grande assim.Escolheu uma porta em frente ao seu quarto e estava aberta, assim que entrou ficou surpresa com o quarto. Diferente do seu esse tinha os móveis nas cores cinza e preto,
Cap.28Todos mantinham os olhos fixos no carro até que Vittorio saiu e ele puxou Dalila em seus braços.— O que aconteceu? — Perguntou Aurélio aparentemente preocupado, mas a verdade era preocupação no dinheiro que poderia perder por causa dela.— Lá dentro eu posso explicar.— Disse seguindo portão adentro.— Vittorio, pode entregar ela a Dimitri que o mesmo levará ela, nos explique o que aconteceu? — Asseverou com autoridade Esmeralda irritada, em segundos o humor de Vittorio mudou, odiava receber ordem e ouvir a voz de Esmeralda fazendo isso era ainda mais irritante.— Ok, entregue ela a mim — Pediu Dimitri disperso, não estava se importando muito com a garota ainda assim estava curioso com Vittorio que hesitou um pouco até finalmente criar coragem de entregá-la. — Esperem por mim, eu também quero ouvir, porque falei com meu pai, preciso prestar contas. — Avisou Dimitri subindo a escada com dificuldade.— Não tinha ninguém em casa quando eu cheguei, encontrei ela no chão próximo à e
Cap.29Vittorio desceu a escada e atravessou o salão, seguiu pelo corredor e assim que saiu no jardim encontrou Dimitri em pés a alguns metros de distância próximo ao muro.— Estava te esperando. — Comentou quando Vittorio chegou próximo o suficiente. — Sabia que você viria, ouvi você! — Disse imparcial se virando para o encarar.— Bom, suponho que tem uma ideia do que vim fazer.— Quem é você? — Perguntou Dimitri sem se importar.— Já sabe o básico e é só isso que deve saber, outra coisa ainda mais importante: Você não pode tocar em Dalila. — Vittorio o alertou.— Claro que posso ela é minha esposa, não se atreva a tocar nela você! Porque eu posso tocar no que é meu. — Vittorio tentou se conter devido ao local, mas Dimitri parecia estar querendo o irritar. — Então, qual é o caso de vocês dois? Ela parece bastante confiante em relação a você.— Não é da sua conta!— Asseverou Vittorio. — Claro que é, ela é minha esposa! — Falou pausadamente observando a mudança de humor de Vittorio qu