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Capítulo Cinco part2

P.O.V. Angel

__ Está perfeita!

__ Você nem me viu, eu estou de costas - sua mão pousa na minha cintura e me vira.

Me encolho com seu olhar faminto sobre mim. Ele me olha de cima a baixo e depois sorri de um jeito estranho.

__ Como eu disse, está perfeita - ele passo o nariz no meu pescoço - está cheirosa - minhas pernas tremem com a intensidade de suas palavras.

__ Aonde vamos? - pergunto assim que consigo me afastar.

Heitor não pareceu gostar que eu me afaste dele. Já reparei que ele gosta sempre de me ter por perto.

Então para tentar acalma-lo pego em sua mão. Toco levemente a palma e dou um sorriso.

__ Vou levar você para jantar - leva minhas mãos a boca e deixa um breve selar.

Ele segura na minha cintura e me leva para fora da casa. Entro no carro e coloco o cinto de segurança.

Enquanto estamos no carro, ele mantêm uma mão na minha perna, e estranhamente isso não me incomoda.

Mantemos um silêncio confortável no carro.

__ Chegamos! - ele fala chamando minha atenção.

Olho para onde estamos. Tem um mesa com duas cadeira em frente a um lago. Estava em cima de um chão de concreto e uma tapagem por cima.

Fico animada com o que vejo. Li em um livro que quando um homem faz uma coisa romântica, é porque gosta muito da pessoa.

__ Você gostou, meu anjo?

__ Sim, está muito bonito - ele me ajuda a chegar até a mesa - rosas - toco na flor.

__ Gosta de flores?

__ Sim - sorrio animada - na sua casa não tem nenhuma.

__ Vou dar um jeito nisso - ele puxa a cadeira para mim.

__ Não precisa, a casa é sua.

__ Quero que me diga tudo o que gosta e deseja, e vou fazer de tudo para realizar todos os seus desejos - sinto meu rosto esquentar com sua declaração.

Heitor também se senta e fica me olhando. Me sinto acanhada ao estar na mira de seu olhar.

Logo um pouco de vinho é servido a ele, para mim um pouco de suco de laranja. Não questionei suas escolhas, eu realmente nunca bebi.

__ Você... - limpo minha garganta para falar - pode me responder algumas perguntas?

__ Vamos fazer assim, a cada pergunta que você fizer, eu faço uma - assinto rapidamente - então me pergunte.

__ Você conhece minha família?

__ Conheço o seu pai, sua mãe eu já não sei - mordo meu lábio e me sinto nervosa - me diga alguma coisa que goste.

__ Como eu disse, gosto de flores, mas as tulipas são minhas preferidas. Gosto de animais, plantas e livros - brinco com meus dedo.

Bebo um pouco do suco e me preparo para outra pergunta. Mas infelizmente não pude fazer, já que nossa comida tinha chegado.

Eu não sei ao certo o que é. Mas é uma carne com molho por cima e alguns legumes. Minha boca saliva apenas em olhar.

__ Pode comer o quanto quiser - assinto rapidamente.

Começo a comer e aprecio o gosto bom da comida. Depois eles trazem uma massa fresca.

__ Por que você disse que sou sua noiva? - brinco com a colher dentro da sobremesa que me foi dada.

Heitor me olha por um tempo, sem responder a minha pergunta.

__ Acho melhor seu pai dizer isso.

__ Vai me deixar ver ele? - fico em espectativa da sua resposta.

__ Sim, você vai poder ver ele.

Não consigo arrancar mais nada dele, mas de mim ele conseguiu muitas respostas. Parecia estar realmente interessado na minha vida.

__ Obrigada pelo jantar.

Estamos na frente do meu quarto. Eu brinco com meus dedos sem saber muito como agir.

Heitor pega a minha mão e coloca um anel no meu dedo. Ele é lindo e parece ser muito caro. É um anel de brilhantes com um diamante na ponta.

__ Isso é a prova do nosso noivado.

Não sei como responder a isso. Ainda estou um pouco receosa sobre tudo isso. É tudo tão novo para mim, me sinto um pouco perdida.

__ É muito lindo - solto um suspiro - mas o casamento... Você pode esperar para que eu te conheça um pouco?

Heitor fecha os olhos e parece pensar um pouco. Depois de um tempo ele os abre e me olha de uma forma firme.

__ Tudo bem, eu vou esperar por mais um tempo - sorrio em agradecimento - mas você ainda irá usar o anel.

Me jogo em seus braços e o abraço. Sinto seu corpo ficar rígido. Me afasto um pouco e sorrio constrangida.

__ Desculpe, eu...

__ Nunca mais se jogue nos meus braços assim, ou eu não poderei me controlar - sinto meu rosto corar com a intensidade de sua fala - preciso te dar mais uma coisa.

Ele retira uma caixa de dentro do paletó. Assim que abre eu me surpreendo com o que vejo.

O colar que eu vi na joalheria. Só pode ter sido Stefane que falou para ele que eu gostei.

__ Isso...

__ Seu presente de aniversário. Sinto muito não poder estar lá - nego com a cabeça.

__ Não era sua obrigação.

__ Como uma das pessoas que te ama, era minha obrigação sim - sinto lágrimas pelos meus olhos.

Nunca imaginei que ele falaria isso tão abertamente. Heitor não parece ser do tipo de homem que age assim.

Me surpreendo cada vez mais com ele. Sua forma tão dócil de agir comigo me deixa desconcertada.

Me viro de costas e permito que ele coloque o colar em mim. Me viro e deixo um beijo em sua bochecha, mas ele se vira e acaba pegando em seus lábios.

Me afasto e sinto meu rosto esquentar. Não sabia que ele poderia fazer isso.

É o meu primeiro beijo, não um beijo total, mas ainda assim um beijo.

__ Boa noite! - entro no meu quarto e fecho a porta.

Coloco meus dedos sobre os lábios, ainda posso sentir seus lábios contra os meus.

Retiro a roupa e a maquiagem. Me olho no espelho e reparo o colar em mim. Ele brilha sobre a luz da Lua.

Depois de pronta, vou para o meu quarto e deito minha cabeça no travesseiro. As imagens da noite vem na minha cabeça.

Eu amei cada momento que tive com ele. Mas não esqueço o que disse sobre o meu pai. Estou mais do que ansiosa para conhece-lo.

No dia seguinte, eu acordo, tomo um banho, escovo os dentes e me arrumo para o dia. Olho no closet minhas opções de roupas.

Coloco um macacão preto, ele é um pouco curto e tem um decote no busto. Os botões ficam na frente e tem um cinto no meio. Fica bem justo no meu corpo, deixando minhas curvas a mostra.

Já que eu não estava sentindo fome, comecei a arrumar o meu quarto. Todas as coisas que comprei para ele foram deixadas no meu closet.

Depois de um tempo sozinha, alguém b**e na porta. Eu permito a entrada e vejo Heitor passar por ela.

Me sinto tensa rapidamente. Respiro fundo e me sento na cama. Ele me deixa muito nervos.

__ Bom dia - chega mais perto de mim e coloca a mão no meu rosto - você não desceu para o café da manhã.

__ Não senti fome - brinco com o meu colar, me sentindo nervosa.

E eu também não queria ver a mãe dele, ela é uma pessoa desagradável, não quero estar perto dela novamente.

__ Angel - ele puxa meu rosto e me faz o olhar - sabe que pode me falar qualquer coisa, não é? - assinto com a cabeça.

__ Eu... Um pouco antes de sair do colégio para meninas, fiz uma prova para entrar na faculdade, mas não sei se foi enviada ou...

__ Vou resolve isso, você pode cursar o que quiser - fico instantaneamente feliz.

__ Quero perguntar outra coisa. Quando poderei ver o meu pai?

Heitor me olha por um tempo e solta um suspiro, parecendo um pouco irritado. Ele olha no relógio e depois volta a me olhar.

__ Que tal hoje mesmo? Eu tenho tempo - me sentindo feliz, me jogo em seus braços.

Não me lembro e nem me importei com o que ele disse antes. Apenas fiquei agarrada em seu abraço.

__ Me agradeça com um beijo - ele me puxa pela cintura e toma meus lábios em um beijo.

Sinto todo meu corpo arrepiar ao sentir seus lábios contra os meus. Tento fazer da forma que ele faz, mas me saio um pouco desajeitada.

O empurro levemente quando sinto o ar me faltar. Heitor parece ficar com raiva de alguma coisa, pois logo está xingando aos ventos.

__ Vamos! - puxa a minha mão e desce as escadas comigo - primeiro coma alguma coisa - aponta para a mesa, que está sem ninguém.

Tomo o café da manhã em silêncio, com ele me observando. Depois de acabar, vou para meu quarto, escovo os dentes e arrumo meu cabelo.

Preciso aprender a passar maquiagem, depois peço para a minha amiga me ajudar.

No caminho para onde meu pai está, eu vou em silêncio, observando a cidade a minha volta. Tenho tanta vontade de conhecer todos esses lugares.

__ Chegamos! - o motorista nos avisa.

Avisto a pequena casa a minha frente. Ela é simples e sofisticada, nada como a mansão do Heitor, mas um pouco grande.

Desço do carro com a ajuda dele. Vejo um homem parado em frente a casa e minha cabeça dói ao ter a lembrança de um rosto.

Não penso muito, corro para seus braços e o abraço. As minhas lágrimas molham a camisa dele.

__ Pai! - ele também me aperta em seus braços.

__ Minha filha! -  se afasta de mim e limpa as minhas lágrimas.

Uma mulher sai da casa, ao lado dela tem um menino de uns 7 anos, um bebê de colo e uma adolescente.

Me assusto ao ver quem é a adolescente que está ao lado dela. O que Vanessa está fazendo aqui?

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