Golfinhos

Samara gostou muito do que ouviu, que eles tinham a aceitação do pai, aquilo tudo era maravilhoso e ainda mais o que ele havia dito sobre formarem uma família.

— Eu não era mais um peixe, era uma pomba lerda... um pombo perdido no mar, encontrei a boca de um vulcão dormindo, a boca de chaminé, uma boca grande... não havia fumaça então desci para procurar um pequeno arbusto furando a rocha, algum pedregulho que cresceu na parede, algum buraco pra ficar... lá pelo meio da garganta a luz foi sumindo, eu olhei e vi se fechando com dentes, era uma boca, estava engolido. Só consegui sair quando era homem, eu era o profeta Jonas e não precisei das asas... Isso eu tinha consciência, eu devia a Janaína e iria pedir uma marcação do tempo nos atabaques, que o tempo passou, tempo propício para tudo em volta crescer em seu ciclo, crescer ao reunirmos, crescer no últero do amor, crescer, se for encontro, em família. Eu antes era o medo e a dúvida, mas agora o amor é quem define o meu rit

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