Terminamos o banho, voltamos para o quarto, visto a camisa que Nial me deu e me jogo na cama, ele faz o mesmo em seguida, mas me puxa para seus braços.
A ponta de seu dedo roça meu braço com carinho, parecíamos um casal, talvez as pessoas costumam fazer isso, porém todos os caras com quem transei iam embora após gozar, então ninguém poderia me julgar por estar tão desconfiada.— Sinto que pulamos uma cinco etapas.— Etapas?— Você sabe, encontros, primeira transa, apelidos, tomar banho e dormir juntos... — Digo.— A vida é muito inconstante, você sabe.Pisco algumas vezes.Eu não podia me dar ao luxo de me apaixonar, Nial era muito mais do que pedi, mas também poderia ser doloroso, assim como André foi e todos os outros antes dele.Viro para o lado oposto.— Boa noite, Nial.— Boa noite, Cass.Demorei para dormir, na minha cabeça ainda passava cenas dessa noite, talvez eu nunca mais esqueceria.No outro dia, acordei com os primeiros raios de sol, deveria ser cedo.Olhei para a varanda, a noite anterior realmente aconteceu, não foi um sonho, eu continuava aqui. Um sorriso bobo apareceu nos meus lábios, Nial existe e me comeu a noite inteira, mas por algum motivo ele não estava mais ao meu lado.Levantei nas pontinhas dos pés indo em direção à varanda, o mar estava agitado, a brisa fez meus seios ficarem rígidos.Der repente, braços passam ao redor da minha cintura me apertando, ele estava lá mais uma vez.— Bom dia, Nial.— Bom dia, Cass. — Sussurrou ele no meu ouvido com hálito de hortelã. — O que você gosta de comer de manhã?— Estou sempre atrasada, então só tomo café mesmo.— Sinto em poder não te oferecer nem um café, está tudo nas caixas.Sorrio.Ele deposita um beijo na minha nuca, meu corpo acorda imediatamente, assim como o dele, senti seu pau pedindo passagem através das nossas roupas.Apoiei meus braços na varanda e rebolei o quadril, Nial segurou minha cintura me apertando contra seu peito. Ele estava sem camisa, usando apenas uma calça moletom, provavelmente sem cuecas.— Já acordou pronta...— Aquela noite poderia ter durado para sempre.Foi então que a ficha caiu, não pensei na Aysha em momento algum, ela deveria estar morrendo de preocupação.Arregalei os olhos.— Droga! — Resmungo. — A Aysha.— Sua amiga?Saio em disparada pelo quarto, procurando meu vestido e o resto das minhas coisas. Pego meu celular, estava sem bateria.— Você pode me levar? Ela deve estar morrendo de preocupação.— Claro.— Ela vai me matar!Olho para ele parado no meio do quarto com as mãos nos bolsos, os músculos ressaltados, me observando procurar as coisas feito uma louca.Larguei minhas coisas e fui na sua direção, o beijei com toda a intensidade que ele me fez sentir essa noite.Nial agarrou minha cintura retribuindo da mesma forma, talvez ele também tenha sentido essa onda de eletricidade ou o coração palpitar.Encosto minha testa na dele.— Uma foda de despedida? — Pergunto.— Uma foda de despedida. — Afirmou ele.Nial sentou na cama comigo ainda em seu colo, suas mãos percorriam todo o meu corpo e sua boca devorava a minha.Estávamos perdidos no nosso próprio desejo.Sem muita cerimônia ele tirou seu membro para fora da calça moletom, aproveitando que eu usava apenas uma blusa, me penetrou.Dessa vez eu rebolava no seu colo loucamente.Nial subiu a camisa até meu pescoço e sugou meus seios, enquanto me ajudava sentar com o outro braço ao redor de mim.Durante um pequeno momento o mesmo segurou minha mandíbula, olhando nos meus olhos, diminui o ritmo, pois seu olhar intenso me desconcentrou. Nos beijamos, mais parecia uma despedida. Parecia que eu nunca mais o veria.Nial gozou sem muito esforço meu, apenas com sentadas moderadas, talvez o beijo tivesse ajudado.Permaneci em cima dele buscando fôlego, sem mais o que dizer, não tinha mais o que fazer para tentar aumentar o tempo que nos restavam juntos. Ele me abraçou firme, fiz o mesmo enquanto seu membro latejava dentro de mim.Nial me colocou em cima da cama e foi em direção ao banheiro, se limpar, talvez.— Você pode levar essa camisa, já que eu arruinei seu vestido. — Gritou ele do banheiro.Coloquei minhas coisas dentro da bolsa e continuei com a camisa dele, peguei minha bolsa e resolvi esperá-lo lá embaixo.Olhei mais uma vez a casa, a área da piscina que vai assombrar meus pensamentos durante muito tempo.— Vamos? — Nial chama já vestido com uma camisa social na cor de lápis e uma calça social preta. Ele olhou bem para mim e sorriu — ainda está sem calcinha?Eu assenti com um sorriso malicioso.Nial fecha os olhos com força e arruma sua calça, disfarçando o volume.— Sua amiga, certo? — Assenti novamente. — Céus, eu queria mais tempo.Fomos o percusso inteiro em silêncio, só conversamos quando lhe dei meu endereço.Chegando em frente ao meu prédio, tudo o que queria era dizer-lhe que continuasse o caminho, para me levar mais uma vez para a casa para que transássemos o dia inteiro, mas a vida não era aquele conto de fadas, Nial precisava seguir seu rumo antes de deixar mais lembranças.Tiro o cinto de segurança.Vejo ele bater o indicador freneticamente no volante.— Obrigada pela noite. — Quebro o silêncio. — Foi realmente especial.Ele sorrir, o sorriso mais perfeito do mundo.— Eu que agradeço. — Seus olhos miram nos meus. — Nunca vou esquecê-la, Cass.Olho para minhas mãos, não queria sair de lá.Sua mão puxa meu rosto para olhá-lo, ele deposita um beijo leve nos meus lábios, se despedindo.Saio do carro em seguida, passando as mãos no rosto ardido, tentando não olhar para trás. Subi das escadas carregada por uma nuvem, abri a porta do apartamento e fechei com minhas costas, suspirando.Joguei minha bolsa no chão.Meu peito doía.— Sua desgraçada, eu quase não dormi a noite! — Aysha resmunga saindo do seu quarto. — Como você sai assim sem me avisar? Liguei para o seu celular mais de mil vezes, se não atende por que tem um?Passo as mãos no rosto.— Descarregou.Um sorriso bobo apareceu nos meus lábios.— Cassandra, eu deixei o cara me esperando no banheiro pra ir atrás de você, procurei pela balada inteira e... — os olhos de Aysha semicerram. — Você não parece que teve uma noite ruim, e de quem é essa camisa? O que aconteceu?Jogo-me no sofá suspirando.— Se eu disse você não vai acreditar.— Diz logo!Contei toda a história para Aysha, com os detalhes sórdidos até o momento que nos beijamos no carro.Aysha ficou boquiaberta.— Foi incrível. — Olho de soslaio para ela.Ela leva a costa da sua mão até a minha testa.— Você usou alguma droga?Tiro a mão dela bruscamente em um empurrão.— Não!— Um deus grego desceu do céu pra transar com você a noite inteirinha?Reviro os olhos.— Por que eu mentiria? Essa camisa, por acaso, é dele.Aysha pisca algumas vezes, mostrou-lhe os chupões de Nial deixou no meu pescoço, o rosto dela iluminou-se.— Meu deus, Cassie! Puta que pariu, você fodeu a noite inteira com um galã.Ela dá alguns pulinhos.— Quando vão se encontrar de novo?Meus ombros caem.— Não pensei nisso.Ela fecha a cara.— Como assim?— Não tenho absolutamente nada a respeito dele, nem o telefone.Aysha b**e a palma da mão na testa.— Você teve uma puta conexão sexual com alguém e simplesmente não pediu o telefone?! O universo tenta te ajudar e você simplesmente enfia a ajuda no...— Tá, eu esqueci, mas ele também não pediu.Aysha balança a cabeça.— Esse cara pensa que vai fugir assim de você? Depois disso tudo é arriscado você ter engravidado dele, temos que saber até o CPF desse maldito.— Engravidar sei que não vou, e não vou rodar Nova York por conta de um homem, Aysha. — Levanto do sofá e vou em direção à geladeira, pego o litro de leite e viro na boca.— Então eu vou!— Aysha...— Vou encontrar esse tal de Nial nem que eu tenha que descer até o inferno! — Ela b**e a mão na bancada. — Vou iniciar a operação caça ao gostosão dinamarquês.Respirei fundo, estralei os dedos e encarei a tela do computador, o aplicativo Word estava aberto há horas, esperando que qualquer palavra fosse digitada, mas nem me espremendo conseguiria sair algo bom.Passei as mãos no rosto.Tento recordar do que pensei quando escrevi aquele primeiro artigo, lembro de estar com os olhos cheios de lágrimas e o peito em ódio puro, odiando minha irmã mais que qualquer outra pessoa no universo.Ódio era o melhor combustível, mas tudo o que eu sentia eram as borboletas no meu estômago, o calafrio na espinha e as mãos do Nial em mim.Massageio minhas têmporas com um pouco de força.Já passou dois dias, porém a minha memória parecia mais vivida que nunca.Olhei para o computador novamente, o ponto de início piscando, implorando para eu escrever algo.Fecho o notebook com força, apertando meu pescoço.— Quer comer pizza hoje? — Aysha invade meu quarto. — Ficou o dia inteiro aí?Assenti batendo a cabeça na mesa.Aysha senta na minha perna, agarro sua cintu
Voltei para casa segurando a foto, de vez enquanto olhava, mas tentei não parecer tão melosa ao lado da Aysha. Fora a foto, não encontramos mais nada.Chegando em casa fui para meu quarto, coloquei a foto dele apoiada em porta canetas e abri o computador. Passei a madrugada escrevendo um texto sobre paixões platônicas, pessoas passageiras que conseguem ser intensas e marcar alguém em tão pouco tempo. Reli aquele artigo mais de dez vezes, me certificando se estava da maneira exata que queria, se consegui transpassar todos os meus sentimentos para o papel. Estava ótimo. Na manhã seguinte me arrumei, tomei um banho de lavar a alma, coloquei uma roupa bonita para tentar recuperar meu emprego. Aysha fez um café reforçado, me senti confiante.Servi um pouco de cereal com leite em uma tigela e li mais uma vez o artigo.— Está bom, Cassie. — Aysha afirma.— Não precisa só estar bom, precisar ser impecável. — Vejo um erro ortográfico e corrijo.Aysha suspira e vai olhar o bacon da frigideira.
Guardei algumas camisas, calças, calcinhas na mala, faltava apenas as meias que estavam na máquina e meu computador. Aysha observava me movimentando pelo quarto atrás do que faltava, a primeira coisa que ela disse após eu dizer que iria viajar para Nashville foi: "vadia, você está louca?", ela sabia de tudo que aconteceu antes de nós conhecemos na universidade; odiava minha irmã sem nem conhecê-la, não a julgava por isso.— Acha que deveria levar? — Coloco o óculos de grau no rosto, a vejo fazer careta. — Não consigo ler nada sem eles.— Acho que você não deveria ir.Olho para ela pelo rabo do olho.— Sério mesmo, quer ver sua irmã perfeita se gabando da vida perfeita e do futuro marido perfeito dela? — Ela se senta na cama largando a revista.— Sei como lidar com egocentrismo da minha irmã, afinal trabalho para a Miranda. — Observo o óculos fundo de garrafa, definitivamente não. Coloco de volta na mesa de cabeceira.Pego alguns livros jogando na mala também, olho para Aysha, com as m
O silêncio se estabeleceu na sala, todos olhavam para mim sem entender o que estava acontecendo ali. Eu olhava fixo para ele, pergunta-lhe o que diabos era aquilo, talvez ele não fosse o noivo da minha irmã, mas o que estaria fazendo aqui? Me procurando que não seria. Nial, o cara com quem transei e tive uma paixão platônica estava em carne e osso a minha frente, com os olhos azuis disparados e a boca semiaberta, tão surpreso quanto eu.— Vocês se conhecem? — Amanda perguntou olhando para mim e depois para ele.Ele franziu os lábios, se acovardando o suficiente para me deixar explicar sozinha. Minha boca secou, porém a medida que o silêncio aumentava mais estranha a situação ficava.— N-não, óbvio que não. — Bato a mão na testa — você falou tanto sobre ele...— Ah, é verdade. — Amanda sorrir. — Bem, mas apresentando vocês formalmente, querido, essa é minha irmã Cassandra.Por sorte ela não ouviu ele falar meu nome, acho que somente eu vi seus lábios pronunciarem. Amanda o puxou. Vendo
Olhei para Nial esperando pela minha resposta tanto quanto ela, mas ele parecia tão desesperado quanto eu. Se eu dissesse não seria estranho, Amanda iria fazer um interrogatório do porquê odeio seu noivo, e ela odiava ser odiada.Dou de ombros.— Claro.Saí em disparada para fora, assim que passei pelo portão comecei a correr, mesmo ouvindo ele batendo a porta de casa atrás de mim.Aumentei a velocidade quando percebi que ele estava mais próximo de mim, mesmo com minhas canelas ardendo, fazia anos que eu não corria.— Cass! — Gritou ele atrás de mim. — Podemos conversar?Continuei correndo. Saímos do condomínio, agora era apenas uma longa rua com poucos carros passando a quilômetros de nós.— Caramba, poderia me escutar?Meu peito ardia em raiva, pura e genuína, mas eu continuava a correr como se minha vida dependesse daquilo.Ele fez eu me apaixonar por aquela noite, me fez acreditar que eu era especial, quando na verdade ele iria se casar daqui há poucos dias com a minha irmã. Nial
Passei o resto do dia folheando revistas teen da minha adolescência, enquanto no pé ainda descansava numa bolsa térmica.Olhando ao redor eu era uma bela nerd, quem usava meias com sapatilha? A Cassie, ou melhor, Cassandra do passado adorava, provavelmente ela estaria triste por foder com o namorado da irmã, em contra ponto me sinto vingada, mas ela não era assim.Coloco a revista no meu colo suspirando, toda essa situação me deixou esgotada. Queria contar a Amanda tudo, mas ao mesmo tempo me sentia tão culpada por ainda ter meus sentimentos envolvidos nisso, vê-lo casar com minha irmã doeria de qualquer forma.Duas batidas na porta me tiram do meu devaneio, era o minha mãe. — Acha que consegue descer para o jantar? Tem alguém querendo vê-la no andar de baixo. — Anunciou em um tom confortável.— Quem?Ela sorrir e permanece calada.— Certo, minha curiosidade consegue ser maior que minha dor. — Digo tentando me levantar.Minha mãe me ajudou a levantar da cama e descer as escadas, mas
Amanda me acordou no dia seguinte cutucando meu braço, esqueci de como ela era irritante. Puxei o lençol para cima da cabeça, mas não adiantou, pois, ela simplesmente o arrancou de mim.— Vamos, não volte a dormir, Cassie!Reviro os olhos.— Me deixe aproveitar minhas férias.— Vai aproveitar seguindo seus deveres de madrinha, agora levante se não vou jogar um balde de água em você.— Estou com o tornozelo machucado, esqueceu?Ela olha para mim desconfiada.— Você não quebrou o pé, já está melhor. Vamos logo! — Foi embora em seguida.Olhei para o teto bufando, por esses motivos que eu tinha minha própria casa.Peguei meu celular para checar as mensagens, no meu e-mail tinha uma da Miranda, quase derrubei o celular no chão. Abri o e-mail e dizia: "Olá, Cassandra. Soube que realmente viajou para buscar inspiração, fico feliz que esteja seguindo meu conselho e espero que faça o que pedi com maestria. Sei que consegue, Miranda".Miranda havia mesmo me mandado mensagem, ela realmente esper
Assim que virei a esquina vi o carro que Amanda usava estacionado na garagem de casa, tão torto quanto meus dentes antes do aparelho.Respiro fundo.Teria que ouvir a palestrinha do meu pai de que somos irmãs e devemos nos manter unidas, mas se eles prestassem bem atenção saberiam que a Amanda é tão irritante quanto um dente siso. Não estou dizendo que ela é a pior pessoa do mundo, ela tinha sim, seus pontos positivos, mas parecia que algo em mim a incomodava ao ponto dela fazer da minha vida um inferno enquanto finge ser a pessoa mais dócil do mundo inteiro.Entro batendo a porta da frente sem querer, aperto os olhos por conta do barulho e me mantenho estática.— Cassie! — Ouço a voz estridente da Amanda cada vez mais próximo até ela aparecer no corredor na minha direção. — Meu deus, fiquei preocupada. Por onde esteve?Meus pais aparecem logo atrás dela. Acontece que o caminho de volta foi mais demorado do que pensei, então cheguei em casa pela parte da tarde, morrendo de fome e os c