Júlio e Natália poderiam ser o casal perfeito. O problema é que ele não sabia disso e ela é teimosa. No passado eles já tiveram algumas broncas, mas a vida passa. Quando ela vai trabalhar para ele provisoriamente, acaba descobrindo que ele tem qualidades... Além de defeitos. Ela percebe que ele a olha com desejo, mas não quer misturar as coisas para não estragar a amizade que nem é tão forte assim. Só que nem sempre seguimos nossos planos e eles se envolvem, trazendo para suas vidas um novo caminho... E uma grande surpresa!
Ler mais* Dez anos depois...Célia estava sentada no grande sofá da área da piscina. Observava atenta aos dois sobrinhos que ela amava e mimava de paixão.Natália quase tinha acertado sua previsão. Ela teve mesmo um menino, mas veio acompanhado de uma menina. Júlio escolheu os nomes depois de ganhar uma aposta que fez com ela.Os gêmeos Nicolas e Juliana estavam pulando na piscina e fazendo uma bagunça enorme enquanto Célia fingia não ver e se divertia.— Para Nico... - Juliana gritou saindo da piscina.— Você é tonta - ele respondeu rindo.— Oh, tia... - ela foi toda melosa até Célia — Ele afogou minha boneca - fez um biquinho.— Meu Deus - Célia arregalou os olhos e virou para os dois que estavam na churrasqueira — Vocês estão vendo isso? - abraçou a menina — Eles são uma miniatura do que eram vocês quando menores.— Nada a ver, tia - ela gritou entrando em casa.— Ei - Júlio a agarrou por trás — Não está curtindo o domingo em família?Ela se virou e passou os braços por sua cintura o beija
Parte 4...“Natália, se você está lendo essa cartinha já sabe meu segredo guardado á sete chaves. Sim, eu sofri muito por amor e por isso me fechei para todos os outros homens que apareceram em minha vida.Agora vejo você andar pelo mesmo caminho que eu, mas com uma diferença. Júlio é um homem correto, mas acima disso ele também já sofreu, já foi enganado e sabe a diferença dos sentimentos. Talvez ele seja tão cabeça dura quanto você, mas acho que de longe você é a mais teimosa. Não perca a chance de ter um homem apaixonado ao seu lado. Se tiver a chance de criar seu filho em um casamento de amor e cumplicidade, não hesite e se jogue. Melhor pecar por excesso do que pela falta. Acredito que Júlio irá te surpreender.Seja feliz minha linda. Eu te amo. Célia”.** ** ** ** ** ** **Ela não sabia quanto tempo havia passado, mas sentiu a mão de Júlio em seu cabelo.— Ei, o que está fazendo aqui?Ela levantou o rosto e o encarou um instnte, depois se jogou em cima dele e o apertou, fazendo
Parte 3...— Como é que é?Célia estava abismada. A sobrinha aparecera do nada, à noite, dizendo que iria dormir com ela.— É isso... Depois eu resolvo amanhã o que vou fazer - fez um bico.— Não... - balançou o dedo alto — Não, não... Você tem casa e tem marido. Vai pra sua casa!— Não posso ir, tia.— Como não pode? O que houve?— Nada.— Você é doida menina? Como nada e me aparece assim? O que foi? Júlio fez algo?Ela respirou fundo. Tinha saído tão rápido de casa que só pensou em voltar para o único lugar onde se sentia bem. Só esqueceu da tia.— Tia, eu explico melhor amanhã tá?Ela nem esperou a resposta e entrou no quarto que ainda estava do jeito que ela deixara. Talvez em breve fosse voltar para ali, de onde nem deveria ter saído.Se jogou na cama. Ficou olhando o teto branco, perdida em pensamentos. Por que diabos ele tinha estragado tudo?Estava indo tudo bem, a gravidez estava se desenvolvendo bem, tinha inaugurado uma nova loja de sua confeitaria e estava cheia de trabalh
Parte 2...Ela se virou e saiu, mas ele foi atrás.— Natália... - ele segurou seu braço — Eu quero conversar com você.— Não... Você quer me acusar - puxou o braço.— Eu quero que nosso casamento dê certo - disse começando a ficar nervoso — Não quero fracassar de novo._ Ah... - se virou para ele — Então é isso? Na verdade é só para o grande advogado não perder um processo?— Não foi o que eu disse.— Júlio, nem eu e nem você queríamos nos comprometer... Você caiu em cima de mim e eu não resisti - abriu as mãos — Confesso minha culpa nisso, mas se não fosse a gravidez não estaríamos nessa... Você não me quer, só quer proteger sua reputação.— Pelo amor de Deus, você é doida demais - fez uma careta confusa — Não foi isso que eu disse, como pode distrocer as coisas assim?— Então tá... - cruzou os braços — Me convença de que estou errada.Ele parou e a encarou em silêncio.— Vai, esse é seu trabalho né?— Nat... Não é sobre o bebê - começou devagar e se aproximou — A gente tem uma conex
Parte 1...Três meses depois Júlio andava pelo escritório pensando em Natália.Ele estava casado, tinha as fotos e filmagens do casamento para provar isso, mas de certa forma parecia que ela não se sentia casada.Eles tinham decidido mudar do apartamento que foi alugado e juntos compraram uma casa nova em um bairro novo perto da orla. Como ela amava o mar ele quis que ficasse perto e a casa ficava só a duas ruas da orla.Eles poderiam caminhar todos os dias pela orla no fim da tarde ou à noite quando voltassem para casa.Natália estava muito ocupada com a nova filial da confeitaria e estava treinando o pessoal novo. Passava horas de uma loja para outra e chegava em casa ás vezes mais tarde do que ele.Isso o preocupava um pouco. Tanto por ela estar se esforçando muito estando grávida e também porque ela parecia mais uma colega de quarto.Certo que era uma colega de quarto que fazia um sexo incrível. Mesmo agora que a barriga dela já despontava eles continuavam transando. Ele até compr
Parte 2...Ele abaixou o rosto e a beijou, imprensando seu corpo contra a proteção. O vento soprando seus cabelos, o barulho gostoso do mar, a água batendo na escadinha lateral e todo o tempo para eles.Eles entraram no quarto da cabana. No piso uma abertura protegida por vidro deixava que eles vissem o mar abaixo deles, com os corais e peixes que nadavam.— Isso é muito legal - ela olhou para baixo.— É sim, talvez até dê para ver um tubarão.— Que? - arregalou os olhos — Ah, não... Se eu vir um tubarão aqui vou dar um pulo que chego em casa rapidinho. Não, não... Não mesmo - gesticulou e ele caiu na gargalhada .— Não sabia que tinha medo de bichos.— Bichos não meu amor, só de tubarão... E cobras também... - fez uma careta rodando os lábios — E talvez de lagartixa... Acho que barata...— Não - a agarrou — Chega!Eles riram abraçados. Era muito bom poder ter a liberdade de ser quem você é realmente. Terem se conhecido antes de ficarem juntos ajudou ambos.— Gostaria de beber algo, m
Parte 1...Natália olhou para o padre sem entender direito o que ele dizia. Sua tia falava toda animada sobre o casamento e o padre lhe desejava felicidades e tudo mais. Ela só assentia com um sorriso.— Com licença - Júlio a puxou — Posso carregar minha esposa comigo?— Claro meu filho - Célia disse — Agora ela é toda sua - o beijou — Sempre adorei você meu menino.Natália riu. Só a tia mesmo para chamar Júlio, agora barbudo, de menino. Um homem adulto. Se despediu deles e saiu de braço dado com o marido.— E agora onde vamos, menino? - riu.— Para um lugar só nosso - abriu a porta do carro para ela — E pare de me encher com isso. Faz uma semana que vem repetindo isso - deu a volta.— Culpa da Célia - riu mais — Agora ela acha que você é o salvador da sobrinha - gesticulou rodando os olhos.— Engraçada - ligou o carro — Agora, esposa - meneou a cabeça sorrindo — Vamos viajar.— Hum, até que enfim - balançou a cabeça — Sabe que fui trabalhar pra você porque minha viagem mixou? Se tiv
Parte 4...Ela entrou de braço dado com a tia. Célia era sua parente mais amada e graças a ela teve uma boa vida quando os pais morreram e também de certa forma, ela tinha culpa de estar se casando com Júlio porque foi ela quem a empurrou para o escritório dele.— Sua mão está gelada - Célia disse baixinho.— Eu sei - sorriu para os convidados — Quero fazer xixi._ Garota, se você me fizer vergonha aqui no meio dessa gente eu juro que te mato - apertou seu braço e continuaram andando.Júlio estava muito bonito. Ela engoliu em seco. Estava com um terno azul escuro com uma flor delicada no bolsinho e havia cortado o cabelo. Estava barbudo.— E essa barba? - sussurou ao ficar ao lado dele.— Pra ficar diferente pra você - a beijou no rosto — Assim quem sabe você me confundia com outro e não desistia de casar - sorriu.— Idiota - murmurou sorrindo e ele piscou.A cerimônia foi rápida, mas quando chegou na parte em que o padre perguntou:— Você aceita este homem como seu legítimo esposo pa
Parte 3...— Se pensar bem, estar casada não vai ser ruim - mexeu o ombro — Podemos nos ajudar, criamos nosso filho dentro de uma família e au ainda posso te ajudar com seu negócio - deu um risinho — Posso ser seu advogado particular sem cobrar nada... Talvez uma ou duas noites na cama.— Engraçadinho - mostrou a ponta da língua — Eu não preciso de um advogado particular.— Pense bem - sorriu e se aproximou.Júlio começou a enumerar as vantagens de estarem casados, colocando não só o ponto de terem um filho, como a forte atração que os uniu. Ela estava ouvindo, mas não estava levando em consideração realmente. Sabia que ele falava levado mais pelo dever e obrigação do que por outra coisa.Júlio queria honrar o nome dele e por serem amigos de ambas as famílias ele não queria que isso viesse a estragar essa relação. Mas e o futuro?— Ok, esses são bons motivos, mas e o lado ruim do casamento? Você já foi casado e deu errado.— Não tem nada a ver...— Claro que tem. Como sabe que vai da