86 Os dias de paz

“Do dia que você veio me buscar aqui e me encontrou dormindo na minha cama de solteira.”

“Não somos solteiros. Temos um filho, esqueceu?”

“Isso não impede a gente de namorar e realizar nossas fantasias de solteiros. Você vai ou não vai?”

Ele soltou um riso, fingindo estar envergonhado. Mordia os lábios com as loucuras da mulher.

“Está bem. Mas rapidinho e sem fazer barulho, pra ninguém descobrir e nem acordar o bebê.”

Os dois saíram sorrateiramente pelo corredor, com leves passos no piso de madeira.

Trancaram-se no antigo quarto de Felícia e realizaram loucuras de amor na cama de solteira dela, do jeito que ela sonhou. Depois de vinte e cinco minutos, retiraram-se em silêncio, nas pontas dos pés novamente.

Após alguns dias de festividades na terra natal, a família retornou para a casa na capital no carro novo de Raul.

[...]

Dois meses depois, chegou o dia da audiência de Raul. Dona Quitéria, uma amiga de longa data que trabalhou na fazenda do Barão e uma prima das filhas do Barão t
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