P.O.V. Angel __ Estou chateada com o seu irmão. Ele foi bruto comigo ontem - ela da uma risada. __ Ele é assim mesmo, aposto que hoje mesmo vai pedir desculpas. __ Assim espero - viro o rosto. Não vou perdoa-lo assim tão fácil. Ainda estou chateada. Eu estava sentindo dor ontem, só queria um abraço e um pouco de carinho. __ Não fica triste amiga - ela faz um bico - já sei! Vamos no shopping? Dar uma volta, fazer compras ir ao cinema. __ Eu nunca fui no cinema - não que eu me lembre. __ Então você vai hoje! - ela pula animada. Concordo com o que ela diz. Eu preciso mesmo sair um pouco. Depois do que aconteceu ontem, preciso espairecer a minha mente de alguma forma. Subo as escadas e vou para meu quarto. Tomo um banho e escovo os dentes. Coloco um shorts jeans, um cropped branco e uma jaqueta também jeans, além do tênis branco. Faço uma leve maquiagem por ainda ser dia. Até que não ficou tão ruim, acho que estou pegando o jeito. Passo o gloss de cereja e estou pronta. Pego
P.O.V. Angel Pisco meus olhos e os abro lentamente. Olho ao redor e vejo as paredes e teto branco. Com um pouco de dor de cabeça, no corpo e uma ardência em algumas partes do meu corpo. Confusa com o que aconteceu, tento me lembrar como foi que cheguei aqui. Então me lembro da batida no carro e dos tiros. Um pouco assustada, tento me sentar. Uma mão me faz voltar para o lugar onde eu estava. __ Por favor, não se mova - uma mulher vestida de branco fala comigo. Ela está colocando um acesso no meu braço, o qual está enfaixado. Me lembro da minha amiga, eu não sei o que aconteceu com ela. E se eles a mataram como fizeram com o segurança? O aparelho ligado ao meu coração começa a apitar. A enfermeira diz para eu me acalmar, mas nada do que ela dissesse iria resolver. Não vou ficar calma enquanto não souber o que está acontecendo com a minha amiga. __ Se não se acalmar, eu vou ter que te dar um calmante - ela tenta segurar meus braços, mas eu luto com ela. A porta é aberta e Hei
P.O.V. Angel Tento dizer para meu noivo cabeça dura que estou bem, mas ele fica o tempo todo me ignorando. Heitor voltou essa noite, ele estava um pouco estranho, parecia nervoso, mas não me tratou mal. Estou nesse momento voltando para casa, finalmente indo embora, não aguentava mais aquele hospital. Soube que minha amiga já se foi. Ela está esperando por mim na casa. Fique internada por mais três dias depois que acordei. Já estava ficando doente por ficar no hospital, o que é uma coisa engraçada de se pensar. O idiota que não me escuta, me pega no colo e me coloca no carro. Dou um sorriso e nego com a cabeça. Vejo que não é o mesmo motorista daquele dia, esse é um homem diferente. Me pergunto o que aconteceu com ele. O segurança eu sei que morreu. Me senti mal por ele, parecia uma boa pessoa. Quando chego na casa, não permito que Heitor me pegue no colo novamente. Eu estava bem e ele tem que entender isso, ou eu vou surtar. Stefane estava sentada no sofá, com uma bota orto
P.O.V. Heitor Deixo Angel no meu quarto, ela ainda chora por um motivo desconhecido por mim. Não sei o motivo dela estar assim. Talvez pode ser a minha mãe, mas não acho que seja isso. Ela está muito desesperada. Depois de um tempo ela dorme, por conta dos remédios dados pelo médico. Desço as escadas e encontro minha mãe no sofá, com uma xícara de chá na mão. Ela não me olha, mas deve entender o que eu quero. __ Vai me expulsar? __Eu seria incapaz de fazer isso. Você ainda é a minha mãe, mas eu quero que você tente se dar bem com a Angel. Querendo você ou não, ela é minha noiva. __ Não será uma boa esposa. __ Não é você que decide isso! Andrea olha para mim e depois se levanta. Eu sei que ela nunca vai concordar comigo, tenho a plena certeza disso. Minha mãe sempre foi uma mulher decidida, e nada pode mudar a opinião dela, eu sei muito bem disso. __ Isso eu não vou conseguir fazer. Então prefiro sair dessa casa ao ter que aturar ela sobre o mesmo teto do que eu. __ Se você
P.O.V. Heitor Assim que chego em casa, subo as escadas e entro no meu quarto. Vou até a mesa de cabeceira me sirvo com uma dose de whisky. Tiro meu terno, gravata e sapatos. Abro alguns botões da minha camisa e me sento na poltrona. A porta do banheiro é aberta. Angel aparece por ela, com uma camisola de seda branca, que não tapa quase nada. A reação vai diretamente para o meu pau. Aperto o copo na minha mão. Eu posso fazer uma besteira se não me controlar. __ Eu não sabia que você tinha chegado - ela morde o lábio e eu quase perco o que me resta de controle. __ Ainda está aqui? - ela da alguns passos e chega perto de mim. __ Você parece um pouco nervoso - se eu não a conhecesse poderia jurar que isso saiu de propósito. Sua forma de agir é sempre bem acanhada, diferente de quando ela bebe. Angel se torna outra menina. __ Venha aqui! - bato na minha perna esquerda. Ela não hesita em fazer o que mandei. Meu anjo se senta no meu colo. Eu coloco uma mão na cintura dela e a outra
P.O.V. Angel Acordo sentindo um braço na minha cintura. Abro meus olhos e vejo Heitor na minha frente. Ele está dormindo, sem camisa, com o braço envolta da minha cintura de forma possessiva. Sinto meu rosto esquentar ao me lembrar de ontem. Nunca tinha sentindo nada assim antes. Primeiro fiquei com vergonha, mas depois me deixei levar e não me arrependo disso. Meu noivo foi bom para mim, me tratou bem e me fez sentir prazer. Apenas eu senti prazer, queria que ele sentisse também. Nada que uma pesquisa não ajude. Meus livros também me ajudam bastante nesse quesito. Quero dar prazer a ele assim como ele deu a mim. __ Bom dia! - me assusto quando ele abre os olhos - que horas são? __ 8:00am - ele arregala os olhos. __ Estou atrasado para uma reunião. Heitor se levanta as pressas para se arrumar. Dou uma risada e depois me levanto também. Sempre achei estranho ele chegar tarde em casa e sair cedo. O que será que ele faz de tão importante? Vou para o meu quarto e tomo um banh
P.O.V. Angel Saio do escritório da diretora feliz por ter conseguido fazer a minha inscrição. Essa é uma das faculdades mais caras do país. Heitor não mediu esforços para me dar o melhor, como sempre. Eu não reclamo porque não tenho muito o que fazer. Ainda não tenho um emprego, mas irei conseguir um rapidamente. Não posso passar a vida inteira dependendo dele. Acho que vou conversar isso com o meu noivo ainda hoje. Alguém bate no meu ombro fazendo meus papéis caírem no chão, junto com o de outra pessoa. Olho para o menino na minha frente, ele parece estar nervoso, atrasado para alguma coisa. __ Me desculpe! - pedimos ao mesmo tempo. Ele ri e eu o acompanho. O menino se abaixa e junta suas coisas e a minha. Eu o agradeço e sorrio para ele. __ Desculpa mesmo, eu estou atrasado. __ Tudo bem! __ Você estuda aqui? __ Vou estudar. Você não está atrasado? - ele da de ombros. __ Eu já entrei, não podem me trancar do lado de fora agora. Eu sou o Trevor - ele estende a mão. __ An
P.O.V. Angel Ignoro as batidas na porta enquanto continuo a guardar minhas roupas. Olho para o colar no meu pescoço. Não penso duas vezes antes de tirar ele de mim. Não tem porquê usar mais. __ Abra essa porta! __ Se quiser entrar vai ter que arrombar - grito para ele. Não demora muito para que a porta bata na parede. Meu coração palpita com o susto que eu levo. Heitor está possesso de raiva. Seu olhar é assustador, seu rosto está vermelho e seu corpo treme com a respiração forte. __ Você é um estúpido - o olhar dele vai para a cama, onde está depositado a mala e o colar. __ Onde pensa que vai? __ Embora daqui! - me agarro na minha penteadeira. __ Acha mesmo isso? - ele da uma risada. __ Tenho cara de palhaça? Está tudo mundo rindo de mim hoje. Uma das mulheres que você dorme foi uma delas! Ele para de rir e volta sua atenção a mim. Meu ex-noivo parece com mais raiva ainda. Ele não pode me culpar por pensar o óbvio. __ Eu não tenho mulher nenhuma. __ Não acredito em você