Eu queria falar tantas coisas, mas só conseguia beijá-lo. Nem mesmo minha cabeça que doía antes só de imaginar essa situação, estava completamente quieta, focada em aproveitar dos lábios dele nesse pouco tempo que parecia uma eternidade. Os lábios dele tinha o mesmo gosto que eu me lembrava. Nial passou os braços ao redor da minha cintura e me pressionou fortemente contra seu peito, talvez para me mostrar o quanto desejava aquilo também. Passei meus braços ao redor do pescoço dele, o trazendo para mais perto. O beijo era selvagem, mas ao mesmo tempo, cheio de saudade e outros sentimentos misturados. Céus, que lábios. Que homem. Que sensação maravilhosa. Nial impulsionou meu corpo para cima, eu passei rapidamente minhas pernas ao redor da cintura dele. Ele caminhou comigo de forma desgovernada até meu corpo colidir com a parede. Senti seu pau roçar de forma rígida minha intimidade. Parecia tão duro que doía. Grunhi com a sensação. Nial apertava minhas coxas com forca, talvez amanh
Liam ainda me encarava da porta, com uma sacola na mão e um sorriso doce. — Deixei a Sofi na avó, fiquei muito preocupado com você. — Ele diz, mas eu não respondo. — Trouxe café da manhã para você.— Obrigada.Seus olhos descem, mais especificamente para a camisa cujo eu usava. Seu cenho franze. — Pensei que sua família tivesse ido a cidade vizinha. Você ta acompanhada?— Não, não. — Balanço a cabeça. Liam olha para dentro de casa.— Quem está aí com você?Ele invade a casa antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, mas para imediatamente quando ver Nial se aproximando. Ele olha para mim com as sobrancelhas juntas, enquanto eu balanço a cabeça. Parecia estar em choque. Era inegável, Nial usava apenas uma cueca enquanto eu estava com sua camisa. Ambos sozinhos. Liam passa por mim batendo meu ombro em seu braço. Eu corro atrás dele, segurando seu pulso, mas nem por isso ele parou de andar. — Liam, me escuta!— Não me toca, Cassandra. — Ele tenta soltar minhas mãos dele. Ele contin
Não consegui dormir, fiquei observando Amanda completamente adormecida pelo resto da noite até o sol nascer. Minha cabeça não parava, eu não sabia no que acreditar, pelo menos o sentimento de culpa diminuiu, mas do que adiantaria? Daqui há algumas horas o homem dos meus sonhos se casaria com minha irmã. Me perguntava se eles seriam felizes guardando tantas mentiras, até porque eu não sabia se Nial ficou apenas comigo durante seus meses em Nova York ou se Amanda havia transado apenas com um homem. Não seria eu a salvadora dos dois. Fechei meus olhos quando vi a maçaneta do meu quarto girar. Mamãe e as madrinhas invadiram o quarto com uma bandeja de café da manhã e confete. — Acorde, você é uma noiva hoje! — Minha mãe diz balançando Amanda.Eu finalmente pude fingir não estar dormindo. Amanda finalmente abriu os olhos com um sorriso estampado no rosto. — Vamos, você precisa levantar, o dia vai ser cheio! — Jeny comenta. Amanda se senta na cama e mamãe coloca a bandeja em seu colo.
Caminhei em direção ao quarto que Amanda estava, sentindo o nó na minha garganta só crescer e ficar num ponto insuportável de respirar. Eu queria dizer a ela tudo que estava entalado, gritar aos quatro cantos todos as merdas que ela já me fez passar. Amanda merecia isso, merecia saber de todo ódio que eu guardava dele durante esses anos. Ela de algum jeito conseguia tomar tudo que era meu, até mesmo Liam. Eu estava cansada daquilo.Dobrei a esquina do corredor, já conseguia ver a porta do quarto que ela estava. Continuei caminhando em passos largos e apressados, mas algo me chamou atenção, a porta do quarto do Nial aberta e um homem conversando com ele. Eles tinham a mesma altura, o homem tinha cabelos aloirados e grisalhos, um sotaque forte na voz e olhos extremamente azuis. Parecia uma versão mais velha do Nial. Eles pareciam discutir em outro idioma, então me esgueirei até a fresta da porta, observando a cena.Nial estava apoiado em uma penteadeira, com a gravada casualmente ao r
Procurei por ele em todos os lugares possíveis, mas parecia que ele havia simplesmente sumido. Gritava por seu nome desesperada, sem nem sequer saber o porquê de tê-lo seguido, mas eu estava simplesmente ignorando minha parte racional, só queria encontrá-lo. Procurei dentro da casa, mas ele não estava lá, no jardim onde aconteceria a festa, porém nem sinal dele. Pensei que talvez ele tivesse ido embora, mas os carros ainda estavam lá. Decidi ir para uma parte do jardim que mais parecia um labirinto, já estava escurecendo então minha visão estava pouco limitada. Gritei por ele, correndo por aquele maldito labirinto de arbustos, segurando a barra do vestido que a essa altura já estava arruinado. Quando finalmente o encontrei, Nial estava debruçado a beira de um chafariz, com seu blazer e a gravata arrancada de sua camisa. Caminhei lentamente até ele, o mesmo estava de cabeça baixa olhando para seus pés. — Nial? — O chamo. Seus olhos vão imediatamente até mim. — Está tudo bem? — Não,
Meu pai me levou de volta para casa com meu avô, ficamos em silêncio o percusso inteiro. Ele não sabia o que dizer e eu queria me afundar no banco do carona. Assim que chegamos fui direto para o banheiro, tirei o vestido sujo de lama e debaixo do chuveiro pude chorar todas as lágrimas entaladas que se misturaram com a água e em dado momento eu já não sabia o que era o que. Estava magoada, machucada, porém leve.Eu não sabia o que aconteceria agora, mas queria ir embora dali imediatamente. Saí do banho e vesti roupas confortáveis, terminei de arrumar minhas malas e peguei minha bolsa. Eu dormiria em um hotel, mas não ficaria ali. Chamei um táxi por aplicativo.Ouço duas batidas na porta do quarto, e aberta, então avistei meu avô. — Vai mesmo embora hoje? — Não acho que deveria ficar. Ele vem até mim e senta na borda da cama ao meu lado. — Você gosta mesmo dele? Solto um suspiro. — Mais do que deveria. — Eu vi algo entre vocês, mas pensei que fosse coisa da minha cabeça. — É, ta
Não consegui pregar os olhos após ter enviado o artigo por e-mail a Miranda.Dessa vez eu não estava tão preocupada com meu emprego, mas sim se minha crianção era tão boa quanto antes. Era uma merda se comparar com alguém que você já foi.Fingi estar dormindo quando Aysha entrou no meu quarto antes de ir trabalhar, mas eu a vi sorrir quando viu o PDF enviado ao e-mail da Miranda.Agora era esperar, talvez ela não visse, mas fiquei satisfeita com o que escrevi. Assim que tive coragem de colocar os pés para fora da cama, fui direto para a cozinha. Peguei uma caixa de leite na geladeira e virei inteira na boca. Era deprimente pensar em tudo que aconteceu em Nashville, mesmo com tantas coisas ao meu redor para me preocupar, era impossível esquecer como arruinei o casamento ou como os olhos de Nail me negaram no nosso último contato. Olhei pela primeira vez meu celular, não havia absolutamente nada, sequer uma mensagem. Bloqueei o Nail e a Amanda. Não queria saber se naquela noite eles
Bato mais uma vez na porta, faltava apenas meia hora para eu conseguir me atrasar pela segunda vez só essa semana. Ouço a música aumentar do lado de dentro, ela sabia bem como me irritar todas as manhãs. Aysha sempre acordava mais cedo e se apossava do banheiro como se não fosse meu também.Meu punho já estava vermelho de tanto esmurrar aquela porta, mas era inútil.Ouço a porta sendo destrancada e por fim ela finalmente abre, quase passei por cima dela para entrar no banheiro.— Calma, gata! — Aysha reclama — não precisa passar por cima de mim.Olho a bagunça de cremes que ela deixou em cima da pia, hoje eu não tinha tempo para limpar, então co tranco a porta e começo a me maquiar, não restava mais tempo para tomar banho.— Estou atrasada, para variar. — Resmungo.Limpo os olhos, passo um batom qualquer nos lábios e um lápis debaixo da marca d'água, hoje seria um dia importante, eu merecia estar pelo menos arrumada.Saí do banheiro bagunçando os cabelos para ver se conseguia disfarça