Parte 1...Três meses depois Júlio andava pelo escritório pensando em Natália.Ele estava casado, tinha as fotos e filmagens do casamento para provar isso, mas de certa forma parecia que ela não se sentia casada.Eles tinham decidido mudar do apartamento que foi alugado e juntos compraram uma casa nova em um bairro novo perto da orla. Como ela amava o mar ele quis que ficasse perto e a casa ficava só a duas ruas da orla.Eles poderiam caminhar todos os dias pela orla no fim da tarde ou à noite quando voltassem para casa.Natália estava muito ocupada com a nova filial da confeitaria e estava treinando o pessoal novo. Passava horas de uma loja para outra e chegava em casa ás vezes mais tarde do que ele.Isso o preocupava um pouco. Tanto por ela estar se esforçando muito estando grávida e também porque ela parecia mais uma colega de quarto.Certo que era uma colega de quarto que fazia um sexo incrível. Mesmo agora que a barriga dela já despontava eles continuavam transando. Ele até compr
Parte 2...Ela se virou e saiu, mas ele foi atrás.— Natália... - ele segurou seu braço — Eu quero conversar com você.— Não... Você quer me acusar - puxou o braço.— Eu quero que nosso casamento dê certo - disse começando a ficar nervoso — Não quero fracassar de novo._ Ah... - se virou para ele — Então é isso? Na verdade é só para o grande advogado não perder um processo?— Não foi o que eu disse.— Júlio, nem eu e nem você queríamos nos comprometer... Você caiu em cima de mim e eu não resisti - abriu as mãos — Confesso minha culpa nisso, mas se não fosse a gravidez não estaríamos nessa... Você não me quer, só quer proteger sua reputação.— Pelo amor de Deus, você é doida demais - fez uma careta confusa — Não foi isso que eu disse, como pode distrocer as coisas assim?— Então tá... - cruzou os braços — Me convença de que estou errada.Ele parou e a encarou em silêncio.— Vai, esse é seu trabalho né?— Nat... Não é sobre o bebê - começou devagar e se aproximou — A gente tem uma conex
Parte 3...— Como é que é?Célia estava abismada. A sobrinha aparecera do nada, à noite, dizendo que iria dormir com ela.— É isso... Depois eu resolvo amanhã o que vou fazer - fez um bico.— Não... - balançou o dedo alto — Não, não... Você tem casa e tem marido. Vai pra sua casa!— Não posso ir, tia.— Como não pode? O que houve?— Nada.— Você é doida menina? Como nada e me aparece assim? O que foi? Júlio fez algo?Ela respirou fundo. Tinha saído tão rápido de casa que só pensou em voltar para o único lugar onde se sentia bem. Só esqueceu da tia.— Tia, eu explico melhor amanhã tá?Ela nem esperou a resposta e entrou no quarto que ainda estava do jeito que ela deixara. Talvez em breve fosse voltar para ali, de onde nem deveria ter saído.Se jogou na cama. Ficou olhando o teto branco, perdida em pensamentos. Por que diabos ele tinha estragado tudo?Estava indo tudo bem, a gravidez estava se desenvolvendo bem, tinha inaugurado uma nova loja de sua confeitaria e estava cheia de trabalh
Parte 4...“Natália, se você está lendo essa cartinha já sabe meu segredo guardado á sete chaves. Sim, eu sofri muito por amor e por isso me fechei para todos os outros homens que apareceram em minha vida.Agora vejo você andar pelo mesmo caminho que eu, mas com uma diferença. Júlio é um homem correto, mas acima disso ele também já sofreu, já foi enganado e sabe a diferença dos sentimentos. Talvez ele seja tão cabeça dura quanto você, mas acho que de longe você é a mais teimosa. Não perca a chance de ter um homem apaixonado ao seu lado. Se tiver a chance de criar seu filho em um casamento de amor e cumplicidade, não hesite e se jogue. Melhor pecar por excesso do que pela falta. Acredito que Júlio irá te surpreender.Seja feliz minha linda. Eu te amo. Célia”.** ** ** ** ** ** **Ela não sabia quanto tempo havia passado, mas sentiu a mão de Júlio em seu cabelo.— Ei, o que está fazendo aqui?Ela levantou o rosto e o encarou um instnte, depois se jogou em cima dele e o apertou, fazendo
* Dez anos depois...Célia estava sentada no grande sofá da área da piscina. Observava atenta aos dois sobrinhos que ela amava e mimava de paixão.Natália quase tinha acertado sua previsão. Ela teve mesmo um menino, mas veio acompanhado de uma menina. Júlio escolheu os nomes depois de ganhar uma aposta que fez com ela.Os gêmeos Nicolas e Juliana estavam pulando na piscina e fazendo uma bagunça enorme enquanto Célia fingia não ver e se divertia.— Para Nico... - Juliana gritou saindo da piscina.— Você é tonta - ele respondeu rindo.— Oh, tia... - ela foi toda melosa até Célia — Ele afogou minha boneca - fez um biquinho.— Meu Deus - Célia arregalou os olhos e virou para os dois que estavam na churrasqueira — Vocês estão vendo isso? - abraçou a menina — Eles são uma miniatura do que eram vocês quando menores.— Nada a ver, tia - ela gritou entrando em casa.— Ei - Júlio a agarrou por trás — Não está curtindo o domingo em família?Ela se virou e passou os braços por sua cintura o beija
Parte 1...Natália já estava há quase meia hora tentando fazer a tia desistir de empurrá-la para um trabalho provisório que ela não queria e ainda estava de férias. Mas Célia estava determinada a fazer com que aceitasse a todo custo.— Eu ainda estou de férias tia e tenho uma viagem pra fazer, esqueceu? - fez uma cara de deboche.— Que viagem? - ela riu — A que você não vai mais?O pior que ela tinha razão. Estava de malas prontas para uma viagem de quinze dias para o México com uma amiga quando ela ligou cancelando. Foi uma merda.Mais uma vez Fernanda estava enrabichada por um novo namorado e a deixava para trás. Toda vez era assim e já começava a incomodar esse jeito da amiga. Gostava muito dela, mas toda vez que tinha homem no meio, ela sempre largava as amigas.Agora estava com duas semanas de folga ainda e sem nenhum lugar para ir. Até as malas ainda estavam arrumadas.— Eu posso viajar sozinha, qual o problema?— Sei... Claro - riu mais — Até parece que vai fazer isso.— Tia, e
Parte 2...Tinha dezessete anos quando ficou órfã, mas tinha sua tia Célia que era maravilhosa, uma verdadeira tia como os filmes. Graças a ela conseguiu seguir adiante e ter uma vida normal, não se prendendo em depressão e tudo mais.A casa que morava com os pais era muito boa, mas decidiu se mudar para o apartamento da tia. Afinal eram só as duas e alugou a casa, o que lhe dava um bom dinheiro extra do aluguel.Juntou isso e abriu sua própria loja. Virou uma microempresária do ramo de alimentos. Na parte de doces, na realidade, que era o que mais gostava de fazer desde pequena na cozinha de sua mãe e era muito boa mesmo.Passava horas inventando receitas e depois fazia os pais e vizinhos provarem, o que lhe deu um nome bom como doceira. Ainda pequena já vendia suas receitas para conhecidos que espalhavam de boca em boca.Medo ou preguiça de trabalho ela nunca teve, então quando esse episódio ruim aconteceu em sua vida, ela decidiu seguir em frente e mudou tudo.— Não estou te pedind
Parte 3...— É verdade, não era só implicância porque eu era pequena. Ele realmente não bateu o santo com o meu.— Você é teimosa. Ele nunca teve nada contra você, era só pra mexer mesmo, implicar, sabe como é.— Não sei não e aposto que ele já contratou alguém.— Bem - ela deu um risinho de lado — Na verdade ele já ligou pra agradecer que você vai ajudá-lo.— O que? - abriu bem os olhos — Tia!— Ah, minha linda - mexeu a cabeça rindo — Eu não pude deixar de oferecer quando falei com ele.— E quando a senhora o viu?— Não o vi propriamente. Eu estava conversando com a Ana Maria e ela me contou, então eu disse que você estava parada e poderia ajudar.— Não estou parada tia - bateu o pé.— Seja como for, ele me ligou depois para agradecer. Queria falar com você, mas não tinha seu número, então me disse que poderia começar logo.— Ah, claro - ela torceu o nariz — E a senhora tinha que me oferecer ao sacrifício?— Credo, como você exagera em tudo.Ela não o via há muito tempo e realmente