Dionísio

Após terem passado a noite na residência do tio Dionísio, o único tio materno que Samara conhecia, durante o café da manhã, ouviram um depoimento dele, que falava-lhes de maneira cadenciada e sem emoção:

— Tava doidio. Meu caçula quis ir lá dar de cipó caboclo nele, mas eu não deixei. Pois é novo, mas não sei quem ele puxou brabo assim. Eu mesmo pra sair do meu sério, homem, tem que o caba aporrinhar demais. Eu dei a voz pra ele, que deixasse comigo e que fosse pra casa da vó. E assunte só que eu tenho mais filho que não é gente, mas que tá de viagem com ‘os boi' em Terra Nova. Mas seu moço; ele deu sorte. Eu também já tava perdendo a paciência, mas lembrei dessa menina e fiquei com pena. Dona senhora aí, achou que era coisa do cão, e ascendeu uma vela e foi rezar.

Além do depoimento durante o café da manhã, Dionísio ainda arrastou Samara em um canto para falar de Queiroz, talvez para não ficar constrangido sobre a própria atuação e a de Queiroz:

— O que dizi

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