Parte 2...— Eu sei...— Então a gente se vê na segunda-feira.— Natália - falou mais firme — Espera.— O que? - se voltou para ele.— Vou precisar de você esse fim de semana.Ela sentiu a perna ficar bamba. Como assim? Ele precisava dela? Em que sentido? Meu Deus!— Preciso de uma secretária sem falta.“Ah tá, só isso”.— Minha folga é fim de semana - foi saindo.— Espera - levantou — Tenho duas reuniões e preciso demais de você... Como secretária.— Iihh... Não vai dar - acenou.— Por favor, eu te pago hora extra.Ela parou. O salário estava ótimo para duas semanas apenas. Aumentar isso seria bom.— Depende.— Do que? - ergueu uma sobrancelha.— Essa hora extra vai ser normal, boa ou ótima?— Olha só, querendo tirar proveito de mim?— Claro, ué - riu segurando a bolsa — Você tem grana e precisa, precisa, precisa de mim - fez um biquinho.— Peste! - segurou o riso — Isso não é certo.— É sim, você é advogado, sabe como funciona.— Certo, pago hora extra dupla. Tá bem assim?— Está ót
Parte 3...Ela cruzou os braços e o encarou cerrando os olhos. Sentiu o calor retornar.— Olha aqui Júlio, se vier com gracinhas pra cima de mim você vai levar. Já digo logo.— Que gracinhas? - segurou o riso.— Sei lá - bateu as mãos na lateral do corpo — Eu me lembro bem das palhaçadas que você aprontava comigo quando eu era mais nova.— E quem disse que eu vou aprontar?— Júlio, Júlio...Ele deu uma risada. Natália era muito mais interessante do que ele recordava. Deveria ter prestado mais atenção a ela desde sempre.— Acredite, será apenas trabalho. Não vou aprontar nada contra você. — Se tentar vai levar - apontou — Já aviso.— Ok - abanou a mão — Vai logo pegar essas reservas por favor. Aqui está o nosso horário - entregou um papel com as anotações.— Credo, parece um hieróglifo.— Minha letra é perfeita - reclamou.— É sim. Uma perfeita... - calou-se. Ia dizer uma bosta, mas ficaria feio — Já vou - saiu da sala.Ela ficou um instante com o telefone na mão. Não deveria, mas est
Parte 4...A entrada para o hotel já era linda. Cheia de flores e árvores no caminho até a entrada. O sol já estava de pé mostrando as belezas do lugar. O jeito como os raios de luz passavam entre as árvores deixava tudo muito romântico. E o cheiro que vinha do mar era delicioso, convidativo a um mergulho.Natália esperava poder ter tempo para isso, nem que fosse uma vez só. Estar em um lugar lindo como esse e não aproveitar seria até um crime.O hotel era famoso e agora entendia porquê. A paisagem se misturava com a imponência do lugar em estilo mediterrâneo. Era uma construção antiga, mas com traços modernos mesclados, talvez em uma reforma ou ampliação. Eram dois prédios grandes modernos e seguindo pela lateral várias casinhas com acesso ao mar, três piscinas enormes, parque aquático com brinquedos infantis e um restaurante no centro.Tudo muito bonito. Seria ótimo se fossem férias mesmo e pudesse aproveitar tudo ali. Júlio já conhecia o lugar, mas ela nunca tinha estado ali. Marc
Parte 5...— Sinto muito - segurou sua mão — Ela te chifrou?— O que? - ele quase engasgou.— Sei lá, de repente... Você encheu o saco dela também como fazia comigo.— Nada disso... Ela não foi legal comigo, mas eu não tive culpa da separação.— Isso é o que você diz - torceu o nariz — Quando um casal se separa sempre é culpa dos dois, não só de um - mexeu o garfo na frente do rosto dele.— Eu fiz o meu melhor.— Será? - mordeu o melão.— O que você sabe sobre casamento?— Nada - deu de ombro.— Então não fale bobagem.— Talvez você a tenha idealizado e isso é um caminho para a destruição sabia?— Meu Deus - riu — De onde isso saiu?— Daqui - bateu o dedo na cabeça — Sou muito inteligente - piscou o olho.— Estou começando a ver - e muito mais.— Eu prefiro ser fiel a mim mesma e reconhecer minhas imperfeições, assim não me engano e nem engano a ninguém.Por essa Natália ele não esperava. Diferente, sexy, divertida e inteligente. Algo fora do que ele lembrava da menina sapeca de antes
Parte 1...Júlio tinha respeito por Clovis, mas realmente estava incomodado com o jeito como ele olhava para Natália. Ela estava ali para trabalhar e não para receber cantadas dele.— Que pena que não é fixa no escritório do Júlio. Se fosse eu mesmo teria ido até lá - Clovis disse rindo.— Pois é, estou apenas dando uma ajudinha enquanto a secretária dele não volta. Mas só por mais uma semana mesmo - respondeu educada.Ela tinha notado que o cliente dele estava de olho nela, mas fez de conta que não entendeu. Além de não ser seu tipo, ela não estava interessada em ninguém mais... Quase na verdade.Eles já estavam há mais de três horas na casa dele e já tinha visto seus olhares, mesmo estando mais ligada na conversa para não perder nenhuma anotação.— Estamos quase acabando, Clovis - ele disse sério — Só falta você decidir sobre como quer o pagamento do processo após concluído. De resto já está resolvido.— Ah, mas que pena - ele se inclinou de lado, sorrindo para Natália — Gostaria de
Parte 2...— Eu? - fez cara de vítima — Que horror...Júlio ficou em silêncio e se apoiou na bancada.— Sabe, foi muito bom ter reencontrado você depois desse tempo todo - disse sincero — Não me lembrava de você assim.— Obrigada - sorriu — Também digo o mesmo. A gente se conhece a tanto tempo e quase não se via.— Verdade - suspirou.— Mas não vamos deixar isso se repetir - tocou em sua mão — Vamos manter contato.Ele sentiu um choque quando ela tocou sua mão e seu estômago revirou, parecendo que tinha descido de uma montanha-russa em alta velocidade.— Você... Foi muito correta hoje. Gostei que não aceitou o convite de Clovis.— E por que deveria? Ele é seu cliente.— Mas é um homem muito rico.— E daí? - deu de ombro — Eu também vou ser rica em breve - disse firme — Já comecei.— Isso aí - sorriu mexendo a cabeça — Uma mulher decidida. Direta.— Hoje em dia muitas mulheres estão ficando ricas sem precisar de homens.— E você é uma delas?— Com certeza - bateu em seu ombro — Sabe...
Parte 3...Ele parou um instante o beijo e ela aproveitou para morder de leve seu lábio e puxou arrancando dele um gemido baixinho. Era a boca mais gostosa que ela lembrava que já tivesse beijado. E queria mais.Os dois se provocavam ao mesmo tempo. Ele lambeu sua boca e enfiou a língua de novo para outro beijo e esse foi mais quente e mais molhado.Ele nem mesmo estava pensando para não ter que se sentir culpado de estar fazendo aquilo. Só queria aproveitar, ainda que fosse errado, afinal era Natália, a conhecia desde pequena.Natália pensou que se soubesse como ele beijava bem teria aceitado de boa suas brincadeiras chatas quando adolescente só para provar esse beijo.Eles demoraram mais dessa vez, as mãos dele subindo e descendo por suas costas e ela com os dedos enfiados em seu cabelo massageando sua nuca.Só pararam quando um trovão estourou lá fora com força e clareou todo o céu. Foi como um aviso.— Desculpe... Foi mal... - ele parou.— Não, foi bom demais - soltou.— Não diga
Parte 4...Ela levou as mãos ao cinto dele e abriu, fazendo o mesmo com a calça. Puxou a camisa para fora e abriu os botões, empurrando pelos ombros, desnudando seu peito e correu as unhas em sua barriga.— Diaba...Ele a puxou para cima e encheu a mão de bunda apertando e se esfregando contra ela. O vestido molhado precisava ser retirado e foi o que ele fez. Natália o chutou para o lado e empurrou a calça dele para baixo.— Você também é... - murmurou e olhou para baixo vendo que já estava excitado — Gostei da cueca.— Gostei da calcinha - enfiou os dedos nas laterais e puxou com força — Melhor sem...A pele dela estava arrepiada, mas se aqueceu com o toque dele. Sua cabeça dizia pare e seu corpo dizia que continuasse. Decidiu escolher o corpo.Ele mordeu seu lábio e seu queixo. Ela não quis ficar para trás e lambeu seu pescoço, mordendo de leve seu ombro. Puxou a cueca para baixo e seu membro saltou livre.Ela olhou para baixo e sorriu. Até que Júlio não deixava a desejar nesse pont