P.O.V. Heitor
Não posso negar que fiquei irritado ao ouvir do meu anjo que não deveríamos nos casar.Depois de tantos anos, ver ela foi uma realização. Mas Angel não parece pensar da mesmo forma que eu.Não posso cobrar muito, já que ela não se lembra de mim, então tento manter a calma de todas as formas possíveis.__ O que você fez? - me viro para olhar a minha irmã.Estou muito irritado com ela. Seu trabalho era vigiar a Angel, e ela deixou que meu anjo fosse machucado.Quero colocar fogo nesse colégio, com todo mundo dentro.A porta do quarto é aberta e uma senhora já de idade entra. Ela olha para mim um pouco assustada.__ O que está fazendo aqui? Não é permitido nenhum homem nesse local - aperto minha mão em um punho.__ Está preocupada com isso? Você trancou uma de suas alunas em um porão e a deixou lá por 2 dias, com fome e sede!A mulher não pareceu se abalar com o que eu disse. Isso só me deixa ainda mais irado.__ Todas as meninas recebem uma disciplina excelente. Ela começou uma briga e foi punida por isso.__ Vou acabar com você, e com essa porra de internato de merda!Pego meu anjo no colo em estilo noiva. Antes que eu passe pela porta a mulher entra na minha frente. Tem uma outra também atrás dela, só que essa é mais nova.__ Você não pode levar ela. Apenas o responsável... - empurro seu corpo levemente a levando ao chão.__ Acha que pode me impedir? Está muito enganada!Ando para fora daquele lugar. Do lado de fora, 2 dos meus seguranças estão me esperando com o carro.Entro na parte de trás junto com minha noiva. Stefane vai em outro carro, com outros seguranças.Coloco um casaco nela. Para ajudar com o frio, o que eu sei que não vai dar certo. Esse lugar é terrível!O carro é estacionado onde eu deixei o meu jatinho. Saio de carro com meu anjo no colo.Prendo ela em uma das cadeiras. Minha irmã não demora a entrar também. O jatinho levanto vôo rapidamente.Quando já estamos no alto, eu pego Angel no colo e a levo até onde está a cama. Deito seu corpo e a cubro.Volto para uma das poltronas e começo a trabalhar em algumas coisas que ficaram pendentes.__ Você vai me explicar agora?__ Explicar o que? - olho para minha irmã.__ Essa história de noiva.__ Angel é minha noiva. Ela pertence a mim, sempre pertenceu! - ela nega com a cabeça.Não me importo com o que ela pensa. Angel é minha. Assim que bati meus olhos nela decidi isso.A viajem de volta para casa é longa. Nesse meio tempo minha irmã dorme, mas eu permaneço acordado, ainda trabalhando.Quando o jatinho pousa, eu vou até a cama. Angel já está acordada, ainda um pouco grogue.Seu olhar é curioso e um pouco assustado. Ela olha para mim e se afasta, o que não me agrada nenhum pouco.__ Não se afaste! - aperto minha mão em um punho.Ela não se lembra de mim, e isso já é ruim, mas ela me negar é muito pior.__ Onde estou? - puxo suas pernas e ela gritando assustada.A levanto no meu colo e vou para fora do jatinho. Já tem dois carros nos esperando. Entro em um com meu anjo e minha irmã em outro.Coloco ela do meu lado e passo o cinto de segurança por seu corpo.__ Onde estamos? - vejo seu olhar curioso.__ Chicago - seus olhos brilham e um sorriso aparece em seu rosto.Fico feliz em ver seu sorriso novamente. Tudo na Angel me deixa feliz.Sua atenção ficou na rua o tempo inteiro. Ela olha pela janela com um olhar brilhante.Como está de noite, alguns prédios estão com luzes coloridas, deixando a cidade bonita a seus olhos.Não demora muito para que a gente chegue a minha mansão. Mantenho Angel do meu lado o tempo inteiro.Assim que passo pelo portão, minha mãe aprece. Ela não parece muito feliz, e eu já imagino o motivo disso.__ A leve para o quarto - aviso a minha irmã que assente rapidamente.Minha mãe vem em passos rápidos até a mim, mas eu não permito que ela chegue muito perto da minha noiva.__ Não acredito que trouxe essa menina para cá. Você não sabe o que está fazendo, Heitor! - nego com a cabeça.__ Não se preocupe com isso.Minha mãe, Andrea Lombardi, sempre foi uma mulher forte e muito respeitada dentro da máfia.Apesar de tudo, ela nunca concorda com o que eu faço. Acha que o que eu sinto por Angel, é uma obsessão. Não nego que ela esteja certa, mas isso não significa que eu irei desistir.Se é obsessão que eu tenho, então que seja. Isso só me faria ainda menos querer desistir dela.__ Você trouxe ela para cá, está indo longe demais.__ Eu já sou um adulto e sei muito bem o que fazer da minha vida. Não se intrometa nisso!Passo por ela e entro na casa. Vou diretamente para o meu quarto. Tomo um banho e coloco um terno.Infelizmente não irei poder ficar com minha noiva por mais tempo, tenho assuntos a resolver, e por isso devo me ausentar.Bato na porta do quarto e espero que alguém atenda. A porta é aberta por minha irmã, que está com um sorriso no rosto.__ Saia! - ela assente e se vai.Entro no quarto e encontro minha noiva sentada na cama. Olhando tudo ao redor. O quarto não está decorado, deixei que ela fizesse isso por si só.__ Queria ficar mais tempo, mas preciso sair para resolver um problema.__ Você disse que sou sua noiva... Por quê? - ela pisca os olhos confusa.__ Porque é a verdade. Apesar de você não saber de tudo, eu irei te contar, mas não agora - vou até ela e deixo um beijo em sua testa - não saia da casa.__ Sou uma prisioneira? - cruza os braços e me olha de cima.Sinto vontade de rir ao ver ela me enfrentando dessa forma. Eu sei que não será fácil dobra-la.Não me importo quanto tempo demore, eu ainda terei Angel nos meus braços, irei beijar todo seu corpo e me deliciar em sua pele.Vou fazer de tudo para tentar conquista-la. Descobrirei seus gostos e desejos, os quais vou realizar, todos!Mostrarei um novo mundo a ela, que não seja aquele lugar onde estava. Ainda não me perdôo por permitir que seu pai a tenha levado para lá.__ Não é, então não faça nada para que se torne uma.__ Me trouxe contra a minha vontade, eu nem lhe conheço!__ Sei que queria sair de lá - toco levemente em sua bochecha - e você me conhece sim, apenas não se lembra.__ Então perdi a memória mesmo? Pode me dizer como? Você conhece meus pais, a minha família?__ São muitas perguntas, e eu não vou ter tempo de responder a todas.__ Por favor - seus olhos brilham pelas lágrimas.__ Hoje não - tento beija-la na testa novamente, porém ela se esquiva de modo brusco.Ver ela me rejeitando dessa forma me trouxe raiva. Mas tento não transpassar isso no meu olhar.Saio do quarto e desço as escadas. Minha mãe está no telefone, assim que me vê, sai da sala.Sei que está arranjando alguma forma para que eu me separe da minha noiva. Ela que não vá muito longe com isso, ou eu não irei perdoar.Pego uma boa quantia de dinheiro e o cartão de créditos sem limite. Dou a minha irmã e os olhos dela parecem brilhar.__ Quero sair com a Angel amanhã a noite, então compre roupas para ela e a deixe preparada, pode comparar para você também.__ Pode deixar! - aponta o polegar para cima.Saio da casa e entro no meu carro. Queria poder ficar mais tempo, porém um ser desagradável achou que seria inteligente me desafiar, então tenho que resolver isso rapidamente.P.O.V. Heitor Entro no cassino acompanhado dos meus seguranças. Passo por entre as pessoas e mesas de jogos de azar. Minha missão aqui é uma só. Entro em uma sala particular, onde acontece o jogo de pôquer. Aqui só tem homens criminosos, que tiram esse tempo para aproveitar longe da família. Me sento em uma cadeira e puxo um dinheiro do meu bolso. Eles me olham e esperam para que eu faça a minha aposta. Sempre apostei alto nos Jogos, mas raramente perco. Aceito o whisky oferecido por uma mulher, que está apenas de calcinha, com os seios de fora. Aceito também o charuto oferecido pelo homem responsável pelas apostas. __ Não sabia que iria aparecer hoje, Heitor. __ Você sabe o motivo Fernando, eu sempre costumo vencer, então sempre retorno - ele da uma risada. Fernando é a pessoa que acha que pode brincar comigo, essa noite vou mostrar que está muito enganado. Observo os seguranças dele. São cinco no total, contra três dos meus. Não recuo ao ver isso, sei da capacidade de cada
P.O.V. AngelOlho para o meu pé. Ele já não está inchado, apenas um pouco dolorido. Acho que eles me deram alguma injeção enquanto eu dormia. Observo o quarto em que estou, ele é grande, mas tão sem graça. A única coisa que eu queria fazer era sair daquele colégio, agora que sai, não sei exatamente o que fazer. Estou na casa desse homem que eu não conheço, mas ao contrário de mim, ele parece me conhecer muito bem. Noiva... Fica dizendo que sou sua noiva. Como eu posso ser a noiva dele? Estou tão confusa. Quase não dormi a noite, fiquei o tempo inteiro pensando nisso. Heitor nem me falou nada sobre meus pais, me deixando no escuro. Alguém bate na porta e eu permito a entrada. Stefane aparece no batente da porta, muito bem arrumada e com um sorriso no rosto. __ Vamos fazer compras? - ela entra no meu quarto arrumada - trouxe uma roupa para você, vá se arrumar. Me animo com a ideia de sair um pouco. Quero muito conhecer a cidade, fazer várias coisas. Me arrumo rápido, eu já tinh
P.O.V. Angel __ Está perfeita! __ Você nem me viu, eu estou de costas - sua mão pousa na minha cintura e me vira. Me encolho com seu olhar faminto sobre mim. Ele me olha de cima a baixo e depois sorri de um jeito estranho. __ Como eu disse, está perfeita - ele passo o nariz no meu pescoço - está cheirosa - minhas pernas tremem com a intensidade de suas palavras. __ Aonde vamos? - pergunto assim que consigo me afastar. Heitor não pareceu gostar que eu me afaste dele. Já reparei que ele gosta sempre de me ter por perto. Então para tentar acalma-lo pego em sua mão. Toco levemente a palma e dou um sorriso. __ Vou levar você para jantar - leva minhas mãos a boca e deixa um breve selar. Ele segura na minha cintura e me leva para fora da casa. Entro no carro e coloco o cinto de segurança. Enquanto estamos no carro, ele mantêm uma mão na minha perna, e estranhamente isso não me incomoda. Mantemos um silêncio confortável no carro. __ Chegamos! - ele fala chamando minha atenção. Ol
P.O.V. Angel O silêncio é um pouco desconfortável. Eu não sei muito o que falar. Minha cabeça ainda dói com a lembrança. Eu visualizei o rosto do meu pai, esse homem que no momento está me olhando. Um olhar cheio de amor e saudades. Antes de tudo eu quero entender seus motivos. Quero descobrir o porquê de ter me deixado lá. Vivi os piores dias da minha vida, sofri das piores formas possíveis, fui humilhada, senti frio, fome, além de ser castigada várias vezes. Agora estou na frente da pessoa que me deu esse destino cruel. Sempre quis conhecer minha família, não só para sentir um pouco de amor, mas também para saber o motivo de ter me deixado. __ Você ainda é minha princesinha - passa a mão pelo meu rosto - não mudou quase nada. Dou um sorriso um pouco constrangida. Só tem eu e ele aqui. Heitor está do lado de fora, imagino que esperando a conversa acabar. __ Por que me deixou naquele lugar? - brinco com o meu colar, me sentindo nervosa. __ É tudo culpa daquele homem. Ele é o
P.O.V. Angel Quando adentro minha língua na boca dele, posso sentir o gosto forte da bebida. Me lembro do que li no livro e resolvo fazer o que li no livro. Puxo o cabelo da nunca dele e arranho levemente. Quando me separo, mordo levemente o lábio inferior dele. Heitor me olha um pouco impressionado. __ Obrigada pela estufa, eu gostei muito. Sei que fui um pouco grossa hoje, mas... Eu não quero ficar mais trancada, ok? Já fiquei por muito tempo naquele colégio. __ Isso não vai mais acontecer, apenas se necessário. __ Heitor... - ele coloca o dedo nos meus lábios, me impedindo de falar. __ Eu sei que não quer ficar trancada, entendo os seus motivos. Mas você tem que entender que eu não vou permitir que nada te aconteça e isso não está em discussão - ele fala dando o assunto por encerrado. Bato o pé no chão e o olho com raiva. Mas isso não o atingiu de forma alguma. Ele ainda me olha firme, não deixando espaços para discussões. Ele me mostra mais um pouco do que vai fazer na es
P.O.V. Angel O vestido dela é prata. Ele é curto e tem um grande decote nos seios, dava para ver até seu umbigo. Ela não está ruim, está até muito bonita. __ O que você quer? - grito com ela. __ Nada demais - ela liga a torneira e lava as mãos. __ Você sabia, não é? Sempre soube que eu sou a sua irmã - a seguro pelos ombros - e mesmo assim fingiu não me conhecer. __ Meu pai que disse que eu não deveria falar nada - dou um passo para trás. Me sinto chateada instantaneamente. Só de ouvir isso eu me sinto mal. Eu sempre tive alguém da minha família do meu lado e nunca soube disso. Isso é tão injusto. Por que o meu pai faria isso? Ele me odeia tanto assim? __ Você sempre foi tão cruel comigo - mordo meu lábios impedindo que as lágrimas desçam. __ Do que está falando? Você sempre me tratou mal. As pessoas que conhecem você agora, não sabe do que você é capaz. Você é cruel Angel, cruel! __ Eu nunca te fiz nada. __ Você apenas não se lembra, mas você já fez muita coisa ruim comigo
P.O.V. Heitor Os gritos do homem me deixa ainda mais animado. Continuo chutando a barriga dele, tendo um vislumbre do seu desespero. Se ele pensa que eu iria ficar quieto depois de ter falado aquilo para o meu anjo, então ele está muito enganado. __ Levanta! - o puxo pelo terno. Ele fica de joelhos no chão. O olhar assustado em seu rosto me deixa ainda mais satisfeito. __ Me perdoe, por favor - dou um risada. Acho engraçado a forma que ele implora pela vida. Ele acha mesmo que eu vou o deixar livre depois de pedir perdão. __ O que eu disse que faria mesmo? - puxo seu cabelo para trás, deixando o rosto dele para cima - arrancar seus olhos. Pego uma faca e mostro a ele, que se desespera. O cretino é um covarde, não aguenta nem uma breve tortura. Só está sendo breve porque eu ainda estou no evento. Em uma rua pouco movimentada, afastado de todos. Enfio a faca no olho dele, que grita desesperado. Seus gritos de misericórdia não me afetam em nada, me da ainda mais vontade de mat
P.O.V. Angel " Levo a garrafa de vodka a minha boca. Junto com alguns amigos, sorrio e converso. Eles fumam e bebem também. Depois de um tempo, um carro luxuoso aparece na minha frente. Um homem de terno desce dele. Ele me olha firme, reprovando o que eu faço. Dou um sorriso ao ver quem é. __ Senhor Lombardi - me jogo nos braços dele - você veio me visitar? __ Está bêbada? - coloco minha mão na boca e dou uma risada - vou levar você para casa. __ Eu não quero! - me afasto dos seus braços. __ Seu pai está preocupado. __ Isso não é verdade, ele não se importa comigo - eu não estava me importando em agir como uma criança, mesmo que eu praticamente fosse uma. __ Vamos! - ele me puxa pela mão. Dou tchau para meus amigos e entro no carro com ele. A garrafa de vodka já se foi, eu já tinha terminado tudo. Coloco meus pés sobre o painel do carro e mexo no rádio. Heitor da um tapa na minha mão e empurra os meus pés. Olho para ele com raiva. __ Por que você é tão chato? - cruzo os b