Cap.9 aceito o trabalho
Ambos os homens saíram do quarto e seguiram em silêncio pelo corredor, rapidamente Monalisa passou levando uma bacia com água e pano entrando no quarto de Dalila ainda enrolada no sobretudo, dormindo.Após molhar o pano começou ao menos limpar o rosto sujo da garota sem segurar o remorso e o asco, ela não sabia bem o que acontecera, mas torcia para que ela não estivesse machucada em meio a todo aquele sangue respingado.— Queria conversar com o senhor...? — Inquiriu seu nome.— Vittorio.— Senhor Vittorio! Fico feliz em te conhecer e me sinto agradecido por salvar a menina.— Qualquer um o faria. — Disse frívolo, enquanto acompanhava Aurélio que demonstrava desconforto com a presença forte que esse homem transmitia de impetuosidade.— Sim, mas foi o senhor que fez, acredito que seja segurança ou algo assim? — Perguntou curioso ao entrar no escritório.— Sim, eu sou segurança às vezes.— Sinto que você é alguém confiável, eu poderia solicitar seus serviços nessa casa? — Perguntou esperançoso se recordando dos corpos sem vida, Vittorio rapidamente criou interesse por baixo de sua sombra fria.— Qual tipo de serviço?— Preciso de um segurança, um homem de confiança e eu acredito na minha intuição.— Recuso! — Disse rapidamente sem hesitar.— Apenas por alguns poucos meses, eu... Preciso de quatro meses, eu sinto que minha filha vai tentar fugir de novo e nem sempre estarei a vigiando.— Quatro meses? Então você quer meus serviços por quatro meses?— Sim, é... Esse é o período... — Demonstrava nervosismo. — Vou ser sincero. Sinto que posso te contar, mas é extremamente sigiloso, apesar de isso ser bastante comum aqui... Bom, eu mandarei minha filha para o convento assim que fizer dezoito anos.— Uhm, por isso quer que eu vigie a sua filha?— Sim, para que não fuja, ela anda tentando ter encontros românticos com alguém... — Mentiu pensando em um bom motivo para ele aceitar ficar.— Alguém muito mais velho que anda cercando a minha filha.— Posso matá-lo e caso resolvido. — Disse secamente se levantando indo para a saída enciumado.— Não sejamos tão radicais, apenas cuide da casa para mim, eu preciso resolver muitos negócios preciso de um segurança, afinal a minha filha está ficando um pouco rebelde e não posso deixar aquele tipo de coisa acontecer novamente, lhe pagarei bem.— Está bem, então amanhã estarei aqui.No dia seguinte ele chegou como disse, assim que entrou na casa, segurava a ansiedade de ver a garota.— Bom dia, Vittorio. — Aurélio o cumprimentou calorosamente quando atendeu a porta o que foi literalmente estranhado pelo homem ao perceber que não havia muitos empregados na casa.— Bom dia, senhor.— O cumprimentou sem demonstrar nenhuma emoção, Vittorio era totalmente antipático em relação à Aurélio, seu olhar correu a escada quando viu a silhueta de uma mulher, esperava que fosse a Dalila, porém quando olhou encontrou o olhar estagnado de esmeralda que quase tropeçou no degrau enquanto vinha trazendo seus gêmeos.— Ah! Querida, esse é o novo segurança! — Contou animado, ela balbuciou enquanto as pernas tremiam, Vittorio apenas a encarou e fez uma discreta reverência com a cabeça.— Bom dia, senhora.— Falou sem vontade desviando o olhar.— Bom dia, meus gêmeos! — Disse animado ajudando a mulher a descer, Vittorio olhou aquela cena sentindo um leve incômodo. — Vamos, nos siga para o café da manhã.— Convidou Vittorio que o seguiu sem hesitar olhando furtivamente sem ver a garota.Assim seguiram para o café da manhã, Vittorio não deixava de reparar em tudo ao redor, até avistar Monalisa afoita saindo da cozinha com uma pequena bandeja com uma xícara de chá.— Monalisa! — Chamou Aurélio assustando a mulher. — O que está levando?— A senhorita não está bem, senhor, vou levar o chá para ela. — Avisou se retirando sem esperar que ele falasse, Vittorio fingia comer apenas bebericando o suco.— Posso conhecer a casa? — Perguntou repentinamente então o silêncio correu pelo salão.— Ah! Sim, encontre Monalisa no andar de cima e peça que te apresente cada cômodo da casa. — Concordou Aurélio.— Ok! — Concordou se levantando, subiu silenciosamente até chegar a porta do quarto entreaberta de Dalila onde Monalisa estava sentada na sua cama.— Beba o chá, você vai se sentir melhor. — Insistia a moça enquanto a garota estava encolhida na cama se recusando a beber.— Mona... Que inferno, eu odeio esse período menstrual, porque as mulheres têm isso todo mês, já é a quarta vez e está me matando... — Resmunga se enrolando ainda mais na coberta.— Você vai melhorar se beber o chá, porque continua se recusando? Vamos beber o chá e tomar um banho quente.— Insistia, mas ela se recusava. — Por que está fazendo isso? Está chateada comigo? — Perguntou insegura.— Não, estou chateada com vocês dois, eu não sei o que acontece com essa casa.— Por favor, esqueça isso, você não entenderia o porquê disso. — A menina apenas se encolheu na cama recusando o chá. — Você ainda tem absorventes? Ou já acabaram? Seu pai nunca se lembra sobre essas coisas e pior ainda sua madrasta, eu vou até meu quarto! — Avisou então Vittorio se afastou da porta fingindo está passeando. — Senhor Vittorio? — O chamou.— Ah, Oi!— Precisa de algo?— Estou conhecendo os cômodos da casa, Aurélio pediu que me ajudasse.— Ah, claro! Eu já volto... — Respondeu desconfortável o olhando dos pés à cabeça, rapidamente estranhando sua aparência, percebendo que ele não parecia precisar estar ali.— Não precisa, a casa não é tão grande assim.— Está bem! — Seguiu desconfiada e sem entender porque aquele homem estava na casa, ele voltou silenciosamente a porta e olhou mais uma vez para ela se revirando na cama e seu sobretudo ainda pendurado na cabeceira da cama.Assim, rapidamente desceu e saiu da casa sem avisar a ninguém indo até à farmácia pegando tudo que precisava para uma garota de TPM.— Remédio para cólica e uma sacola camuflada.— Pediu desconfortável a farmacêutica já que não conhecia qual o certo, a moça lhe entregou o remédio gentilmente, algumas moças lhe observava interessadas já que era raro a cena, um típico homem cuidando de sua namorada, tão fofo elas pensavam, rapidamente pegou suas compras e seguiu de volta.Assim que chegou subiu rapidamente, tentando não encontrar ninguém e por sorte ouviu as vozes de Aurélio e Esmeralda no escritório fechado, passou silenciosamente e continuou com cautela até o quarto da garota. A encarou mais uma vez, pensou em entrar, mas seria imprudente apenas abriu um pouco mais a porta e jogou a sacola próximo aos pés da garota que levantou ao ouvir o barulho da sacola.— Mona... — Chamou com a voz trêmula. — Monaaa... — Se deitou novamente após puxar a sacola. — Eu não aguento mais de dor! — Resmungou irritada e chorosa enquanto tira as compras da sacola. — Mona, onde achou dinheiro para chocolate? Aí... Remédio... Obrigada! — Falou sorrindo. — Chocolate! Tanto tempo que não comia isso... — Murmurou abrindo a embalagem da barra de chocolate, Vittorio a ouvia, parado próximo a sua porta com um leve sorriso satisfeito.Cap.10— O que está comendo? — Perguntou Monalisa perplexa ao entrar no quarto trazendo o absorvente, Dalila parou de mordiscar o chocolate e a encarou com os olhos esbugalhados.— Não foi você?— Não! — Fez cara de pânico ainda de pé próxima à porta.— Mas... Você jogou aqui na cama.— Não foi eu, mas você parece está bem melhor.— Sim! Engoli um desses comprimidos, agora estou bem. — Disse mais disposta e animada.— Mas quem comprou essas coisas? — Perguntou pegando as outras duas barras restantes e a caixa do remédio aberta. — Será que foi Auro? — Impossível... — Foi quando lhe veio Vittorio em seu pensamento, então se sentou próxima a ela para cochichar. — Tem um homem na casa.— Um homem?!— Sim, parece ser o segurança, mas não sei quem é, parece que seu pai colocou ele para te vigiar. — Como se já não estivesse ruim. — Murmurou com semblante triste.— Não fique triste, faltam 4 meses para você fazer 18 e então poderá ir embora. — A garota suspirou desapontada.— Para onde, mo
Cap.11— Estou surpresa! — Comentou Esmeralda sentada sobre a mesa com o pé apoiado na cadeira entre as pernas de Vittorio. — Sei que planejamos isso a uns anos atrás, mas não sabia que você realmente vinha atrás de mim. — Disse arrogante.— Foi uma coincidência, mas não pretendia vir.— Auro me contou que aquela coisinha quase sofreu um estrupo e você matou os dois homens, é uma pena, agora você é um herói! — Bufou como se não tivesse gostado.— Mesmo sendo quem eu sou, nunca permitiria que fizessem algo do tipo no meu território.— Você se interessou por ela? Para salvá-la?— Está equivocada, ela nem sabe que eu a salvei, eu apenas vi uma garota em perigo não tem nada a ver com interesse.— Bom, estou feliz que esteja aqui, eu quero que essa garota vá embora! Auro vem lhe dando uma vida boa e tranquila, eu quero estragar isso.— Por quê?— Ela ficaria na casa até os 18 anos, mas Auro estendeu para mais um ano e eu não sei porque, algo relacionado a herança da mãe, mas não entendo.—
Cap.12 A obsessão de Vittorio A noite Dalila se arrumou com a ajuda de Monalisa que deixou a garota deslumbrante. Os convidados já estavam chegando, o casarão estava ficando cheio, as pessoas davam voltas pelo jardim.Vittorio também estava impecável, não se importou em estar vestido na sua forma natural, atraia olhares encantados das moças que o via enquanto ele apenas bebia com a cabeça ainda em Dalila deitada na grama, pensar nisso mexia com sua cabeça o tempo inteiro mesmo que quisesse evitar, era um caminho sem volta e piorou quando viu Dalila descer as escadas lenta e tímida enquanto dezenas de olhares lhe observava.— Não me diga ser essa a garota? — Perguntou o homem para Esmeralda.— Sim, agora a festa está começando. — Murmurou olhando a menina com inveja e maldade.— Vai ser uma honra dar prazer àquele diamante, ela me deixou excitado só de olhar. — Confessou animado. — Mas parece tão tímida.— Ela é, mas vamos animar um pouco.— Dalila! — Chamou-lhe uma voz que imediatame
Cap.13 provocante— Essa agonia nunca vai ter fim... — Sussurrou se virando para a porta apoiando os braços vendo novamente sua ereção forçar as calças. — Tenho que sair daqui... — Sussurrou abrindo a porta lentamente.— O que faz aqui? — Perguntou o fazendo apertar as pálpebras e os lábios incomodado com a situação.— Só queria saber se estava bem.— Era só bater a porta.— Respondeu tímida dobrando as pernas para esconder o corpo, ele tentava criar coragem para encarar a garota após ter tido uma ereção quase tão espontânea.— Esqueça aquilo que aconteceu, eu te devo desculpas.— Tentou falar sem a encarar, mesmo que a tentação estivesse ali. — Apesar de acreditar que não fiz nada de errado.— Confessou e no mesmo instante sentiu algo bater em sua cabeça, não havia machucado, ainda assim mexeu um pouco com ele então se virou para encarar a garota que agora o encarava imparcial.— Não fez nada de errado? — Perguntou com desdém. — Não, senhorita Dalila... — Ficou mudo quando ela se levan
Cap.14 você na minha mente — Claro que sinto, esse é um dos motivos para eu estar aqui, você! — Sentiu a mão de Esmeralda viajar pela sua barriga definida explorando cada gominho com sua língua fazendo-o arrepiar ao descer até o cinto da suas calças abrindo sem delongas enquanto os olhos de Vittorio se revelavam em chamas com o toque, suas calças foram ao chão deixando apenas a sua peça intima, os olhos de Dalila correram curiosos até encontrar sua madrasta quando voltou a visão a Vittorio quase teve um infarto ao ver Esmeralda descer sua última peça revelando sua ereção e sua boca se aproximando do mesmo o engolindo pela metade, Dalila apenas tapou a boca e se retirou lentamente, não podia vacilar como da última vez.— Não acredito... — Falou horrorizada. — Droga! — Brigou com a porta tentando trancar, mas era impossível, não é como se estivesse fugindo, mas ela queria sumir. "Se eu tiver que ver mais uma vez essas coisas eu vou pular da janela... Droga! Minha janela nem é tão alta
Cap.15 interpretando do jeito que quer— Não sabia que a biblioteca era sua. — Comentou indiferente, ela apenas ajeitou o cabelo atrás da orelha e voltou ao seu livro o ignorando.— Você parece estar bem melhor agora, não está mais com vergonha. — Comentou a deixando confusa.— Do que está falando?— De uma garota curiosa que gosta de espiar o que não é da sua conta. — Os olhos de Dalila se arregalaram, ela já havia esquecido daquele dia.— Eu não vi nada! — Balbuciou atropelando as palavras.— Não? Estou curioso, que pesadelo você teve ontem? — Pesadelo?— Sim, quando eu te levei para cama... — Você me levou para cama? — Escondeu o rosto sem se mexer em cima da mesa.— Não da forma como eu queria, admito.— O que eu fiz?— Nada de mais, apenas sussurrou meu nome no sonho, estava bastante ofegante também, se divertiu senhorita Dalila? — Segurou o riso.— Eu não disse seu nome, eu não fiz isso... — Falou envergonhada escondendo o rosto.— Pode sussurrar agora...— Que infeliz! — Resm
Cap.16— Me desculpe, por favor! — Sussurrou implorando quando ele abaixou próximo a ela apertando seu pescoço com apenas uma mão.— Posso não resolver isso hoje… — Eu vou contar pra...— Sua voz foi abafada pelo forte aperto que quase a fez roxa, ele não estava determinado a soltar, mas sabia que não era o momento.— Que somos amantes?, você vai contar que trai ele debaixo do seu teto? Me diga!— Eu vou contar-lhe que você corrompeu a filha dele .— Uhm... Ela é virgem até onde sei, nunca toquei nela tão intimamente como você pensa, por mais que fosse tão atrativa, além disso, ela não é como você, oferecida sem valor, seria muito difícil ter esse tipo de chance. — Murmurava para ela se esforçando para a soltar, finalmente conseguiu e em seguida saiu batendo a porta agressivamente enquanto esmeralda recupera sua alma, com sua revolta crescendo contra Dalila.Passou-se uma semana até Esmeralda se recuperar do ocorrido mentiu ter caído e óbvio que Aurélio acreditou. Ainda que estivesse
Cap.17 um pouco de proximidadeVittorio havia ficado ali encostado em sua porta tentando conter o remorso e a vontade entrar no quarto para ver se ela estava bem, mas os soluços saindo do banheiro estavam o atormentando, nunca havia se sentido tão angustiado como hoje por isso acabou entrando no quarto e trancando a porta com a chave extra que havia escondido.Seguiu pelo ambiente escuro e frio encontrando, girou a maçaneta do banheiro lentamente, encontrou a garota despida com o rosto colado sobre a parede enquanto a água caiu sobre suas costas, mal percebeu que Vittorio havia entrado e estava próximo a suas costas ouvindo seu choro. Hesitou várias vezes segurando a vontade de a segurar em seus braços, sua vontade era de nunca mais a soltar, estava a tão poucos centímetros da sua pele, desejava apenas a tocar e tentar aliviar a sua dor.Ela sentiu sua presença quando percebeu seus braços se apoiando na parede entre seu corpo, a água do chuveiro já não caia totalmente em seu corpo, se